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Instituto Federal de Educação, ciência e Tecnologia

Engenharia Ambiental

Escoamento Superficial

Prof. Felizardo A. Rocha


IFBA/ 2018
CICLO HIDROLÓGICO

Conceito: Corresponde ao segmento do ciclo hidrológico relacionado ao


deslocamento das águas sobre a superfície do solo.
►Parcela da precipitação total que escoamento superficialmente.
Escoamento Superficial
►Os escoamentos são governados
fundamentalmente pela ação da gravidade;

►O escoamento é caracterizado quantitativamente


por variáveis como a velocidade, a vazão ou lâmina
equivalente;

► A estimativa do escoamento é feita por equações


de conservação de massa, energia e quantidade de
movimento.
Razões para se estimar o escoamento:

• Falta de dados observados na bacia hidrográfica

• Inconsistências nos dados observados que levam a


séries não homogêneas

• Falha na série histórica

• Extensão da série histórica

• Desenvolvimento de pesquisas
O QUE SE ESTIMA?

• A vazão máxima ou de pico: utilizada nos projetos de obras hidráulicas tais


como:
– Bueiros;
– Galerias pluviais;
– Sarjetas de rodovias;
– Vertedores de barragens.

• A distribuição do escoamento (hidrograma): permite determinar o volume


do escoamento superficial, que é de interesse para a engenharia para resolver os
problemas de armazenamento da água para diversos fins:
– Abastecimento;
– Irrigação;
– geração de energia;
– projeto de bacias de detenção
– bacia de detenção para atenuação de enchente
Tipos de Escoamento
Rede de Drenagem

A
Tipos de escoamento: A Seção AA
Seção do rio Qs
Qss
Qb Seção do
Riacho
Seção AA
Q = Qs + Qss + Qb

Qs = escoamento superficial,
Qss = escoamento sub-superficial
Qb = escoamento de base (ou subterrâneo)
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Infiltração
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Solo saturado
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Escoamento

Solo saturado
Geração de Escoamento
• Intensidade da precipitação é
maior do que a capacidade de
infiltração do solo

I (mm/h)

Q (mm/h)

INF (mm/h)

Q = I – INF
Tipos de escoamento bacia
• Superficial
• Sub-superficial ??
• Subterrâneo
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial
• Chuva, infiltração,
escoamento superficial,
escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Escoamento sub-superficial
• Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e
escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem muito longa = rio seco
Rios intermitentes

Camada saturada
Escoamento
Subterrâneo

Escoamento
Superficial

20
Ganho de água no rio

Perda de água no rio

Perda de água no rio


Nível freático desconectado do rio
Movimento de água no solo

22
Escoamento Sub-superficial
•Geração do escoamento sub-superficial: componente da infiltração devido ao
gradiente topográfico

Esc. Sub-superficial

Percolação

O escoamento sub-superficial é de grande importância para:


– A umidade da zona radicular;
– O processo de percolação de água para o lençol.

O Esc. Sub-superficial afeta o processo de evapotranspiração, enquanto a


percolação influi na recarga do lençol subterrâneo.
Escoamento de Base ou subterrâneo
• O escoamento de base é de grande importância para:
– O armazenamento subterrâneo (AS)
– Integração do aqüífero com o rio

• AS define o potencial do aquífero para possível exploração e o


segundo define se o rio é:
– Efêmero
– Intermitente
– Perene

• Geração do escoamento de base: recarga do lençol pela


percolação
Classificação do Escoamento

Efêmero P Qs
Qss
Lençol

Escoamento efêmero: quando o nível do lençol freático sempre


fica abaixo da calha do rio;
O escoamento só acontece após a precipitação e só há
contribuição do escoamento superficial.
Exemplos: os rios de regiões bastante secas, com solo sem
capacidade de armazenamento (solos rochosos, leitos
impermeáveis, etc.)
Classificação do Escoamento
Intermitente
P Qs
Qss
Qb 1) chuvoso
Lençol 2) estiagem

O escoamento é intermitente ocorre logo após as chuvas,


porém nível do lençol freático pode variar (subindo ou
descendo) podendo contribuir para o escoamento total na
seção do rio.
Exemplos: os rios do Nordeste em geral.
Classificação do Escoamento
Perene
P Qs
Qss
Qb 1) chuvoso
Lençol 2) estiagem

O escoamento é dito perene quando o nível do lençol


freático fica sempre acima do leito do rio, mesmo durante o
período de estiagem (2).

