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DICAS DE REDAÇÃO: DESCOMPLICANDO O

PORTUGUÊS

Prof. Leandro Silva Florindo


COESÃO X COERÊNCIA
 Coesão: é o procedimento de ligação entre as partes do texto.
 Coerência: é a sequência lógica do discurso.

Obs.: Coesão e coerência objetivam tornar mais eficaz a


transmissão da mensagem contida no texto.

Exemplo: Ontem fui à faculdade. A faculdade estava fechada.

É possível observar a coesão no exemplo acima?


A resposta é não, pois não há qualquer elemento de ligação entre
as partes do texto.

Como ficaria o texto escrito de forma coesa?

Exemplo: Ontem fui à faculdade, mas estava fechada.

Quanto à coerência, vejamos o seguinte exemplo:

Ontem não fui à faculdade, mas estava fechada. Logo que entrei
me deparei com o segurança.
Note-se que não há coerência no exemplo anterior. Se você não foi
à faculdade, como poderia ter entrado?

Assim, coesão e coerência permitem que o leitor possa entender


de forma clara e objetiva a mensagem transmitida por meio do
texto, evitando a repetição de palavras e informações que não
fazem sentido.

A maneira mais simples de dar coesão a um texto é com a


utilização dos conectivos (conjunções).
 Conectivos (conjunções) são palavras ou expressões
que ligam as frases e permitem a exposição das ideias de
maneira sequencial.

Por exemplo: “É provável que ninguém esteja entendendo nada”.

Neste caso, a conjunção “é provável” insere no texto uma dúvida.

Por exemplo: “Em resumo, existem diversos conectivos”.

Neste caso, a conjunção “em resumo” é utilizada para transmitir a


ideia de o texto está chegando ao seu fim.
Vejam alguns exemplos de conjunções:
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÃO

Aditivas e, nem, mas também, como também, bem como etc.

Adversativas mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto etc.

Alternativas ou...ou; ora...ora; quer...quer; já...já etc.

Conclusivas logo, portanto, por isso, assim, por conseguinte etc.

Explicativas que, porque, porquanto, pois etc.

Exemplo 01 – Leandro é um excelente professor, mas é um péssimo cantor.


Exemplo 02 – Leandro é um péssimo cantor porque sua voz é de pato.
Exemplo 03 – Leandro deve escolher: ou dá aulas de Direito ou faz aulas de canto.
Outros exemplos de conjunções:
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÃO

Causais porque, uma vez que, sendo que, visto que, na medida em que, como etc.

Consecutivas sem que, de modo que, de forma que etc.

Comparativas como, tal qual, que, do que, assim com, mais que, menos que etc.

Conformativas conforme, segundo, consoante, assim como etc.

Concessivas mesmo que, por mais que, ainda que, se bem que, embora etc.

Condicionais se, caso, contanto que, a menos que, sem que, salvo que etc.

Proporcionais à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos etc.

Finais a fim de que, para que etc.

Temporais quando, enquanto, sempre que, logo que, depois que etc.
HORA DE PRATICAR

Redija 10 (dez) frases utilizando conectivos (conjunções).

Exemplos

Já aprendi, portanto não escreverei dez frases.


Escreverei as dez frases porque preciso fixar a matéria.
Sairei da aula às 11h a fim de que eu possa pegar o ônibus das 11h15min.
Fica mais fácil à medida em que vou treinando.
Queria escrever vinte frases, mas só posso escrever dez.
Não consigo escrever, por mais que eu tente.
PAUSA PARA REFLEXÃO
 “Onde” ou “aonde”?

A expressão “onde” indica o lugar onde algo ou alguém está e deve


ser usada para expressar a ideia de lugar.
Exemplo: O aluno não sabe onde fica a coordenação.

A expressão “aonde” também indica lugar, mas transmite a ideia de


lugar para o qual se vai, destino ou movimento.
Exemplo: O lugar aonde vou mais tarde é perto da minha casa.

Resumo: “Onde” expressa a ideia de lugar fixo e “aonde” a ideia de


destino ou movimento.
PAUSA PARA REFLEXÃO
 “Mas” ou “mais”?

