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Universidade Federal do

Maranhão

CURSO: CAPACITAÇÃO PARA GESTORES PÚBLICOS

Módulo: GESTÃO PÚBLICA

PROFESSOR: GENIVAL SANTOS OLIVEIRA


. GESTÃO PÚBLICA

 Você já parou para pensar o que é trabalhar


em uma organização sem saber por que ela
existe? Ou ainda sem saber o que ela
pretende alcançar?
 Bem, uma organização é constituída por
um grupo de pessoas que se reúne para
realizar coletivamente algo que não seriam
capazes de realizar individualmente,
fazendo uma contribuição à sociedade.
ONDE HOUVER PESSOAS E
RECURSOS PARA REALIZAR
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
HAVERÁ ADMINISTRAÇÃO.

Pensamento - Charles de Secondat


(Barão de Montesquieu):

todo aquele que detém poder tende


"

a abusar dele e assim procederá


enquanto não encontrar limites”.
GESTÃO PÚBLICA

Necessidades Captação
COLETIVAS de Recursos:
e do
ESTADO Próprios
Transferências
ESTRUTURA BÁSICA DA GESTÃO
PÚBLICA NO BRASIL

Os grandes eixos:

1. Planejamento

2. Transparência

3. Responsabilização

4. Controle
GESTÃO PÚBLICA
O termo gestão designa a ação de
administrar, dirigir, gerenciar bens e serviços, podendo
ser pública ou privada, e para compreender as
convergências e diferenças entre gestão pública e
gestão privada é necessário saber o que é
Administração Pública.
 Antes de saber o que é Administração
Pública e de falar sobre a estrutura da
Administração Pública brasileira, é
importante que sejam dados conceitos de
alguns importantes institutos, quais sejam:
Estado, Governo e Administração Pública.
Conceito de Estado
 Todas as sociedades humanas
evoluídas, que já ultrapassaram o estágio
tribal, se caracterizam pela existência de
duas instituições, o Estado e o Mercado,
cada uma com um papel a cumprir e
ambas indispensáveis.
 Ao Mercado cabe basicamente a
geração de riquezas; ao Estado, a
distribuição, na forma de bens e serviços
públicos essenciais.
O Estado pode ser entendido como
uma nação: o Estado Brasileiro.
Brasileiro

Segundo Darcy Azambuja, “O Estado é uma sociedade


organizada sob a forma de governantes e governados, com
território delimitado e dispondo de poder próprio para
promover o bem de seus membros, isto é, o bem público”.
 Logo o Estado pode ser conceituado como "a ordem
jurídica soberana que tem por fim o bem comum de
um povo situado em determinado território".
Para tanto, o Estado utiliza-se do seu Poder
político, de sua supremacia, de sua soberania.
A palavra Estado,
Estado na linguagem comum, na
Constituição e nas leis, designa as unidades
federadas, e no Brasil,
Brasil como Estado Federal,
é denominada União.

 O Estado (com letra maiúscula) é, portanto,


o conjunto de poderes políticos que
constituem uma nação:
 um organismo político administrativo que
tem ação soberana ocupa um território, é
dirigido por um governo próprio e se
constitui pessoa jurídica de direito público
internacionalmente reconhecida.
Objetivos Fundamentais do Estado
A Constituição Federal em seu artigo 3º
estabelece como objetivos fundamentais do Estado
Brasileiro:
 garantir o desenvolvimento nacional;
 erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
 e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e de outras formas de discriminação.
 construir uma sociedade livre, justa e solidária;
O objetivo do Estado é o bem público.
público Isso
significa o aperfeiçoamento físico, moral e
intelectual dos membros do Estado..
Elementos do Estado:
povo, território e governo soberano

 Território: base física do Estado. É o limite


espacial dentro do qual o Estado exerce o seu
poder soberano sobre pessoas e bens. Abrangem
as áreas circunscritas pelas fronteiras, as águas
territoriais, o ar e o subsolo correspondentes.
 Governo Soberano: elemento condutor do Estado
que detém e exerce o poder absoluto de
autodeterminação e auto-organização emanado do
povo.
 Povo: corresponde ao componente humano. É o
agrupamento de pessoas submetidas juridicamente
ao Estado.
 _______________________________________________________________________________________________________________________________________
Poderes do Estado.
Independentes e harmônicos entre si,
cada um desempenhando uma função.

 Poder Legislativo: função normativa ou legislativa - corresponde à


elaboração das leis; estabelece regras gerais e abstratas da ordem
jurídica.
 Poder Executivo: função administrativa ou executiva - visa à conversão
da lei em ato individual e concreto, isto é, resolve os problemas concretos
e individualizados de acordo com as leis. Comporta atribuições políticas,
co-legislativas e de decisão (função de governo), bem como de
intervenção, fomento e serviço público (função administrativa).
 Poder Judiciário: função judicial ou jurisdicional - aplicação do direito
aos casos concretos a fim de resolver conflitos de interesse; aplicação da
lei coativa quando as partes não o fazem espontaneamente.
Poderes União (País) Estado Município
Legislativo Congresso Assembléia Câmara
(elabora as leis) Nacional Legislativa Municipal
(deputados federais (deputados (vereadores)
e senadores) estaduais)
Executivo Presidente da Governador, Prefeito,
(executa as leis) República, Vice- Vice- Vice-Prefeito
Presidente e Governador e
Ministros. e Secretários.
Secretários.
Judiciário Supremo Tribunal Tribunais e -X-
(aplica a lei Federal juízes
na solução Superior Tribunal de
Justiça
de conflitos
Tribunais e juizes
de interesse)
federais
Atividades do Estado
 Atividade Política
A atividade política decorre da autonomia da União, dos
Estados-membros, dos Municípios e do Distrito Federal
se auto organizarem regendo-se por Constituições e
leis próprias, podendo escolher seus governantes e
legisladores, observados os princípios constitucionais.
 Atividade Administrativa
A atividade administrativa se consubstancia na
realização de ações administrativas, legislativas e
judiciais, que constituem o objeto das competências
dos entes federados, norteadas pelos princípios
constitucionais de legalidade, moralidade,
impessoalidade, publicidade, entre outros.
Atividades do Estado
Atividade Financeira
O Estado, para atender as necessidades públicas (saúde, educação,
habitação, saneamento, transportes, segurança, urbanismo, justiça,
e outras) exerce uma atividade financeira que visa "a obtenção, a
administração e o emprego de meios patrimoniais que lhe
possibilitem o desempenho das outras atividades que se referem à
realização de seus fins.
A atividade financeira do Estado desenvolve-se
fundamentalmente em três campos: a receita, onde se obtém
os recursos patrimoniais; a gestão, que é a administração e
conservação do patrimônio público; e finalmente a despesa, ou
seja, o emprego de recursos patrimoniais para a realização dos
fins visados pelo Estado.
Organização do Estado
 A organização político-administrativa compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos entre si.
 Sendo assim, nos termos da Carta Magna, o Brasil é
um Estado federal caracterizado pela repartição de
competências.
 Independentemente do modelo de Estado que venha a
ser adotado (unitário ou federativo), ele se organiza e
atua em dois grandes níveis: o de Governo e da
Administração Pública .
Organização do Estado
O nível ou esfera de Governo compreende:
 o conjunto de Poderes e órgãos
constitucionais;
 o complexo de funções básicas;

