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SAÚDE DA PESSOA IDOSA - CUIDADOS

BÁSICOS
(UFCD 3538)

Básicos
UFCD: 3538 - Saúde da Pessoa Idosa - Cuidados
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Formadora: Enf.ª Patrícia Escudeiro
OBJETIVOS GERAIS

 Reconhecer alguns aspetos do envelhecimento da


população.

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 Descrever as características do Agente em
Geriatria.
 Descrever os processos de comunicação e
observação.
 Prestar cuidados que proporcionem conforto à
pessoa idosa.

UFCD 3538 – Carga horária: 25h 2


CONTEÚDOS
 Prestação de cuidados básicos
- Envelhecimento da população
- Promoção da qualidade de vida – metas da Organização Mundial de Saúde
- Envelhecimento físico e psicológico
 Agente em Geriatria
Características inerentes ao Agente em Geriatria:

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- Relações humanas
- Cuidados a ter em consideração relativos: à higiene pessoal, apresentação
pessoal, linguagem e atitude
 Processos de comunicação e observação
- Características da comunicação e observação
- Elementos do processo de comunicação
- Princípios da observação
- Jogos e simulações
- Reflexão sobre a pessoa idosa
 Conforto da pessoa idosa
- Sono e repouso 3
- Cama simples e cama articulada
PRESTAÇÃO DE CUIDADOS BÁSICOS
CONTEÚDOS

 Envelhecimento da população

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 Promoção da qualidade de vida – metas da
Organização Mundial de Saúde
 Envelhecimento físico e psicológico
(Envelhecimento normal vs Envelhecimento
patológico)

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ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

De acordo com as politicas sociais, legislação e


orientações em vigor vindas da Organização das
Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de
Saúde (OMS), são consideradas pessoas idosas os

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homens e as mulheres com idade igual ou superior a
65 anos. Com o aumento da longevidade, surgem
novas definições, nomeadamente:

 Pré-Idosos (entre 55 e 64 anos);


 Idosos jovens (entre os 65 e 79 anos);

 Idosos de idade avançada (com mais de 80 anos);

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ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

O aumento quantitativo de idosos na sociedade


deve-se a fatores como:

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 O aumento da esperança média de vida:
 Melhor e mais controlo de doenças transmissíveis;

 Contenção de afeções crónicas;

 Mais qualidade de vida;

 A diminuição da taxa de mortalidade;

 A redução das taxas de fecundidade e de natalidade.

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PERSPETIVA MUNDIAL

O nº de pessoas idosas em todo o mundo está a


aumentar. O envelhecimento demográfico é uma
realidade que irá certamente caracterizar o século
XXI. As Nações Unidas prevêm que entre 2000 e 2050

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a percentagem de idosos (65 ou mais anos) no total da
população mundial atinja os 22%, igualando a
percentagem de crianças dos 0 aos 14 anos.

 Atualmente, os dados da ONU referem:

• 1 em 10 pessoas no mundo é idosa (10%)


• Em 2050 prevê-se que passe para 1 em5
• Em 2050 atingirão 1 em 3
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SITUAÇÃO EM PORTUGAL

 Portugal tem seguido a tendência europeia,


embora a evolução do envelhecimento
demográfico no nosso país tenha sido mais lenta

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do que a sentida noutros países europeus. No
entanto, aproximamo-nos rapidamente das
médias europeias.

 As alterações na estrutura demográfica são


bastante visíveis na comparação das pirâmides
de idades em 1960 e 2000.

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PIRÂMIDE DE IDADES EM PORTUGAL DE 1960 -
2000
IDOSOS EM PORTUGAL - + 65 ANOS

 Homens – 42%
 Mulheres – 58%

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 À semelhança do que se verifica no mundo, a
distribuição da população idosa no território
nacional não é homogénea. O norte do país
apresenta a percentagem mais baixa de idosos do
Continente, contrastando com o Algarve.

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 As regiões autónomas dos Açores e da Madeira
apresentam níveis de envelhecimento mais baixos
do que o Continente devido aos relativos elevados
índices de fecundidade.

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DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA A NÍVEL
NACIONAL
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS)

 A OMS é uma agência especializada subordinada à


Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em abril
de 1948 com o objetivo de desenvolver o nível de saúde a
todos os povos-

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 Composta por 193 estados membros.
 Encarrega-se de questões e parcerias para o
desenvolvimento da saúde, para estimular a pesquisa
científica, estabelecer normas na área, prestar apoio técnico
e de monitorar a situação da saúde no mundo.
 Patrocina programas para prevenir e tratar doenças
infeciosas e supervisiona a implementação do Regulamento
Sanitário Internacional.
 Tem Sede em Genebra, na Suíça.

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A PROMOÇÃO DA SAÚDE - A CARTA DE
OTTAWA

 A primeira Conferência Internacional sobre

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Promoção da Saúde, realizada em Ottawa em 21
de Novembro de 1986, aprovou a presente Carta,
que contém as orientações para atingir a
Saúde para Todos no ano 2000 e seguintes.

 Esta Conferência foi, essencialmente, uma


primeira resposta às crescentes expectativas no
sentido de se conseguir um novo movimento de
Saúde Pública, a nível mundial.
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PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA – METAS DA
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

A Carta de Ottawa propõe cinco campos centrais


de ação:

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- Elaboração e implementação de políticas
públicas saudáveis;
- Criação de ambientes favoráveis à saúde;
- Reforço da ação comunitária;
- Desenvolvimento de habilidades pessoais;
- Reorientação do sistema de saúde.

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De forma resumida, Qualidade de Vida
segundo a OMS é:

 Perceção individual da posição dentro do meio em


que vive, confrontado com objetivos pessoais,

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expectativas, padrões e preocupações;
 Saúde física;

 Estado psicológico;

 Nível de dependência;

 Relações sociais;

 Crenças;

 Relação com o ambiente.

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PRÉ-REQUISITOS PARA A SAÚDE

As condições e recursos fundamentais para a


saúde são:

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 Paz,
 Abrigo,
 Educação,
 Alimentação,
 Recursos económicos,
 Ecossistema estável,
 Recursos sustentáveis,
 Justiça social e Equidade.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE

 “Processo que visa aumentar a capacidade


dos indivíduos e das comunidades para
controlarem a sua saúde, no sentido de a

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melhorar. (…) devem estar aptos a identificar
e realizar as suas aspirações, a satisfazer as
suas necessidades e a modificar ou a adaptar-
se ao meio. Assim, a saúde é entendida como
um recurso para a vida e não como uma
finalidade de vida”. (OMS)

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CARTA DE BANGUECOQUE

 Na Carta de Banguecoque (11 de Agosto de 2005) a


OMS identifica as ações, os compromissos e as

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promessas necessárias para abordar os
determinantes da saúde num mundo globalizado
através da promoção da saúde.

