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Direito Administrativo I

Atos Administrativos

O ato administrativo é ato jurídico, pois é declaração de vontade do


Estado que visa a produção de efeitos jurídicos, ou seja, têm como
objetivo um acontecimento ao qual o ordenamento jurídico atribui
um efeito jurídico. Ex: Portaria de Exoneração de ocupante de
cargo em comissão = Ato Administrativo; A exoneração ou
desvinculação do indivíduo, propriamente dita, com o Poder
Público com a cessação do recebimento de remuneração = Efeito
Jurídico;
Conclui-se, portanto, que os atos administrativos são espécies do
gênero atos jurídicos.
Igualmente, a Administração Pública através de seus agentes produzem
o que a doutrina chama de fato jurídico, neste caso, fato
administrativo que corresponde a uma atividade material do
Estado ou Poder Público que tem efeitos jurídicos administrativos.
Ex: Construção de uma ponte em um Município = Fato
Administrativo;
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Atos Administrativos

Conceito de Ato Administrativo: “declaração do Estado (ou de quem lhe faça as


vezes – como, por exemplo, um concessionário de serviço público), no
exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências
jurídicas complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento,
sujeito a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.” ( Celso
Bandeira de Mello)
Atributos do Ato Administrativo: decorrem da posição de supremacia da
Administração Pública diante dos administrados, são eles: presunção de
legitimidade e veracidade; imperatividade; exigibilidade; executoriedade (ou auto-
executoriedade);
Observações Importantes: Presunção de Legitimidade = relativa = iuris tantum;
Presunção de Veracidade = refere-se aos fatos ou ao conteúdo do ato. Presumem-se
verdadeiros os fatos aduzidos pela Administração Pública. Ex: Certidões;
Atestados; Informações (fé pública);
Imperatividade = exprime a força obrigatória ou coercitiva que tem o ato
administrativo ante os administrados;
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Na executoriedade há o emprego de meios diretos de coação. Exs:


demolição de obras irregulares; incineração de medicamentos com prazo de
validade vencido; apreensão de mercadorias de porte ilícito; poda de árvores
localizadas em propriedades particulares, cujos galhos estejam prejudicando a
prestação de um determinado serviço público.
O atributo da exigibilidade não garante, por si só, a possibilidade de
execução material do ato. A executoriedade é o plus em relação à
exigibilidade.
ATO ADMINISTRATIVO PERFEITO, VÁLIDO E EFICAZ
Ato perfeito: quando foram exauridas as fases necessárias à sua existência.
Ato válido: quando expedido em absoluta conformidade como sistema
normativo.
Ato eficaz: quando o ato se encontra apto a produzir efeitos.
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ELEMENTOS OU REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


*Corrente defendida por Maria Sylvia Zanella de Pietro, Seabra
Fagundes e Hely Lopes Meirelles: 05 elementos do ato
administrativo.
1. Sujeito Competente: agente público competente. Não basta apenas
que o ato decorra da Administração Pública, exige-se para sua
validade, que o agente público titularize competência jurídica
para tanto.
Vide art. 2º, parágrafo único, alínea “a”, da Lei 4.717/65(Lei da Ação
Popular). Características da competência: decorre da lei;
inderrogável; conferida em benefício do interesse público; poder ser
delegada ou avocada, exceto as competências exclusivas conferidas
a determinados órgãos ou agentes.
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2. Finalidade Pública: é o resultado ou o bem jurídico que a Administração


Pública quer alcançar com a prática do ato. Guia-se pelo Princípio da
Finalidade.
Cada ato administrativo destina-se a um fim público específico, preordenado na
norma. Finalidade corresponde ao efeito jurídico mediato. Ex: ato de
remoção de servidor, de ofício e por necessidade de serviço = objeto (a
remoção propriamente dita do servidor); finalidade (a melhoria do serviço
público = resultado mediato.
3. Forma prescrita em lei: é o revestimento do ato administrativo. É como o ato
se manifesta externamente. Regra: forma escrita. Exceções: por gestos ou
mímica; pictórico (placas de sinalização); e eletromecânico( semáforo).
Formalização do Ato Administrativo = solenidade exigida para determinados
atos administrativos.
Vide art. 2º, parágrafo único, alínea “b”, Lei 4.717/65
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4. Motivo: é a razão ou circunstância de fato ou de direito que autoriza


ou determina a prática do ato administrativo.
a)Poderá estar vinculado ou não à lei;
b)Não se confunde com a motivação (princípio constitucional que
corresponde à exposição do motivo, à sua enunciação, revelação que
antecedem a deliberação do próprio ato = considerandos) Motivo = fato
ou dado real que autoriza ou impõe a prática do ato;
c) Motivo é necessário para os atos vinculados como para os
discricionários;
5. Objeto: é a coisa ou a relação jurídica sobre a qual o ato administrativo
incidirá (Zanobini). Ex: decreto de desapropriação para fins de
utilidade pública = objeto = o imóvel.
Vide art. 2º, parágrafo único, alínea “c”, Lei 4.717/65.
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 Teoria do Mérito do Ato Administrativo: corresponde à avaliação da


