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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Efeitos da urbanização sobre o


ciclo hidrológico

Prof. Dr. André Luciano de Carvalho – 2019


andre.luciano@unipaclafaiete.edu.br
9 9127-4364
PROBLEMÁTICA DA URBANIZAÇÃO NO MANEJO DAS
ÁGUAS PLUVIAIS
EFEITOS DA URBANIZAÇÃO SOBRE O CICLO HIDROLÓGICO

Cenário sem urbanização e cenário urbanizado


EFEITOS DA URBANIZAÇÃO SOBRE O CICLO HIDROLÓGICO

 Com o efeito da urbanização sobre as variáveis do ciclo hidrológico, é possível


identificar dois cenários (TUCCI, 2006):

1. como um período de pré-urbanização - neste cenário, do 100% precipitado: 40%


é perdido por evapotranspiração; 10% escoa superficialmente; 50% infiltra no
solo. Estes percentuais de distribuição da precipitação caracterizam uma boa
distribuição das águas do ciclo hidrológico.

2. considerado como sendo uma área urbanizada - observa-se que do 100%


precipitado: 25% se perde por evapotranspiração, pois devido a redução da
cobertura vegetal, há também uma redução na evapotranspiração; dos 75%
restantes que chegam até o meio urbano, 45% é coletado pelas redes pluviais
(quando existem e são corretamente dimensionadas); 30% infiltra. Havendo,
portanto, uma redução de 20% no percentual de infiltração com relação ao
cenário pré-urbanização. É importante ressaltar que quando as redes de
condutos pluviais não são dimensionadas devidamente, o percentual das águas
pluviais, que deveriam escoar pela canalização, escoa superficialmente,
gerando as inundações urbanas em diversos pontos.
EFEITOS DA URBANIZAÇÃO SOBRE O CICLO HIDROLÓGICO

 Aumento do escoamento superficial;


 Redução da evapotranspiração;
 Redução do escoamento subterrâneo;
 Aumento da vazão média de cheia (6 a 7 vezes) DEVIDO À
IMPERMEABILIZAÇÃO;
 Redução do tempo de concentração e aumento das áreas impermeáveis
DEVIDO À CANALIZAÇÃO;
 Erosão - perda de solo;
 Contaminação de mananciais;
 Resíduos sólidos - coleta e disposição;
 Extinção de espécies raras.
EFEITOS DA URBANIZAÇÃO SOBRE O ESCOAMENTO
SUPERFICIAL

A urbanização amplia as vazões devido à canalização e à impermeabilização.


IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO

 Aumento do pico e antecipação da ocorrência;

 aumento do volume do escoamento superficial;

 diminuição da evaporação e da recarga subterrânea;

 aumento da poluição de origem pluvial;

 aumento da produção de sedimentos.


FASE DA URBANIZAÇÃO DESORDENADA
Fase 1:
 crescimento da urbanização: grande produção de sedimentos
(construções, superfícies desprotegidas);
FASE DA URBANIZAÇÃO E IMPACTOS ASSOCIADOS

Fase 1:
 Ocupação desordenada de áreas de encostas e áreas ribeirinhas com
aumento das áreas de contribuição e produção de sedimentos.
FASE DA URBANIZAÇÃO E IMPACTOS ASSOCIADOS

Fase 2:
 Quando a área urbana está estabelecida, a veiculação de resíduos
sólidos na drenagem é alta.
FASE DA URBANIZAÇÃO E IMPACTOS ASSOCIADOS
Fase 2:
 Quando a área urbana está estabelecida, a veiculação de resíduos
sólidos na drenagem é alta.
FASE DA URBANIZAÇÃO E IMPACTOS ASSOCIADOS

Fase 2:

 Quando a área urbana


está estabelecida, a
veiculação de resíduos
sólidos na drenagem é
alta.

Famoso FUSCA ROLHA (SP)


FATORES AGRAVANTES
 Falta de planejamento urbano: loteamentos sem sistema de drenagem.
FATORES AGRAVANTES
 Falta de planejamento urbano: assoreamento do sistema de
microdrenagem e aumento da necessidade manutenção.
FATORES AGRAVANTES
 Falta de planejamento urbano: assoreamento da macrodrenagem.
FATORES AGRAVANTES

 Falta de planejamento urbano: resíduos sólidos.


IMPACTOS AMBIENTAIS
DRENAGEM URBANA

PENSAMENTO TRADICIONAL

“a melhor drenagem é a que escoa o mais rapidamente possível a


precipitação”

PENSAMENTO ATUAL

 Rever as políticas de ocupação do solo urbano;

 Estabelecer soluções que privilegiem a retenção da água na origem,


evitando a aceleração do escoamento.
MEDIDAS DE CONTROLE NA DRENAGEM URBANA

 As medidas de correção e prevenção que visam minimizar os danos das


inundações são classificadas, de acordo com sua natureza, em medidas
estruturais e medidas não estruturais.

 As medidas estruturais correspondem às obras que podem ser


implantadas visando a correção e/ou prevenção dos problemas
decorrentes de enchentes.

 As medidas não estruturais são aquelas em que se procura reduzir os


danos ou as consequências das inundações, não por meio de obras,
mas pela introdução de normas, regulamentos e programas que visem,
por exemplo, o disciplinamento do uso e ocupação do solo, a
implementação de sistemas de alerta e a conscientização da população
para a manutenção dos dispositivos de drenagem.
MEDIDAS DE CONTROLE NA DRENAGEM URBANA

1. Medidas Estruturais

 As medidas estruturais compreendem as obras de engenharia, que podem


ser caracterizadas como medidas intensivas e extensivas.

