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HIDROGEOLOGIA

Classificação e
Propriedade de Aquíferos

Profa. Florença Moura

UFCAT
Universidade Federal
de Catalão
Conceitos
• Aquífero: formação geológica que armazena e transmite a água
subterrânea em quantidade suficiente que possam ser aproveitadas como
fonte de abastecimento para diferentes usos (ex: arenitos, calcários
carstificados);

• Aquitarde: formação geológica que permite a acumulação da água, mas o


transporte é lento (ex: argila arenosa)
– K menor que a camada aquífera (k’<k)

• Aquiclude: material impermeável, com certa capacidade de armazenar


água, mas sem capacidade de transmitir (ex: argilas);
– K muito menor em comparação com o aquífero sotoposto (k’<<<k)

• Aquífugo : rochas impermeáveis que não armazenam e não transmitem


água (ex: granito não fraturado).

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Formações geológicas
• Sedimentares: formadas pelo soterramento de camadas de sedimentos
depositados nos continentes ou oceanos;

• Ígneas: formada pela solidificação de magma;

• Metamórficas: formadas pela transformação de rochas sólidas


preexistentes sob influência da pressão e temperatura.

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Águas não superficiais
• ÁGUASUBTERRÂNEA: refere-se a toda água que ocorre abaixo da superfície
de uma determina da área, compreendendo:
– Água do solo
– Água da zona não saturada
– Água da zona saturada
– Água de camadas aflorantes muito permeáveis (aquífero livre)
– Águas de camadas encerradas entre outras relativamente menos
permeáveis (aquíferos confinados)
– Águas de camadas relativamente argilosas (aquitardes)
– Água de camadas muito argilosas (aquicludes)

• ÁGUA VADOSA: Água de origem meteórica (chuva) que se infiltra no solo,


migrando, por gravidade, para níveis inferiores na zona de aeração.

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• Nível Freático
– Profundidade em que se encontra a superfície superior do lençol freático.

• Zona Saturada
– Fica situa da abaixo da superfície freática e nela todos os vazios existentes no
terreno estão preenchidos com água.

• Zona aerada / não saturada


– É aquela que está situada entre a superfície freática e a superfície do terreno, e
nela os poros estão parcialmente preenchidos por gases (ar e vapor d'água) e por
água. Essa zona é dividida em três partes:
• Zona capilar
• Zona intermediária
• Zona de avapotranspiração

• Nível piezométrico
– Nível a que a água de um aquífero se encontra à pressão atmosférica. Coincide
com a superfície freática de um aquífero livre.

• Franja Capilar
– É a camada de material poroso que contém poros preenchidos por água
subterrânea que ascende a partir do lençol freático por capilaridade.
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• Zona capilar: se estende da superfície freática até o limite de ascensão
capilar da água.

• Zona intermediária: compreendida entre o limite de ascensão capilar da


água e o limite de alcance das raízes das plantas.

• Zona de evapotranspiração: situada entre os extremos radiculares da


vegetação e a superfície do terreno. A água capilar isolada ou suspensa é
utilizada para nutrição e funções de transpiração das plantas.

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Classes de águas subterrâneas
• Água de infiltração
– Originada pela infiltração da água das chuvas

• Águas fóssil
– É proveniente de tempos geológicos passados, quando ocorreu a
deposição dos sedimentos que aprisionam essa água

• Água juvenil
– Água de origem magmática, ascendente, rica em sais minerais

• Água de condensação
– Condensa nos poros a partir do vapor d’água

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Estados das águas no solo
• Água higroscópica
– Água adsorvida na superfície das partículas
– É um camada de água muito fina
– Fica tão aderida a partícula que não se move
– Para ser retirada –aquecer 100°C

• Água pelicular
– Forma uma película de espessura variável sobre o grãos sólido
– Pode migrar de um grão para outros
– Pode ser retirada pelas raízes de plantas, mas não movimentada
pela gravidade

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• Água capilar
– Água retida nos microporos (<50mm)

• Água livre
– É aquela que não pode mais ser retida
pelos grãos sólidos que circula no solo
conforme as leis da gravidade

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Percolação
• É a passagem de água da zona não-saturada (zona de aeração) para a zona
saturada

• Abastecimento dos aquíferos (mantém vazão dos rios durante as estiagens);

• Redução do escoamento superficial: cheias, erosão.