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ESTRATÉGIAS DA CARTA DE BANGUECOQUE

Advogar pela saúde Investir em políticas


sustentáveis, ações e
com base nos direitos
infraestruturas para
humanos e na atuar nos determinantes
solidariedade da saúde

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Regular e legislar para
Desenvolver capacidades assegurar um alto nível
para desenvolvimento de de proteção de agravos e
políticas, liderança, criar oportunidades
prática de promoção da iguais de saúde e bem
saúde estar para todas as
pessoas

Construir parcerias e
alianças com organizações
públicas, privadas, não
governamentais e
sociedade civil com o 21
objetivo de criar ações
sustentáveis.
PROGRAMA NACIONAL PARA A SAÚDE DAS
PESSOAS IDOSAS

 O programa nacional para a saúde das pessoas


idosas estabelece três grandes estratégias nas

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áreas do envelhecimento ativo, da organização
e prestação de cuidados de saúde e da promoção
de ambientes facilitadores da autonomia e
independência.

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1) PROMOVER UM ENVELHECIMENTO ATIVO

Recomendações para a ação:

Informar as pessoas idosas sobre:

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 Atividade física moderada e regular as melhores
formas de a praticar;
 Estimulação das funções cognitivas;

 Gestão do ritmo sono-vigília;

 Nutrição, hidratação, alimentação e eliminação;

 Manutenção de um envelhecimento ativo,


nomeadamente na fase da reforma. 23
2) ADEQUAR OS CUIDADOS ÀS NECESSIDADES DAS
PESSOAS IDOSAS

Recomendações para a ação:

 Identificar:

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1) Os determinantes da saúde da pessoa idosa;
2) As dificuldades mais frequentes do acesso da
população idosa aos serviços e cuidados de saúde

 Rastrear os critérios de fragilidade, através do


Exame Periódico de Saúde (EPS);

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 Informar a população idosa e suas famílias
sobre:

1) A utilização correta dos recursos necessários à saúde;


2) Abordagem das situações mais frequentes de

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dependência, nomeadamente por défices motores,
sensoriais, cognitivos, ambientais e sociofamiliares;
3) Abordagem das situações demenciais, assim como
sobre a prevenção de depressão e do luto patológico;
4) Abordagem da incontinência;
5) Promoção e recuperação da saúde oral;
6) Prevenção dos efeitos adversos da automedicação e
polimedicação;
7) Prestação de cuidados domiciliários a pessoas idosas
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doentes ou com dependência.
 Orientar tecnicamente os prestadores de cuidados
sobre:

1) Tipos e adequação de ajudas técnicas;


2) Abordagem da patologia incapacitante mais frequente nas
pessoas idosas, nomeadamente fraturas, incontinência,

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perturbações do sono, perturbações ligadas à sexualidade,
perturbações da memória, demências como o Alzheimer, doença
de Parkinson, problemas auditivos, visuais, de comunicação e
da fala;
3) Melhoria da acessibilidade à informação sobre medicamentos;
4) Adequação da prescrição de medicamentos às pessoas idosas;
5) Abordagem da fase final da vida;
6) Programação, organização, prestação e avaliação de cuidados
de saúde no domicílio;
7) Abordagem multidisciplinar e intersectorial da saúde e da
independência da pessoa idosa.
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3) PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE
AMBIENTES CAPACITADORES

Recomendações para a ação:

 Informar as pessoas idosas sobre:

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1) Deteção e eliminação de barreiras arquitetónicas,
assim como sobre tecnologias e serviços disponíveis
fornecedores da sua segurança e interdependências,
como o telealarme;
2) Prevenção de acidentes domésticos e de lazer;
3) Utilização em segurança dos transportes rodoviários.

 Orientar tecnicamente os prestadores de


cuidados sobre:
1) Prevenção de acidentes domésticos e de lazer;
2) Deteção e encaminhamento de casos de violência,
abuso e negligência em pessoas idosas. 27
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ENVELHECIMENTO FÍSICO E
PSICOLÓGICO
ENVELHECIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO

 É um processo diferencial, pois varia de indivíduo


para indivíduo e assume ritmos diferentes, porque
na mesma pessoa podem-se processar tipos
distintos de envelhecimento.

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 Processo contínuo, que acompanha o indivíduo ao
longo de toda a vida, tratando-se, portanto, de um
fenómeno normal e inerente ao ser humano.

 Nós não somos iguais perante o envelhecimento

 Algumas pessoas mostram-se resistentes ao


envelhecimento, chegando mesmo a mostrar melhor
desempenho com a idade, ao passo que outras
declinam ao sofrerem um processo patológico.
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VELHICE VS ENVELHECIMENTO

 Os termos envelhecimento e velhice são termos


distintos, pois o envelhecimento é um processo
contínuo iniciado no momento em que nascemos

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e a velhice é a última etapa da vida que pode
ser mais ou menos retardado de acordo com o
indivíduo e a sua trajetória de vida.

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ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo complexo e universal
que resulta da interação entre diversos fatores:

Físicos,

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•Mudanças operadas no organismo com a
fisiológicos ou idade, ou a perda progressiva da capacidade
biológicos do corpo de regenerar

Psicológicos, •Transformação dos processos sensoriais,


cognitivos ou cognitivos e da vida afetiva que levam a
emocionais mudanças no comportamento

•Mudanças com origem nas forças sociais e


Sociais ou nas respostas dadas pelo indivíduo a essas
forças, influenciando as aptidões,
comportamentais expectativas, motivações, autoimagem, 31
papeis sociais, personalidade e adaptação.
CONCEITOS DE ENVELHECIMENTO

Envelhecimento Normal ≠ Envelhecimento Patológico

 Envelhecimento normal: ocorre do processo

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normal de degenerescência (processo de degradação
considerado normal) dos vários sistemas e órgãos que
constituem o nosso organismo.

 Envelhecimento patológico: processo que ocorre


devido ao aparecimento de patologias/doenças.

O aparecimento de doenças e a forma como as


encaramos influência o envelhecimento. 32
ENVELHECIMENTO FÍSICO

As nossas células têm uma


longevidade precisa. Não se

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dividem indefinidamente e a
sua capacidade decresce com a
idade.

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 Degenerescência do sistema tegumentar

• Adelgaçamento da pele
• Perda da flexibilidade e elasticidade da pele
• Aparecimento de Rugas

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• Aparecimento de “Pontos marrons” = manchas da idade =
lentigo senil

• Aparecimento de “púrpura senil” –


áreas hemorrágicas sob a pele

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 A pele fica mais áspera e quebradiça
 Diminui a velocidade de cicatrização

 Aparecimento de Úlceras de Pressão (UP) ou Lesões


por Pressão (LPP)

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Com a perda do tecido cutâneo verifica-se:

 Um aumento da visibilidade das proeminências


ósseas (tendões, veias, articulações das mãos e

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clavícula; costelas e joelhos; os ossos dos
maxilares e maçãs do rosto vêm-se mais; as
orbitas afundam-se)

 O nariz, as orelhas e os lóbulos das orelhas


alongam-se, as pálpebras e as faces descaem

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Pelos
 Perda progressiva de pelos (no púbis, nas axilas, e nos pés
e mãos a perda de pelos é quase completa)
 Em alguns idosos os pelos das sobrancelhas tornam-se
mais espessos e duros;

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Os cabelos tornam-se menos espessos, menos fortes e com
menos volume, e vão-se acinzentando progressivamente

Unhas
O crescimento torna-se mais lento

Aparecimento na superfície das unhas estrias longitudinais

Tornam-se mais espessas, secas e quebradiças

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DEGENERESCÊNCIA DO SISTEMA SENSORIAL