 As medidas intensivas, de acordo com seu objetivo, podem ser de quatro


tipos:

 de aceleração do escoamento: canalização e obras correlatas;


 de retardamento do fluxo: reservatórios (bacias de detenção/ retenção),
restauração de calhas naturais;
 de desvio do escoamento: tuneis de derivação e canais de desvio;
 e que englobem a introdução de ações individuais visando tornar as
edificações a prova de enchentes.

 Por sua vez, as medidas extensivas correspondem aos pequenos


armazenamentos disseminados na bacia, a recomposição de cobertura
vegetal e ao controle de erosão do solo, ao longo da bacia de drenagem.
MEDIDAS DE CONTROLE NA DRENAGEM URBANA

2. Medidas não estruturais

 Em contraposição as medidas estruturais, que podem criar uma sensação


de falsa segurança e até induzir a ampliação da ocupação das áreas
inundáveis, as ações não estruturais podem ser eficazes a custos mais
baixos e com horizontes mais longos de atuação.

 As ações não estruturais procuram disciplinar a ocupação territorial, o


comportamento de consumo das pessoas e as atividades econômicas.

 Considerando aquelas mais adotadas, as medidas não estruturais podem


ser agrupadas em:

 Ações de regulamentação do uso e ocupação do solo;


 Educação ambiental voltada ao controle da poluição difusa, erosão e lixo;
 Seguro-enchente;
 Sistemas de alerta e previsão de inundações.
MEDIDAS DE CONTROLE NA DRENAGEM URBANA

 Por meio da delimitação das áreas sujeitas a inundações em função do


risco, é possível estabelecer um zoneamento e a respectiva
regulamentação para a construção, ou ainda para eventuais obras de
proteção individuais (como a instalação de comportas, portas-estanques
e outras) a serem incluídas nas construções existentes.

 Da mesma forma pode-se desapropriar algumas áreas, destinando-as a


praças, parques, estacionamentos e outros.

 Por outro lado, os seguros-enchente podem ser calculados a partir da


determinação dos riscos associados às cheias.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
SOLUÇÕES: CONTROLE NA FONTE
SOLUÇÕES: CONTROLE NA FONTE

Captação água de chuva


SOLUÇÕES: CONTROLE NA FONTE

Telhado armazenador de água


SOLUÇÕES: CONTROLE NA FONTE
SOLUÇÕES: PAVIMENTO PERMEÁVEL
SOLUÇÕES: PAVIMENTO PERMEÁVEL
SOLUÇÕES: BACIA DE DETENÇÃO

Os reservatórios de detenção, popularmente conhecidos como “piscinões”, são


estruturas de acumulação temporária das águas de chuva, que contribuem para a
redução das inundações urbanas, especialmente em áreas altamente
impermeabilizadas e densamente povoadas.
SOLUÇÕES: BACIA DE DETENÇÃO

Inaugurado em dezembro de
2010, em Pirituba/Jaraguá
(SP), o piscinão Anhanguera
possui papel fundamental no
combate às enchentes da
região.
Construído em um terreno
com 13,4 mil m² nas
margens da Rodovia
Anhanguera, o piscinão tem
como objetivo reter o
excesso de água da chuva
que corre para o Ribeirão
Vermelho.
SOLUÇÕES: TRINCHEIRAS DE INFILTRAÇÃO
SOLUÇÕES: TRINCHEIRAS DE INFILTRAÇÃO
SOLUÇÕES: TRINCHEIRAS DE INFILTRAÇÃO

Poço de infiltração de água pluvial (REIS, 2005).


SOLUÇÕES

É preciso:

Organizar o espaço urbano para integrar e harmonizar os


diferentes sistemas de infra-estrutura.

Isso requer um esforço coletivo (em níveis técnico, político,


legislativo e de participação da comunidade.
DIFICULDADES

 Desgaste político do administrador público, resultante do


controle não-estrutural (a população espera sempre por
obras hidráulicas).

 Falta de conhecimento da população sobre controle de


cheias.
 Falta de conhecimento sobre controle de cheias por parte
dos planejadores urbanos.
 Desorganização, em níveis Estadual e Municipal, sobre o
controle de inundações.
 Pouca informação técnica sobre o assunto em nível de
graduação em arquitetura e engenharia.
DIFICULDADES

Além disso
não se pode esquecer de
que:

 Não existe solução puramente tecnológica ou econômica.

 Não existe solução simplista.

 Não existe solução instantânea.

 Não existe solução que seja de responsabilidade de um único ator


social.

 Não existe solução possível de ser copiada.


REGRAS “BÁSICAS” PARA NOVA URBANIZAÇÃO

 Escolha da área pouco suscetível a impactos de eventuais urbanizações


a montante;

 Proteção das áreas de cabeceiras;

 Desenvolvimento de projeto integrado – com objetivo de não alterar a


drenagem natural nos trechos a jusante (em direção a foz, ou seja, fluxo
normal de água) da rede de drenagem;

 Integrar soluções de esgotamento sanitário, de coleta e disposição de


resíduos sólidos e de drenagem urbana;

 Promover a gestão da drenagem urbana sempre sob a perspectiva da


bacia hidrográfica;

 Promover ações de educação e informação do usuário para a gestão


integrada em saneamento ambiental.

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