 e, a condução política dos negócios.

Significa dizer que envolve o topo da pirâmide


hierárquica do Estado expresso na Constituição,
compreendendo entidades estatais básicas,
órgãos e funções constitucionais e os agentes
políticos.
Organização do Estado

O nível ou esfera da Administração Pública ancora:


o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos
objetivos do Governo;
 o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos
em geral;
 e, o desempenho perene, sistemático e técnico do próprio
Estado ou por ele assumido em benefício da coletividade.
Em suma, é todo o aparelhamento preordenado do Estado para a
realização dos seus serviços, na forma da legislação
infraconstitucional, isto é, que decorre da Constituição.
ESTADO MODERNO
 Estrutura Flexível
 Pensamento estratégico
 Motivação dos servidores
 Intercâmbio com a sociedade e os
cidadãos
 Capacidade de administrar a escassez
 Desempenho das políticas públicas
 Desenvolvimento do controle do
Estado pela sociedade.
Governo
 Representa a parte do Estado relativa à
administração dos negócios públicos, como também
destinado ao atendimento das necessidades da
sociedade onde se insere.
1. no sentido formal, é o conjunto de Poderes e órgãos
constitucionais;
2. no sentido material, é o complexo de funções estatais
básicas;
3. e no sentido operacional, é a condução política dos
negócios públicos. Significa dizer que envolve o topo
da pirâmide hierárquica do Estado expresso na
Constituição, compreendendo entidades estatais
básicas, órgãos, funções e os agentes políticos.
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-
Formas de Governo
As formas de governo dizem respeito ao modo de
organização política do Estado, caracterizando,
conforme o caso, a República ou a Monarquia.
A Monarquia, governo de um só, apresenta como elementos
caracterizadores a vitaliciedade, a hereditariedade e a
irresponsabilidade do Chefe de Estado, podendo ser absoluta ou
relativa.a exemplo do Japão, Espanha, Grã-Bretanha etc.
 A República, da expressão em latim res publica (coisa pública), é a
verdadeira expressão do governo do povo, pelo povo e para o
povo, caracterizando-se pela eletividade dos seus governantes,
pela temporariedade de mandatos e responsabilidade do Chefe de
Estado, a exemplo do Brasil, Estados Unidos, Alemanha etc.
Sistemas de governo
Os sistemas de governo, que são os regimes estabelecidos
para os relacionamentos entre o Legislativo, Executivo e
Judiciário, podem ser o presidencialista (ex: Brasil) ou o
parlamentarista (ex: Portugal).
 No Presidencialismo - os poderes Executivo e Legislativo são
independentes. O Presidente da República acumula as funções de
chefe de Estado e chefe de Governo. Ele é eleito pelo povo, por
tempo determinado, não havendo possibilidade de destituição pelo
Parlamento, a não ser em processo de impeachment.
 No Parlamentarismo - há uma interdependência entre os poderes
Legislativo e Executivo, onde a chefia de Estado é exercida pelo
Presidente (na República) ou Monarca (na Monarquia) e a chefia de
governo é exercida pelo Primeiro Ministro. Este último não possui
mandato por prazo certo, podendo ser destituído a qualquer tempo
quando não mais gozar do apoio do Parlamento. Neste sistema, há
ainda a possibilidade de dissolução do Parlamento pelo chefe de
Estado, com a convocação de novas eleições.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A administração é exercida através dos serviços
públicos, que é todo aquele imprescindível à
coletividade e, como tal, declarado pelos poderes
competentes, cuja prestação está a cargo do Estado.
 no sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para a
consecução dos objetivos do Governo;
 no sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos
serviços públicos em geral;
 e no sentido operacional, é o desempenho perene, sistemático
e técnico do próprio Estado ou por ele assumido em benefício
da coletividade. Em suma, é todo o aparelhamento preordenado
do Estado para a realização dos seus serviços, na forma da
legislação infraconstitucional.
Governo X Administração
Atividade política Atividade técnica
Conduta Conduta hierarquizada
independente
Responsabilidade Responsabilidade
constitucional e técnica e legal
política
 O Governo comanda com responsabilidade
constitucional e política, mas sem responsabilidade
profissional pela execução;
 a Administração executa sem responsabilidade
constitucional ou política, mas com responsabilidade
técnica e legal pela execução.
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O que é ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
Administrar é gerir interesses segundo a moral, a
lei e a finalidade.

