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Psicologia de

Grupo
e
Análise do Ego

Freud,1921
Gustave Le Bon
• (7 de maio de 1841 – 13 de dezembro de 1931)foi um
psicólogo social, sociólogo e físico amador francês. Foi o
autor de várias obras nas quais expôs teorias de
características nacionais, superioridade racial e
comportamento de manada e psicologia das massas. Sua
obra sobre psicologia de massas tornou-se importante na
primeira metade do século XX, quando foi usada por
pesquisadores da mídia tais como Hadley Cantril e
Blumer, para descrever as reações de grupos
subordinados à mídia.
I. A descrição de Le Bon na Mente
Grupal
Sob certa condição grupal o indivíduo
sente, pensa e age de maneira
completamente diferente daquela que
se apresentaria se sentisse, pensasse e
agisse se estivesse sozinho.

Essa condição o insere num grupo


de pessoas que adquiriu as
características de um “grupo
psicológico”
A partir daí questiona-se:

1. O que é um “grupo”?

2. Como este grupo adquire a


capacidade de exercer influência sobre a
vida mental do indivíduo?

3. Qual a natureza da ação mental que


essa influência força no indivíduo?
Concepção de LE BON da Mente Coletiva
Não importa quem são os indivíduos que compõem um
grupo psicológico, suas semelhanças ou
dessemelhanças, eles formarão uma mente coletiva
que os fará pensar, sentir e agir de maneira diferente
daquela que pensariam, sentiriam e agiriam em
isolamento;

O grupo psicológico é um ser provisório, formado


por elementos diferentes entre si, mas que formam
uma estrutura completamente diferente da
estrutura de cada um de seus membros;

Como o corpo humano, que é formado por células


completamente diferentes entre si, mas que formam
um todo, por sua vez diferente das células que o
formaram.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

As características O inconsciente As características


comuns racial emerge, conscientes
apresentadas por inumeráveis individuais dão
um indivíduo em características lugar às funções
isolamento comuns, inconscientes
somem num transmitidas de semelhantes em
grupo, fazendo geração a todos os
com que sua geração, que indivíduos.
identidade se constituem o
desfaça. gênio de uma
raça.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva
No grupo, o indivíduo apresenta novas características
que não possuía antes. E Le Bon aponta três motivos :

1º. Poder invencível: 2º. Contágio: 3º. Sugestão:


Pelo número de Num grupo, todo Causa do contágio,
indivíduos que compõem sentimento e todo ato são determina nos indivíduos
tal grupo, e por ser um contagiosos, a tal ponto de um grupo
grupo anônimo, que o indivíduo características especiais
irresponsável, o imediatamente sacrifica que são às vezes
sentimento de seu interesse pessoal pelo inteiramente contrárias às
responsabilidade interesse coletivo; apresentadas pelo
desaparece inteiramente; indivíduo isolado.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Esses três motivos são causados por um estado que se


assemelha a fascinação, fenômeno este similar aquele
engendrado pelo hipnotizador.
A personalidade consciente desaparece, a vontade e o
discernimento se perderam. Todos os sentimentos e o
pensamento inclinam-se na direção determinada pelo
hipnotizador.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Sob a influência de uma sugestão, o grupo


empreenderá a realização de certos atos com
irresistível impetuosidade. Essa impetuosidade
é ainda mais irresistível no caso dos grupos do
que no do sujeito hipnotizado, porque, sendo
a sugestão a mesma para todos os indivíduos
do grupo, ela ganha força pela reciprocidade.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

“O desaparecimento da personalidade consciente, a


predominância da personalidade inconsciente, a
modificação por meio da sugestão e do contágio de
sentimentos e idéias numa direção idêntica, a
tendência a transformar imediatamente as idéias
sugeridas em atos, são as características principais do
indivíduo que faz parte de um grupo. Ele não é mais
ele mesmo, mas transformou-se num autômato que
deixou de ser dirigido pela sua vontade”.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

- Ao fazer parte de um grupo organizado, um homem


desce vários degraus na escada da civilização. Isolado,
pode ser um indivíduo culto; numa multidão, é um
bárbaro, ou seja, uma criatura que age pelo instinto.