Paladar
• Diminuição do número de papilas A

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gustativas diminuição
• Diminuição ou ausência de secreção do olfato e
salivar – provoca a sensação de do número
• gosto amargo de papilas
gustativas
podem levar
Olfato a uma
diminuição
• Atrofia dos órgãos olfativas da sede e,
• Aumento do número de pelos nas por vezes, a
narinas perda de
apetite
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AUDIÇÃO
• Aumento do pavilhão auricular e espessamento do
tímpano
• Acumulação de cera nos ouvidos
• Otosclerose
• Presença de acufenos (sensações auditivas como
campainhas, estalinhos, entre outros)

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• Presbiacúsia - perda progressiva da audição

TACTO
• Alteração dos mecanismos reguladores de
temperatura

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VISÃO
As perdas de visão ocorrem gradualmente tornando-
se mais evidentes entre os 40 e os 50 anos.
Redução marcada da visão noturna e maior
dificuldade em focar

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Dificuldade de adaptação às mudanças de luz
Perda da visão fina dos pormenores
Modificação da perceção das cores – capta mais
facilmente cores vivas
O campo visual diminui

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Degenerescência
• Aumento da suscetibilidade às infeções
do sistema respiratórias
respiratório

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• Perda de força e agilidade
Degenerescência • Aos 80 anos perdeu-se cerca de 50% da
do sistema massa muscular máxima; verificando-se o
neuromuscular aparecimento do tremor benigno (tremor
senil).

• Irregularidades de pulsação, arritmias,


aumento da pressão sistólica, diminuição
Degenerescência do fluxo sanguíneo
do sistema
• Diminuição da força contrátil dos
Cardiovascular
ventrículos e da capacidade de ajuste 41
cardio vascular ao esforço físico
• Perda de rendimento de todos os órgãos que o
Degenerescência constituem, traduzindo-se por um
do sistema comprometimento da assimilação dos nutrientes
digestivo ingeridos e pelo aparecimento de quadros de
obstipação.

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• Diminuição da massa óssea, acentua-se nas
Degenerescência mulheres após a menopausa
do sistema ósseo
• Alteração do equilíbrio corporal e da marcha

Degenerescência
• As articulações ficam mais rígidas e há uma
do sistema
perda da amplitude de movimentos
articular
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ENVELHECIMENTO
PSICOLÓGICO
ENVELHECIMENTO PSICOLÓGICO

 Degenerescência da cognição: Carateriza-se


pela diminuição das células cerebrais, refletindo-
se na capacidade de retenção de informação e na

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capacidade de adaptação.

 Varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com


o desenvolvimento e estilo de vida anterior, meio
cultural que está inserido, o nível intelectual do
mesmo e a capacidade de estímulos do ambiente.

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 Inteligência: não diminui na velhice, mas pode haver
uma redução da capacidade de resolver problemas novos,
influenciando na capacidade de aprendizagem e intuição.

 Capacidade de resposta: falta de rapidez e


espontaneidade nos processos de pensamento.

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 Vocabulário, informação e expressão verbal e não-
verbal: podem apresentar-se afetadas segundo o estado
mental do Idoso.

 Criatividade de capacidade imaginativa: ficam


conservadas e, por vezes, potencializadas, dando origem a
florescimento individual.

 Memória: conserva a memória passada, mas há tendência


a esquecimento de momentos recentes.

 Personalidade: não se altera, exceto em situações 45


patológicas.
PRINCIPAIS PATOLOGIAS QUE COMPROMETEM A
COGNIÇÃO REFLETINDO LIMITAÇÕES FÍSICAS

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SÍNDROME CONFUSIONAL AGUDO

 O síndrome confusional agudo é uma alteração do


estado mental, que aparece subitamente. O seu
carácter transitório torna-o reversível em muitos

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casos.

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SÍNDROME CONFUSIONAL AGUDO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS FREQUENTES:

 Confusão mental (oscilações de intensidade ao longo do dia,


com agravamento ao anoitecer);

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 Maior suscetibilidade a estímulos auditivos e visuais;
 Insónias e pesadelos;
 Perda da fluidez, desorganização e distorção do
pensamento;
 Incapacidade para manter a atenção por mais de breves
intervalos de tempo.
 Desorientação espácio-temporal;
 Discurso incoerente, impreciso e desconexo;
 Podem apresentar alucinações e ideação delirante;
 Mudanças bruscas de humor (sintomas de medo e
ansiedade, com marcada desconfiança face aos demais). 48
SÍNDROME CONFUSIONAL AGUDO

Atitudes do cuidador para minimizar as manifestações:

 Proporcionar uma correta alimentação, com aporte suficiente


de vitaminas e uma boa hidratação;

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 Proporcionar um ambiente adequado, tranquilo, familiar;
 Rodear o idoso com objetos especialmente significativos;
 Evitar mudanças de ambiente bruscas;
 Á noite providenciar uma luz de presença;
 Evitar ruídos que possam provocar um ataque de pânico ou
aumentar a confusão no idoso;
 Sempre que se aproximar do idoso, o cuidador deve
identificar-se (nome, profissão, explicar procedimento, …);
 Vocalizar corretamente, chamar o idoso pelo nome, olhando-o
de frente, com tranquilidade, e estabelecendo contacto visual,
evitando a gesticulação excessiva. 49
DEPRESSÃO

 A depressão é um estado de profunda tristeza,


melancolia e desânimo associados a fenómenos de
cariz entristecedor (como a morte do cônjuge e de

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pessoas muito próximas, a dependência crescente,
os sentimentos de incapacidade, etc.). Podem ser
sinais de depressão a labilidade emocional, a
tristeza injustificada, o isolamento, a ideação
suicida, a falta de autoestima, entre outros.

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DEPRESSÃO
Sintomas característicos no idoso:

Um idoso normalmente não reconhece os sentimentos


depressivos de que padece, contudo esta

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sintomatologia é normalmente traduzida numa
expressão de mau estar físico (sem fundamento real).

 Dor generalizada e difusa;


 Tonturas e vertigens;
 Sintomas gastrointestinais (anorexia, náuseas,
vómitos, obstipação e diarreia);
 Sintomas cardiovasculares – (dor no peito,
taquicardia e palpitações);
51
 Sintomas respiratórios (dispneia e asma).
DEPRESSÃO

As causas mais frequentes são:

 Doenças crónicas e/ou incapacitantes;


 Determinados medicamentos;

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 Morte do companheiro;
 Herança genética;
 Motivos económicos e sociais.

Comportamento recomendado ao cuidador:

 Procurar fomentar um aumento da atividade física


e mental;
 Acompanhar de perto a alimentação;
 Estimular o idoso a interagir com outras pessoas,
onde possa exprimir os seus sentimentos. 52
AGITAÇÃO
A agitação no idoso é considerada um estado
continuado de inquietação, excitação ou
comportamentos reiterados e desmedidos, fora do
controlo do idoso, sem objetivo determinado. As
manifestações mais frequentes são movimentos

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repetitivos, mexer em coisas, atitudes repentinas
como:

 Gemidos, gritos;
 Movimentos bruscos dos braços;
 Fazer ruídos sem nenhuma finalidade detetável;
 Deambulação com passos rápidos;
 Perguntar repetidamente sobre o mesmo tema;
 Tentativas de fuga;
 Rasga a roupa ou arranha-se constantemente;
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 Balança-se com frequência.
AGITAÇÃO

Comportamento recomendado ao cuidador


em caso de agitação:

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 Aceitar a agitação como um efeito da doença;
 Aproximar-se do idoso com serenidade e ânimo
conciliador. Escutá-lo. Dar respostas sinceras.
Proporcionar segurança;
 Falar com calma;

 Não valorizar os insultos, frases irritantes ou


outras agressões verbais proferidas pelo idoso;
 Criar um ambiente tranquilo;

 Preservar a rotina diária.