Conceito: É o conjunto de entidades e de órgãos


incumbidos de realizar a atividade administrativa
visando a satisfação das necessidades coletivas
e segundo os fins desejados pelo Estado.
Para Hely Lopes Meirelles, “é o instrumental de
que dispõe o Estado para pôr em prática as
opções políticas de governo”.
Logo, Administração Pública é o Estado em
ação, mobilizando diversos recursos em prol
da coletividade.
Fins: Os fins da administração pública
resumem-se num único objetivo:
o bem comum da coletividade administrada.
 Atividades precípuas:

Fomento (incentivo à iniciativa privada);


Polícia administrativa (restrições impostas aos
particulares em benefício do interesse coletivo);
Serviço público (satisfação das necessidades
coletivas);
intervenção (regulamentação da atividade
econômica).
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 O estudo da Administração Pública está muito relacionado
com a figura do Estado, suas funções e limitações. Na
Administração Pública podemos abordar o tema, em
primeira aproximação, a partir da análise do conceito de
função administrativa. Tal conceito é formulado pela
doutrina como o poder-dever do Estado, ou de quem age
em seu nome, de atuar para dar cumprimento fiel aos
comandos normativos, de modo a atender aos fins
públicos.
 O gestor público administra a res publica, da qual não é o
dono, daí extrai-se a idéia do interesse público e da
indisponibilidade do objeto da gestão pública.
 Historicamente a Administração Pública brasileira repousa
sobre a ótica do patrimonialismo na administração
regaliana.
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 Administração Pública Patrimonial
 Administração Pública Burocrática
 Administração Pública Gerencial
Administração Pública Patrimonial
No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma
extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores,
possuem status de nobreza real.
Os cargos são considerados prendas em conseqüência, a
corrupção e o nepotismo predominam e são inerentes a esse tipo
de administração.
No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam
dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se
distinguir do Estado. Neste momento histórico, a
administração patrimonialista torna-se uma excrescência
inaceitável.
Administração Pública Patrimonial

 A Patrimonialista aproxima-se muito do estilo


de administração dos Estados Totalitários,
onde não se sabe ao certo o que separa o
patrimônio do ditador ou rei, do patrimônio do
povo.
A vontade do soberano, aí englobada a
vontade do Estado, é que define e determina
as regras da Administração Pública, sem
qualquer preocupação com o bem estar social.
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública Burocrática
Surge como forma de combater a corrupção e o nepotismo
patrimonialista, e tem como princípios orientadores do seu
desenvolvimento a profissionalização, a idéia de carreira, a
hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o
poder racional legal.
Parte-se de uma desconfiança essencial nos administradores
públicos e nos cidadãos que eles dirigem e o Estado torna-se fim
em si mesmo Por isso são sempre necessários controle rígidos dos
processos, como na administração de pessoal, nas compras e no
atendimento a demandas.
Porém esse tipo de administração burocrática tornou-se cheia de
regras, impessoal além da medida, e a sociedade ficou em segundo
plano, mas, a função do aparelho de Estado é servir o interesse do
cidadão para tanto precisa conhecer e pesquisar os desejos e
anseios da sociedade.
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública Gerencial
Emerge na Segunda metade do Século XX, como resposta, de um
lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e,
de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da
economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os
problemas associados à adoção do modelo anterior.
A eficiência da administração pública; a necessidade
de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços,
tendo o cidadão como beneficiário, tornou - se então
essencial à eficiência da Administração Pública.
A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada pelos
valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços
públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas
organizações.
Alguns princípios da administração gerencial
 Orientação para resultados e
disposição para obter resultados
mesmo com recursos escassos;
 Foco no cidadão – usuário;
 Aumento da eficácia e eficiência;
 Transparência dos processos
decisórios;
 Responsabilização e trabalho em
equipe.
Administração Pública Gerencial
A Administração Gerencial preocupa-se mais com a
eficiência da Administração Pública, a qualidade dos serviços
prestados e as necessidades vitais da coletividade.
O dinamismo operacional desaguou numa inevitável
descentralização administrativa, e porque não dizer, numa
flexibilização da administração.
A partir da reforma do Estado Brasileiro ele passa, então, a ser
entendido como uma espécie de amálgama das seguintes esferas
ou setores de atuação:
1. Núcleo Estratégico,

2. Atividades Exclusivas,

3. Serviços Não-Exclusivos

4. Produção de Bens e Serviços para o Mercado.


  Moderna administração pública
Desde a aprovação da Emenda Constitucional da
"Reforma Administrativa" (EC nº 19, de 4/6/1998), fala-se
muito em "Nova Administração Pública", que também
recebeu a alcunha de "Administração Gerencial".
Tem como pressupostos a eliminação do
“desperdício” do governo, mediante o desmantelamento dos
sistemas de corrupção e cartelização, a introdução de
regulamentos externos, do downsizing (redução da
diferenciação vertical e de quadros) e finalmente, a
terceirização e também oferecer incentivos mais fortes e
concretos para o desempenho.
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
As três formas de administração pública
continuam existindo e vigorando no decorrer do
tempo, convém ao gestor optar pela que for mais
coerente à sua pratica administrativa:
 Patrimonialista - impondo resistência injustificada à tramitação,
acesso ao processo enquanto instrumento público e serviços
públicos, predominando o controle por parte dos soberanos e a
corrupção colocando os cargos não como mérito dos funcionários
que se destacam com sua eficiência, mas, como prendas dadas
aos ”Q.Is.”;
 a burocracia - rígida no processo, colocando o método acima do
interesse da coletividade;
 e a administração pública gerencial - buscando reconhecer
nas pessoas que buscam um serviço público como clientes, um
cidadão que paga impostos gerando renda e divisas para o pais.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pode classificar-se em:
 Administração Pública em sentido objetivo,
que "refere-se às atividades exercidas pelas
pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos
de atender concretamente às necessidades
coletivas", e
 Administração Pública em sentido subjetivo,
que "refere-se aos órgãos integrantes das
pessoas jurídicas políticas (União, Estados,
Municípios e Distrito Federal), aos quais a lei
confere o exercício de funções administrativas."
Organização da Administração
Governamental Brasileira
 Toda a organização pública é definida e
regulamentada com base nas Constituições Federal e
Estaduais e na legislação infraconstitucional - onde
se incluem as leis orgânicas dos Municípios.
 Começa pela repartição tripartite dos Poderes da República, isto
é, o Judiciário, o Executivo e o Legislativo. (Cumpre chamar a
atenção para o fato de que duas instituições funcionam com
independência e autonomia como se Poderes fossem, são elas
o Ministério Público e o Tribunal de Conta).
Em seguida, vem as Unidades da Federação, a saber:
a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os
Municípios.
Entes . União Estados Municípios D. Federal
federados Arts. 20 a 24 Arts.25 a 28 Arts. 29 a 31 Art. 32
Poderes

