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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Combustão de Líquidos

joao.a.carvalho.jr@pq.cnpq.br
12-97177983

2010 1
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Conteúdo

Combustão de uma Gota Individual

Combustão de Grupo

Atomizadores

Projeto de um Atomizador

2010 2
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Combustão de uma Gota Individual

2010 3
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Modos de Combustão com Líquidos

Líquido vaporizado antes da combustão.

Mistura e reação química: ocorrem na fase gasosa.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Queima de uma Gota de Combustível em um Ambiente Estacionário


 
Na queima de uma gota individual em uma atmosfera oxidante: combustível evaporado
difunde para a chama; oxigênio difunde do ambiente também para a chama.

Forma da chama: pode ser esférica ou não.

Chamas não esféricas: ocorrem devido ao movimento


relativo entre a gota e os gases circundantes.

Gotas muito pequenas: facilmente arrastadas pelos


gases; velocidade relativa quase nula; chama de
difusão esférica.

Gota singular de combustível


queimando em atmosfera estacionária.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Períodos Distintos durante a Queima de uma Gota de Combustível

Retardo de ignição. Não há ainda combustão; gota vaporizada pelos gases quentes em seu
redor até atingir mistura capaz de sustentar combustão.

Queima da gota propriamente dita. Neste período, a gota é consumida de acordo com a lei
D2 .

Queima residual. A gota já não existe mais; são queimados os gases residuais de sua
vaporização.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Lei D2 de Evaporação

D2  D02  t D: diâmetro instantâneo da gota, D 0: diâmetro inicial da gota, t: tempo,


: constante de evaporação.

Na combustão, a lei D2 também vale.

Neste caso,  é a constante de queima (3,6x10-3 cm2.s-1 – 35,6x10-3 cm2.s-1).

Para hidrocarbonetos queimando em ar,  = (10  2) cm2.s-1.

Tempo de Queima

Desconsiderando o retardo de ignição e a queima residual, para D = 0:

D02
tq 

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Hidrocarbonetos em ar: tq = 100 D02 (para D0 inserido em cm);


tq = D02 (para D0 inserido em mm).

Ordem de grandeza de tq (hidrocarbonetos em ar)

D0 (mm) tq (s)
10 100
1 1
0,1 0,01
0,01 0,0001

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Constante de Evaporação (em termos mais precisos)

8g g
 ln B  1 g = k/gcg)
l

H f YO  c g  T  TB 
B
L  c l  TB  TR 

f é um coeficiente estequiométrico tal que:

f gramas de F (combustível) + 1 grama de O (oxidante)  produtos

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Correções à Fórmula da Razão de Queima


 

Alguns fenômenos podem modificar a razão de queima. O mais importante é o movimento


da gota com relação ao gás. Para tal efeito:


   0 1 0,276 Re1/ 2 Sc1/ 2  (para evaporação simples)


   0 1 0,276 Re1/ 2 Pr1/ 2  (para evaporação com combustão)

g vD g  gc g
Re  Sc  Pr 
g gD12 k

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Tamanho de Partículas em Sprays

Combustão de um spray: gotas não estão mais em uma atmosfera totalmente oxidante.

O comprimento de chama controlado pelo:

a) processo de vaporização das gotas ou

b) processo de difusão do oxigênio.

Se a taxa de vaporização das gotas for muito maior que a taxa de difusão do oxigênio, a
combustão será governada por leis de chamas de difusão do gás.

 
Na combustão de um spray,  depende do projeto do injetor e da distribuição inicial das
gotas.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Tamanho de Partículas em Sprays

Há diferentes maneiras de descrever o tamanho característico das gotas em um spray.

Diâmetro mediano de volume, VMD: diâmetro para o qual 50% do volume total do líquido
nebulizado é composto de gotas menores que o próprio VMD.

Diâmetro mediano de massa, MMD: definição similar à do VMD.

Diâmetro médio de Sauter, SMD: também chamado de D32, diâmetro de uma gota do
spray com a mesma razão volume/área superficial do spray global:

 niDi3
SMD  D32  i
 niDi2
i

Obs.: na prática, MMD/SMD = 1,20, com um erro de 5%.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Combustão de Grupo

Edgar Paz Pérez, D.Sc. (UNESP)

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Combustão de Grupo

Em sprays densos, as gotas não queimam individualmente; elas entram em combustão


como grupos, formando chamas coletivas ao redor de uma nuvem de gotas.

No centro de um spray denso: oxidante insuficiente para que as gotas queimem


individualmente.

Gotas interiores vaporizam e o vapor total produzido é transportado para o exterior do


spray, onde é misturado com o oxidante para queimar de uma maneira similar a uma
chama de difusão gasosa.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Combustão de Grupo

Características da queima dependem do comportamento coletivo das gotas.

Taxas de queima da nuvem podem ser baixas comparadas com as de uma gota simples.