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AGRESSIVIDADE

 Considera-se que o idoso apresenta uma conduta


agressiva quando ataca física ou verbalmente outras
pessoas ou a si próprio.

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 Este comportamento pode surgir por sentimentos de
incapacidade e frustração, em situações depressivas,
ou por mudanças bruscas do ambiente habitual do
idoso. Também pode estar associada a delírios,
alucinações, demências, etc.

55
AGRESSIVIDADE

Conduta recomendada ao cuidador:

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 Favorecer a autonomia do idoso;
 Evitar as alterações bruscas no ambiente habitual;

 Promover atividades de distração e de concentração;

 Orientar a pessoa através de uma conduta amável,


mediante recompensas de modo a controlar a sua
agressividade;

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57
AGRESSIVIDADE
ALZHEIMER

A doença de Alzheimer é uma demência senil que


tem início pelos 60 – 70 anos, caracterizada por
um transtorno neuro degenerativo que produz

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um declínio intelectual gradual e massivo,
gerador de diversas alterações neuropsiquiatricas
e da conduta.

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ALZHEIMER

As pessoas com Alzheimer vão progressivamente


perdendo capacidades, tais como:

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 A memória;
 A capacidade de pensar;
 A compreensão;
 A capacidade de cálculo;
 A orientação espacial e temporal;
 A capacidade de aprendizagem;
 A linguagem escrita e falada;
 A capacidade de emitir juízos;
 A compreensão e emissão de mensagens.
59
ALZHEIMER
Sintomas mais frequentes:

 Deterioração progressiva e continuada da memória;


 Incapacidade para orientar-se espácio-temporalmente;
Perder-se em lugares bem conhecidos;

Cuidados Básicos
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 Episódios paranoicos, onde suspeita de toda a gente e faz
acusações sem fundamento;
 Querer abandonar a sua própria casa, alegando não ser
esse o seu verdadeiro lugar;
 Tratar a família próxima como estranhos, não os
reconhecendo (marido, filhos, etc.);
 Mostrar-se cansado, inquieto, irritável ou deprimido;
 Guardar objetos, esconde-los ou colocá-los em locais não
habituais;
 Fazer a mesma pergunta repetidamente, em curtos
intervalos de tempo;
 Apresentar agitação, inquietação, nervosismo e 60
agressividade por momentos;
EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

• Perda de memória, especialmente para acontecimentos


recentes
• Desorientação espácio-temporal
1ª FASE • Perda de iniciativa
• Dificuldade em expressar-se

Cuidados Básicos
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• Depressão
• Agressividade
• Lapsos de memória significativos
• Diminuição da auto-suficiência
2ª FASE • Perde-se com facilidade
• Agravamento dos problemas de linguagem;
• Alucinações

• Dificuldade em alimentar-se, mesmo com ajuda


• Incapacidade para reconhecer familiares e amigos
3ª FASE • Dificuldade em se movimentar, podendo ficar acamado
com o tempo
• Incontinência. 61
PARKINSON
 Doença neurológica, de carácter crónico e evolução
progressiva que provoca sintomas característicos como o
tremor, a rigidez muscular e a hipocinésia (diminuição
do movimento), dificuldade em andar, em coordenar
movimentos, na manutenção do tónus e postura

Cuidados Básicos
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corporal.
 Os sintomas são progressivos, e distribuem-se por 5
fases; inicialmente o indivíduo apercebe-se de uma
sensação de fadiga, dores que se associam a doença
reumática, artroses ou depressão.

62
FASES DA DOENÇA

Fase I – Afeta apenas um lado do corpo

Cuidados Básicos
UFCD: 3538 - Saúde da Pessoa Idosa -
Fase II – Afeta os 2 lados do corpo
Fase III – Associa-se dificuldade em manter o
equilíbrio e dificuldade em andar
Fase IV – Agravamento da dificuldade em manter
o equilíbrio e em andar
Fase V – Sobrevém a imobilidade completa.

63
PARKINSON

O Idoso poderá obter satisfação/ insatisfação,


adaptação/ inadaptação através do seu papel no
seio:

Cuidados Básicos
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 Familiar (casamento, divórcio, viuvez,
nascimento ou mortes, emigração, etc.);
 Trabalho (vida ativa, emprego, reforma,
desemprego, etc.);
 Sociedade (família, emprego, amigos, viagens,
passeios, solidão, isolamento, etc.),
 Autocuidado (invalidez, dependência, etc.)

64
UFCD: 3538 - Saúde da Pessoa Idosa -
Cuidados Básicos
65
PLANEAMENTO PARA A PREVENÇÃO DE
DOENÇAS NOS IDOSOS
Consiste em:

 Corrigir os hábitos prejudiciais (alimentação,


inatividade física, tabagismo, obesidade,
abuso de drogas)
 Praticar diagnósticos e tratamento adequado

Cuidados Básicos
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das doenças
 Usar medicamentos racionalmente
 Equilibrar os ambientes emocionais
 Ampliar a rede de suporte social (rede de
apoio)
 Não deixar que o idoso crie expectativas.
Rejeitar a fantasia do “rejuvenescimento ou
da eterna juventude”
66
 Estimular a prática de atividade física, para
aumento de resistência, força e flexibilidade, para
manter função e unir os benefícios físicos aos
sociais.

Cuidados Básicos
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 Adequar o ambiente doméstico diminuindo o risco
de acidentes como quedas e suas consequências
muitas vezes de prognóstico sombrio.
 Educar os cuidadores dos Idosos dependentes,
bem como reconhecer o seu adoecimento.
 Estar atento aos sinais de maus-tratos e
denunciá-los.

67
SAÚDE DA PESSOA IDOSA – CUIDADOS
BÁSICOS

Básicos
UFCD: 3538 - Saúde da Pessoa Idosa - Cuidados
68 Formadora: Enfª Patrícia Escudeiro
CONTEÚDOS

 Agente em Geriatria
- Características inerentes ao Agente em Geriatria

Cuidados Básicos
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 Relações humanas

 Cuidados a ter em consideração relativos:

- à higiene pessoal
- à apresentação pessoal
- à linguagem
- à atitude

69
CARATERÍSTICAS INERENTES AO AGENTE EM
GERIATRIA

 Possuir a formação necessária e adequada à realização


das funções que desempenha no conjunto dos serviços
prestados, por forma a assegurar a qualidade dos

Cuidados Básicos
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mesmos;
 Ter conhecimentos que garantam uma intervenção
adequada em situações específicas, nomeadamente de
envelhecimento, dependência e deficiência;
 Dispor de capacidade de comunicação e fácil
relacionamento que lhe permita adotar uma atitude de
escuta e observação quanto às necessidades dos utentes;
 Ter capacidade de prestar as informações necessárias à
avaliação da adequação do plano de cuidados;
 Ter elevado sentido de responsabilidade e capacidade
para a autoavaliação.
(Diário da República — I SÉRIE-B N.º 264 — 12-11-1999)
70
Promover a
autonomia e
prevenir a
dependência
Melhorar a
Formar e Informar qualidade de vida
os cuidadores e dos indivíduos e
utentes famílias

Cuidados Básicos
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O que é
Cuidados de ordem ser
física e apoio Satisfazer de
Agente necessidades
psicossocial aos em
indivíduos e básicas
famílias
Geriatria
?

