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Epidemiologia - Introdução

Epidemiologia

• Existem várias definições:

• “Epidemiologia estuda a prevalência e a dinâmica dos estados de


saúde nas populações”
(Frerich & Neutra, 1978);
• Estuda a distribuição e os fatores determinantes das doenças e lesões
nas populações, ou seja, avalia a frequência, o tipo de doenças e
lesões nas populações e os fatores que influenciam a sua distribuição
• (Jekel, Klatz & Elmore, 2005)
Definições envolvidas nos fundamentos de
epidemiologia
• Doença: disfunção fisiológica/psicológica (conceito biológico/
médico);
• Mal-estar: estado subjetivo de uma pessoa que não se sente bem
(conceito psicossociológico relacionado com as experiências
subjectivas);
• Indisposição: estado de disfunção social, isto é, o papel que o
indivíduo assume quando se sente subjetivamente doente (conceito
comportamental);
Epidemiologia abrange

1. Observação;
2. Registo;
3. Determinação da natureza da relação entre as variáveis;
• Isto é:
• envolve anotar o que se está a passar à nossa volta, e tentar obter algumas
conclusões respeitantes à natureza de quaisquer potenciais relações que
possamos descobrir,

Stone D, Armstrong R, Macrina D & Pankau J, (1999)


Níveis de abordagem

• Em geral existem quatro níveis nos quais o estudo científico de


doenças pode ser abordado:
• Jekel (2005):

1. Nível molecular (biologia celular, bioquímica e imunologia);


2. Ao nível dos tecidos e órgãos (anatomia patológica);
3. Ao nível individual dos doentes (clínica);
4. Ao nível das populações (epidemiologia);
Correntes epidemiológicas

Epidemiologia Clássica Epidemiologia Clínica


• Destinada à população; • Estuda os doentes em locais
• Estuda as origens comunitárias onde se prestam cuidados à
dos problemas de saúde; saúde;
• Interesse em descobrir fatores • Interesse em melhorar o
de risco que podem ser diagnóstico e o tratamento das
alterados na população; várias doenças, bem como o
prognóstico para doentes já
afetados;
Medidas de Frequência
Epidemiológicas
Medidas de Frequência Epidemiológica

• Em Epidemiologia, usam-se várias taxas de Morbilidade. Todas elas


pertencem a dois tipos básicos de Medidas de Frequência:
1. Taxas de Incidência
2. Taxas de Prevalência

• (Taxa: ou Coeficiente, é uma forma especial de proporção que inclui a


especificação do tempo. É a medida que mais claramente exprime a
probabilidade ou o risco de doença numa determinada população e
num espaço de tempo definido.)
Medidas de Frequência: definição

Incidência Prevalência
• Frequência de novos casos de • Frequência de casos existentes
uma determinada doença, de uma determinada doença,
oriundos de uma população sob numa determinada população e
risco de adoecer, ao longo de num dado momento;
um determinado período de
tempo;
• Estimador de velocidade de
risco: a que velocidade ocorrem
novas doenças;
Medidas de Frequência - Incidência

• Para determinar esta medida é necessário acompanhar


continuamente um determinado grupo de pessoas e verificar o
aparecimento de novos casos;

• Requisitos para a determinação da Incidência:


• Conhecimento do estado de saúde da população estudada;
• Data do início;
• Especificação do numerador – número de pessoas ou número de
condições;
• Especificação do denominador;
• Período de observação;
Medidas de Frequência - Prevalência

• Requisitos para a determinação da Prevalência:


• Conhecimento do estado de saúde da população estudada;
• Especificação do numerador – número de pessoas ou número de
condições;
• Especificação do denominador;
• Período de observação;

• Principais diferenças entre Incidência e Prevalência:


• Não é necessário conhecer a data de início nos estudos da
prevalência;
• Os denominadores das taxas de prevalência abrangem a totalidade
da população em causa;
Tipos de Prevalência

Prevalência Pontual Prevalência de Período


• Pretende medir a doença num • É a prevalência num dado
momento preciso: momento (Pontual) mais os
novos casos e recorrências
observadas durante um
• P = Número de casos com um determinado período de tempo
atributo/Número total de subsequente;
elementos
Exemplo de Prevalência de Período