Legislativo Congresso Assembl. Câmara Câmara


Arts. 44 a 75 Nacional Legislat. Municipal Legislativa
Arts. 44 a 75 Art. 27 Art.29, IV a IX, Art. 32, § 1º

Executivo Presidente Governador Prefeito Governador


Arts. 76 a 91 República Do Municipal Distrital
Art. 28 Estado Art.29/32 §

Judiciário Tribunais Tribunais Inexiste Não possui


Arts. 92 a Federais Justiça Poder Judiciário
126 Arts. 92 a 124 Arts.125/126 Judiciário
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
 A Constituição Federal de 1988 estabeleceu
diversos princípios que devem nortear a
Administração Pública. O artigo 37 estabelece que
a Administração Pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência:
A gestão pública para ser excelente tem que ser
legal, impessoal, moral, pública e eficiente.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Legalidade – “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. A
legalidade significa que o gestor está sujeito à lei.
Impessoalidade - “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza...” Significa
dizer que a Administração Pública não pode
desviar-se dos fins almejados pela lei para
favorecer ou prejudicar qualquer pessoa ou grupo.
A pessoa do gestor não se confunde com o
exercício do cargo.
Moralidade - obediência aos princípios da moral e da
ética. A moralidade pode ser compreendida através
do provérbio - nem tudo que é lícito é honesto.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Publicidade - todos têm direito de acesso às
informações disponíveis na administração pública,
ou a ela entregues. Se a gestão é pública, natural
é que públicos sejam todos os seus atos.
A publicidade é o princípio instrumental dos
demais, permitindo que qualquer cidadão possa
verificar se estão sendo obedecidos os princípios
anteriores.
Eficiência – princípio acrescentado pela emenda
Constitucional n.º 19, significa a busca de
qualidade e produtividade, de resultado, nas
decisões e condutas da Administração
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
 A atuação estatal não pode ser feita sem
responsabilidade com o objetivo, que é atender ao
interesse público. Logo, o princípio da eficiência não
existe sem que haja a eficácia e a economicidade
da gestão pública.
 Este princípio guarda estreita convergência com a
gestão privada. Assim como esta, a gestão pública
deve desenvolver: programas de qualidade e
produtividade; treinamento e desenvolvimento;
modernização; reaparelhamento e racionalização do
serviço público, de modo a satisfazer as
necessidades dos diferentes interessados (clientes).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

 Outros princípios fundamentais da


Administração Pública encontram-se no
Decreto-lei nº 200/67:
 Art. 6º - As atividades da administração federal
obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
 Planejamento;
 Coordenação;
 Descentralização;
 Delegação de competência;
 Controle
Planejamento - É o estudo do
estabelecimento das diretrizes e metas
que deverão orientar a ação
governamental através de:

 Um plano geral de governo


INSTRUMENTOS  Programas globais, setoriais e
BÁSICOS regionais de duração plurianual;
 Orçamento – programa anual;
 Programação financeira de
desembolso.

PPA - LDO - LOA


Coordenação – é a execução dos planos e
programas, bem como das atividades da
Administração pública, que serão objeto de
permanente coordenação, em todos os níveis
de gestão
 Descentralização – significa dizer que a gestão pública
deve ser amplamente descentralizada, dentro dos
quadro de servidores (direção e execução); da
Administração Federal para as unidades federadas
(estados e municípios) mediante convênio; e da
Administração Federal para a órbita privada, mediante
contratos ou concessões.
 Delegação de competência – é utilizada como
instrumento de descentralização administrativa, com o
objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às
decisões, situando-as nas proximidades dos fatos,
pessoas ou problemas a atender. Os atos de gestão são
praticados conforme estabelecido em regulamento.
Controle
 Neste princípio as atividades da Administração
Pública Federal deverão ser controladas em todos os níveis e
em todos os órgãos compreendendo:
 O controle da execução dos programas e da observância das

normas que governam a atividade específica do órgão


controlada feito pela chefia competente;
 O controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da
observância das normas gerais que regulam o exercício das
atividades auxiliares;
 O controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda
dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de
contabilidade e auditoria. É o caso da Controladoria Geral da
União – CGU.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
 é o conjunto de órgãos que integram as
pessoas federativas (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), aos quais foi atribuída a
competência para o exercício, de forma
centralizada, das atividades administrativas do
Estado.
 se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios (art. 4º, inciso I,
Dec.Lei – 200/67).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
é composta por entidades que possuem
personalidade jurídica própria e são
responsáveis pela execução de atividades de
Governo que necessitam ser desenvolvidas de
forma descentralizada.
 As entidades vinculam-se ao Ministério em
cuja área de competência enquadra-se sua
principal atividade e classificam-se em:
 Autarquias;
 Fundações Públicas;
 Empresas Públicas; e
 Sociedades de Economia Mista.
Estrutura e Funcionamento do
Serviço Público no Brasil
Organização Político – Administrativa do
Brasil

ENTIDADES
Î União
AUTÔNOMAS Î Estados
Î Distrito Federal
Î Municípios

Estas entidades são autônomas, cabendo á União exercer


a soberania do Estado Brasileiro no contexto internacional
Organização dos Poderes da União
São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si:

Poder Legislativo

PODERES DA UNIÃO Poder Judiciário

Poder Executivo
O Poder Legislativo - Exercido pelo
Congresso Nacional, composto pela Câmara
dos Deputados e pelo Senado federal..
 A principal atribuição do Congresso Nacional é a realização
do processo legislativo, que compreende a elaboração e
aprovação de: • Emendas á Constituição
Federal
• Leis complementares
• Leis ordinárias
• Medidas provisórias
• Decretos legislativos
CONGRESSO NACIONAL

SENADO FEDERAL CÂMARA DOS


DEPUTADOS
O Poder Judiciário - A função precípua
do Poder Judiciário é a aplicação coativa da
Lei. É exercido pelos seguintes órgãos:
Î Supremo Tribunal Federal
Î Superior Tribunal de Justiça
Î Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais,
Î Tribunais e Juízes do Trabalho;
Î Tribunais e Juízes Eleitorais,
Î Tribunais e Juízes Militares,
Î Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.
O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais
Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição
em todo o território nacional
O Poder Executivo - É exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
Compete, privativamente, entre outras atribuições, ao
Presidente da República:
1. Nomear e exonerar Ministros de Estado,
2. Exercer a direção superior e dispor sobre a organização e
o funcionamento da Administração Pública Federal,
3. Prover e extinguir cargos públicos, na forma da lei
4. Sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
5. Enviar ao Congresso Nacional o Plano Plurianual, o
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas
de Orçamento e prestar Contas ao Congresso Nacional
referentes ao exercício anterior.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Decreto nº 5.159,  de 28/07/2004
O Ministério da Educação é o órgão que na
estrutura administrativa da República
Federativa do Brasil cuida basicamente da
formulação e execução da política nacional de
educação.
 Da estrutura organizacional
Art. 2º - O Ministério da Educação tem a seguinte Estrutura
Organizacional:
V - entidades vinculadas:
b) fundações públicas:
20. Fundação Universidade Federal do Maranhão;
A Universidade Federal do Maranhão
Lei n.º 5.152, de 21/10/66
 A UFMA é uma instituição pública brasileira com
mais de três décadas de existência, contribuindo, de
forma significativa, para o desenvolvimento do
Estado do Maranhão, formando profissionais nas
diferentes áreas de conhecimento em nível de
graduação e pós-graduação, empreendendo
pesquisas voltadas aos principais problemas do
Estado e da Região, desenvolvendo atividades de
extensão abrangendo ações de organização social,
de produção e inovações tecnológicas, de
capacitação de recursos humanos e de valorização
da cultura.
FLAGELOS DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
 AUTORITARISMO - manifestação degenerativa da
autoridade, concentrando o poder político nas mãos
de uma só pessoa ou de um só Órgão e colocando
as instituições representativas em posição
secundária.
 AFILHADISMO - proteção aos afilhados ou favoritos,
proporciona benefícios aos amigos íntimos, assemelha-se
ao nepotismo.
 NEPOTISMO - favoritismo, familismo, enfim, favorecer ou
proteger familiares, amigos e afilhados
 ASSISTENCIALISMO - prestação de ajuda esperando o
retorno do voto.
CLIENTELISMO - consiste na obtenção, pelos
políticos e candidatos, de favores e benesses a
distribuir entre as pessoas e grupos que os
apoiam e lhes dão votos - troca de favores.
 CORPORATIVISMO - doutrina que prega a organização dos
funcionários e empregados da Administração Pública,
visando beneficiar, em primeiro lugar, o corpo de
servidores, e em segundo, a sua entidade. Eles se
organizam em associações representativas dos interesses
e das atividades profissionais (corporações). Geralmente
cumprem as mesmas regras e obrigações, e têm os
mesmos direitos , deveres e privilégios.
 FAVORITISMO - preferência ou facilidades dados a amigos,
prediletos, proteção do favor sobre o mérito, julgamento
parcial.
POPULISMO -
política baseada no aliciamento
das classes mais pobres da sociedade.
 FISIOLOGISMO - indica a ação dos políticos, em
geral, dos parlamentares, condicionada e determinada,
principalmente, pelos seus interesses pessoais ou
pelos de sua clientela.
 No Fisiologismo o componente de interesses pessoais
é mais presente do que no Clientelismo. Exemplo disto
é a troca de apoio parlamentar a uma medida de
interesse do governo - independentemente dos seus
méritos ou deméritos - por alguma concessão do
mesmo governo sob a forma de cargos na
Administração Pública, empréstimos bancários a juros
favorecidos etc.
PATRIMONIALISMO - os detentores de cargos
políticos apropriam-se do aparelho do Estado
como se fosse sua propriedade.
 PELEGUISMO - atividade de pessoa subserviente, que
serve de capacho para outros.
 LOBISMO - atividade organizada por pessoa ou grupo de
interesses definidos, que nas ante-salas do Congresso,
procura influenciar os representantes do povo, no sentido
de fazê-los votar segundo os próprios interesses ou de
grupos que representam loteamentos de cargos públicos.
 SINECURISMO - permissão para que os ocupantes de
cargos ou funções públicas não trabalhem nem mesmo
compareçam ao trabalho. Permite que alguns servidores
“afilhados” compareçam apenas 1 vez no mês para
assinarem o ponto e receberem integralmente os seus
vencimentos.
.
 PATERNALISMO - política social orientada ao bem-
estar dos cidadãos e do povo, mas que exclui a
sua participação. É caracterizado quase
sempre por favorecimento ilícito, onde se procura
distribuir verbas, benefícios e “favores da lei”, sem
preocupação com os custos ou com o bem-estar da
sociedade.
 CORRUPCÀO - ato de oferecer ou prometer vantagem a
ocupante de cargo público que pratique irregularidade no
exercício do cargo (corrupcão passiva) e ainda, solicitar ou
receber para si ou para outrem , direta ou indiretamente,
vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem.
 DESPERDÍCIO - uso irracional, irresponsável, imoderado,
inoportuno dos recursos públicos.
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 Ao se verificar a realidade atual de nosso


