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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
BIOESTATÍSTICA E DEMOGRAFIA

NECESSIDADES, DIREITO À SAÚDE


E O ESTADO DE BEM ESTAR.

Natal/RN
2019
Introdução
 O presente trabalho tem como objetivo analisar as
necessidades de saúde, direito à saúde no Brasil e o estado de
bem-estar social diante dos conceitos e sua efetivação.
 Demonstrando os pontos que norteiam as funções e os
mecanismos que tangem ao direito coletivo, a efetividade da
perspectiva em tornar viável através o sistema político e
econômico, e a necessidade da aplicação de um sistema justo e
adequado em detrimento ao direito e bem-estar de todos.
ROTEIRO

 Necessidade de saúde

 Direito à saúde

 Estado de bem estar social.


O QUE SIGNIFICA SAÚDE ?
 No passado, o conceito de saúde estava ligado à ausência de sintomas
de doença evidentes. Atualmente, o conceito de saúde relaciona-se
com o de qualidade de vida
Um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e
não apenas as doenças ou Individual e Coletiva
enfermidades.
(OMS) Conceito
Saúde
É resultante das condições de
alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer, Direito do cidadão e dever do
liberdade, acesso e posse da terra Estado
e acesso aos serviços de saúde

Brasil, 1988; OMS, 1946; Batistella, 2007


O que precisa ser satisfeito
Carência
para que a vida continue

Conceito de
necessidades
de saúde

Necessidades dos indivíduos


Necessidades desiguais de são necessidades de
indivíduos heterogêneos reprodução social

Campos, Bataiero, 2007; Stotz, 1991, Heller, 1978


 Problema: corresponde a um estado de saúde considerado
deficiente pelo indivíduo, profissional ou coletivadade.

 Necessidade: expressa o desvio ou a diferença entre o


estado ótimo e o estado atual ou real.

Necessidades de
Problemas
saúde
Estado de Saúde
observado O que é necessário para
(ES.1) passar de ES.1 a ES.2
Necessidade normativa

• É definida pelo técnico, o profissional, o administrador, em relação a


uma determinada norma desejável ou ótima

Necessidade sentida

• Refere-se à percepção que as pessoas têm sobre seus problemas de


saúde ou o que desejam como serviços de saúde

Necessidade expressa

• Equivale a demanda de cuidados e de serviços

Necessidade comparativa

• Necessidades de indivíduos ou grupos semelhantes de outros indivíduos


ou grupos com as mesmas características

Bradshaw (1977)
Necessidade de
acesso a todas as
Necessidade de boas tecnologias de
condições de vida atenção à saúde que
melhorem e
prolonguem a vida

Necessidade de
Necessidade de ter
autonomia na
vínculo com um
construção do seu
profissional ou uma
‘modo de andar a
equipe de saúde
vida’

Cecílio e Matsumoto (2006)


NECESSIDADES DE SAÚDE
Campos e Mishima (2005) abordam
dois conceitos de necessidades de saúde:

CONCRETO-
ABSTRATO
OPERACIONAL

Relacionam-se à vida humana, a


Consiste num recorte
questões relativas à garantia de
das necessidades de saúde
sobrevivência e aquelas que
a partir das quais serão organizados
ultrapassam essa dimensão
os serviços de saúde e o planejamento
como os determinantes sociais de
da assistência,
saúde, além do direito à saúde
é a definição do objeto de atenção à
e dos aspectos históricos,
saúde.
culturais e sociais,
considerando a saúde individual
NECESSIDADES DE SAÚDE
 Segundo Osório, Servo e Piola (2011) a necessidade de saúde
considerada insatisfeita ocorre quando o indivíduo ou população não
recebe serviço de saúde necessário para solucionar seu problema,
estando relacionado ao acesso a serviços de saúde.

 Dessa forma, a atenção em saúde deve ser planejada e organizada de


forma a considerar as demandas e os serviços disponíveis para suprir
as necessidades dos sujeitos envolvidos no processo de produção e
consumo da saúde (GOMIDE et al, 2018).
NECESSIDADES DE SAÚDE

Segundo Campos e
O atendimento Além disso, esse
Bataiero (2007), os
às necessidades de atendimento depende da
serviços de saúde utilizam
saúde é ter como articulação intersetorial,
do conceito de
objeto do processo de levando-se em consideração
necessidades concreto-
trabalho as necessidades os determinantes sociais do
operacional, fazendo com
dos indivíduos de processo saúde-doença e a
que a atenção à saúde e as
diferentes classes sociais, heterogeneidade da
politicas publicas sejam
que habitam um território população brasileira, que
determinadas por esta
e o direcionamento das implica em diferenças nos
perspectiva e com isso
políticas publicas para perfis epidemiológicos e de
associam a necessidade de
garantia do direito a necessidades de saúde
saúde ao consumo de um
universalidade (CARNEIRO et al, 2014;
serviço prestado como, por
na saúde. SILVA; BATISTELLA;
exemplo, um atendimento
GOMES, 2007).
médico.
DIREITO A SAÚDE

Direito à Saúde:
Artigo196daCR/88:

A saúde é direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Kuschnir e Chorny (2010)
A saúde está relacionada a qualidade de vida
• A Lei Orgânica da Saúde (lei nº 8.080/1990), no seu artigo 3, traz que a
saúde expressa a organização social e econômica do país e define como
determinantes e condicionantes da saúde a “alimentação, moradia,
saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, atividade
física, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais”.
O direito se refere às ordens de conduta humana,
A saúde como direito deve contemplar os aspectos sociais e individuais,
podendo ser visto sob dois aspectos:

O paciente e o profissional têm liberdades de


escolhas, como, por exemplo,
qual recurso sanitário irá procurar
e qual tratamento será submetido,
INDIVIDUAL
Determinação do tratamento pelo profissional
de saúde frente as alternativas existentes,
o que faz com que a efetividade do direito esteja
ligada ao grau de desenvolvimento do Estado.