• No caso nº1 e nº4 (de cima para


baixo), a doença já estava presente
aquando do início do ano,
desapareceu na 1ª metade e
reapareceu na 2ª metade do ano,
permanecendo até ao término do
mesmo. No 2º, 5º, 6º e 8º casos, a
doença apareceu no inicio do ano e
desapareceu antes do término do
mesmo. No 3º caso, a doença já
estava presente no início do ano e
esteve sempre ativa até ao término
do mesmo. No 7º caso, a doença já
estava presente no início do mês,
desapareceu no 1º trimestre e
reapareceu na 2ª metade do mês e
voltou a ficar inativa antes do final
do mesmo.
Medidas de Frequência - Conclusões

• Em Epidemiologia, a prevalência não é tão útil quanto a incidência,


porque não permite especificar exatamente quando é que ocorrem
os casos de uma enfermidade e a sua relação com possíveis fatores
causais;

• A prevalência é, contudo, um indicador importante do número de


casos de enfermidade que num determinado momento afetam uma
população;
Medidas de Frequência em
Fisioterapia
Medidas de Frequência em Fisioterapia

• “Para entender o papel da fisioterapia na sociedade(…), quais são as


suas responsabilidades e quais são os seus desafios, é necessário
conhecer o perfil epidemiológico da população, ou seja, quais são as
principais causas de morbilidade e mortalidade da população. De
maneira geral, a maioria dos países tem passado por um processo
chamado de transição epidemiológica, definida como mudança nos
padrões de morte, morbilidade e invalidez, que caracterizam uma
população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com
outras transformações demográficas, sociais e económicas.”

José Patrício Bispo Júnior


Um teste de diagnóstico é um instrumento básico dum programa
de rastreio”.

As suas características mais importantes são:


o Validade
o Confiança
o Produtividade
Doença

Presente Ausente Total

Positivo A B A+B
Verdadeiro positivo Falso positivo

Teste

Negativo C D C+D
Falso negativo Verdadeiro negativo

Total A+C B+D A+B+C+D


Testes de Diagnóstico
Sensibilidade (S)
Especificidade (E)
Valor Preditivo Positivo (VPP)
Valor Preditivo Negativo (VPN)
Acuracy (Precisão)
Razão de Probabilidade Positiva (LR+)
Razão de Probabilidade Negativa (LR-)
Probabilidade pré/pós-teste da doença
Odds pré/pós-teste
Teorema de Bayes
Sensibilidade

Proporção de verdadeiros positivos entre todos os doentes.


Especificidade

Proporção de verdadeiros negativos entre todos os sadios.

(MEDRONHO & PEREZ, 2002)


Valor Preditivo Positivo

Proporção de verdadeiros positivos entre todos os


indivíduos com teste positivo.
Valor Preditivo Negativo

Proporção de verdadeiros negativos entre todos os


indivíduos com teste negativo.
Valor Preditivo

 Quanto mais sensível for o teste melhor o seu valor preditivo negativo, isto é,
maior a segurança de que um doente com resultado negativo não tenha a doença.

 Quanto mais específico for o teste melhor o seu valor preditivo positivo, isto é,
maior a segurança de que um doente com resultado positivo tenha a doença.

 Se a prevalência da doença for baixa, mesmo um teste extremamente válido


terá um fraco valor preditivo.
Acuracy (precisão)

Proporção de acertos de um teste diagnóstico.

Proporção entre os verdadeiros positivos e negativos em relação


a todos os resultados possíveis.
Razão de Probabilidade

Permite avaliar a acuidade de um teste através do cálculo da Razão de


Verosimilhança, definida como:

Razão entre a probabilidade de um determinado resultado de


um teste diagnóstico em indivíduos portadores da doença e a
probabilidade do mesmo resultado em indivíduos sem a doença
Razão de Probabilidade Positivo
Razão de Probabilidade Negativo
Probabilidade Pré-Teste

Probabilidade do indivíduo ter a doença antes da realização do


teste de diagnóstico.
Odds Pré-Teste

Estimativa antes do teste de diagnóstico da probabilidade do


doente ter a doença dividida pela probabilidade de o doente
não ter a doença.
Odds Pós-teste

Estimativa que resulta do produto do Odds Pré-teste da doença e da


Razão de Versomilhança Positiva (LR+).

Probabilidade Pós-Teste
Teorema de Bayes

Se os resultados dos testes forem positivos, qual a probabilidade de


que o paciente tenha a doença?