país, constatamos que a corrupção administrativa
tem corroído a credibilidade da Administração
Pública.
 Cada vez mais se vê escândalos no país que
mancham a imagem do serviço público e
conseqüentemente do servidor público na
verdadeira essência da palavra, àquele que se
preocupa com o resgate de uma hipoteca social
para com a coletividade que paga os seus
salários.
“A ética não é uma questão de bem e mal, e sim uma
questão de compromisso e negligência”. (A.H.Fuerstenthal)
 Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem,
sem prejudicar os outros. É também agir de acordo com
os valores morais de uma determinada sociedade.
 Qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de
valores fundamentais, entre eles:
 Ser honesto em qualquer situação: A honestidade é a
primeira virtude da vida dos negócios. É fundamental
para se ocupar um cargo nas organizações, mas precisa
estar acompanhada de eficiência e eficácia para viabilizar
a produtividade e qualidade nos serviços;
 Ter coragem para assumir decisões: Mesmo que seja
preciso ir contra a opinião da maioria. Principalmente
assumir o que fez, não prejudicar os outros;
 Ser tolerante e flexível: Muitas idéias aparentemente absurdas
podem ser a solução para um problema. Mas para descobrir isso é
preciso ouvir as pessoas ou avaliar a situação sem julgá-las antes;
 Ser íntegro em qualquer situação. Isto significa agir de acordo com
os seus princípios, mesmo nos momentos mais críticos;“Integridade
é fazer o certo, mesmo que ninguém esteja vigiando” (Jim Stovall )
 Ser educado: Educação tem a ver com um processo contínuo de
aprendizagem e crescimento pessoal envolvendo os aspectos
físicos, intelectuais e morais. As pessoas educadas tratam os outros
bem, com polidez;
 Ser humilde: Só assim a gente consegue ouvir o que os outros têm a
dizer e reconhecer que o sucesso individual é resultado do trabalho
da equipe;
 Ser fiel. Fidelidade é uma genuína preocupação com o próprio futuro
e com o futuro dos outros, inclusive da empresa. Por fidelidade
cumprimos os nossos deveres, nossas promessas, nossas
obrigações;
 Ser prudente. Prudência implica escolher não somente grandes
desafios, mas os melhores caminhos para superá-los. Estar atento
não só ao que acontece, mas ao que pode acontecer;
CAMARGO define a ética como "Ciência do que o
homem deve ser em função daquilo que ele é".
é
 A ética, entendida como conjunto de princípios que
direcionam o agir do homem, apresenta, quando
estudada no âmbito da gestão pública, a interligação,
profunda, com a relação entre o Estado e a sociedade,
notadamente, quanto ao exercício da cidadania.
Ser ético é fazer o que tem de ser feito dentro dos
critérios aceitos pelo grupo humano.
 A ética e a profissionalização são vistos como
caminhos importantes para a retomada da credibilidade
da administração pública. Isto somente pode ser feito se
houver uma mudança radical na cultura da própria
sociedade e, mais especificamente, na cultura pública.
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Conceito de Ética

É um padrão aplicável à conduta de um


grupo bem definido, padrão esse que
nos permite aprovar ou desaprovar
agentes e suas ações.
(Comissão de Ética da Presidência da República)