A expressão “mas” é utilizada principalmente como conjunção adversativa,


indicando ideia de oposição (porém, todavia, contudo).
• Exemplo: A turma queria aula, mas alguns alunos não.
Pode ser utilizada também com a ideia de “defeito” ou dando ênfase a uma
afirmação.
• Exemplo: Leandro era tão estudioso, mas tão estudioso, que ganhou vários
prêmios.

A expressão “mais” indica, principalmente, a soma ou aumento da quantidade.


Dica: “mais” é o antônimo de “menos”.
Exemplo: Quero ter mais aulas como esta.
COMO PRODUZIR UM BOM TEXTO?
1) Faça um planejamento. Antes de começar a escrever, tenha em mente
quais informações farão parte do texto;

2) Organize o seu texto em “introdução”, “desenvolvimento” e “conclusão”;

3) Mantenha o hábito da leitura e da escrita;

4) Não se afaste do tema/assunto principal;

5) Não utilize palavras que não conheça;

6) Seja claro e objetivo. “Fale muito dizendo pouco”.


PODER DE SÍNTESE TEXTUAL
A síntese é um resumo, uma sinopse, ou seja, uma descrição abreviada do
texto. Trata-se, pois, de um resumo do texto original, onde são considerados
apenas os pontos relevantes abordados.

Dicas para sintetizar textos.

1) Entenda a mensagem contida no texto. Leia, no mínimo, duas vezes;


2) Grife as palavras mais importantes;
3) Reproduza as ideias principais, de forma coesa;
4) Utilize sinônimos;
5) Utilize suas palavras.
HORA DE PRATICAR
Sintetize a ideia dos textos abaixo:

“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.” – O Pequeno Príncipe;

“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a
certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de
terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.” – O Encontro
Marcado;

“Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do
passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro,
ele sempre consegue escapar.” – O Caçador de Pipas.
PAUSA PARA REFLEXÃO
 “Por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”?
“Porque”, junto e sem acento, é utilizado principalmente em respostas e explicações. Pode ser
substituído por “pois”, “uma vez”, “visto que”, etc.
Exemplo: Vim à aula porque gostaria de aprender mais.

“Por que”, separado e sem acento, é utilizado para introduzir uma pergunta ou estabelecer uma relação
com um termo anterior. Pode ser substituído por “por qual razão”, “por qual motivo”, etc.
Exemplo: Por que não dormi cedo ontem?

“Por quê”, separado e com acento, é utilizado em interrogações, aparecendo de forma isolada ou no
final das frases, seguido de ponto de interrogação ou ponto final.
Exemplo: Leandro não vai vir? Por quê?

“Porquê”, junto e com acento, é utilizado como sinônimo de motivo, causa, razão.
Exemplo: Gostaria de saber o porquê de não termos aulas todos os sábados.
COMO RESPONDER QUESTÕES DISCURSIVAS?
1) Leia atentamente o enunciado e se atente para o que foi perguntado. Caso
o enunciado seja grande, leia primeiro a pergunta e, posteriormente, o
restante do texto;
2) Evite os excessos. Nem muito objetivo, nem muito prolixo;
3) Veja as respostas como um pequeno texto. Evite palavras soltas. Exemplo:
Qual é a cor do seu sapato? O meu sapato é azul/ A cor do meu sapato é azul;
4) “Tema certo e resposta errada”. Cuidado ao responder. Se atenha ao que foi
perguntado. Informações “extras” são irrelevantes;
5) Leia novamente sua resposta. Algumas questões solicitam várias respostas.
Confira se todas as perguntas foram respondidas;
6) Analise o espaço disponível para a resposta. Se ela ultrapassa os limites,
provavelmente você escreveu mais do que deveria;
7) Pense em toda a resposta antes de começar a escrevê-la.
DICA DE UM MILHÃO DE REAIS
A resposta de uma questão discursiva deve permitir ao leitor imaginar qual
seria a pergunta sem que haja a necessidade de vê-la.

Exemplos
Resposta: Minha comida favorita é pizza.
Pergunta: Qual é a sua comida favorita?

Reposta: Acabou a gasolina do meu carro, por isso ando de bicicleta.


Pergunta: Por qual motivo tem andado de bicicleta?