- Possui a espontaneidade, a violência, a ferocidade, o


entusiasmo e o heroísmo dos seres primitivos.
- Há uma redução da capacidade intelectual do
indivíduo, ao se fundir num grupo.

A mente grupal é semelhante à vida mental dos povos


primitivos e à das crianças.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva
Tal como uma criança, um grupo:
- Possui sentimento de onipotência, - Não possui dúvida quanto ao que é
ou seja o impossível não existe; verdade ou erro;
- É impulsivo, mutável e irritável; - É extremamente crédulo e aberto - Tem consciência de sua grande força;
- É levado, exclusivamente, pelo seu à influência; - É tão intolerante quanto obediente à
inconsciente; - Não acredita no improvável; autoridade;
- Obedece aos impulsos de acordo - Pensa por imagens que se ligam - Respeita a força e julga a bondade
com as circunstâncias; por meio de associações, cuja uma fraqueza, embora às vezes possa
- Impulsos esses tão imperiosos que concordância não é conferida com a se deixar levar por atos benévolos;
ultrapassam os instintos de realidade;- - Exige força e violência de seus heróis;
autopreservação; - Possui sentimentos simples e - Quer ser dirigido, oprimido e temer
- Age sem premeditar seus atos; exagerados; seus líderes;
- É incapaz de perseverança; - Não conhece a dúvida nem a - É profundamente conservador e tem
incerteza; aversão à inovações e progressos;
Não admite demora na realização
- Respeita as tradições de maneira
de seus desejos; - Vai diretamente a extremos (um ilimitada.
traço de antipatia se transforma em
ódio furioso).
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Quando indivíduos se reúnem num grupo, todas as suas inibições


individuais caem e todos os instintos cruéis, brutais e destrutivos,
que neles jaziam adormecidos, como relíquias de uma época
primitiva, são despertados para encontrar gratificação livre.

Mas, sob a influência da sugestão, os grupos também são


capazes de elevadas realizações sob forma de abnegação,
desprendimento e devoção a um ideal.

Ao passo que com os indivíduos isolados o interesse pessoal é


quase a única força motivadora, nos grupos ele muito
raramente é proeminente.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Um grupo, ainda, está sujeito ao poder verdadeiramente


mágico das palavras, que podem evocar as mais formidáveis
tempestades na mente grupal, sendo também capazes de
apaziguá-las. Elas são proferidas com solenidade na presença
dos grupos e, assim que foram pronunciadas, uma expressão
de respeito se torna visível em todos os semblantes e todas as
cabeças se curvam. Por muitos, são consideradas como forças
naturais ou como poderes sobrenaturais.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Os grupos nunca ansiaram pela verdade. Exigem


ilusões e não podem passar sem elas.
Constantemente dão ao que é irreal precedência
sobre o real; são quase tão intensamente
influenciados pelo que é falso quanto pelo que é
verdadeiro. Possuem tendência evidente a não
distinguir entre as duas coisas.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Os neuróticos se guiam não é a realidade


objetiva comum, mas a realidade
psicológica;

Um sintoma histérico baseia-se na


fantasia, em vez de na repetição da
experiência real;

O sentimento de culpa na neurose


obsessiva fundamenta-se no fato de uma
intenção má que nunca foi executada.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Como nos sonhos e na hipnose, nas operações mentais de


um grupo a função de verificação da realidade das coisas
cai para o segundo plano, em comparação com a força
dos impulsos plenos de desejo com sua catexia afetiva.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Tema: Líderes de Grupo


Assim que seres vivos
Possui tal anseio de
se reúnem em certo
obediência, que se
número, sejam eles um Um grupo é um
submete
rebanho de animais ou rebanho obediente,
instintivamente a
um conjunto de seres que nunca poderia
qualquer um que se
humanos, se colocam viver sem um senhor.
indique a si próprio
instintivamente sob a
como chefe.
influência de um chefe
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