O direito à saúde é visto quanto às limitações


em favor do bem coletivo,para que todos
usufruam igualmente da vida em sociedade.
COLETIVO
Preservação da saúde de todos é
necessário que ninguém impeça o outro de buscar
seu bem-estar ou o induza a adoecer,
por esta razão há a obrigatoriedade de vacinação
e a notificação de doenças e agravos, por exemplo.
O ESTADO DE BEM ESTAR
 Sistema de proteção social gerido, administrado e financiado pelo Estado
surgiu no período pós-guerra, no qual foi criado o conceito de Estado de
Bem-Estar Social, e que tem origem no conceito de justiça social, sendo
conceituada como uma das formas institucionalizadas ou não que a
sociedade utiliza para proteger seus membros dos riscos sociais e das
mudanças decorrentes da vida em sociedade, sendo a distribuição de
recursos variável de acordo com critérios históricos e culturais
(CRONEMBERGER; TEIXEIRA, 2015).
O Estado de Bem Estar

 O termo Estado de Bem-Estar Social, do inglês Walfare State, surge na


década de 1940 e é caracterizada como um conjunto de politicas
sociais e econômicas que envolvem benefícios sociais e medidas de
proteção e ajuda à população contra os efeitos desestabilizadores das
forças do mercado, sendo adotada por países desenvolvidos.
O Estado de Bem Estar
 Cada país configura o
Estado de Bem-Estar social
pela determinação de
diversos fatores, como a
capacidade de mobilização
dos trabalhadores, o
padrão e nível de
industrialização, sua
cultura politica, alianças
politicas e autonomia das
organizações. No Brasil, a
intervenção do Estado
apesar de ser específica
segue o padrão de
intervenção e regulação
social (RIVA, 2012;
BENEVIDES, 2011).
O estado de Bem Estar
 A Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã,
apresentou reconhecimento relevante às demandas sociais, a
estruturação da Seguridade Social juntamente às politicas de saúde,
previdência e assistência social, que passaram a ser garantidas pelo
Estado, e a reorganização do sistema de proteção social baseada na
universalidade (DRAIBE, 1990).
O estado de Bem Estar
 Apesar dos direitos do cidadão concederem igualdade perante os
demais, o sistema de classes sociais gera desigualdades entre os
mesmo. Dessa forma, os direitos direcionados para redução dessas
desigualdades só podem partir do Estado, que têm poder regulador
para intervir nas questões relativas ao indivíduo na sua relação com
a sociedade, de modo a garantir que os direitos sociais sejam
efetivados (GRIN, 2013).
O estado de Bem Estar
 O Estado de Bem-Estar Social depende da articulação das forças políticas
do Estado, enquanto os recursos para o seu financiamento resulta da
produção econômica da população, mas que é administrado também pelo
Estado. Desse modo, ao analisar a relação entre desenvolvimento
econômico e política social, deve-se ter como base o Estado de Bem-Estar
Social, já que a visão do sistema de proteção social como um todo admite o
exame dos efeitos dinâmicos da política social no tempo, inclusive sobre a
economia (LEERS, 1984; DRAIBE; RIESCO, 2011).
O estado de Bem Estar
 Ao analisar as dimensões que envolvem as desigualdades como o acesso
aos serviços de saúde, educação, moradia, saneamento, percebe-se que
grande parte da população não tem garantia de seus direitos sociais.
O estado de Bem Estar

 Isso é resultado de déficits históricos no sistema de proteção social que,


apesar de haver politicas públicas, as mesmas apresentam efeito
paradoxal sobre a situação social do país pela baixa capacidade de
promoção da equidade e alcance das populações mais vulneráveis
(MAGALHÃES; BURLANDY; SENNA, 2007).
Video
https://www.youtube.com/watch?v=pJ5Ljm
O9FZ8
Conclusão
 Concluímos que a necessidade, o direito a saúde e o estado de
bem-estar trazem diversas complexidades que precisam ser
enfrentadas para que a teoria se transformem em realidade.

 A processo não se esgota nas prestações sanitárias, pois
depende de políticas públicas relacionadas a outros campos da
atuação estatal, como aquelas necessárias à paz, moradia,
educação, alimentação, renda, ecossistema saudável, recursos
sustentáveis, justiça social e equidade.
 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa
do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
 CAMPOS, C. M. S.; MISHIMA, S. M. Necessidades de saúde pela
voz da sociedade civil e do Estado. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1260-1268, jul./ago, 2005.
 DALLARI, S. G. O direito à saúde. Rev. Saúde Públ., v. 22, n. 1, p.
57-63, 1988.
 BRITO-SILVA, K.; BEZERRA, A. F. B.; TANAKA, O. Y. Direito à saúde
e integralidade: uma discussão sobre os desafios e caminhos para
sua efetivação. Interface, v.16, n.40, p.249-59, jan./mar. 2012.
 SILVA, J. P. V.; BATISTELLA, C.; GOMES, M. L. Problemas,
necessidades e situação de saúde: uma revisão de abordagens
para a reflexão e ação da equipe de saúde da família. In:
FONSECA, A. F. (Org.). O território e o processo saúde-doença.
Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, p. 159-176, 2007.
MUITO OBRIGADA !

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