Prevenir a
exclusão, o Apoiar o acesso a
isolamento, a cuidados de
solidão saúde

Estimular o utente
e a família
71
CUIDAR DA PESSOA NA SATISFAÇÃO DAS SUAS
NECESSIDADES PESSOAIS

Cuidados Básicos
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Necessidades
Necessidade de Sociais (de Necessidade
Necessidades Segurança pertença, Necessidade de de Auto-
Fisiológicas (defesa, aceitação, Estima (auto- realização
(fome, sede, protecção, relacionamento, estima, estima 8desenvolvime
sono, higiene, estabilidade, afectos, pelos outros, nto pessoal,
conforto, ausência de dor, socialização, reconhecimento, capacidades,
estimulação …) …) …) …) aprendizagens)

Cada indivíduo é um ser único, com


necessidades e prioridades diferentes 72
 Agente em geriatria: Profissional que atua nas
diferentes dimensões da pessoa idosa:

Cuidados Básicos
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Cliente

Meio
Familiar

Meio Social

73
Vivências
COMPETÊNCIAS - SABERES

O agente em Geriatria deve ter noções de:

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 Funcionamento e características das instituições
e serviços de apoio ao idoso;
 Processo de envelhecimento e caracterização
psicossocial da velhice;
 Psicopatologia do Idoso;

 Nutrição e dietética;

 Primeiros socorros.

74
o Conhecimentos de:

 Língua portuguesa
 Comunicação e relações interpessoais

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 Higiene pessoal e conforto do Idoso
 Cuidados básicos de prevenção e saúde do Idoso
 Posicionamento e mobilidade
 Segurança e prevenção de acidentes
 Higiene e segurança alimentar. Higiene ambiental
 Princípios e técnicas de animação de Idosos
 Normas de segurança, Higiene e saúde da
atividade profissional
 Ética e deontologia da atividade profissional.
75
SABERES - FAZER

 Caracterizar e reconhecer os aspetos


psicossociais do processo de envelhecimento
e da velhice;

Cuidados Básicos
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 Exprimir-se de forma a facilitar a
comunicação com os Idosos e a equipa
técnica;
 Utilizar os procedimentos de organização e
preparação dos materiais, produtos e
equipamentos que utiliza;
 Aplicar as técnicas e os procedimentos
relativos aos cuidados de higiene pessoal e
de conforto dos Idosos;
76
 Identificar situações de risco de acidente e
as medidas de segurança adequadas;
 Adequar as refeições às características e
necessidades dos Idosos, tendo em conta o
equilíbrio alimentar e as indicações da

Cuidados Básicos
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equipa técnica;
 Aplicar os princípios e as regras de higiene
alimentar na armazenagem e conservação
dos produtos e no serviço de refeições;
 Utilizar as técnicas respeitantes aos
cuidados de higiene e arrumação do meio
envolvente do Idoso

77
 Utilizar as técnicas respeitantes aos
cuidados de limpeza e tratamento de
roupa;
 Adequar as refeições às características e
necessidades dos Idosos, tendo em conta o

Cuidados Básicos
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equilíbrio alimentar e as indicações da
equipa técnica;
 Aplicar os princípios e as regras de higiene
alimentar na armazenagem e conservação
dos produtos e no serviço de refeições;
 Utilizar as técnicas respeitantes aos
cuidados de higiene e arrumação do meio
envolvente do Idoso
78
 Utilizar as técnicas respeitantes aos
cuidados de limpeza e tratamento de
roupa;
 Aplicar as técnicas de animação mais

Cuidados Básicos
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adequadas às necessidades e interesses dos
Idosos;
 Detetar sinais ou situações anómalas
referentes às condições de higiene e
conforto do Idoso, bem como referentes a
outras situações;
 Aplicar as normas de segurança, higiene e
saúde relativas ao exercício da atividade

79
SABERES - CRER
 Respeitar os princípios de deontologia
inerentes à profissão;
 Motiv ar os outr os para a adoção
de cuidados de higiene e conforto
adequados;

Cuidados Básicos
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 Respeitar a p r ivacidade, a in tim idade
e a individualidade dos outros;
 Revelar equilíbrio emocional e afetivo na
relação com os outros;
 Adaptar-se a diferentes situações e contextos
familiares;
 Promover o bom relacionamento
interpessoal;
 Tomar a iniciativa no sentido de encontrar
soluções adequadas na resolução de situações
imprevistas 80
COMPETÊNCIAS DO AGENTE EM GERIATRIA
Nas Instituições, são admitidos diferentes tipos de
Relações Utentes e são necessárias estratégias específicas
Humanas para obter e garantir uma comunicação eficaz e
eficiente.

Respeitar o projeto de vida definido por cada

Cuidados Básicos
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indivíduo, bem como os seus hábitos de vida,
Respeito limitações, interesses e expectativas (religião,
Humano orientação sexual, condição sócio - económica,
cultura);

Privacidade/ Respeitar o espaço e a intimidade de cada pessoa,


Sigilo guardando segredo da informação confidencial.
Profissional
Pontualidade e Chegar a horas e não faltar
Assiduidade
Disponibilidade e a escuta ativa são os pilares de
Escuta Ativa
uma relação de confiança e respeito.
81
PRINCIPAIS ATITUDES A EVITAR

 Gerontismo:
É a noção de que as pessoas deixam de ser

Cuidados Básicos
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pessoas, deixam de ser as mesmas pessoas ou
tornam-se pessoas do tipo diferente ou inferior, e
virtude de terem vivido um número específico de
anos.

82
 Agismo: refere-se a todas as formas de
discriminação com base na idade.

 Infantilização: é o tratar o idoso como uma

Cuidados Básicos
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criança (uso de diminutivos, tratamento por
tu…). É uma atitude que pode ser motivada pelo
carinho, mas que traduz discriminação, sobretudo
quando os idosos estão a perder autonomia e a
sua dependência é grande.

83
 Imposição de cuidados e intimidação: muitas
vezes funciona como uma forma, consciente ou
inconsciente, de controlar os idosos. Para o fazer,
usam-se ameaças, gestos reprovadores ou
brincadeiras que os humilham e ridicularizam.

Cuidados Básicos
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 É urgente refletir sobre estas atitudes e aprender a
reconhece-las, para as poder combater. É essencial
adotar uma atitude positiva e aberta em relação ao
envelhecimento, livre de mitos e estereótipos,
encarando cada idoso como um ser único e especial e
promovendo o sentimento de que a vida é boa, e
merece ser vivida em qualquer idade.
84
 Evitar orgulho ou presunção

Por mais que possamos conhecer sobre um


assunto, mesmo que vivamos mil anos, ainda

Cuidados Básicos
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assim haverá muitos aspetos com relação a ele
que desconhecemos, sempre haverá algo mais a
aprender, uma maneira diferente de ver,
portanto nunca se considere o único capaz.