O líder:
deve ajustar-se ao grupo em suas qualidades pessoais;

Deve ser fascinado por uma Le Bon acredita que os


líderes se fazem notados
intensa fé (numa idéia), a fim por meio das idéias em
de despertar a fé do grupo; que eles próprios
acreditam fanaticamente.
Tem de possuir vontade Atribui tanto às idéias
forte e imponente, para quanto aos líderes um
que o grupo, que não poder misterioso e
tem vontade própria, irresistível, a que chama
possa dele aceitar. de ‘prestígio’.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

O prestígio, na concepção de Le Bon:

Paralisa Parece que


É uma espécie de
inteiramente desperta um
domínio exercido
nossas faculdades
sobre nós por um sentimento como
críticas e
indivíduo, um o da ‘fascinação’
enchenos de
trabalho ou uma na hipnose
admiração e
idéia.
respeito.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva

Prestígio
Prestígio pessoal:
Prestígio adquirido ou artificial:
Liga-se a umas poucas pessoas,
Liga às pessoas em virtude de
que se tornam líderes por meio
seu nome, fortuna e reputação,
dele, e tem o efeito de fazer com
e a opiniões, obras de arte etc.
que todos as obedeçam como se
em virtude da tradição, ou seja,
fosse pelo funcionamento de
remonta ao passado.
alguma magia magnética.
Concepção de LE BON da Mente Coletiva
Nenhuma das afirmativas desse autor apresentou algo de novo.
Tudo o que diz em detrimento e depreciação das manifestações
da mente grupal, já fora dito por outros antes dele, com igual
nitidez e igual hostilidade,por pensadores, estadistas e escritores
desde os primeiros períodos da literatura.

As duas teses, que abrangem as mais importantes


opiniões de Le Bon, são as que tocam na inibição
coletiva do funcionamento intelectual e na
elevação da afetividade nos grupos.

O que resta de peculiar a Le Bon são as duas


noções do inconsciente e da comparação com a
vida mental dos povos primitivos, e mesmo estas
já haviam sido mencionadas antes dele.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE
McDOUGALL

Um ‘grupo’ não possui organização alguma, ou uma que


mal merece esse nome.;

Descreve um grupo dessa espécie como sendo uma


‘multidão’;

Admite, porém, que uma multidão de seres humanos


dificilmente pode reunir-se sem possuir, pelo menos, os
rudimentos de uma organização.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE
McDOUGALL

Mas para que um grupo se forme é preciso Quanto mais alto o grau dessa
que os indivíduos tenham algo em comum ‘homogeneidade mental’, mais
uns com os outros, um interesse comum
num objeto, uma inclinação emocional
prontamente os indivíduos constituem
semelhante numa situação ou noutra e um grupo psicológico e mais notáveis
certo grau de influência recíproca. são as manifestações da mente grupal
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

A maneira pela qual os indivíduos são


arrastados por um impulso comum é
explicada por McDougall através do
que chama de ‘princípio da indução
direta da emoção por via da reação
simpática primitiva’.

É a ‘exaltação ou intensificação
de emoção’ produzida em cada
membro do grupo.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

Princípio da indução direta da emoção


por via da reação simpática primitiva:
Num grupo as emoções dos homens são Quanto mais grosseiros e simples são os
excitadas até um grau que raramente ou impulsos emocionais, mais aptos se
nunca atingem sob outras condições, e encontram a propagar-se através de um
essa entrega constitui experiência tão
agradável para os interessados, que eles grupo.
entregam-se às suas paixões, fundem-
se, assim, num grupo, e perdem o
senso dos limites de sua
individualidade.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

Esse mecanismo de intensificação da emoção é favorecido por


algumas outras influências que emanam dos grupos:

- Um poder ilimitado; - Torna-se o substituto - Obriga o indivíduo a


de toda a sociedade colocar sua antiga
humana; ‘consciência’ fora de
- Um perigo insuperável; ação e a entregar-se à
atração do prazer
aumentado.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

As mentes de inteligência inferior fazem com que as de


ordem mais elevada desçam a seu próprio nível;

