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Instituições

Arnold Gehlen
Segurança ou prisão?
Tese:

Convívio dos seres humanos se desenvolve em


direção a ordens e regras que organizam a
energia instintiva.
Moldura assegurada de ação

Modelos de ordenamento da ação que se


condensam (se cristalizam) até se
constituírem formas sociais de vida que se
contrapõem ao indivíduo via poder normativo
de ordenação.
Possibilitam a renúncia parcial – controlada- ao
instinto.
Ação em um grau muito baixo de atenção
Necessidade antropológica:
Constantes biológicas conduzem à:

 emergência,
 manutenção e
 transmissão de uma ordem social.

Sujeição de toda atividade humana ao


hábito..
Abertura radical ao mundo

 A instabilidade do organismo obriga-o a


fornecer a si mesmo um ambiente estável
para sua ação

 Permite ao humano estabilizar e dirigir ele


mesmo seus impulsos

 Deriva de uma demanda do equipamento


biológico do homem
Benção ou maldição?

 presente de grego – um peso.

 Necessidade de transformar a precária


dinâmica dos impulsos humanos em
confiabilidade e previsibilidade de
comportamento análogo ao instinto.
“Indigência biológica”
 Ser de carências vem antes do ser de ação
 Ação: necessidade de configurar ativamente

sua realidade vital.


 Abertura ao mundo:falta de especialização da

estrutura corporal humana, inundação de


estímulos.
 Ser deficitário na plenitude do equipamento

orgânico e na soberana segurança do


comportamento animal.
Diferentemente do animal:

 sistema instintivo sem lacunas, sem carências


elementares já que estas podem ser
satisfeitas de maneira mais direta.

 AÇÃO / REAÇÃO
Por que a necessidade de
canalizar os instintos?

 A ação liberada dos instintos é ameaçadora,


imprevisível.
 O potencial de perigo no caso é o excedente

de instinto que demanda canalização.


 Organizar-se a si mesma, estabilizar-se e

elevar-se à “qualidade de dever”.


Ameaça biológica e cultural

 Ser humano: subtraído das coações imediatas


da natureza e dos constrangimentos
institucionais torna-se ele mesmo um
problema (não a natureza).
 Uma criança bajulada, mimada – esquecer ou

não saber que somos condenados à ação.


 Sem senso de realidade, incapaz do

descarregamento civilizatório radical.


Processo

 Vida instintiva envolvida em relações sociais e


objetivas, sob as exigências da realidade.

 Conquista do agir autodirigido.

 Abertura para a consciência humana em lugar


dos instintos: a condução das ações é posta
sob a responsabilidade humana.
Descarregamento civilizatório
nesse sentido:

Garantir condições que permitam ao indivíduo


a institucionalização das ideias (práxis) para
que elas se tornem reais

Ideias se tornam reais quando reconhecidas


como um sistema de hábitos partilhados.
ROTINAS SUPOSTAS COMO NATURAIS E
CERTAS

 Tornam as ações possíveis num


nível muito baixo de atenção

 Reduzira ação como fonte de


espanto e perigo potencial
Tarefa das instituições:
conferir ao comportamento
segurança “quase instintiva” de
orientação.
Converter a ação em hábito.
Instituições nesse sentido:

 Permitem unir-se com o mínimo de prejuízo da


liberdade pessoal

 Permite que a objetividade penetre nas decisões e


opiniões

 Protege contra arbitrariedades, agressões...

 Direciona impulsos, energia...

 Descarregamento
Liberação de energia
para outras
atividades...
A ação social demanda colocar os
instintos sob controle

 Cultivo: plasticidade e capacidade de


adaptação – permite que a vida instintiva se
adapte à ação que extrai sua competência
normativa das instituições enquanto princípio
de realidade.

 Fluidez controlada via realização obrigatória


de uma tarefa social.
Institucionalização da conduta e
estabilização das condições de ação:

Libera a energia criativa do indivíduo para as


funções mais altas, em direção da liberdade
criadora.
Exemplo
Pianista

 Domínio motor do fazer: torna-se livre para a


realização criadora liberta da imediatice da
situação.

 Condições para desenvolvimento das próprias


habilidades
A ação humana
funda instituições

instituições são a
pressuposição da
ação humana
Importante então:

 Estratégias para evitar que os hábitos se


tornem uma “2ª natureza”
 Sejam “naturalizados”: não submetidos à

reflexão
 Manter individualmente o poder de

justificação da obediência ao imperativo


institucional
Necessidades antagônicas:

Formar
hábitos

Refletir
sobre eles
Instituições modernas devem:

Tornar o mundo íntimo e disponível

Promover a autodireção e disposição sobre o


mundo das coisas (empoderamento)

Institucionalizar a reflexividade
Impedir que hábitos se
tornem “segunda natureza”.
A formação de hábitos precede
toda atividade humana.
Hábitos:
 Procedimentos operatórios
 Estreita as opções
 Economia de esforço
 Padrões admissíveis
 Conhecimentos admitidos como suficientes
 Permitem direção e especialização da conduta

Fundamento estável que liberta para decisões


necessárias.
Função dos hábitos:

Permitem agir mantendo um baixo nível de


atenção

Aliviam o ser humano da sobrecarga de


decisões.