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TIPOS DE AQUIFERO
• Em função da pressão das águas • Quanto a variação espacial das
nas suas superfícies limítrofes propriedades físicas e hidráulicas
(em relação a superfície – Homogênea
potenciométrica) – Heterogênea
– Aquéfero intergranular – Isotropia
– Aquífero fraturado – Anisotropia
– Aquífero cárstico
– Aquífero de dupla porosidade • De acordo com a geologia da
– Aquífero fissurais-carstico ocorrência da água subterrânea
– Aquífero inconsolidado
• Em função da porosidade – Aquífero cárstico
– Aquífero livre – Aquífero clástico
– Aquífero semi-confinado – Aquífero fraturados
– Aquífero confinado – Aquífero costeiro
– Aquífero suspenso
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AQUÍFERO INTERGRANULAR
Em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes (em relação
a superfície potenciométrica)

• Também chamado de granular

• Porosidade tipo intergrão

• Ocorre em rochas sedimentares clásticas com porosidade primária e no


regolito.

• Excelente aquífero granular são os arenitos.

• A permeabilidade intergranular depende da produtividade de água, como no


arenito a sua produtividade diminui com o seu do grau de cimentação,
arenitos silicificatos, por exemplo, são quase sem permeabilidade
intergranular.

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AQUÍFERO FRATURADO
Em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes (em relação
a superfície potenciométrica)

• Ocorrência em rochas ígneas ou metamórficas.

• Porosidade secundária planar

• A perfuração de poços depende da precisão em


acertar uma fratura significativa, o que nem sempre é
possível de se calcular previamente.

• Em geral, trata-se dos menos produtivos; mas, por


questões de localização geográfica, são muito
importantes para o abastecimento em nosso país, pois
vá rios estão localizados em áreas que comportam
grandes cidades e, assim, são largamente utilizados no
abastecimento.
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AQUÍFERO CÁSTICO
Em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes (em relação
a superfície potenciométrica)

• Porosidade por dissolução de


carbonatos;

• Gerados pela ação geológica da


água subterrânea sobre rochas
solúveis, principalmente as
carbonáticas que dissociam-se nos
íons Ca2+ e/ou Mg2+ e CO32- pela
ação da água;

• Sistemas de cavernas;

• Aquíferos de condutos → formas


condutoras das águas
subterrâneas.

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Outros... AQUÍFERO MISTO
Em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes (em relação
a superfície potenciométrica)

• AQUÍFERO DE DUPLA POROSIDADES


– Ocorrem em rochas metassedimentos de baixo grau, arenitos
sedimento fraturados.
– Porosidade matricial intergranular e porosidade secundária planar.

• AQUÍFERO FISSURAIS-CARSTICOS
– Ocorrem em calcários fraturadas não continuos (ex: Bambuí).
– Porosidade secundária planar e dissolução subordinada.

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AQUÍFERO LIVRE
Em função da porosidade

• Limite superior é a superfície freática na qual todos os pontos se encontram à


pressão atmosférica.
– Maior vulnerabilidade natural;
– Recarga mais rápida e maior;
– Águas mais jovens;
– Interação com as águas superficiais;
– Poços mais rasos e de menor custo;

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AQUÍFERO CONFINADO
Em função da porosidade

• Também chamado de aquífero sob pressão, é aquele onde a pressão da


água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica.
• Tem como limite superior um extrato impermeável.
• A pressão no nível d’ água é maior que a pressão atmosférica.
• Assim, camada com condutividade hidráulica muito menor que a do
aquífero sotaposto.

– Menor vulnerabilidade natural;


– Recarga mais lenta;
– Águas mais “velhas”
– Poços mais profundos e de maior custo;
– Poços artesianos (jorrantes ou não)
• Aquífero Confinado Não Drenante ou Aquífero
semiconfinado sem contribuição do aquitarde
– É aquele em que as camadas limítrofes, inferior e
superior, são impermeáveis.
– Na captação por sondagem nesse tipo de aquífero, a
água jorra naturalmente, sem necessidade de
bombeamento: são os poços denominados “jorrantes”
ou “artesianos”.

• Aquífero Confinado Drenante ou Aquífero semiconfinado


com contribuição do aquitarde
– É aquele que pelo menos uma das camadas limítrofes é
semi permeável, permitindo a entrada ou a saída de
fluxos.

Camada com K menor que a do aquifero sotoposto.