Estas últimas são obstruídas em sua atividade, porque a


intensificação da emoção cria condições desfavoráveis
para o trabalho intelectual correto;

Os indivíduos são intimidados pelo grupo e sua atividade


mental não se acha livre;
Há uma redução, em cada indivíduo, de seu senso de
responsabilidade por seus próprios desempenhos.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL
Características do grupo “não organizado” simples:
- É excessivamente emocional, impulsivo, violento,
inconstante, contraditório e extremado em sua ação;
- Apresenta apenas as emoções rudes e os sentimentos
menos refinados;

- É extremamente sugestionável, descuidado nas


deliberações, apressado nos julgamentos, incapaz de
qualquer forma que não seja a mais simples e imperfeita das
formas de raciocínio;
- Facilmente influenciado e conduzido;

- Desprovido de autoconsciência, despido de auto-respeito e de senso


de responsabilidade;
- Apto a ser conduzido pela consciência de sua própria força, tendendo
a produzir todas as manifestações esperadas de um poder
irresponsável e absoluto;
- Seu comportamento assemelha-se ao de uma criança indisciplinada
ou de um selvagem passional e desassistido numa situação estranha.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

O autor enumera cinco ‘condições principais’ para a elevação da


vida mental coletiva a um nível mais alto:

Primeira e fundamental condição: Segunda condição:


Cada membro do grupo deve se
Tem de haver certo grau de continuidade de existência no formar uma idéia definida da
grupo. Esta pode ser material ou formal: material, se os natureza, composição, funções e
mesmos indivíduos persistem no grupo por certo tempo, capacidades do grupo, de maneira
formal, se desenvolveu dentro do grupo um sistema de que, a partir disso, possa
posições fixas que são ocupadas por uma sucessão de desenvolver uma relação emocional
indivíduos. com o grupo como um todo.

Terceira condição: Quarta condição: Quinta condição:


O grupo deve ser colocado O grupo deve possuir O grupo deve ter estrutura
em interação (talvez sob a tradições, costumes e definida, expressa na
forma de rivalidade) com hábitos, tais que especialização e
outros grupos semelhantes, determinem a relação de diferenciação das funções
mas que dele difiram em seus membros uns com os de seus constituintes.
muitos aspectos. outros.
A CONCEPÇÃO DE MENTE GRUPAL DE McDOUGALL

- Se essas condições forem satisfeitas, afastam-


se as desvantagens psicológicas das formações
de grupo;
- A redução coletiva da capacidade intelectual é
evitada retirando-se do grupo o desempenho
das tarefas intelectuais e reservando-as para
alguns membros dele;
FATO FUNDAMENTAL DA PSICOLOGIA DE
GRUPO

- Constitui as duas teses apresentadas


por Le Bon e McDougall, relativas à
intensificação das emoções e à inibição
do intelecto nos grupos primitivos,
encontradas nos grupos psicológicos.

Os grupos se distinguem por sua


especial sugestionabilidade, na
realidade um fenômeno irredutível
e primitivo, um fato fundamental
na vida mental do homem.
SUGESTÃO E LIBIDO
Freud parte da libido para explicar
alguns aspectos próprios dos grupos.
Por libido entende todo e A pesquisa psicanalítica Em outras circunstâncias, são
qualquer amor, não só aquele postula que todas essas desviados desse objetivo ou
que tem a união sexual como tendências constituem impedidos de atingi-lo.
objetivo, mas aquele que expressão dos mesmos
abrange também o amor impulsos instintuais da libido.
próprio, o amor pelos pais e As relações amorosas
pelos filhos, a amizade e o constituem também a
amor pela humanidade em Nas relações entre os sexos, essência da mente grupal.
geral, bem como a devoção a esses impulsos forçam seu
objetos concretos e a idéias caminho no sentido da união
abstratas. sexual.
SUGESTÃO E LIBIDO
Essa última hipótese encontra apoio em
duas reflexões de rotina:
Primeiro, a de que um grupo é Segundo, a de que, se um indivíduo
claramente mantido unido por um abandona a sua distintividade num
poder de alguma espécie; para grupo e permite que seus outros
Freud, essa façanha deve ser membros o influenciem por
atribuída a Eros, que mantém unido sugestão, isso indica que o faz por
tudo o que existe no mundo. sentir necessidade de estar em
harmonia com eles, de preferência a
estar em oposição a eles.
DIFERENTES TIPOS DE GRUPOS