85
 Importância da 1ª impressão

Não devemos ser agressivos, ofensivos, ou tomar


atitudes intimidadoras. Se o primeiro contacto for
alegre, cordial, cortês, esta será a impressão que
deixaremos para o outro. Porém se num outro

Cuidados Básicos
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contacto formos rudes, mal-educados, sem dúvida
toda aquela primeira impressão será apagada e
substituída por essa nova. Devemos observar e
adaptar a nossa atitude ao Cliente.

86
 Perguntar
Para descobrir problemas, desejos e necessidades das
pessoas. As perguntas devem ser abertas e não
perguntas que levem a um "sim" ou "não" ou que sejam
invasivas na vida do outro.

Cuidados Básicos
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 Exclusividade
Cada um é como cada qual, cada situação é distinta de
outra, em tempos diferentes e locais diferentes, por
isso os Utentes possuem necessidades distintas e nós
deveremos ter a atitude adaptada a este.

87
 Inovar
Fazer diferente e fazer melhor, quebrar a rotina,
mudar hábitos no sentido de melhorar os cuidados.

 Manter contacto visual


Os olhos são a janela da alma, através dele

Cuidados Básicos
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comunicamos muito de forma não verbal.

 Tolerância/compreensão
Ter paciência e compreender as situações dos
diferentes pontos de vista, para cuidar melhor.

 Não interromper para corrigir


Corrigir sim, mas em local e tempo oportunos e
adequados.
88
 Educação
Transmitir valores e incutir hábitos saudáveis.

Cuidados Básicos
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 Adaptar
Utentes e/ou contextos diferentes levam a
comportamentos distintos.

 Empatia
“Empatia” é a capacidade de se colocar no lugar
do outro e sentir como se estivesse na situação e
circunstâncias experimentadas por ele sem, no
entanto, perder o próprio sistema de referência.

89
 Sentido Positivo
Reforço positivo, elogiar, falar na forma afirmativa e
não na negativa, mesmo quando algo não está bem,
procurar um ponto positivo.

 Segurança/confiança

Cuidados Básicos
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Transmitir estabilidade e equilíbrio, demonstrar
calma, mesmo em situação de tensão.

 Estimular a autonomia
Ajudar a fazer sozinho, estimular a independência.

 Silêncio
Respeitar o silêncio, o silêncio é de ouro e a palavra é
de prata, mesmo no silêncio podemos comunicar.
90
E POR FIM…
 Refletir para melhorar!!

Cuidados Básicos
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Ninguém é perfeito, devemos ter a humildade
de assumir os erros e dificuldades, procurando
aprender e melhorar.

91
CUIDADOS A TER EM RELAÇÃO A:

 Higiene e apresentação pessoal

Cuidados Básicos
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Estado geral de limpeza e aspeto do corpo e
O QUE É? roupa da pessoa (uniforme, calçado, mãos,
etc.) Comportamento e atitude da pessoa
(educação e formação)

Diminuir o risco de contaminação;


PORQUÊ? Aumentar a limpeza e alinho pessoa;
Promover o bom ambiente e bem-estar

92
UNIFORME / FARDA

Bom estado de limpeza (diária/ SOS) Bom estado de conservação

Confortável Adequado à tarefa a


desempenhar
Cores claras Resistente a lavagens frequentes

Cuidados Básicos
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Exclusivos para local de trabalho Vestir/despir em local adequado

Calçado confortável, antiderrapante, Apanhar primeiro o cabelo e só


resistente e fechado (com meias de depois vestir o uniforme
preferência de algodão)

Usar avental de plástico para tarefas Não utilizar panos ou sacos de


com água, mas nunca perto no fogão plástico para proteção do
ou forno uniforme

Não carregar os bolsos do uniforme de canetas, batons, cigarros,


93
isqueiros, relógios, etc. (apenas o essencial)
UNIFORME / FARDA (CONT.)
Adaptar/trocar uniforme de Evitar vestir roupa que não
acordo com a tarefa (confeção de pertença ao uniforme,
alimentos, limpeza, prestação de nomeadamente por baixo do
cuidados de higiene, etc.) mesmo. Se for necessário usar
peças de algodão e de cor branca

Cuidados Básicos
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Identificação do Funcionário Não lavar roupa na cozinha

94
Higiene e Apresentação Pessoal / Postura
Tomar banho diariamente Apresentar identificação adequada
(nome, fotografia e função)
Cabelos limpos, apanhados e Homens: evitar a barba e bigode
protegidos (sem tocar no uniforme)
Não usar adornos (anéis, brincos, Evitar trabalhar com ferimentos
relógio, pulseiras, colares, piercing, nas mãos ou se estiver doente

Cuidados Básicos
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etc. – aliança) (diarreia, febre, vómitos, contacto
Promover Saúde Oral com pessoas com doenças infecto-
contagiosas, infeções os olhos,
Colocar sinalização de alerta em garganta, nariz ouvidos pele, etc.)
locais estratégicos Comunicar situação de doença
Unhas curtas (não roídas), limpas Promover a integração correta de
e sem vernizes coloridos novos elementos
Mãos e ante-braços limpos. Manter Evitar falar, cantar, tossir ou
pés secos espirrar sobre os outros ou
alimentos
Não utilizar utensílios que foram Não mascar pastilhas elásticas ou
colocados na boca fumar durante o trabalho 95
Higiene e Apresentação Pessoal / Postura (cont.)
Evitar passar as mãos no nariz, Assoar o nariz em lenços de papel
orelhas, cabeça, boca ou outra e posteriormente rejeitar e lavar
parte do corpo durante a as mãos
prestação de cuidados

Promover consultas de rotina Não manusear dinheiro

Cuidados Básicos
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Utilizar equipamento de proteção Não enxugar suor com as mãos,
individual panos ou uniforme (mas sim em
toalha descartável)

Evitar maquilhagem e perfumes Colocar haveres pessoais e roupa


com cor e/ou odor intenso (utilizar civil em local adequado (cacifo,
desodorizante sem cheiro ou com vestiário, etc.)
odor suave)

96
ATITUDES E COMPORTAMENTOS

Atitude proativa Atitude reativa

• Reflexão; • Passividade;
• Controlo consciente e • Mau-estar;

Cuidados Básicos
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inconsciente dos atos; • Receio e queixa;
• Enfrentamento das • Atitude explosiva e
consequências; não reflexiva
• Atividades realizadas
por interesse próprio;
• Capacidade de
Resiliência -
enfrentar as
diversidades de forma
positiva e de luta.
97
ATITUDES E COMPORTAMENTOS

 Qual a melhor atitude a adotar face ao


Cliente?
 Comunicação e escuta ativa;

Cuidados Básicos
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 Sentido de humor (atitude positiva e adequada);
 Respeito pelas suas crenças, costumes e gostos;
 Expressar sentimentos de apreciação com
palavras afetuosas;
 Realizar o reforço positivo de comportamentos
positivos;
 Criar um clima de confiança;
 Capacidade de adaptação em situações
imprevistas. 98
ATITUDES E COMPORTAMENTOS

 Evitar perguntas armadilha: “Como está


hoje?”