Tempo de extinção de uma nuvem pode ser bem maior que o uma gota simples.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Número de Combustão de Grupo (Número de Chiu)

Chiu (1971) obteve um parâmetro adimensional para caracterizar a combustão de nuvens


de gotas. Esse parâmetro é chamado número de combustão de grupo, G, definido como:

Taxa de vaporização da gota


G =
Taxa de transporte por difusão de oxidante

G
4....r0 .Rb2
.D.c g

1  0,276.R1/2 1/3
e .SC 

: condutividade térmica;
: coordenada adimensional definida por r/Rc;
r0: raio das gotas líquidas em um estado de referência;
: massa específica do líquido;
D: difusividade;
cg: calor específico do gás;
Re: número de Reynolds;
Sc: número de Schmidt;
r: coordenada radial;
Rc: raio da nuvem.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Modos de Combustão de Grupo

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Modos de Combustão de Grupo

d: espaçamento médio entre gotas;


rl: raio médio da gota.

Nota: queimadores industriais de óleo operam na faixa G  1.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Equações da Combustão de Grupo

Equações de conservação, considerações de estado permanente, atmosfera estagnada e


chama esférica utilizadas para desenvolver um modelo que permitisse calcular:

- a taxa de queima;

- os perfis de concentrações e de temperatura;

- o tempo de extinção da nuvem.

Equações obtidas para modelar a evaporação pura (sem combustão) e a evaporação-


combustão de uma nuvem são similares às suas correspondentes para gotas simples.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Teoria de gota simples Teoria de grupo

ri2.ρl.c g Ri2.ρ f .c g
d  c 
2.. ln1  θ   2.. ln1  θ  
Evaporação pura
c g  T  TB 
 
L  c l (TB  TR )

ri2.ρl.c g Ri2.ρ f .c g
db  cb 
2.. ln1  B  2.. ln1  B 
Evaporação –
combustão
H f YO  c g  T  TB 
B
L  c l  TB  TR 

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Perfis de Concentração e Temperatura

Os perfis de concentração e de temperatura da nuvem e de uma gota simples são idênticos.

Gota simples Nuvem de gotas

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Chama de Combustível Líquido

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizadores

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Estágios Sucessivos da Queima de Combustíveis Líquidos

1) atomização: combustível desagregado, por processos mecânicos, em gotículas;

2) vaporização: combustível atomizado passa para a fase gasosa, através do calor


conduzido da chama para as gotas;

3) mistura: combustível vaporizado é misturado com o oxidante, formando a mistura


inflamável;

4) combustão: mistura queima produzindo reações exotérmicas.

O mais crítico e importante estágio é a atomização. É considerada eficiente uma atomização que
pulverize 1cm3 de combustível em cerca de 10.000.000 gotículas (diâmetro médio de 60m),
aumentando a superfície específica em mais de 200 vezes.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador do Tipo Turbilhão por Pressão - “Pressure Swirl Atomizer”

0,03 0,07 0,13 0,21


   Ls   Ap   Ds 
MMD  0,315P  0,47  0,16  g 0,04 0,25   0,22  L o
 2,47m       
l l l D D D D  D
 o   s  o s  o

2010 25
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Estágios do desenvolvimento de um spray com o aumento da pressão.


Atomizador tipo turbilhão por pressão, “pressure swirl atomizer”.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Y

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Y

0,5
 1 
200.l0,5m0c,11   dm0,10,2
 ratm 
MMD 
0,3
ar .u

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Y

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Câmara Turbulenta

Atomizador tipo câmara turbulenta para aplicações com óleo combustível e


resíduo asfáltico, em vazões mássicas variando de 500 a 2000 kg.h-1.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Câmara Turbulenta

Comportamento geral da vazão de combustível e do diâmetro


médio de Sauter para atomizadores tipo câmara turbulenta.
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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Mistura Externa


 

Projetado para utilizar plenamente a pressão do líquido, quando em operação em altas


vazões, e a pressão do vapor, quando em operação em baixas vazões.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Queimador de fornos de pelotização.


2010 33
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Copo Rotativo

Copo rotativo: movido em alta velocidade (cerca de 5000 RPM).

Diâmetro de saída do copo rotativo: pode variar entre 25 e 450 mm.

A capacidade varia entre 3 a 5000 kg.h-1.

0,4
15,6 Q   
SMD 
n   r2 
 l 

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Atomizador Tipo Nukiyama e Tanasawa

0,5 1,5
0,585    6 l0,45  Ql 
SMD     1,415 x10  
u  l   l  0,225  Q 
 a

2010 35
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Projeto de um Atomizador Tipo Y

Prof. Pedro T. Lacava (ITA)

2010 36
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Esquema de um injetor tipo Y e suas principais dimensões

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Recomendações para projeto de atomizadores tipo Y


(Mullinger e Chigier)

• Diâmetro de saída do ar (da) igual ao diâmetro de saída do combustível (df);

• Diâmetro da câmara de mistura (dm): dm = 1,4 a 1,8 da;

• Comprimento de pré-mistura (L): L = 0,75 da;

• Comprimento de mistura (Lm): Lm = 4 a 5 dm;

• Comprimento total da câmara (Lc): Lc = Lm + L;

• Comprimento do canal de alimentação do ar (La): La > 2da;

• Comprimento do canal de alimentação do combustível (Lf): Lf > 2df;

• Inclinação do canal de alimentação do combustível ():  = 52o.