É possível distinguir tipos muito diferentes de


grupos e linhas opostas em seu desenvolvimento:
- Efêmeros; - Naturais; -Organizados, com
- Duradouros; - Artificiais, que estrutura definida;
- Homogêneos, exigem uma força - Grupos com líderes;
constituídos pelos externa para mantê-
los reunidos; - Grupos sem líderes.
mesmos tipos de
indivíduos; - Primitivos;
- Não homogêneos;
ANÁLISE DE DOIS GRUPOS
ARTIFICIAIS - IGREJA E EXÉRCITO
Grupos altamente organizados:
Igreja e Exército
Numa Igreja, bem como num Nesses dois grupos artificiais, cada
exército, por mais diferentes que indivíduo está ligado por laços
ambos possam ser em outros libidinais por um lado ao líder
aspectos, prevalece a mesma ilusão (Cristo, o comandante-chefe) e por
de que há um cabeça — na Igreja outro aos demais membros do
Católica, Cristo; num exército, o grupo.
comandante-chefe — que ama
todos os indivíduos do grupo com
um amor igual.
Igreja
- Há semelhança entre a
- Um amor igual para comunidade cristã e uma
todos foi expressamente - Todas as exigências feitas
família, e os crentes
enunciado por Cristo; ao indivíduo derivam
chamam-se a si mesmos
desse amor de Cristo.
- Ele se coloca, para cada de irmãos em Cristo, isto
membro do grupo, na - Um traço democrático é, irmãos através do amor
relação de um bondoso perpassa pela Igreja, pela que Cristo tem por eles.
irmão mais velho; é seu própria razão de que,
- O laço que une cada
pai substituto. perante Cristo, todos são
indivíduo a Cristo é
iguais e todos possuem
também a causa do laço
parte igual de seu amor.
que os une uns aos
outros.
O EXÉRCITO
- O comandante- - O exército difere - Todo capitão é o
chefe é um pai estruturalmente comandante-
que ama todos os da Igreja por chefe e o pai de
soldados compor-se de sua companhia,
igualmente e, por uma série de tais
essa razão, eles - Todo oficial
grupos. inferior o é de sua
são camaradas
entre si. unidade.
PRINCIPAL FENÔMENO DA
PSICOLOGIA DE GRUPO

A falta de liberdade do indivíduo num grupo.

Se cada indivíduo está preso em duas


direções por um laço emocional tão
intenso, aí está a circunstância que
provoca alteração e limitação que foram
observadas em sua personalidade.
PÂNICO
Essa palavra é utilizada para descrever qualquer medo
coletivo, até mesmo o medo no indivíduo quando ele excede
todos os limites, e, com freqüência, é reservada para os casos
em que a irrupção do medo não é justificada pela ocasião.

O pânico significa a desintegração de um grupo; ele envolve


a cessação de todos os sentimentos de consideração que os
membros do grupo, sob outros aspectos, mostram uns para
com os outros.

Os laços mútuos entre os membros do grupo via de regra


desaparecem ao mesmo tempo que o laço com seu líder.
A perda do líder, num sentido ou noutro, o nascimento de
suspeitas sobre ele, trazem a irrupção do pânico.
DESINTEGRAÇÃO DO GRUPO MENTAL
Surge o pânico se um grupo desse tipo se desintegra. Suas
características são a de que as ordens dadas pelos superiores não são
mais atendidas e a de que cada indivíduo se preocupa apenas consigo
próprio, sem qualquer consideração pelos outros. Os laços mútuos
deixaram de existir e libera-se um medo gigantesco e insensato.

O medo tornou-se tão grande, a ponto de poder desprezar todos os


laços e todos os sentimentos de consideração pelos outros.