Promovem confiança e constância na atuação


recíproca
Ação social depende de:

 Estreitamento das possibilidades, mas


também de...

 Apoio mútuo, confiança


Para interagir procuramos:

 PROSPECÇÃO
 ESTABILIDADE DA AÇÃO
 POUPAR TEMPO E ESFORÇO
 ECONOMIA PSICOLÓGICA

CONDIÇÕES OBJETIVAS E SUBJETIVAS


Estabilização das condições de
interação

Tornam possível a segurança e a


regulamentação recíproca do comportamento

Estruturas estáveis e estabilizadoras

Socialmente sancionadas
Modelos de papéis sociais:

Na Família: mãe, pai, filho, filha, sogro,


cunhado...
No Trabalho: empregador, empregado,
autônomo, responsável...
Na Universidade: professor, pesquisador,
estudante, bolsita, ...
...
TIPIFICAÇÕES

 PADRÕES ESPECÍFICOS DE CONDUTA

 MODELOS DE DESEMPENHO

 MESSURA DO DESEMPENHO DO PAPEL UM EM


RELAÇÃO A OUTROS MODELOS E PAPÉIS

 INSTITUCIONALIÇÃO DA CONDUTA
EXEMPLO: papel social PAI

 CONTROLADO VIA INSTITUCIONALIZAÇÃO AO


LONGO DA HISTÓRIA

 DEFINIÇÃO DA CONDUTA SOCIALMENTE


ACEITA

 ATRIBUIÇÃO DE MOTIVOS ÀS AÇÕES


POR QUÊ?

Todo contato, toda interação


demanda tipificações!
Enfraquecimento das instituições:
 vida instintiva recai sobre si, individualiza-se,
torna-se luxuriosa (libera uma vida
fantasiosa exuberante, não mais socialmente
controlável)
 Inversão da direção do instinto, no caso,

provocada pela disjunção de êxtase e ascese


 Transbordamento do espaço de

representação e empobrecimento do círculo


de ação.
Consequências:

 Stress
 Agressividade
 Loucura
 Depressão
 Farsa
 Reações mais grosseiras e histéricas...
 Impossibilidade da objetividade
“desordem social libera
a agressão”

Gehlen
PROBLEMA:

 Desconfiança da “semântica da destruição”


implícita no esforço de desconstrução das
instituições
 Receio em relação à pecha de conservador

para todo esforço por reforma institucional


 Temor de exigir responsabilidade

institucional
 Dificuldade de pensar instituição enquanto

meio, não enquanto fim em si mesma


Esquece-se que instituições
devem sempre ser meios,
nunca fim em si mesmas.
Apenas o ser humano
constitui fim em si mesmo
(Kant)
FIM

Instituiçõe
Indivíduo
s
FIM
Institucionalismo positivo:

é possível organizar instituições


para evitar sua absolutização
Partindo da reconceituação de
LIBERDADE.

Clareza de que a liberdade de


movimentação social se dá DENTRO
de limites.
Problema: limites da sujeição
ao imperativo institucional.
Instituições significam
também condições:

de autodeterminação,
autocontrole, e não apenas
formas de alienação, dominação,
fontes externas de controle da
ação humana.
Objetivo de Gehlen: combate à
vida contemplativa e ao
subjetivismo:
 Domínio de organizações sem responsabilidade
com a realidade.
 Recusa à ação. E sem ação, nenhum mundo real.
 Desconstrução das instituições e consequente
falência geral da possibilidade de orientação.
 Repouso sobre a repetição, homogeneização,
individualismo superexcitado, hipertrofia moral
estetizante, luxúria dos impulsos (sexualização
em especial), experimentação estéril, abstração
estéril, pós-história, humanitarismo, hipermoral
Crítica de Gehlen

O que não se deve é deixar de AGIR.

Recusa à ação significa regressão, recaída em


um mundo interior irreal

O senso de realidade atrofia, o mundo perde


sua objetividade e seu caráter de apelo
rebaixando-se à condição de utopia estética,
de objeto de discurso
Nãohá ação no mundo que
não seja institucionalizada
ORDEM SOCIAL: PRODUTO DA
EXTERIORIZAÇÃO HUMANA

 PRODUZIDA EM  PRODUZIDA DE
CONJUNTO MANEIRA
PROGRESSIVA
Então o ser humano pode
repensar as formas de
institucionalização.
Como se colocam as
condições para isso?
• diferenciação crescente
• pluralismo
SOCIEDADE:
AGLOMERADO DE
INSTITUIÇÕES
VIDA SOCIAL
 Controle social  Controle
social
primário secundário

Dado pela mera Visa garantir os


existência das processos de
instituições institucionalização
que não foram
completamente
bem sucedidos

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