Cuidados Básicos
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 Ser concreta nas suas perguntas e
estimular mais a expressão das
emoções;
 Reduzir a ansiedade;
 Desativar comportamentos agressivos e
prevenir passagem ao ato;

99
ATITUDES E COMPORTAMENTOS

 Reduzir sentimentos depressivos;

 Ajudar na situação de crise;

Cuidados Básicos
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 Redução do sentimento de medo;
 Lidar com situações de agressão verbal;

100
LIDAR COM CRÍTICAS DIRIGIDAS POR PARTE DOS
IDOSOS

 Lidar com questões e perguntas dos idosos


que digam respeito à vida pessoal;

Cuidados Básicos
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 Lidar com situações em que o idoso se recusa
a participar nas atividades e se isola;

 Lidar com um idoso que, frequentemente, diz


que não simpatiza connosco;

 Ajudar o idoso a exercitar a memória e


outras capacidades cognitivas.
101
REGRA BÁSICA PARA TODOS OS CUIDADOS

 Estimular o cliente a executar as tarefas


tendo em conta as suas limitações e as suas
capacidades.

Cuidados Básicos
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 Apoiar sempre que necessário sem nunca
impedir o cliente de ser ele a “fazer” mesmo
que dessa forma o cuidado se torne mais
demorado.

 Deve-se dar a autonomia possível para que


realize escolhas.
102
SAÚDE DA PESSOA IDOSA –
CUIDADOS BÁSICOS

Básicos
UFCD: 3538 - Saúde da Pessoa Idosa - Cuidados
103 Formadora: Enf-ª Patrícia Escudeiro
CONTEÚDOS

 Processos de comunicação e observação


- Características da comunicação e observação

Cuidados Básicos
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- Elementos do processo de comunicação
- Princípios da observação
- Jogos e simulações
- Reflexão sobre a pessoa idosa
 Conforto da pessoa idosa

- Sono e repouso
- Cama simples e cama articulada
104
PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO E OBSERVAÇÃO

 A comunicação é um processo que envolve a


troca de informação e utiliza sistemas
simbólicos como suporte para esse fim.

Cuidados Básicos
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 É o mecanismo através do qual as relações
humanas existem e se desenvolvem.

105
TIPOS DE COMUNICAÇÃO

 A comunicação verbal utiliza as palavras para


construir e transmitir a mensagem.

Cuidados Básicos
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 A comunicação não verbal utiliza sinais
sonoros e visuais, expressões corporais, gestos,
etc., para construir e transmitir a mensagem.
Cerca de 60 a 70%.

106
 Conversar, escrever e tudo o mais que recorra ao
uso de palavras inscreve-se na comunicação verbal,
assim são formas de comunicação verbal: livros,
cartazes, jornais, cartas, telegramas, rádio, tv,
telefone, etc…

Cuidados Básicos
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 Raramente comunicamos verbalmente sem
comunicarmos não verbalmente. Comunicamos não
verbalmente: pelo olhar, expressão facial, postura
corporal, gestos ou movimentos, tom e volume da
voz, velocidade com que falamos e nos movemos,
desenho, pintura, música ou outros símbolos.

107
 A comunicação é um processo que envolve a troca de
informações e o intercâmbio de informação

Cuidados Básicos
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108
 A comunicação interpessoal é um método de
comunicação que promove a troca de
informações entre duas ou mais pessoas. Onde
há um emissor que codifica a mensagem, que

Cuidados Básicos
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pode ser submetida a ruídos, até chegar ao
recetor, através de um canal, que por sua vez irá
descodificar a mensagem e emitir o feedback.

109
TIPOS / CANAIS DE COMUNICAÇÃO

 Verbal/Oral (palavras, frases, escrita,


etc.)
 Não verbal (linguagem gestual, mímica,

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linguagem corporal, entoação da voz,
expressão facial, olhar, gestos e
movimentos posturais, contacto corporal,
roupas, aspeto físico e outros aspetos da
aparência);
 Mediada: meios de comunicação (T.V.,
rádio, jornais, telefone, revistas, Internet,
CD-ROM, etc.), comunicação de massa
(publicidade, fotografia, cinema, etc.). 110
 Emissor – Emite e transmite a mensagem
 Codificação – capacidade de construir mensagem
segundo um código compreendido pelo emissor e pelo
recetor
 Mensagem – conjunto de informações transmitidas

Cuidados Básicos
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 Meio – Suporte onde a mensagem é levada do
emissor ao recetor
 Contexto - conjunto de variáveis que rodeia e
influenciam a situação de comunicação (ex. ruido)
 Recetor – aquele que recebe a mensagem
 Código – conjunto de elementos com significado
aceite pelo emissor e pelo recetor
 Descodificação – capacidade de interpretar a
mensagem
 Canal – via de circulação da mensagem
 Feedback – informação de retorno que permite 111
ajustar a mensagem.
PRINCÍPIOS DA OBSERVAÇÃO

Para quê
observar?

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 Para poder intervir na realidade de forma
fundamentada, para descobrir novos aspetos de
um problema e para verificação correta da
ocorrência de um determinado fenómeno.
112
Observação
Observação
não
participante
participante

Cuidados Básicos
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O observador não está
Consiste na participação
diretamente envolvido na
real do pesquisador na
situação a observar, isto é
vida da comunidade, grupo
não interage nem afeta de
ou de determinada
modo intencional o objeto
situação.
de observação.

O observador assume, pelo


menos até certo ponto, o Os sujeitos não sabem que
papel de elemento do estão a ser observados.
grupo.
113
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA OBSERVAÇÃO
PARTICIPANTE

- Facilita o rápido acesso a dados sobre


situações habituais em que os membros das
comunidades se encontram envolvidos;
- Possibilita o acesso a dados que a
comunidade ou o grupo considera de domínio

Cuidados Básicos
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privado;
- Possibilita captar as palavras de
esclarecimento que acompanham os
comportamentos observados.

- Pode significar uma visão parcial


do objeto estudado;
- Desconfiança do grupo
investigado em relação ao
pesquisador.

114
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA OBSERVAÇÃO
NÃO PARTICIPANTE

- Observa-se uma situação


como ela realmente

Cuidados Básicos
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ocorre, sem existir
qualquer interferência do
investigador

-Nem sempre são fáceis


de realizar
- Não se tem acesso a
dados que poderão ser
importantes. 115
JOGOS E SIMULAÇÕES
 Uma forma privilegiada para comunicar com o
idoso passa pela atividade lúdica, daí esta ser tão
importante no relacionamento com eles.

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 O jogo tem um papel primordial na educação e na
animação.

 O papel do jogo no desenvolvimento tem sido


analisado exaustivamente por pensadores e
investigadores das ciências sociais e humanas.