Exemplos: os grandes rios como Amazonas, Nilo, Danúbio,


Reno, etc.
Fatores que Influenciam o Escoamento

►Relevo: (maior declive gera maior velocidade, menor tempo de concentração e


maior pico);

►Cobertura da Bacia: (a vegetação retarda o escoamento, aumenta a infiltração e


reduz o pico);

►Altura e intensidade da chuva: (maior altura gera maior volume, intensidade e


vazão de pico);

►Solo: (solo permeável e profundo tem maior capacidade de infiltração e o


escoamento diminui);

►Uso do Solo: (a urbanização e o desmatamento reduzem a infiltração e


aumentam o escoamento);

►Umidade antecedente:

►Capacidade de infiltração de água no solo: Em solos com maior capacidade de


infiltração o escoamento demora mais a iniciar.
Grandezas associadas ao
escoamento superficial

• - Vazão (m3/s): A vazão max de escoamento superficial representa


importante parâmetro para projetos de drenagem; obras de
controle da erosão e cheias;

• Coeficiente de escoamento superficial (C): adimensional que


representa a relação entre o volume que escoa sobre a superfície
do terreno (ES) e o volume total precipitado (PT)

29
Coeficiente de escoamento superficial (C):
É a razão entre o volume de água escoado superficialmente e
o volume de água precipitado.

C = Vs / V = (A . Pe) / (A . P)
Vescoado
C C = Pe / P
Vprecipitado
Onde:
 Vescoado é o volume do escoamento superficial da bacia;

 Vprecipitado é o volume da precipitação na bacia, que é definido


como sendo:
V precipitado  P  A

onde: P é a lâmina precipitada e A é a área da bacia.


Quando há variação do coeficiente de escoamento superficial na bacia
analisada, este poderá ser determinado pela seguinte equação:
Coeficiente de escoamento superficial com
a natureza da superfície onde ela ocorre

32
33
QUADRO 1- Valores de “C” recomendados por
Williams, citado por Goldenfum e Tucci (1996),
para áreas agrícolas

34
QUADRO 3- Valores do
coeficiente de escoamento
propostos pelo Colorado
Highway Departament

FIM

35
Valor do coeficiente de escoamento superficial (C)

36
Grandezas associadas ao
escoamento superficial

• Tempo de concentração (Tc): É o tempo que a água que cai no


ponto mais distante (remoto) da área considerada leva para
atingir a seção de deságue da bacia, ou seja, é o tempo necessário
(contato a partir do início da chuva) para que toda a bacia
contribua com o escoamento superficial (ES) na seção
considerada;

• Período de retorno (Tr): É o período de tempo médio, expresso


em anos, em que certo evento (no caso vazão) é igualado ou
superado pelo menos uma vez.

37
Equação de chuvas intensas
a  TR b
Im 
td  c d

Im= intensidade da precipitação, mm/h;


Tr= tempo de retorno em anos;
Td= duração da chuva, em minutos;
a, b, c, d = são os parâmetros de ajuste que devem ser determinados para cada
local (cidade);

3420  TR 0 , 26
Im 
td  351,020
Equações para estimativa do Tempo de
concentração (tc)
Equação de Kirpich
Foi desenvolvida com base em 7 pequenas bacias agrícolas do Tennessee, com declividades variando
entre 3 e 10% e áreas de, no máximo, 0,5 km2, e é expressa pela equação

tc  57  L0, 77  S 0,385
Em que tc é o tempo de concentração (minutos), L é o comprimento do talvegue principal
(aproximadamente igual ao comprimento do curso d’água principal) (km) e S a declividade de L (m/km).

Equação de Ven Te Chow


0 , 64
 L
tc  52,64  Em que
 S0  tc = tempo de concentração (minutos),
L =comprimento do talvegue principal (km),
S0 =declividade média do talvegue, (m km-1)
39
Equações para estimativa do Tempo de
concentração (tc)
Equação de Picking
1
Em que
 L2  3 tc = tempo de concentração (minutos),
tc  51,79 
 L =comprimento do talvegue principal (km),
 S0 
S0 =declividade média do talvegue, m km-1.