ÉTICA E GOVERNANÇA: Ouvidoria para a cidadania


13
Para exercitar a ética no Serviço Público,
basta respeitar e praticar os princípios da
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Eficiência,
consubstanciados na nossa Constituição e, que
sustentam a boa Gestão Pública.
 O principio da legalidade - traduz a obrigação de
a Administração Pública, seus órgãos e agentes,
todos se submeterem, incondicionalmente, à lei.
 O princípio da impessoalidade - obriga a
Administração Pública, seus órgãos e agentes, a
agirem sem inclinação a pessoas ou a interesses
pessoais. Toda atividade administrativa será
ditada para atender aos interesses sociais e não
vinculará à conveniência de qualquer pessoa.
 O princípio da moralidade – também conhecido
por princípio da probidade administrativa – obriga
a atuação da Administração Pública, seus órgãos e
agentes, em consonância as regras morais, assim
entendido o conjunto de regras de condutas próprias
da disciplina interior da Administração. (Códigos de
conduta, estatutos, regimentos etc.)
 O princípio da eficiência – conhecido como o
dever de boa administração – exige da
Administração Pública, seus órgãos e agentes, a
realização das atribuições com máxima presteza
(rapidez e prontidão), com a qualidade perfeita e de
forma proficiente no atendimento à população.
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 Sabido que a ética é o estudo, análise e a
valoração da conduta humana, em consonância
com os conceitos de bem e mal, numa determinada
sociedade e num determinado momento, fica fácil
compreender que a “Ética no Serviço Público” é
essa mesma análise e valoração do comportamento
do servidor público no desempenho de suas
atribuições,
 seja como prestador de um serviço à população,
 seja em relação às expectativas de tratamento
dispensado aos cidadãos,
 ou em relação à lisura de sua conduta,
 à honestidade de suas posturas
 e à dedicação aos interesses públicos.
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Ética na Administração Pública encerra a
avaliação da conduta do servidor público (lato sensu), em face dos
valores sociais brasileiros, consagrados nos postulados jurídicos,
morais e políticos.
Que valores são esses?
Embora emirjam da consciência de qualquer pessoa, que se disponha
a uma reflexão mínima – todo Código de Ética Profissional os enuncia:
 a dignidade, a honestidade, o decoro, o zelo, a
contesia, a boa vontade e o compromisso com a
verdade;
 acrescendo-se ao Servidor Público, ainda, a
atenção à finalidade pública da atuação, o respeito
ao cidadão e aos usuários do Serviço Público.
VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO
A “Dignidade”- é qualidade de ser grande, de portar-
se com nobreza, é apresentar-se de forma a inspirar respeito. O
servidor público digno jamais será tachado, visto ou criticado como
um “sem vergonha”.
A “Honestidade”- é outra virtude imprescindível a quem serve
ao público: honesto é quem não engana o próximo, quem não se
afasta da verdade, quem não aceita vantagem indevida; enfim a
honestidade traduz a certeza de que a pessoa inspira confiança e
segurança, não é um corrupto nem um aproveitador.
O “Decoro”- revela o recato no comportamento, a decência na
postura, uma submissão às normas morais; enfim, a compostura
necessária ao exercício de qualquer cargo ou função, pública ou
não.
VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO
O “Zelo” - se exibe no cuidado e na preocupação que
deve ser dedicada ao serviço público e a seus usuários
quando da realização de suas tarefas.
A “Cortesia”- traduz a civilidade, a educação no trato com as
demais pessoas, seja com os pares, seja com os subordinados, com
os superiores hierárquicos, seja com o público em geral.
A “Boa Vontade” - é uma virtude que reclama atenção, respeito
e disposição em ouvir, compreender, disposição de agir além da rotina
para bem servir aos interlocutores.
O “Compromisso com a Verdade”- revela a necessidade
do servidor perseguir, tenazmente, a verdade, buscá-la a qualquer
preço e expô-la a qualquer risco. Servidor que não sabe de nada, ou é
omisso, desprovido de senso de responsabilidade contribui
significativamente para insegurança social como cúmplice da
sonegação da verdade.
VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO
A “Finalidade Pública da Atuação” - mais que
uma virtude, é a própria razão de ser da Administração
Pública e da contratação do servidor: a satisfação dos interesses
da população e a realização das necessidades sociais é o
fundamento de toda atividade administrativa.
O “Respeito ao Cidadão” - em se atentando a que todo
poder emana do povo e em seu nome é exercido, e que a máquina
administrativa é custeada pelos tributos pagos pela população – o
servidor público já deveria ter atenção ao fato de que é ele um
“empregado” dos cidadãos; respeitar, pois, ao cidadão é,
sobretudo, uma revelação de que o servidor tem consciência de
seu papel.
VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO
O“Respeito a Usuários do Serviço Público”
não é nenhum favor: o servidor deve “servir ao público” e
não “servir-se do público”; a prepotência e a arrogância para com o
usuário, caracteriza mesmo um abuso de poder, justamente contra
aquele que paga seus salários.
Este conjunto de valores aliado aos deveres do servidor público
consagrados nos postulados jurídicos como: o estatuto do servidor civil
da união, lei nº 8.112/90, o próprio código de ética profissional decreto
nº 1.171/94 e o código de conduta da alta administração federal,
sustentam a tese de consenso sobre a conduta ideal do serviço
público.
• A melhor definição sobre ato ético foi dada por Sua Santidade o Dalai
Lama, que diz que: "é aquele que não prejudica a experiência ou a
expectativa de felicidade de outras pessoas".
NOVOS PARADIGMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
é preciso ser excelente sem deixar de ser público

Paradigma

Uma reclamação é (ou pode


ser) a última oportunidade que
um cidadão lhe dá para que
você possa melhorar
os seus serviços.
ÉTICA E GOVERNANÇA: Ouvidoria para a cidadania
10
Reflexão

O Estado não pode ficar indiferente


à evolução dos usuários que não
querem apenas serviços mais
corteses. Os cidadãos querem
serviços adaptados a seus
problemas mais do que soluções
gerais válidas para todo mundo.