Se os resultados dos testes forem negativos, qual a probabilidade de


que esse paciente não tenha a doença?
Aplicando

•Estudos epidemiológicos permitem perceber a


evolução e prevalência de uma doença numa
determinada população, assim como de que
forma ela afeta os vários indivíduos que dela
fazem parte, funcionando como uma base de
trabalho para os fisioterapeutas, que assim
percebem em que parte da população devem
centrar a atenção dos seus trabalhos,
principalmente no que toca a prevenção e
melhoria dos cuidados de saúde.
Prevalência da Artrose do Joelho

• Este estudo iniciou com um inquérito à população para


medir a prevalência da Artrose do Joelho numa
comunidade do norte do país (Portugal) com idade igual ou
superior a 50 anos.
• 1) Prevalência de Artrose • A constante multiplicadora (k): 100;

do Joelho na população • Base populacional = 2500 indivíduos

em estudo: • População Total Feminina [50-70[ = 750 indivíduos


• População Total Feminina [70-90] = 500 indivíduos

• População Total Masculina [50-70[ = 820 indivíduos

• P = (500/2500)*100 = 20% • População Total Masculina [70-90] = 430 indivíduos

• Como podemos constatar, a prevalência da artrose do joelho na


população em estudo é de 20%, o que quer dizer que em cada 100
indivíduos com idades ≥50 anos 20 possuem a referida patologia;
• 2) Prevalência de artrose do joelho entre
os grupos etários em relação ao sexo: • A constante multiplicadora (k): 100;
• Base populacional = 2500 indivíduos
• P [50-70[ = (147/750)*100 = 19,60% • População Total Feminina [50-70[ = 750 indivíduos
• P [70-90] = (174/750)*100 = 34,80% • População Total Feminina [70-90] = 500 indivíduos

• População Total Masculina [50-70[ = 820 indivíduos


• População Total Masculina [70-90] = 430 indivíduos
• O risco de ocorrer artrose aumenta com a idade.
• Na faixa etária dos 70-90 anos, em cada 100 mulheres 35 desenvolvem artrose do joelho
(34,80%).
• Na faixa etária dos 50-69 anos, 20 em cada 100 mulheres manifesta a referida patologia.
• A prevalência da artrose é 15,2 vezes superior nas mulheres com idades compreendidas
entre os 70-90 anos, face à faixa etária anterior
• 4) Diferença de prevalências • A constante multiplicadora (k): 100;
entre mulheres e homens: • Base populacional = 2500 indivíduos
• População Total Feminina [50-70[ = 750 indivíduos

• 0,2568-0,1432 = 0,1136*100 = 11,36%• População Total Feminina [70-90] = 500 indivíduos

• População Total Masculina [50-70[ = 820 indivíduos


• População Total Masculina [70-90] = 430 indivíduos
• Podemos afirmar que são as mulheres da população em estudo
apresentam uma prevalência 11 vezes superior relativamente aos
homens;
Incidência

• Cinco anos mais tarde, à mesma população, reiniciou-se a mesma


recolha de informação (inquérito clínico) para verificar qual a
incidência de casos durante este intervalo de tempo

Sexo
Artrose do Joelho
Feminino Masculino Total

[50-70[ 35 10 45

Grupos Etários [70-90] 55 15 70

Total 90 25 115
Sexo
Artrose do Joelho
Feminino Masculino Total

[50-70[ 35 10 45

Grupos Etários [70-90] 55 15 70

Total 90 25 115

• 1) Incidência da Artrose do • Constante (k) multiplicadora: 100


Joelho na população em estudo:
• Base Populacional: 2500 indivíduos
• População Total Feminina [50-70[ = 500 indivíduos
• População Total Feminina [70-90] = 429 indivíduos
• PI = (115/2000)*100 = 5,75%• População Total Masculina [50-70[ = 600 indivíduos
• População Total Masculina [70-90] = 471 indivíduos

• Isto indica-nos que durante os 5 anos após o primeiro inquérito


clínico até ao atual momento, surgiram 6 novos casos de artrose do
joelho por cada 100 indivíduos em risco de a contrair;
Sexo
Artrose do Joelho
Feminino Masculino Total

[50-70[ 35 10 45

Grupos Etários [70-90] 55 15 70

Total 90 25 115

• 2) Incidência de Artrose do Joelho


• Constante (k) multiplicadora: 100
entre os géneros: • Base Populacional: 2500 indivíduos
• População Total Feminina [50-70[ = 500 indivíduos
• População Total Feminina [70-90] = 429 indivíduos
• PI mulheres = (90/929)*100 =• 9,68%
População Total Masculina [50-70[ = 600 indivíduos

• PI homens = (25/1071)*100 =• 2,33%


População Total Masculina [70-90] = 471 indivíduos

• A PI foi mais elevada no grupo feminino


• Durante os 5 anos após o primeiro inquérito clínico até ao coevo
momento surgiram 10 novos casos de artrose do joelho por cada
100 mulheres contra 3 em cada 100 homens
Síntese

• A prevalência da artrose do joelho, nesta comunidade, é maior nas


mulheres e aumenta com a idade em ambos os casos, sendo mais
evidente nas mulheres;
• Informação crucial para os fisioterapeutas em termos de
planeamento de exercícios de prevenção da artrose;
exercicios
Na sua globalidade como se chamam?