Equação de Giandotti
Em que
4 A  1,5L tc = tempo de concentração (h),
tc  A = área da bacia, km2
0,8 H L =comprimento do talvegue principal (km),
H =diferença de nível entre a nascente e a foz
(m).
Equações para estimativa do Tempo de
concentração (tc)
Equação SCS Lag
Em que:
tc = tempo de concentração (h),
0, 7
0 ,8  1000  0,5
L =comprimento do talvegue principal (km),
tc  3,42 L   9  .S o S0 =declividade média do talvegue, m km-1.
 CN  CN = número da curva

Equação SCS –método cinemático

 Lt 
tc  16,67     Em que:
 Vt  Lt =comprimento de cada trecho constituído por uma
cobertura vegetal distinta (km)
Vt = velocidade da água em cada trecho (m s-1).
Equação SCS –método cinemático

Tabela 2 –Velocidades médias de escoamento superficial (m s-1) para cálculo de tc

Declividade (%)
Escoamento Cobertura
0 -3 4 -7 8 -11 >12
Florestas 0 –0,5 0,5 –0,8 0,8 –1,0 >1,0
Sobre a superfície Pastos 0 –0,8 0,8 –1,1 1,1 –1,3 >1,3
do terreno Áreas cultivadas 0 –0,9 0,9 –1,4 1,4 –1,7 >1,7
Pavimentos 0 –2,6 2,6 –4,0 4,0 –5,2 >5,2
Mal definidos 0 –0,6 0,6 –1,2 1,2 –2,1 >2 ,1
Em canais
Bem definidos Equação de Manning
Fonte: Chow et al. (1988).

Equação de Dodge
Em que
0,17 tc = tempo de concentração (minutos),
tc  21,88 A0,41So
A = área da bacia, km2
S0 =declividade média do talvegue, m m-1.
EXERCICIO 1:
Determine a vazão máxima de escoamento superficial o tempo de
concentração, considerando-se as condições de precipitação
típicas de Patos de Minas, MG, e os seguintes parâmetros de uma
bacia hidrográfica:
• área da bacia: 100 ha;
• período de retorno: 10 anos;
• cobertura: 30% cultura de milho (cultivo em fileiras retas); 20% cultura de
soja (cultivo em fileiras retas); 25% floresta; 25% pastagem;
• condição hidrológica boa;
• solo muito argiloso (Tie = 1 mm h-1);
• declividade média da área da bacia: 5 – 10%; e
• o perfil do talvegue foi dividido segundo os trechos descritos no Quadro 5.8.
Quando há variação do coeficiente de escoamento superficial na bacia
analisada, este poderá ser determinado pela seguinte equação:
ESTIMATIVA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL

MÉTODO RACIONAL

Estima a vazão máxima de escoamento superficial em pequenas bacias – para áreas


entre 50 a 500 ha.

C. im . A
Q max =
360
Em que:

Qmax = vazão máxima de escoamento superficial , m3/s


C= coeficiente de escoamento superficial, adimensional;
Im= intensidade máxima média de precipitação para uma duração igual ao tempo de
concentração da bacia, mm/h
A = área da bacia de drenagem, ha
47
MÉTODO RACIONAL MODIFICADO
Para melhorar a estimativa da vazão máxima de E.S. Euclydes (1987) estudou várias
bacias hidrográficas do sul de Minas, introduzindo o coeficiente abaixo.

C.im . A
Q max  
360
Em que:
Qmax = vazão máxima de escoamento superficial , m3/s
Im= intensidade máxima média de precipitação para uma duração igual ao tempo
de concentração da bacia, mm/h
Ø = coeficiente de retardamento, adimensional

O coeficiente procura corrigir o fato do E.S. sofre retardamento em relação ao início da


precipitação. O Valor de Ø varia de 0 a 1.

  0,278  0,00034. A
Em que:
A = área da bacia em Km2, 48
MÉTODO RACIONAL MODIFICADO

Tabela : Valores do coeficiente de retardamento Ø em função da área da bacia

Área da Bacia (Km2) Ø


10-30 0,27
30-60 0,26
60-90 0,25
90-120 0,24
120-150 0,23
ESTIMATIVA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Método de McMath
Este método é semelhante ao método Racional, constituindo-se numa modificação
do mesmo. Tem sido aplicado aos países andinos, onde o clima, em algumas regiões,
por ser semi-árido, é semelhante ao Nordeste brasileiro. A fórmula geral é

Q  0,0091 .C.I.5 A4S


Em que
Q = vazão de pico (m3/s),
C = coeficiente de escoamento,
I =intensidade da chuva (mm h-1),
A = área da bacia de drenagem (ha)
S =declividade média do curso d’água principal (m m-1).

