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Tema: Sistemas de ventilação e condicionamento do ar

Introdução
O presente trabalho da cadeira de Higiene e Segurança no Trabalho
que ora apressentamos, retrata de uma maneira concisa sobre os
Sistemas de ventilação e condicionamento do ar.

A qualidade do ar interior de um recinto é considerada aceitável


quando não contem poluentes em concentrações consideradas
prejudiciais à saúde, e é percebido como satisfatório por grande
maioria (80% ou mais) dos ocupantes do recinto.
Cont…
Os critérios para a selecção dos poluentes (substâncias químicas) para o
desenvolvimento das Directrizes da OMS para o ar interior, devem
entrar em conta com a existência de fontes interiores, disponibilidade
de dados toxicológicos e epidemiológicos. Para cada poluente, a OMS
recomenda que:
1. Fontes interiores e vias de exposição.
2. Níveis interiores actuais e relação com os níveis exteriores.
3. Efeitos na saúde (efeito não cancerígeno e cancerígeno) (para a
população em geral e para grupos susceptíveis identificados).
4. Qualidade do Ar em Espaços Interiores |
5. Avaliação de risco para a saúde humana
6. Directrizes e orientação.
Objectivos
Geral
• Estudar sobre os sistemas de ventilação e condicionamento do ar.
Específicos
• Identificar os tipos de sistemas de ventilação;
• Falar sobre a qualidade do ar interior ;
• Falar sobre os efeitos adversos à saúde devido a falta de qualidade do
ar interior;
• Identificar os parâmetros indicativos da qualidade do ar interior;
• humana.
Cont…

• Falar do papel do sistema de condicionamento de ar no alcance da


qualidade do ar interior;

• Identificar os principais poluentes presentes em ambientes internos,


suas fontes e seus efeitos adversos a saúde
Metodologia
Segundo Lakatos e Marconi (1999) a pesquisa pode ser considerada
um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que
requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se
reconhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.

A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi, as


consultas bibliográficas de manuais que tratam de uma maneira
sucinta sobre o assunto em alusão na web.
Sistemas de ventilação e condicionamento do ar

Ventilação
• Segundo Oliveira, “O processo de ventilação tem como objetivo a
limpeza e o controlo das condições do ar, para que o Homem e as
Máquinas “convivam” no mesmo espaço”. (s.d., p.2).

• Grande parte das indústrias gera resíduos e desperdícios que, caso


não recebam tratamento, poluem a atmosfera. O sistema de
ventilação vem resolver parte desse problema.
Tipos de sistemas de ventilação
• Existem dois tipos de sistemas de ventilação, sistemas de ventilação
simples e sistemas de ventilação complexos.

Sistemas de ventilação simples

• Para Gonçalo (2014), o sistemas de ventilação simples, são aqueles


constituídos pelo ventilador somente (os “circuladores de ar”, de
tecto, de coluna ou de mesa), os sistemas formados por um único
ventilador e duto de insuflamento.
Sistemas de ventilação complexos
Nestes sistemas, a característica principal é a grande quantidade de
ambiente que são atendidos pelo ar insuflado e/ou exaurido através de
um conjunto complexo de dutos, interligados, ramificados, etc.
Destes sistemas de ventilação, podem ser ainda do tipo diluído
(introdução de um caudal de ar limpo com o objectivo de diluir as
concentrações de poluentes) e do tipo local (mais próximo possível
da fonte emissora para evitar que os poluentes entrem em contacto
com o operador)
Qualidade do ar interior
• No começo da década de 80 foram realizados cerca de 5000
estudos relatando a existência da chamada “Síndrome dos Edifícios
Doentes. A síndrome foi definida pela OMS (Organização Mundial
da Saúde) em 1983, caracterizada por acometer as edificações em
que estatisticamente se reportavam sinais de agravo à saúde do
trabalhador, decorrentes de sua permanência no ambiente interno.
Desde então, maior preocupação tem sido dispensada ao projecto
de mobiliário, materiais de acabamento, sistemas de ventilação,
filtragem e controle climático para o alcance dos parâmetros
mínimos de qualidade do ar interior (QAI) em edificações.
Efeitos adversos à saúde devido a falta de qualidade do ar
interior
A Organização Mundial da Saúde define a saúde como “um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doenças”. Higgins (1983) define um efeito adverso à saúde como uma
“mudança biológica que reduz o sentimento de bem-estar ou a
capacidade funcional”. Hess-Kosa (2002) indica dados em que a
poluição interna em ambientes climatizados artificialmente é em
média de 2 a 5 vezes maior do que a externa.
Os efeitos na saúde dos ocupantes dependem do tipo do contaminante, de sua

concentração, do tempo de exposição e da suscetibilidade dos ocupantes.