2010 38
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Recomendações para projeto

Além da geometria ideal, Mullinger e Chigier também recomendaram que a vazão de fluido
auxiliar seja no mínimo 1/10 da vazão do fluido a ser atomizado.

mar / atm / f
ratm   0,1
mf

2010 39
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Outras hipóteses

Escoamento do ar de atomização pelo orifício de injeção: reversível adiabático


unidimensional em regime permanente para gás perfeito.

Mach = 1 na passagem do escoamento de ar pelo orifício de injeção.

Pressão e temperatura de estagnação adotadas como 3 atm e 27 C, respectivamente.

 
Escoamento de líquido adotado como incompressível em regime permanente, com
coeficiente de descarga igual a 0,75.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Cálculo do atomizador

Projeto do injetor de diesel: feito admitindo uma vazão de 5 g/s.

Vazão mássica de ar de atomização do combustível: igual a 0,5 g/s.

Mach = 1, para o ar: Var/atm/f = Mach . a = 1 a ;

Var/atm/f = a = (RT)1/2 ;

R = 287 m2/s2K,  = cp/cv, T = temperatura do ar no orifício de injeção.

2010 41
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Temperatura do ar no orifício de saída

A temperatura do ar no orifício de injeção:

T0
T
  1 2
1  2 .Mach 
 

T0 = temperatura de estagnação (admitida = 300 K).

Para Mach = 1 e  = 1,4:

T  0,833 T0  0,833 x300  250 K .

Velocidade do ar de atomização

Substituindo o resultado encontrado:

v ar / atm / f  1,4x 287 x250  317 m/s.

2010 42
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Pressão do ar na saída de injeção

 1
T0  P0  
  
T P 

sendo P0 a pressão de estagnação do ar, admitida como sendo 3 atm. Substituindo:

P  0,528.P0  0,528.3  1,58 atm P  160500 Pa.

Massa específica do ar de atomização do combustível

P 160500
   2,24 kg/m 3
R.T 287.250

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Diâmetro do canal de injeção

.da2
A
4

mar / atm / f  v ar / atm / f ..A

4.mar / atm / f 4.0,0005


da    0,0009447m
..v ar / atm / f .2,24.316,93

da  1,0mm

2010 44
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Pressão de injeção do combustível

2
 mf 
2  
1  0,005  1
Pif    .  .
2
 Cd .A f  2. f  0,75.  4 .0,001  2.0,84

Pif  42887 Pa  0,429 atm

Velocidade de injeção do combustível na câmara de mistura

1/ 2 1/ 2
 2.Pif   2.42887,27 
v if    .Cd    .0,75
 f   840 

v if  7,58 m/s

2010 45
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS
Dimensões dos atomizadores
  Atomizador

  Diesel Resíduo

da 1 mm 2 mm

df 1 mm 2 mm

dm 1,8 mm 2,8 mm

L 0,75 mm 1,5 mm

Lm 9,0 mm 11,2 mm

Lc 9,75 mm 12,7mm

La 2,0 mm 4,0 mm

Lf 8,5 mm 12,2 mm

 52o 52o

2010 46
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Esquema dos injetores construídos com atomizador acoplado na


extremidade (dimensões: mm).

2010 47
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Notas

As vazões de combustível e resíduo utilizadas para os projetos dos atomizadores foram


escolhidas através de uma perspectiva do uso desses fluidos.

No entanto, as vazões de operação foram estabelecidas somente na realização dos


experimentos e não necessariamente são as condições de projeto.

Por essa razão e pelo fato de durante os experimentos ter sido observada uma forte
influência das condições de atomização na emissão de NO x, foi realizada a determinação
experimental do tamanho médio das gotas formadas pelos sprays.

2010 48
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Tamanho médio das gotas

A caracterização dos sprays obtidos pelos atomizadores foi feita através de um sistema
não intrusivo a laser Malvern Mastersizer X.

Esse sistema mede o espalhamento da luz de um feixe de laser (Hélio – Neônio, 633nm)
ao ser atravessado pelas gotas de um spray.

A detecção do espalhamento de luz no sistema ótico, que é constituído de uma placa


circular de detetores de fotodiodos, onde cada detetor coleta a luz espalhada em setores
angulares particulares.

2010 49
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Fotografia do spray de diesel atravessando o feixe de


laser de 18mm de diâmetro do sistema Mastersizer X.

2010 50
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Bancada para o sistema laser. Laboratório Prof. Feng da Divisão


de Engenharia Aeronáutica do ITA.

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COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Variação do SMD em função da razão de atomização


para as vazões de 3,11 e 2,50 g/s de diesel.
100

90

80

70
m f = 3 ,1 1 g /s
]

m f = 2 ,5 0 g /s
60
SM D [

50

40

30

20

10

0 .0 4 0 .0 6 0 .0 8 0 .1 0 0 .1 2 0 .1 4 0 .1 6 0 .1 8 0 .2 0
r a tm
2010 52
COMBUSTÃO DE LÍQUIDOS

Fim de Combustão de Líquidos

2010 53

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