conveniência e da oportunidade relativas ao motivo e ao objeto, que
inspira a prática do ato discricionário, exceto quanto aos demais
elementos do ato – a competência, a finalidade e a forma -, estes são
vinculados.
 Desta feita, não se pode falar em mérito do ato administrativo em se
tratando de ato vinculado.
 A valoração de conduta que configura o mérito administrativo pode
alterar-se, bastando para tanto, imaginar a mudança dos fatores de
conveniência e oportunidade, sopesados pelo agente público. Cabe ao
agente, o controle de índole administrativa. Ex: a concessão ou não de
autorização para o fechamento de uma rua para realização de festa
junina.
 O STJ quanto ao mérito administrativo se manifestou de que é defeso
ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato, cabendo ao Judiciário
examinar o ato sob o aspecto da legalidade, em homenagem ao
princípio da separação ou da independência dos poderes.
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 4. Renúncia: o ato administrativo se extingue por renúncia do


beneficiário, sendo que o ato lhe era favorável (ex: servidor pede a
exoneração do cargo)
• SILÊNCIO ADMINISTRATIVO: toda omissão da
Administração Pública que, devendo pronunciar-se sobre um
pedido formulado pelo administrado ou sobre um ato expedido
por outro órgão público, queda-se inerte, silenciando a respeito.
• O silêncio não é ato administrativo;
• O silêncio é fato administrativo;
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 Extinção dos atos administrativos: a morte ou a extinção dos atos
administrativos eficazes ocorre segundo a classificação de Celso
Antonio Bandeira de Mello, das seguintes formas:
 1. pelo cumprimento de seus efeitos jurídicos: onde cumprido os
efeitos jurídicos do ato (causa), levará a extinção pelo esgotamento do
conteúdo jurídico do ato (ex: gozo de férias por um servidor,
usufruídas as férias, extingue-se o ato de concessão); pela execução
material do que o ato determina (ex: determinada a demolição de uma
obra irregular, realizada a demolição, executado o ato); pelo
implemento de uma condição resolutiva ou de um termo final(ex:
permissão para o uso das águas de um rio pelo particular, desde que o
nível da água não fique abaixo de determinado limite).
 2. pelo desaparecimento da pessoa ou do objeto da relação
jurídica que o ato constitui (ex: morte do servidor que se
encontrava investido no cargo ou a invasão do mar em área de terreno
de marinha objeto de enfiteuse).
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 3. pela retirada do ato em razão da prática de outro ato


administrativo: podendo ocorrer na revogação; na invalidação; na
cassação; na caducidade e na contraposição.
 3.1. Revogação – por razões de conveniência e oportunidade;
 3.2. Invalidação – por vício de ilegalidade que contaminou o ato desde
a origem;
 3.3. Cassação – por vício de ilegalidade superveniente, quando o
destinatário do ato descumpre condição a que estava obrigado (vício
posterior);
 3.4. Caducidade – o ato administrativo foi praticado em consonância
com a ordem jurídica, mas com a nova lei, o torna incompatível com a
nova situação (ex: nova lei de zoneamento urbano que torna
determinados atos anteriores incompatíveis).
 3.5. Contraposição ou Derrubada – quando um ato posterior, se colide
com o ato anterior (ex: nomeação e exoneração do servidor no cargo)
 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EM SALA DE AULA, INDIVIDUAL, VALENDO 2,0
PARA O 2º NPC: Marque a alternativa correta.

1. É classificada como ato administrativo, EXCETO:

a) A permissão para instalação de banca de jornais.b) A autorização para porte de
arma.c) A licença para edificar.d) A iniciativa de lei pelo executivo.

2. O ato administrativo vinculado é aquele que:



a) A lei estabelece os requisitos de sua realização (competência, finalidade, forma,
motivo e objeto), dos quais não se pode afastar o administrador, sob pena de nulidade
do ato.b) A lei estabelece os requisitos referentes ao motivo e ao objeto, dos quais não
se pode afastar o administrador, sob pena de nulidade do ato.c) A lei deixa ao prudente
arbítrio do administrador a escolha da forma, motivo e objeto, para a prática do
ato.d) A lei deixa ao prudente arbítrio do administrador a fixação da competência,
finalidade, forma, motivo e objeto, para a prática do ato.

3. Haverá excesso de poder na prática do ato administrativo, quando:



a) O agente competente praticar o ato com finalidade diversa prevista na lei.b) O
agente competente ultrapassar os limites de sua competência ao realizar o ato.c) O
agente competente elaborar o ato em conformidade com a lei.d) O ato for realizado por
sujeito incompetente.

4. O ato administrativo praticado com desvio de poder


é: a) Anulável.b) Inexistente.c) Nulo.d) Válido, mas a autoridade que incorreu no
desvio será punida.

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