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AQUÍFERO SEMI-CONFINADO
Em função da porosidade

• Formado sobre uma camada impermeável ou semipermeável que nem


armazena nem transmite água.
• Uma superfície potenciométrica local sobre uma SP regional devido à
presença de lentes pouco permeáveis

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Quanto a variação espacial das propriedades
físicas e hidráulicas...
– HOMOGÊNEA
• Não há variação de tipos de rochas

– HETEROGÊNEA Física
• Diferentes rochas

– ISOTROPIA
• Kx=Ky-Kz
• Arenitos com grãos e poros semelhantes
Hidráulica
– ANISOTROPIA
• Kx=Ky-Kz
• Arenitos com grãos e poros diferentes
(“direcionados”)

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De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

– Aquífero inconsolidado
– Aquífero cárstico
Classificação baseada nos tipos
– Aquífero clástico de materiais e posição geográfica
– Aquífero fraturados
– Aquífero costeiro

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AQUÍFERO INCONSOLIDADO
De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

• Incluem: • Espessuras variáveis de metros


– Solos + saprolitos (regolitos) até centenas de metros;
– Vale aluviais
– Vales tectônicos • Rápida circulação das águas
– Depósitos glaciogênicos (recarga/descarga)
recentes – Meses a poucos anos
– Raramente tem cimento
• Envolvem materiais desde finos
até muito grossos; • Permitem fácil acesso a água
subterrânea
• Apresentam a condutividade – No Brasil é bem frequente
hidráulica muito variada, (solos)  fácil captura
controlada pela granulometria; – Velocidade média de fluxo
elevada
• Aquíferos muito importantes para
o abastecimento, pois são
comumente livres e rasos;

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AQUÍFERO CLÁSTICO (SILICICLÁSTICO)
De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

• Sistema aquíferos associados a • De forma geral são aquíferos de


sedimentos detríticos litificados boa qualidade
 arenitos
• Trasmissividade controlada pela
subsidência da bacia
• Condutividade hidráulica
controlada por granulométria, • Espessura de várias dezenas a
selecionamento e diagênese centenas de metros

– Arenitos finos podem ser • Amplas variações de coeficiente


de armazenamento (10-1 a 10-5)
melhor que grossos, se o
último for cimentado ou • Comumente homogêneo e
compactado isotrópico e raramente
heterogêneo
• Compõe os principais sistemas
artesianos conhecidos
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AQUÍFERO FRATURADO
De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

• Associados a rochas metamórficas, • Aquíferos fortemente anisotrópicos


plutônicas e parte das vulcânicas
– Exceto: piroclásticas • Vazões extremamente variáveis

• Condutividade hidrúlica controlada


• Entradas de água diminuem com
por:
aumento da profundidade.
– Densidade – Vazões diminui com o aumento da
– Abertura profundidade
– Atitude Das Fraturas
(Neotectônica – falhas
– Tamanho e fratura com rejeito • Transmissividade controlada pela
– Rugosidade pequeno / espessura econômica do aquífero.
reativações)

• Fraturas verticais importantes para • A Kmed e a condutividade e a K da


a recarga e as subhorizontais para a zona de fratura (K*) são menores
circulação. que as observadas em arenitos.

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AQUÍFERO CÁRSTICO
De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

• Associadas a rochas carbonáticas: • Extremamente anisotrópicos e


calcários, dolomitos, margas heterogêneos (controlado por
(calcários impuros – 50% de fraturas)
carbonatos e 50% de
siliciclástico), mármores. • Diversos de fluxo nas zonas de
recarga que convergem para zona
• Condutividade hidraúlica de recarga.
controlada pelo grau de
dissolução. • Vazões extremas e capacidades
específicas anômalas (acamamento,
• Podem ocorrer problemas fraturas  controle da solubilidade)
relativos à a qualidade das águas.
– Águas duras a muito duras (Ca2+, • Fluxos extremamente rápido  rios
Mg2+, F- e Sr2+).
subterrâneos
– Arraste de sedimentos
• Problemas construtivos dos poços
– Onde tem carstes não há rios
 existência de cavernas superficiais – infiltra.
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AQUÍFERO COSTEIRO
De acordo com a geologia da ocorrência da água subterrânea

• Ocorrem em todos os continentes • A inclinação da cunha salina e


(exceto na Antártida) controlada por:
– Recarga
• Associado a qualquer tipo – Tipos de marés
petrográfico mas principalmente a – Evapotranspiração
rochas sedimentares.
– Processo de difusão iônica

• Incluem a interfase entre águas


• A quebra do equilíbrio natural
subterrâneas doces e salinas.
resulta da intrusão da cunha salina*.