50
ESTIMATIVA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Método de McMath Q  0,0091 .C.I.5 A4S

O coeficiente C deve ser obtido pela soma de 3 coeficientes (C1, C2, C3), correspondentes às
características de vegetação, solo e topografia. Na Tabela 3, apresentam-se os coeficientes
utilizados para determinação do fator C

VEGETAÇÃO SOLO TOPOGRAFIA


% Cobertura C1 Textura C2 Declividade (%) C3

100 0,08 Arenosa 0,08 0,0 – 0,2 0,04


80 – 100 0,12 Ligeira 0,12 0,2 – 0,5 0,06
50 – 80 0,16 Média 0,16 0,5 – 2,0 0,08
20 – 50 0,22 Fina 0,22 2,0 – 5,0 0,10
0 – 20 0,30 Argilosa 0,30 5,0 – 10,0 0,15

51
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)

I ES
 (eq.1)
S Pe
Em que:
I = infiltração acumulada após o início do escoamento superficial, mm;
S= infiltração potencial, mm;
ES = escoamento superficial total , mm;
Pe = escoamento potencial ou excesso de precipitação, mm.

A equação acima é válida a partir do início do escoamento superficial, logo:

Pe  PT  I a (eq.2)
Em que:
PT = precipitação total, mm;
Ia = abstrações iniciais, mm;

As abstrações iniciais correspondem a toda precipitação que ocorre antes do início do escoamento
superficial englobando a interceptação pela folhas e troncos de árvores e armazenamento superficial,
ou seja, toda a infiltração ocorrida durante todos esses 2 processos.
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)

Após a ocorrência das abstrações iniciais, começa o escoamento superficial. A partir


desse momento, tem-se:

Pe  ES  I ou I  Pe  ES (eq.3)

Substituindo na equação anterior, tem-se:

I ES 2
 Ou ES 
Pe
S Pe (eq.4)
Pe  S
Ao estudar o comportamento das bacias experimentais do SCS-USDA, observou-se:

I a  0,2.S (eq.5)

Substituindo eq. 2 e eq.5 na equação 4, tem-se: ES 


 PT  0,2.S 
2

PT  0,8.S 
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)
MÉTODO DO NÚMERO DA CURVA
(SCS – Soil Conservacion Service)

Visando a simplificação do método do Número da Curva, a precipitação total de uso


recomendado é aquela correspondente ao total precipitado para determinado
período de retorno e duração da precipitação de 6, 12 ou 24 horas.

O SCS-USDA, a partir da análise de uma série de hidrogramas associados a


diferentes bacias hidrográficas, a relação:

25400 ES 
 PT  0,2.S 
2

S  254
CN PT  0,8.S 

Em que CN é a número da curva. Seu valor varia de 1 a 100 e depende do uso do


solo e manejo da terra, grupo de solo, das condições hidrológicas e da umidade
antecedente do solo.
De acordo com Tucci (2001), os solos podem ser classificados em 4
categorias:

A: são aqueles solos que produzem pequeno escoamento e alta


infiltração, caracterizados por altos teores de areia, pequenos
teores de silte e argila e profundos;

B: menos permeáveis que os solos da categoria A, ainda sendo


arenosos, porém menos profundo;

C: solos que geram escoamento superficial superiores aos


anteriores com capacidade de infiltração média a baixa, com
percentual mais elevado de argila e pouco profundos;

D: solos pouco profundos, com baixa capacidade de infiltração e


presença de argilas expansivas, com maior capacidade de
escoamento.
Além disto, foi proposta uma correção dos valores de CN com base
na umidade antecedente, a qual possibilitou separar 3 situações
distintas:

Situação 1: solos secos, com precipitação acumulada nos últimos


5 dias menor que 36 mm para estação de crescimento, e, em
outro período, menor que 13 mm;

Situação 2: solos com umidade na capacidade de campo e os


valores de CN correspondem aos da tabela abaixo (Tucci, 2001);

Situação 3: ocorreram precipitações nos últimos 5 dias, com o


solo saturado, considerando total precipitado maior que 53 mm
para época de crescimento, e em outro período, maior que 28
mm;
Valores de CN para diversas situações de cobertura vegetal e tipos de solo (Tucci, 2001).
Uso do Solo Superfície Tipo de solo
A B C D
Solo lavrado  com sulcos retilíneos 77 86 91 94
 em fileiras retas 70 80 87 90
 em curvas de nível 67 77 83 87
 terraceamento em nível 64 76 84 88
Plantações regulares
 em fileiras retas 64 76 84 88

 em curvas de nível 60 72 81 84
 terraceamento em nível 57 70 78 89
 pobres 68 79 86 89
Plantações de legumes  normais 49 69 79 94
 boas 39 61 74 80

 pobres, em nível 47 67 81 88
 normais, em nível 25 59 75 83
Pastagens
 boas, em nível 6 35 70 79

 normais 30 58 71 78
 esparsos, baixa transpiração 45 66 77 83
Campos permanentes  normais 36 60 73 79
 densas, alta transpiração 25 55 70 77
QUADRO 15- Valores do CN para
bacias com ocupação agrícola
para condições de umidade
antecedente AMC II

Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)

60
Quadro 16– Valores de CN para
bacias com ocupação urbana para
condições de umidade antecedente
AMC II

Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)

61
Valores de CN corrigidas conforme situação de umidade do solo antecedente
Valores médios Valores corrigidos Valores corrigidos
(situação 2) (situação 1) (situação 3)

100 100 100 Condição de umidade


95 87 98 antecedente (AMC I): solo seco
90 78 96 (ponto de murcha)
85 70 94
80 63 91
75 57 88
70 51 85
65 45 82 Condição de umidade
60 40 78 antecedente (AMC II): solo
55 35 74 úmido (umidade média)
50 31 70
45 26 65
40 22 60
35 18 55
30 15 50 Condição de umidade
25 12 43 antecedente (AMC III): solo
20 9 37 muito úmido (capacidade de
15 6 30 campo)
10 4 22
5 2 13
EXERCICIO 3:
Considerando as condições da bacia do exemplo 1, determine a lâmina máxima
de escoamento superficial pelo Método do Número de Curva. Considere a
condição de umidade do solo correspondente a AMC II e a precipitação total à
duração de 24 horas de 130 mm.

INFORMAÇÕES DO EXERCÍCIO 1
• área da bacia: 100 ha;
• período de retorno: 10 anos;
• comprimento do talvegue: 2.000 m;
• diferença de elevação entre a seção de deságüe e o ponto mais remoto da bacia: 35 m;
• cobertura: 30% cultura de milho (cultivo em fileiras retas); 20% cultura de soja (cultivo
em fileiras retas); 25% floresta; 25% pastagem;
• condição hidrológica boa;
• solo muito argiloso (Tie = 1 mm h-1);
• declividade média da área da bacia: 5 – 10%; e
EXERCICIO 3:

Solução:

- Para o cálculo de ES, devem-se considerar, individualmente, as áreas


ocupadas com cada um dos tipos de cobertura vegetal.

- Indo no Quadro 15 (condição AMC II) para cultura do milho (cultivo em


fileiras retas), condição hídrica boa e solo do grupo D, tem-se CN = 89

25400 25400
S  254   254  31,4 mm
CN 89
Substituindo o valor em S, e considerando PT = 130 mm, tem-se:

ES 
 PT  0,2.S 
2

130  0,2.31,4
2
 98,7 mm
PT  0,8.S  130  0,8.31,4
QUADRO 15- Valores do CN para
bacias com ocupação agrícola
para condições de umidade
antecedente AMC II

Condição de umidade
antecedente (AMC II): solo
úmido (umidade média)

65
EXERCÍCIO 3:

● adotando-se o mesmo procedimento para as demais áreas encontram-se os


valores de ES correspondente.

Tipo de ocupação CN AMCII S (mm) ES (mm)

Milho 89 31,4 98,7

Soja 89 31,4 98,7

Floresta 77 75,9 69,1

Pastagem 79 67,5 73,8

A lâmina média de escoamento superficial para a área considerada será:

ES = 98,7*0,30 + 98,7*0,20 + 69,1*0,25 + 73,8*0,25 = 85,1 mm


Ex 3: Qual é a lâmina escoada superficialmente durante
Exemplo
um evento de chuva de precipitação total P=70 mm numa
bacia do tipo B e com cobertura de floretas?

A bacia tem solos do tipo B e está coberta por florestas. Conforme a


tabela anterior o valor do parâmetro CN é 63 para esta combinação.
A partir deste valor de CN obtém-se o valor de S:

25400
S  254  149,2 mm
CN
A partir do valor de S obtém-se o valor de Ia= 29,8. Como P >
Ia, o escoamento superficial é dado por:
( P  Ia )2
Q  8,5 mm
( P  Ia  S)

Portanto, a chuva de 70 mm provoca um escoamento de 8,5 mm.


Equações para estimativa da vazão máxima
de escoamento superficial

Identificação Equação Recomendações


Método Racional C.i . A Áreas até 200 ha (2 km2)
Q max  m
360
Áreas até 15.000 ha
C.i . A
Método Racional Q max  m  
modificado 360

McMath Áreas > 500 ha


Q  0,0091.C.I .5 A4 S
Burkli-Ziegler S
Q  0,01237.C.i. A.4
A
Método do Número da Lâmina e não vazão
Curva
Método do Hidrograma Lâmina e não vazão
Obrigado pela atenção!!!

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