Parâmetros indicativos da qualidade do ar interior

A Abrava (2011) define a falta de Qualidade do ar interior de um recinto quando


mais de 20% de seus ocupantes apresentam reclamações de efeitos adversos à
saúde relativos ao local, que desaparecem quando aqueles deixam o recinto por
um período prolongado. Caso haja um estudo epidemiológico que produza
dados por um tempo suficiente, pode ser classificada a “Síndrome do Edifício
Doente”.
O papel do sistema de condicionamento de ar no
alcance da qualidade do ar interior
Reinmuth (1999) define uma instalação de condicionamento de ar
como aquela que provê, além da ventilação dos recintos, tratamento
das propriedades termodinâmicas do ar interior. Este tratamento
emprega processos como o aquecimento e/ou resfriamento para
controle de temperatura; umidificação e/ou desumidificação para
controle da umidade.
Descrição geral dos contaminantes aéreos
O ar atmosférico é uma mistura homogênea de gases, dos quais os
principais são o Nitrogênio (N2 ) e o Oxigênio (O2 ). A concentração dos
contaminantes aéreos externos (atmosféricos) varia em função da
localidade, e de sua proximidade a centros urbanos, florestas, áreas
marítimas, áreas de erosão e áreas industriais.
Para Ashrae, (2001a), as estratégias de contenção dos contaminantes
aéreos internos incluem:
Isolamento da fonte (com pressão negativa);
Exaustão local;
Ventilação geral diluidora;
Filtragem.
Cont…
O sistema de condicionamento de ar passa a ter um papel fundamental
no controle dos contaminantes aéreos, uma vez que é o responsável
pela ventilação dos recintos, além do tratamento do ar. Este tratamento
envolve processos como filtragem, resfriamento e desumidificação, que
devem ser correctamente dimensionados para contribuir na remoção
de particulados e na inibição da proliferação de microorganismos. Tal
sistema, se não for correctamente mantido e operado, pode vir a se
tornar uma fonte de amplificação de contaminantes. (ASHRAE, 2001d).
Principais poluentes presentes em ambientes internos,
suas fontes e seus efeitos adversos a saúde humana
Os poluentes presentes no ambiente interior são trazidos pelo ar exterior de
ventilação e originados no recinto ou no próprio sistema de
condicionamento de ar.

Monóxido de carbono (CO)

O monóxido de carbono (CO) é um gás tóxico, incolor e inodoro. É um


produto da combustão incompleta de substâncias que contém carbono, ou
seja, forma-se na combustão de carbono com uma quantidade limitada de
ar.
As principais fontes de CO são: queima incompleta de combustível fóssil,
aquecedores a gás ou querosene, fogão, fumaça de cigarro. Em áreas urbanas,
do total do monóxido de carbono emitido para a atmosfera, mais de 90% pode
ser de origem veícular (EPA, 2008). Mesmo sendo gerados em maior quantidade
em ambientes externos, esses poluentes estão presentes em ambientes
internos, devido à entrada por sistemas de condicionamento de ar.

O CO é tóxico porque forma um complexo com a hemoglobina do sangue,


carboxihemoglobina, que é mais estável que a oxihemoglobina, impedindo,
assim, a hemoglobina das hemácias de transportar oxigênio pelo corpo. A
deficiência de oxigênio leva à inconsciência e posteriormente à morte.
Dióxido de Carbono
O dióxido de carbono (CO2 ) é um gás incolor, inodoro e não é inflamável, é
produzido por um processo de combustão completo de combustíveis fósseis e
também por processos metabólicos. É um asfixiante e, também, pode actuar
como irritante no sistema respiratório. A exposição a concentrações
extremamente altas, acima de 30.000 ppm, causa danos significantes à saúde
humana. (QUADROS et al, 2008).

Do ponto de vista biológico, o dióxido de carbono é importante na fotossíntese,


processo pelo qual as plantas verdes sintetizam glicose a partir de CO2 . Toda a
vida, seja animal ou vegetal, depende desse processo.
Cont…
A concentração interna do CO2 depende dos seus níveis externos e da sua
taxa de produção dentro do ambiente (CARMO & PRADO, 1999).