Resposta: Para chegar na Estácio, pego o ônibus, desço no terminal de Vila


Velha e vou andando o restante do caminho.
Pergunta: Como você faz para chegar na Estácio?
PAUSA PARA REFLEXÃO
 “Tampouco” ou “tão pouco”?
“Tampouco” é utilizado para reforçar uma negação expressa anteriormente. Pode ser
substituído por “também não”, “nem”, “sequer” e “muito menos”.
Exemplo 01: Leandro não gosta de estudar em dias de semana, tampouco aos finais de
semana.
Exemplo 02: Se eu não consigo responder a pergunta, você tampouco!

“Tão pouco” significa muito pouco. Pode ser substituído por “muito pouco”, “pouca coisa”,
“pequeno”, etc.
Exemplo 01: Estudamos tão pouco hoje.
Exemplo 02: Falta tão pouco para vocês se formarem.
Exemplo 03: Tenho tão poucos motivos para estudar aos domingos.
HORA DE PRATICAR
1) Considerando que a função normativa da autorização significa conferir a
uma pessoa o poder de estabelecer e aplicar normas, Kelsen afirmava que
uma norma do direito autoriza pessoas determinadas a produzirem normas
jurídicas ou aplicá-las. Nesse caso, diz-se: O direito regula sua própria
produção e aplicação. Nesse contexto, a atual Constituição foi promulgada em
1988 e em 2002 foi publicado o Código Civil. A respeito da estrutura do
ordenamento jurídico, pergunta-se: qual seria a relação, segundo as teorias
de Kelsen, entre a Constituição e o Código Civil brasileiro?

Dica – Organize mentalmente a resposta antes de escrevê-la. Palavras-chave:


Hierarquia; normas de produção; normas de execução.
HORA DE PRATICAR

2) No direito brasileiro vigoram normas que fornecem ao juiz o instrumental


necessário para que ele decida o caso concreto, mesmo nas situações em que
não haja legislação tratando do tema. Discorra sobre o princípio da
completude (plenitude) do ordenamento jurídico, bem como a forma de
preenchimento das lacunas pelo julgador.

Dica – Planeje sua resposta e escreva logo à caneta, evitando desperdício de


tempo. Palavras-chave: princípio da plenitude; ausência da lei; lacunas; outras
fontes do Direito.
HORA DE PRATICAR

3) O art. 186 do Código Civil é claro ao dispor que “aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Além disso,
preleciona o art. 927 do Código Civil que “aquele que, por ato ilícito (art. 186 e
art. 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Neste contexto,
caso o veículo de MaiaraMaraísa seja danificado por ato de vontade de
SimoneSimaria, deve esta última reparar o dano causado? Justifique.

Dica – Analise a pergunta. Organize a resposta. Justifique de acordo com o


caso apresentado. Palavras-chave: reparação do dano; ato voluntário (ação);
ato ilícito; obrigação; previsão legal.
HORA DE PRATICAR
4) Os índices de violência e de criminalidade avançam das grandes cidades em direção ao
interior do nosso país de maneira abrupta. Com o objetivo de contribuir de forma efetiva com a
campanha nacional do desarmamento, o Sr. Éuviz Pretzel, Prefeito do Município de Mucicamba, no
interior do Espírito Santo, pretende apresentar projeto de lei visando proibir, no âmbito do município,
a comercialização de armas de pequeno e grande porte. O projeto ainda prevê que a fiscalização sobre
o cumprimento da medida será exercida por funcionários da prefeitura, que poderão multar os
estabelecimentos comerciais no caso de descumprimento da proibição. Contudo, antes de apresentar
o projeto de lei, o prefeito, sabendo que você está cursando Direito na Estácio de Sá de Vila Velha, lhe
faz uma consulta a respeito da viabilidade de tal projeto. Antes de analisar o caso, você faz uma rápida
leitura na Constituição Federal, que em seu art. 21, VI, prevê que compete à União autorizar e fiscalizar
a produção e o comércio de material bélico, além de prever, em seu art. 22, XXI, que cabe à União
legislar privativamente sobre “normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias,
convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares”. Agora, de posse de
tais informações, responda, de forma justificada, à luz da teoria do ordenamento jurídico – hierarquia
das normas – se o projeto de lei seria viável.

Dica – Leia primeiro qual é a pergunta realizada pelo examinador. Palavras-chave: viabilidade do
projeto; hierarquia; inconstitucionalidade; competência.

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