 Todos admitem a importância enorme que o jogo


tem como fator de socialização e de
desenvolvimento intelectual, social e motor. 116
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117
Nos idosos os jogos e simulações tornam a vida:

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118
REGRAS PARA ESCOLHA DA TÉCNICA A
UTILIZAR:

 Manter uma certa distância (avaliar imparcialmente)

Falar pausadamente

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 Referir e explicar o que vamos fazer

 Repetir quantas vezes forem necessárias

 Perguntar o que gostam /querem fazer

 Comunicar pausadamente

 Valorizar qualquer tipo de esforço

 Manter uma atitude paciente e compreensiva


119
Atividades de Funcionalidade da Exemplos
animação técnica
Animação Trabalha as capacidades da Bordados, desenho,
através da pessoa numa faceta artística. pintura, reciclagem de
expressão material, artes
plástica: decorativas
Promove a manutenção e Musica (coro), teatro,

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Animação estimulação das capacidades dança, poesia,
através da comunicativas a partir da dramatizações de
comunicação expressão oral de situações imaginárias
sentimentos e emoções. (rolle playing).
Promove o desenvolvimento Debates e histórias de
Animação de
do “eu”, as experiências de vida. Todas as
Desenvolvimento
vida da pessoa, as emoções e atividades de ordem
Pessoal
sentimentos. religiosa, espiritual
Trabalha os aspetos Ver tabela abaixo
cognitivos (memória,
Animação concentração, etc.) de forma a
cognitiva contribuir para uma vida 120
mais ativa, incentivando a
autonomia.
Atividade Objetivos Materiais

Jogo da Estimular o raciocínio, a atenção e Lápis, bola, pano,


memória observação copo, caneta, 1
terço; moedas,
etc.
Completar Estimular as capacidades Lista de

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Provérbios intelectuais; valorizar saberes provérbios

Dominó Estimular o raciocínio, Dominó


Manter/desenvolver a capacidade
intelectual, participativa e
organizativa
Identificar Desenvolver o olfato e o paladar Canela, pimenta,
cheiros e arroz, etc
sabores
Identificar Desenvolver a capacidade Prato; colher,
objetos por intelectual e cognitiva garfo;
tato Estimular a independência através Escova, toalha,
121
da identificação de objetos do dia a etc
dia
REFLEXÃO SOBRE A PESSOA IDOSA

A comunicação é uma dimensão essencial do trabalho do agente em


geriatria. No entanto, nem sempre lhe é dada a atenção devida,
muitas vezes por falta de tempo ou porque se considera outro tipo

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de cuidados como prioritários, como é o cado das rotinas de
alimentação, higiene e saúde.
É importante para os idosos, sendo que a comunicação e as relações
humanas são para eles necessidades básicas.
As rotinas que se têm que cumprir num determinado período de
tempo fazem muitas vezes com que o agente em geriatria acabe por
praticamente não prestar atenção ao idoso, tratando-o de uma
forma mecânica quase sem interação e diálogo.
122
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123
CONFORTO DA PESSOA IDOSA
SONO E REPOUSO
 A necessidade de dormir e repousar constitui
uma necessidade de todo o ser humano, a fim de
permitir a recuperação e o funcionamento ótimo
do organismo.

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 É fato assente que o organismo tem necessidade
de um período de sono em cada ciclo de 24 horas.
O repouso e o sono dependem do relaxamento
muscular.
 A designação de repouso inclui uma ausência de
movimento. O sono pode ser definido como “um
estado de consciência alterado do qual uma
pessoa pode sair mediante estímulo adequado”.

124
BENEFÍCIOS DO SONO

 Estabiliza os níveis da respiração;


 Melhora a capacidade de memorização bem
como a de organização da nossa inteligência;

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 Diminui a frequência cardíaca;
 Repara tecidos;
 Aumenta a produção de colagénio, a proteína
responsável pela elasticidade da pele e de
melatonina, uma hormona responsável pela
regeneração das células;
 Relaxa todos os músculos;
 Descansa todos os órgãos do corpo.

125
SONO NO IDOSO
O processo de envelhecimento ocasiona
modificações:
 Na quantidade e qualidade do sono;
 Afetam mais da metade dos adultos acima de 65

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anos de idade;
 Impacto negativo na sua qualidade de vida.

Um distúrbio do sono comum nos idosos são as


insónias.

126
Os fatores que contribuem para os problemas de
sono na velhice

 Dor
 Stress e a ansiedade (perdas resultantes do
envelhecimento ou falta de capacidade para

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ultrapassar os problemas da vida corrente)
 Depressão
 Medo e inquietação
 Alteração de rotina quotidiana (hora de levantar, a
hora das refeições, etc.)
 Barulho (ruídos inesperados e ocasionais)
 Intimidade partilhada
 Temperatura ambiente
 Aborrecimento (diminuição de contactos sociais)
 Outras patologias
127
PAPEL DO AGENTE EM GERIATRIA

Relativamente a:
Dor e/ou desconforto físico

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 Identificar a dor e sua localização;
 Quantificá-la, promover medidas de alívio da
dor (ex: quente, frio) administrar analgésico se
tiver prescrito, verificar a sua eficácia;
 Referenciar a equipa de saúde a existência da
dor e sua localização;
 Posicionar em posição antálgica e, confortável
(com almofadas, esticar a roupa).
128
Fatores ambientais:

 Eliminar quaisquer fontes de ruído;


 Evitar as sestas que desequilibram o ritmo
sono/vigília;

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 Evitar de ter relógio e televisão no quarto;
 Manter um horário regular: deitar e levantar a
horas certas ajuda a regularizar o relógio
biológico;
 Evitar o consumo de cafeína e bebidas
alcoólicas;
 Comer alimentos leves;

129
 Não se deitar o estômago cheio;

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 Antes do deitar, beber um copo de leite/chá morno;

 Preparar a cama (confortável) para o deitar;

 Perfumar o ambiente (com óleos essenciais porque


ajudam a relaxar e a combater a insónia);
 Manter o ambiente arejado e fresco;

 Evitar demasiada luminosidade no quarto;

 Promover exercício físico regular.

130
Se o idoso está no domicílio educar e
aconselhar os familiares:

 Ter em atenção e evitar portas a bater ou


televisões muito altas;

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 Não ter conversas preocupantes à noite a frente
do idoso;
 Programar atividades do dia seguinte, de manhã
não a noite;
 Os familiares devem evitar discussões e conflitos
frente aos idosos;
 Evitar de falar do cônjuge falecido;

 Os familiares devem evitar conversas sobre


situação socioeconómica. 131
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132
CAMA SIMPLES E CAMA
ARTICULADA
 Para que o sono/repouso seja adequado ao Idoso,
deverá ser providenciada uma cama/leito apropriado e
confortável. Assim, torna-se fundamental a cama e o
colchão, podendo ser uma cama vulgar ou articulada

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onde se pode elevar a cabeça e/ ou os pés.

 Quanto ao colchão também pode ser normal ou então


especial para Idosos com problemas músculo-
esqueléticos ou de mobilidade, para prevenção de
úlceras de pressão

133
Cama articulada - Estas camas podem ser manuais ou
elétricas, com possível ajustamento da altura, para
facilitar a subida/ descida do Idoso e a prestação de

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cuidados aos Idosos dependentes por parte do
Profissionais. Poderá também ser necessária a utilização
de outros acessórios, tais como grades de proteção/
segurança (prevenção de quedas), “trapézio” (para o Idoso
mobilizar-se no leito), etc.

134
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Cama articulada manual Cama articulada elétrica

135
Trapézio
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136
GRATA PELA
ATENÇÃO!

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