De acordo com Trenberth et al (2007), a concentração global de dióxido


de carbono na atmosfera aumentou de 280 ppmv (partes por milhão em
volume) para 379 ppmv. Houve um aumento médio de 1,4 ppmv de 1960
a 2005, sendo que a faixa natural dos últimos 650.000 anos é de 180 a
300 ppmv. Sua concentração continua aumentando 0,5% por ano, o que é
preocupante uma vez que o gás carbônico contribui activamente para
aumentar o efeito estufa (MOUVIER, 1997).
Óxidos de nitrogénio
Segundo a EPA, óxidos de nitrogênio, ou NOX, é um termo genérico para um
grupo de gases altamente reactivo, todos eles contêm nitrogênio e oxigênio em
quantidades variáveis. Muitos óxidos de nitrogênio são incolores e inodoros.
São formados quando o combustível é queimado a altas temperaturas.
As fontes primárias de NOX são os motores dos veículos, utilidades eléctricas, e
fontes industriais, comerciais ou rsidenciais que queimam combustíveis.
O óxido nítrico (NO) é um gás venenoso, incolor e inodor, produzido em
combustões a alta temperatura. O NO reage rapidamente com o oxigênio do ar,
produzindo o dióxido de nitrogênio ( NO2 ), gás muito tóxico, castaenho
avermelhado e com um cheiro forte.
Cont…
De acordo com Carmo & Prado (1999), o dióxido de nitrogênio é altamente
reatcivo, ele pode interagir com as superfícies internas e com o mobiliário.
O tráfego de veículos é sua principal fonte. Entretanto, fontes internas que
queimem combustíveis orgânicos, tais como, fogões a gás e aquecedores de
ambiente, além de fumaça de cigarro também são relevantes.

Os problemas associados aos óxidos de nitrogênio não estão limitados às


áreas onde são emitidos, uma vez que podem ser transportados a longas
distâncias (EPA, 2008). A seguir são apresentados os principais impactos do
NOX no ambiente e na saúde:
Cont…
É um dos principais compostos envolvidos na formação do nível de
ozônio no solo (Smog), que pode dar início a problemas respiratórios
sérios;
Contribuem para a formação da chuva ácida que deteriora carros,
edifícios, monumentos históricos e faz com que rios e lagos tornem-
se acidificados e impróprios para muitos peixes;
Contribuem com a sobrecarga de nutrientes que deteriora a
qualidade da água;
Contribuem para o aquecimento global;
Reagem formando partículas de nitrato, aerossóis ácidos, como o
NO2, que também podem causar problemas respiratórios e morte
prematura.
Dióxido de enxofre (SO2)
O dióxido de enxofre é um gás incolor com um cheiro asfixiante
característico. É um dos produtos da combustão de combustíveis fósseis, tais
como carvão e óleo, sendo usado e liberado na atmosfera em muitos
processos industriais. (CARMO & PRADO, 1999).