• Envolve a denominada cunha salina


• São associados ao abastecimento de
(região de contato entre a água doce
grandes populações.
e salgada).
– O limite água doce – água salgada
representa a zona de quase-
equilíbrio (equilibrio metaestável)
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• A intrusão da cunha salina pode ocorrer de duas formas:

• Intrusão Passiva
– Lenta e restrita
– Mantêm o fluxo ascendente na zona de descarga
– Devido a mudança climática/redução de descarga

• Intrusão Ativa
– Rápida e grandes áreas
– Inversão de fluxo
– Devida à bombeamento exagerada

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Relação entre água doce e água salgada em
aquíferos costeiros
• Relações controladas pelo contraste de densidade das águas.

• Principio de Ghyben-Herzberg (determina o limite entre água doce e


salgada)
z= profundidade do limita da água doce em um determinado ponto x, y
ρ f = densidade da água doce
ρ s = densidade da água salgada
h = elevação do nível d’água acima do NM.

Corte esquemático através da zona


terminal de um aquífero basal (ou
lenticular), mostrando a forma lenticular
que resulta do equilíbrio entre as massas
de água doce e salgada descritas pela
relação de Ghyben-Herzberg.

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• Principio de Depuit-Ghyben-Herzberg

• Considera apenas o fluxo unidimensional


• Considera que a cunha salina intercepta a linha de costa, ou seja, não
prevê um escoamento sub-superficial de água doce para o mar

• q é a descarga do aquífero na linha de costa


(m²/dia);
• K é Condutividade Hidráulica (m/dia);
•G é a relação 𝜌𝑤 / 𝜌𝑠− 𝜌𝑤 (adimensional);
• x é a distância a partir da linha de costa (m);
• ρw é a densidade da água doce;
•ρs é a densidade da água salgada;

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TIPO DE FLUXO ASSOCIADO
Inconsolidado Laminar
Lei de Darcy
Clástico Laminar
Fraturas Laminar e Turbulento
Cárstico Turbulento Lei de Darcy não é valida

Depende da abertura das fraturas

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Estruturas geológicas e suas influências no
comportamento do aquífero
• As estruturas caracterizam as formas dos sistemas aquíferos;
– Dobras, fraturas, falhas, discordâncias e foliações

• As DOBRAS são responsáveis pela repetição lateral de exposição dos


aquíferos. Elas também resultam na formação de aquífero artesiano
regional.

• Falhas podem “eliminar” aquíferos , colocando lado a lado aquíferos e


aquifugos.
– Falhas profundas podem gerar zonas impermeáveis  cataclasitos
finos
– Falhas em arenitos supermaturos podem gerar zonas impermeáveis
= “falhas selantes”
– Fraturas de modo geral, otimizam o comportamento hidraúlica do
aquifero
– Fratura podem mudar a espessura ou profundidade de aquífero.
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• DISCORDÂNCIAS resultam em variações
laterais da transmissividade.

• EMPURRÕES geram sistemas artesianos ao


longo dos lineamento regionais.

• As ATITUDES das foliações controlam a


produtividade dos aquiferos
– Vazão é proporcional aos ângulos de
mergulho

* Feições similares ocorre em relação a


atitude dos planos de acamamento em
sucessões de metassedimentos dobrados.

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Grupo Araxá – xistos Grupo Canastra – xistos
Subhorizontais Subvertical
Q ~ 3500 l/h Q ~ 7500 l/h

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Aquíferos X Profundidade

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Qual o tipo de depósito ocorre na
região d catalão?

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Mapa de Domínios (CPRM, 2007)

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Funções dos aquíferos
• Produção: consumo humano, industrial ou irrigação

• Estocagem e regularização: estocar excedentes de água que ocorrem durante


as enchentes dos rios

• Filtro: corresponde à utilização da capacidade filtrante e de depuração bio-


geoquímica do maciço natural permeável

• Transporte: é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas


de recarga artificial ou natural e áreas de extração excessiva

• Estratégica: o gerenciamento integrado das águas subterrâneas

• Energética: aquecimento pelo gradiente geotermal como fonte de energia


elétrica ou termal

• Mantenedora: mantém o fluxo de base dos rios UFCAT


Algumas questões...

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Obrigado(a)!
Duvidas?

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