Sensibilidade (S) • Especificidade (E)


Valor Preditivo Positivo (VPP) • Valor Preditivo Negativo (VPN)
Razão de Probabilidade Positiva (LR+) • Razão de Probabilidade Negativa (LR-)
Probabilidade pré/pós-teste da doença• Odds pré/pós-teste
Teorema de Bayes • Acuracy (Precisão)
O que é que?

Avalia s proporção de verdadeiros


positivos entre todos os doentes.
O que é que?

Avalia a proporção de verdadeiros negativos


entre todos os sadios.
O que é que?
Avalia a proporção de verdadeiros positivos entre todos
os indivíduos com teste positivo.
O que é que?

Avalia a proporção de verdadeiros negativos entre todos


os indivíduos com teste negativo.
Complete

Quanto mais sensível for o teste, melhor o seu _________________________


isto é, maior a segurança de que um doente com resultado negativo não tenha a
doença.

Quanto mais específico for o teste, melhor o seu ________________________,


isto é, maior a segurança de que um doente com resultado positivo tenha a
doença.

Se a prevalência da doença for baixa, mesmo um teste extremamente válido terá
um fraco ____________________________.
Respondendo de forma simples,
acurácia é a capacidade do método de
acertar o diagnóstico
Acuracy (acurácia)

• No entanto é muitas vezes nomeado Grau de exatidão ou Grau de


precisão demonstrado, contudo exatidão é diferente de precisão

• A precisão de uma série de medições é uma medida da concordância


entre determinações repetidas. A precisão é usualmente quantificada
como o desvio padrão de uma série de medidas.
• A exatidão de uma medida (ou da média de um conjunto de
medidas) é a distância estimada entre a medida e um valor
“verdadeiro”, “nominal”, “tomado como referência”, ou “aceite”.
Geralmente é expressa como um desvio ou desvio percentual de um
valor conhecido.
• A precisão geralmente é associada com erros aleatórios do processo
de medição, enquanto a exatidão está associada a fontes
sistemáticas.
Acuracy (acurácia)

• As inter-relações a respeito do processo de medição são


interessantes:
• (1) Não se pode ter alta exatidão sem alta precisão. Entretanto o
inverso não é verdadeiro: é possível ter alta precisão num
experimento absolutamente inexato.
• (2) A precisão de uma série de medidas realizada com instrumento
de baixa resolução pode de facto parecer (erroneamente) melhor
que aquela de um instrumento que tenha maior resolução.
• (3) Com uma pobre sensibilidade, a precisão, e consequentemente a
exatidão, irão sofrer em medidas das menores quantidades.
Acurácia
• Quando estamos diante de um diagnóstico dicotómico (presença ou ausência
de doença), as componentes da acurácia são:
• sensibilidade e especificidade.
• Devemos nos lembrar que um método precisa ter um equilíbrio desses dois
parâmetros. Sensibilidade é a capacidade do método em reconhecer os
doentes, enquanto especificidade é a capacidade do método em reconhecer
os saudáveis.
• Precisamos discriminar os doentes e saudáveis, portanto precisamos tanto de
sensibilidade como de especificidade. É fácil simular a invenção de um método
100% sensível: é só dizer que toda a população é doente. Porém nesse caso
teremos 0% de especificidade, ou seja, nenhum saudável será reconhecido
como tal.
• Esse método não serve para nada. Não discrimina nada. Daí surge a
importância de pensar sempre nos dois parâmetros conjuntamente.
Exercício
Precisão: proximidade entre os valores Exatidão: correção, perfeição ou
obtidos pela repetição do processo de ausência de erro em uma medida ou
mensuração. cálculo
. Acurácia: proximidade da medida relativamente ao verdadeiro valor da
variável.
Exemplo: Balança

• Precisão define o quanto a balança é capaz de reproduzir um valor obtido numa pesagem,
mesmo que ele não esteja correto. A precisão é definida pelo desvio padrão de uma série
de medidas de peso de uma mesma amostra. Quanto maior o desvio padrão. menor é a
precisão.