O dióxido de enxofre prejudica a saúde humana. É altamente solúvel em água


e, por isso, é rapidamente absorvido pelo muco nas membranas do sistema
respiratório, além de ser muito prejudicial aos olhos. Em contacto com a água
forma-se ácido sulfúrico (H2 SO4 ) e ácido sulfuroso (H2SO3)(CARMO &
PRADO, 1999).
Impactos do SO2 no ambiente e na saúde
• Contribui para doenças respiratórias, particularmente em crianças e em
idosos, e agrava doenças do coração e do pulmão;
• Contribui para a formação da chuva ácida, formada quando o dióxido de
enxofre reage com a umidade da atmosfera produzindo ácido sulfúrico,
agente corrosivo que danifica árvores, prédios e monumentos históricos,
estátuas que ficam expostas ao ar livre, e faz com que os solos, os lagos e
os rios fiquem ácidos;
• Contribui para a formação de partículas atmosféricas que causa danos
visíveis em parques nacionais.
Amônia (NH3)
A amônia é um gás incolor de odor característico e sufocante, não é
inflamável, mas é tóxico e corrosivo, dissolve-se facilmente em água
liberando calor. Pode ser facilmente condensado em um líquido
mediante frio e pressão e, por isso, era muito utilizada com gás de
refrigeração. É muito comum em banheiros, por ser o principal gás
liberado pela urina (CARMO & PRADO, 1999).
Compostos orgânicos voláteis (COVs)
Composto Orgânico Volátil é, por definição, uma substância cuja pressão de
vapor a 20°C é inferior à pressão atmosférica normal (1,013x105 Pa) e maior
do que 130 Pa. É uma classe de contaminantes com características bem
diferentes dos outros poluentes atmosféricos. Sua análise é feita
vulgarmente por cromatografia gasosa com detecção por ionização em
chama ou espectrometria de massa. (ALVES et al, 2006).
De acordo com a EPA (2008), os COVs acarretam diversos efeitos na saúde,
tais como: irritação nos olhos, no nariz e na garganta; dores de cabeça, perda
de coordenação, náusea; danos no fígado, rim e sistema nervoso central.
Alguns compostos podem causar câncer em animais; alguns são suspeitos ou
conhecidos por causar câncer em humanos.
Formaldeído (HCOH)
Formaldeído ou metanal é um composto químico que pertence ao
conjunto de substâncias conhecidas como aldeídos, que se
caracterizam pela presença do grupo funcional-CHO, aldoxila ou
formila, na molécula.
O formaldeído é um dos compostos orgânicos voláteis de maior
importância, por isso está separado dos demais COVs. É um dos
poluentes da qualidade interna do ar que pode ser medido facilmente.
(CARMO & PRADO, 1999).
Materiais particulados
A matéria particulada é a forma mais visível de poluição do ar, dentre os inúmeros
poluentes encontrados no interior dos ambientes.
Material particulado é o termo utilizado para designar uma mistura física e química
de partículas sólidas e gotas de líquidos presentes em suspensão no ar. Pode ser de
origem natural, como por exemplo: pólens, poeiras e vulcões, ou artificial, como:
motores de veículos, caldeiras industriais, fumaça do cigarro.
Efeitos adversos à saúde podem ser previstos baseados no conhecimento da
composição da matéria particulada presente no ambiente fechado, que é bastante
variada, constituindo-se de esporos de mofo, fibras sintéticas, amianto, restos de
insectos e comida, pólen, aerossóis de produtos de consumo, como por exemplo,
desodorante, fixador de cabelos.
Asbesto
Asbesto é um termo que descreve seis ocorrências naturais de minerais
encontrados naturalmente no meio ambiente.

As mais perigosas fibras de asbesto são muito pequenas para serem vistas a olho
nu, podendo permanecer no ar por muito tempo, e quando inaladas podem se
acumular nos pulmões. Os sintomas provocados pelo asbesto não são sentidos de
imediato, somente após muitos anos depois da primeira exposição. Pode causar
câncer de pulmão e asbestose, sendo que os fumantes estão entre os de maior
risco de desenvolver asbestos ocasionando em câncer de pulmão. Pessoas que
tem asbestose foram expostas a níveis altíssimos de asbestos durante bastante
tempo. (EPA, 2008).
Radônio (Rn)
Radônio é um gás incolor, sem cheiro e radioactivo, produzido pelo
decaimento radioactivo de minerais de rádio e tório. Ele está presente
nos solos, águas freáticas, e em inúmeros materiais de construção, tais
como: concreto, pedras e tijolos, de argila, mármore e arenito.
Os mecanismos de penetração em locais fechados variam muito. O
radônio que se origina no solo pode entrar nesses lugares através de
fissuras e rachaduras localizadas no alicerce do prédio, paredes e lajes.
(BRICKUS & NETO, 1999).
Conclusão
Com este trabalho de pesquisa pretendia-se, enquanto objectivo principal, falar sobre
os sistemas de ventilação e condicionamento do ar.

Pudemos em notas conclusivas aflorar que efectivamente, o tempo que as


populações despendem no interior dos edifícios é muito significativo, nomeadamente
em ambientes interiores especiais como as instituições e habitações. Daí, há uma
toda necessidade de se evitar passar muito tempo em ambientes interiores fechados
e minimizar a produção de gases poluentes da atmosfera, pelo menos os provocados
pelo homem..
Bibliografia
ABRAVA. “Termômetro para a saúde do ambiente.”, Revista Abrava, Edição nº.288, pp. 22-26, Fevereiro
2011.

ALVES, C.; PIO, C.; GOMES, P. Determinação de hidrocarbonetos voláteis e semi-voláteis na


atmosfera. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 477-488, 2006.

ASHRAE. Thermal environmental conditions for human occupancy. Standard 55-1992.

EPA (ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY). How nitrogen oxides affect the way we live and
breathe. Disponível em: <http://www.epa.gov/air/urbanair/nox/noxfldr.pdf>. 2008.

HESS-KOSA, K. Indoor Air Quality: Sampling Methodologies, Boca Raton, CRC Press, 2002.

HIGGINS, L.T.T. “What is an adverse health effect?”, APCA Journal, 33, 1983.

MOUVIER, G. A Poluição Atmosférica. Série Domínio, Ed. Ática, São Paulo, 1997.
Obrigado pela vossa atenção!

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