Pertence à própria essência do pânico não apresentar relação com o


perigo que ameaça, e irromper freqüentemente nas ocasiões mais
triviais.
IDENTIFICAÇÃO

- É a mais remota - Identificação comporta


expressão de laço - A identificação, muitas em si elementos de
emocional com outra vezes , encontra-se em ambivalência: ela pode
pessoa; íntima relação com aquilo ser significada a partir de
- Remonta a história que gostaríamos de ser; situações amorosas ou
primitiva do sujeito; mesmo hostis;
IDENTIFICAÇÃO

-No processo de - A identificação é - A simpatia surge


identificação, o ego
assume parcial e nunca da identificação e
características de total; não o contrário;
um objeto;
IDEAL DO EGO

Instância crítica dentro do ego que assume


uma atitude crítica para com o próprio ego;
IDEAL DO EGO

• Auto-observação;
• Consciência moral;
Funções desta
• Censura dos sonhos;
instância:
• Influencia a repressão;
O Ideal do Ego
É o herdeiro do narcisismo original em que o ego infantil desfrutava de
auto-suficiência; gradualmente reúne, das influências do meio ambiente,
as exigências que este impõe ao ego, das quais este não pode sempre
estar à altura; de maneira que um homem, quando não pode estar
satisfeito com seu próprio ego, tem, no entanto, possibilidade de
encontrar satisfação no ideal do ego que se diferenciou do ego.
ESTAR AMANDO E HIPNOSE

Identificação Idealização

O ego se empobrece,
O ego se enriquece
se entrega ao objeto ,
com as propriedades
substituindo o ideal
do objeto
do ego pelo objeto
ESTAR AMANDO E HIPNOSE

• Não constitui um bom objeto para


comparação de grupo devido:

• Limitação de Número (é realizada com apenas


duas pessoas);
• se distingue do estado de estar amando pela
Hipnose ausência de inclinações diretamente sexuais;
•Contém um elemento adicional de paralisia
derivado da relação entre alguém com poderes
superiores e alguém que está sem poder e
desamparado - o que pode facultar uma
transição para a hipnose do susto que ocorre
nos animais.
Constituição Libidinal dos Grupos

Ideal
do Ego Ego Objeto Objeto
externo

Um grupo primário desse tipo é um certo número de indivíduos que colocaram


um só e mesmo objeto no lugar de seu ideal do ego e, conseqüentemente, se
identificaram uns com os outros em seu ego.
O instinto Gregário

Tendência proveniente da libido e


sentida por todos os seres vivos da
mesma espécie, a combinar-se em
unidades cada vez mais abrangentes;

Se está sozinho, o sujeito sente-


se incompleto;
O GRUPO E A HORDA PRIMEVA

Grupo e • O grupo aparece como uma revivescência da


horda primeva;
• Horda Primeva - Os grupos humanos
Horda apresentam mais uma vez o quadro familiar de
um indivíduo de força superior em meio a um

Primeva bando de companheiros iguais;

• Na horda primeva, encontramos um

Horda definhamento da personalidade individual


consciente; a focalização de pensamentos e
sentimentos numa direção comum,
Primeva predominância de um lado afetivo da mente e da
vida psíquica inconsciente;
GRADAÇÃO DIFERENCIADORA NO EGO
Cada indivíduo é uma parte componente de
numerosos grupos, acha-se ligado por vínculos de
identificação em muitos sentidos e construiu seu
ideal do ego segundo os modelos mais variados.

O indivíduo abandona seu ideal do ego e o


substitui pelo ideal do grupo, tal como é
corporificado no líder.

É inteiramente concebível que a separação do


ideal do ego do próprio ego não pode ser mantida
por muito tempo, tendo de ser temporariamente
desfeita.
REFERÊNCIAS

FREUD,S. Obras Completas, Vol. XVIII. 1996.Pgs. 78-154.

KAUFMANN,P. Dicionário Enciclopédico de Psicanálise:o legado


de Freud a Lacan.Rio de Janeiro.Jorge Zahar. 1996.

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