• Exatidão é a capacidade que a balança (ou qualquer outro instrumento de medição) tem de
fornecer um resultado correto.
Um equipamento exato é aquele que após uma série de medições nos fornece um valor
médio que é próximo ao real, mesmo que o desvio padrão seja elevado, ou seja, baixa
precisão.

• Então, um equipamento preciso e inexato é capaz de fornecer resultados reprodutivos,


mas incorretos, e um equipamento exato e impreciso, é capaz de fornecer resultados
corretos, mas com uma grande variação entre as medidas. Isto significa que neste caso,
seria necessário um grande numero de medições para se ter um resultado médio confiável,
e estatisticamente válido.
Disso tudo se conclui que uma balança, ou qualquer outro instrumento de medição, deve
ser preciso e exato.
Resumindo, precisão é a capacidade da balança em fornecer resultados reprodutíveis,
mesmo que não sejam corretos, e exatidão é a capacidade que a balança tem de fornecer
resultados corretos. Uma boa balança deve ser precisa e exata.
Acurácia (cálculo)

Proporção entre os verdadeiros positivos e negativos em


relação a todos os resultados possíveis ou Proporção de acertos
de um teste diagnóstico.
Razão de Probabilidade (RP)
Razão entre a probabilidade de um determinado resultado de um teste
diagnóstico em indivíduos portadores da doença e a probabilidade do
mesmo resultado em indivíduos sem a doença
• Para conhecer o poder discriminativo de um teste existem as razões de
probabilidade, que são parâmetros que combinam sensibilidade e
especificidade.
• 1. Razão de probabilidade positiva (sensibilidade / (1 – especificidade) é um
número que representa o quanto um método de resultado positivo aumenta
a probabilidade de um indivíduo ser doente. Quando mais alto este número,
melhor, ou seja:
• RP positiva: > 10 (acurácia ótima);
• 5-10 (acurácia moderada);
• 2-5 (acurácia pequena);
• 1-2 (acurácia nula).
• 2. Razão de probabilidade negativa (1 – sensibilidade / especificidade)
representa o quanto um método de resultado negativo influencia a
probabilidade de um indivíduo ser saudável. Quanto mais próximo de zero,
melhor:
• RP negativa: < 0.1 (acurácia ótima);
• 0.1-0.2 (acurácia moderada);
• 0.2-0.5 (acurácia pequena);
• 0.5-1.0 (acurácia nula).
Cálculo da Razão de Probabilidade Positivo
Razão de Probabilidade Negativo
Probabilidade Pré-Teste

Probabilidade do indivíduo ter a doença antes da realização


do teste de diagnóstico.
Odds Pré-Teste

Estimativa antes do teste de diagnóstico da probabilidade do doente ter a


doença dividida pela probabilidade de o doente não ter a doença.
Odds Pós-teste

Estimativa que resulta do produto do Odds Pré-teste da


doença e da Razão de Versomilhança Positiva (LR+).

Probabilidade Pós-Teste
Teorema de Bayes
O Teorema de Bayes mostra a relação entre uma probabilidade
condicional e a sua inversa; por exemplo, a probabilidade de
uma hipótese dada a observação de uma evidência e a
probabilidade da evidência dada pela hipótese.

Se os resultados dos testes forem negativos, qual a


probabilidade de que esse paciente não tenha a doença?
Se os resultados dos testes forem positivos, qual a
probabilidade de que o paciente tenha a doença?
O QUE SÃO?
• Conceito
• A finalidade é descrever ou caraterizar o processo saúde – doença. (o que que um indivíduo saudável fez que o
tornou numa pessoa doente)

COMO SÃO CLASSIFICADOS? • Saudável • Doente

• Classificação
• O objetivo é agrupar os estudos mais semelhantes. Existem várias
classificações segundo vários autores, daí ser um ponto um pouco
controverso.

estudos epidemiológicos
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TIPOS DE CLASSIFICAÇÕES
• 1 - Quanto à unidade em estudo
• Estuda-se um indivíduo específico ou uma população no âmbito geral.
• Estudo Índividual – fazer estudo através de questionários individuais.
• Estudo Ecológico – fazer estudo a partir de uma população ou comunidade sem
interrogarmos cada indivíduo. Obtém-se dados a partir de fontes secundárias.

• 2 - Quanto à intervenção do investigador


• a) Intervém diretamente no estudo. (Ele determina quem são os indivíduos
doentes e os não doentes.) Por exemplo: ele dá um determinado medicamento a um grupo e
a outro não dá. Ou a um grupo expõe os indivíduos a um determinado factor e ao outro não.

• b) Apenas observa. (Ele deixa que a natureza determine o curso do estudo)

estudos epidemiológicos
80
TIPOS DE CLASSIFICAÇÕES

• 3 - Quanto ao propósito geral


• O estudo visa descrever o processo saúde – doença. Ocorre quando ainda a doença é muito
recente, ainda estamos a conhecer os primeiros sinais e sintomas e é exemplificado com os
relatos de casos. Estamos a descrever a doença.

• O estudo visa comparar grupos, ver diferenças. São estudos mais elaborados e mais utilizados
hoje em dia.

estudos epidemiológicos
81
TIPOS DE ESTUDOS
• Existem 8 tipos de estudos:
• (podemos classificar cada tipo de estudo segundo os 3 tipos de classificações já mencionados nos diapositivos 3 e 4)

• 1 - Relato de caso; • 5 - Coorte;

• 2 - Série de casos; • 6 - Caso-controle;


• 3 - Correlação (Ecológico); • 7 - Ensaios clínicos;
• 4 - Transversal; • 8 – Metanálises.

estudos epidemiológicos
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TIPOS DE ESTUDOS
• 1 - Relato de caso e 2 - Série de casos:
• São dois tipos de estudos muito semelhantes.
• A diferença é que no 1º tipo pega-se na história de um caso específico e descreve-se tudo desde o início, o que aconteceu, os exames e a evolução do paciente – Podemos considerar
que é um estudo descritivo (ver diap. 4).
• No 2º tipo utilizamos mais do que um caso para descrever.

• 3 - Correlação (Ecológico):

• Tal como o nome indica é um tipo de estudo ecológico, como o critério de classificação quanto à
unidade de estudo. Neste tipo estudamos a população de forma indireta, ou seja, a partir de um
dado um banco de dados coletados rotineiramente como fonte de dados oficiais (OMS, registros
nacionais...), analisam-se as variáveis e formulam-se as hipóteses.. São rápidos e de baixo custo, já
que dispensam amostragens, entrevistas, fichas ou exames clínicos.

estudos epidemiológicos
83
TIPOS DE ESTUDOS
• 4 - Transversal
• Observa-se a população alvo num curto período de tempo. Estuda-se numa única oportunidade
2 variáveis, a saber: a independente e a dependente. Definição de caso/critério diagnóstico, por
exemplo: – alcoolismo, é um factor causal que pode provocar lesões em praticamente todos os
órgãos do corpo, incluindo o cérebro. A variável independente é o alcoolismo, enquanto a variável
dependete seria a doença propriamente dita que poderia ser, por exemplo Hepatite alcoólica, no
fígado, depende de um factor causal para ocorrer a doença.
• São fáceis e económicos, com duração de tempo relativamente curta.

• 5 - Coorte
• O investigador escolhe a população com base da variável independente. No caso dado
anteriormente, o alcoolismo, escolhem-se pessoas que são já alcoólicas e acompanham-se ao longo
do tempo até esperar que a doença apareça. Este tipo de estudo fornece melhores informações
sobre as causas de uma doença. São estudos longitudinais que permitem medir a incidência dos
efeitos da exposição. Permitem ainda estudar a história natural de uma doença.
• São muito úteis para a determinação do risco, Implicam alto custo e longo período de tempo.

estudos epidemiológicos 84
TIPOS DE ESTUDOS
• 6 – Caso-controle
• O investigador escolhe a população com base na variável dependente, ou seja escolhemos
indivíduos com Hepatite alcoólica no fígado e sem esta doença. Depois compara-se as duas
populações. Investiga-se o passado dos individuos, saber se beberam antes, por quanto tempo
beberam.
• Melhor estudo para doenças raras, é rápido e barato.

• 7 – Ensaios clínicos
• Estudo tipicamente experimental ou de intervenção. O próprio investigador escolhe quem é
exposto e quem não é, ou seja escolhe-se uma determinada população para iniciar o estudo e
depois é ele próprio que escolhe quem é o grupo de indivíduos que são expostos ao fármaco ou
outra coisa e quem não é.

estudos epidemiológicos
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TIPOS DE ESTUDOS
• 8 – Metanálises
• O investigador pesquisa vários estudos que já foram elaborados e analisa-os de uma forma geral.
A partir desta análise global de todos os estudos, o investigador vai tentar chegar a alguma
conclusão que não tenha sido encontrada em cada estudo que pesquisou.

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estudos epidemiológicos

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