ÉTICA E GOVERNANÇA: Ouvidoria para a cidadania


11
NOVOS PARADIGMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOVOS CENÁRIOS, NOVOS DESAFIOS

 A sofisticação como as informações são produzidas e


disponibilizadas para o público em geral tem alterado
sensivelmente a relação do cidadão com o Estado.
 Os veículos de comunicação foram substancialmente
modernizados e isto contribuiu para uma crescente cobrança
da sociedade com relação a ação governamental, exigindo,
por um lado, transparência na gestão do bem público e, por
outro, a diminuição da burocracia e maior agilidade e acesso
aos serviços públicos.
 O aumento do controle social sobre o Estado contribui,
diretamente, para consolidar a democratização e
efetividade entre governantes e governados, por permitir a
participação do cidadão no processo decisório que
antecede a ação governamental.
 No entanto, é preciso ir além. É preciso incorporar novos
mecanismos que, através do conhecimento, tragam a
inovação capaz de promover a legitimidade institucional.
 O Estado deve antecipar-se e criar novos instrumentos de
intervenção e gestão que acelerem sua capacidade de
resposta ao cidadão-cliente.
 Em conseqüência, a administração pública está
vivendo uma fase de crises profundas e, ao mesmo
tempo, de oportunidade ímpar para reestruturar o
seu modelo de atuação.
 Ciente de que o modelo empírico-burocrata atual é
incapaz de equacionar de forma estrutural os seus
resultados insatisfatórios, quais sejam: desequilíbrio
fiscal e insatisfação do cliente-cidadão, busca-se um
novo modelo de atuação, o qual está sendo
concebido com o nome de "Administração Pública
Gerencial".
 A administração pública precisa identificar quem é o
seu cliente. Implementar novas culturas de
qualidade, sabendo e buscando sempre melhorar.
 As transformações do mundo atual apontam no setor público
significativas mudanças de paradigmas, com os novos
enfoques a seguir destacados:
 Desburocratização  flexibilidade de gestão
 Descentralização  agilidade de decisão
 Transparência  controle social
 Avaliação de resultados  controle da ação
 Ética  prevalência da moralidade
 Profissionalismo  valorização da competência
 Competitividade  aumento da eficiência
 Enfoque no cidadão  cliente sim clientelismo não
 Participação  gestão compartilhada
 Administração de pessoal  gestão de pessoas
Este novo cenário indica que os
objetivos da ação do Estado merecem
nova reflexão e devem voltar-se para:
 Foco no cidadão, principal cliente;
 Competitividade administrada com diretriz;
Execução dos serviços prestados de forma
descentralizada;
 Controle da ação por avaliação de resultados;
 Controle social para a transparência da ação;
 Sistemas administrativos flexíveis.
Os novos paradigmas e objetivos apontados refletem, também,
na forma de administrar a força de trabalho na administração
pública que, cada vez mais, se aprimora, se informa e se
conscientiza do seu papel, seja como servidor seja como
cidadão, assumindo e influenciando novas posturas diante das
relações de trabalho.
 As principais transformações do Estado no século XXI
dar-se-ão na forma de organização do trabalho – que
será mais descentralizada e desburocratizada, e no
processo decisório – que terá maior participação
direta da sociedade, passando o Estado, de produtor
direto de bens e serviços, para indutor e regulador do
desenvolvimento econômico e social.
 A globalização e a emergência da sociedade civil
organizada surgem como dois movimentos paralelos,
antagônicos e complementares, pois fortalecem, ao
mesmo tempo, a formação de blocos regionais
supranacionais e a descentralização para o poder
local, para a comunidade e para o indivíduo.
O novo modelo de gestão de políticas públicas
pressupõe a reforma da administração pública. Para
isso, são oito as estratégias mundialmente
predominantes, a seguir mencionadas.
1.Desburocratização. É a retirada de obstáculos
processuais à implementação de uma gestão mais flexível e
responsável. Isso implica substituir controles burocráticos por
efetividade e em desmontar o Estado produtor, interventor e
protecionista.
2.Transparência. Impõe-se como fundamental. Se a
administração pública se desburocratiza e se flexibiliza, é
necessário dar maior publicidade às suas ações para que haja
controle do uso dos recursos utilizados, além de estimular a
concorrência entre fornecedores e a participação da
sociedade no processo decisório.
3. Accountability. Significa contabilizar resultados,
controlar e avaliar se os objetivos propostos
foram atingidos com a produtividade e com a
qualidade preestabelecidas.
4. Ética. Reflexão sobre o comportamento humano.
Condutas éticas podem ser estimuladas mediante
a implantação de códigos, a criação de conselhos,
a difusão de princípios e normas e a aplicação de
punições com mecanismos ágeis e eficazes.
5. Profissionalismo. Reflete uma administração
pública flexível e focada no controle de
resultados, que deve contar com recursos
humanos qualificados, que desempenhem suas
funções com eficiência e qualidade, o que implica
adotar o mérito como mecanismo de legitimação
organizacional, para atrair, reter, desenvolver e
motivar pessoal de alto nível.
6. Competitividade. O Estado não deve executar diretamente
ações que possam ser descentralizadas, mas, sim, contratar
externamente parte dos seus serviços, estimulando a
competitividade entre os fornecedores.
7. Enfoque no cidadão. Aumenta a participação do cidadão no
processo decisório, levando a uma democracia mais direta e
menos representativa. Valoriza o cidadão como principal
consumidor dos serviços públicos.
8. Descentralização. Como estratégia, está inserida na reforma do
Estado e da Administração Pública como um todo. Tanto a
descentralização da ação estatal como a descentralização do
processo decisório são essenciais no atual estágio de evolução do
Estado moderno. As possibilidades mais significativas de
descentralização referem-se a projetos de parceria com a sociedade,
contratação externa de serviços (terceirização), descentralização
para organizações não-governamentais e privatizações.
PROGRAMA GESPÚBLICA
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização

“TAL COMO AS CORPORAÇÕES, OS


GOVERNOS PRECISAM REINVENTAR-
SE A SI MESMOS PARA SE TORNAR
EFICAZES. DESSE MODO ATÉ
PODERÃO CONTINUAR RELEVANTES”.
PETER DRUCKER(1999)
PROGRAMA GESPÚBLICA
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização

CONTEXTUALIZAÇÃO
 Desafio atual:
 Buscar a interação entre as modernas
técnicas e a prática diária.
 A gestão estratégica não pode ficar adstrita
ao interregno de um mandato, sob pena de
comprometer a visão sistêmica.
 Garantir satisfação e qualidade no
atendimento ao cidadão mantenedor da
máquina pública.
O Brasil, possue excesso de regulamentações e
ineficiência da gestão pública, o que gera altos custos,
desperdício, desemprego, corrupção, menor
competitividade e mecanismos ineficientes de controle.
 A compreensão de que o maior desafio do gestor
público brasileiro é de natureza gerencial fez com
que se buscasse, um novo modelo focado em
resultados e orientado para o cidadão.
 Mas a verdade é que a adoção de uma gestão
pública focada em qualidade requer mudanças na
cultura organizacional, exigindo principalmente
motivação, que conduz ao esforço, dedicação,
persistência e comprometimento.
 O modelo de gestão pública elaborado pelo governo federal é a
representação de um sistema gerencial que orienta para a
adoção de práticas de excelência que tem por finalidade a
elevação da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos,
além do aumento da competitividade do país.
 Mas, o modelo de excelência em gestão pública não pode
descuidar das características específicas do setor público,
copiando indiscriminadamente modelos da área privada.
 O Estado não é um ente livre, só pode fazer o que a lei permite –
ao contrário do setor privado, que pode fazer o que a lei não
proíbe.
 A burocracia e o controle dos processos são necessários, até
porque atendem a determinações legais que obrigam o Estado a
dar rastreabilidade às suas ações. Porém, os procedimentos não
devem ter um fim em si mesmos, mas antes focar o cidadão e o
bem comum.
histórico das tentativas de eliminar entraves da
administração pública brasileira
 Os primeiros programas remontam ainda ao governo de
Juscelino Kubitschek (1956-1961), com a criação da Comissão
de Simplificação Burocrática.
 Em 1979, foi criado inclusive um Ministério Extraordinário para a
Desburocratização, capitaneado por Hélio Beltrão.
 Ao longo do tempo, foram criados outros programas, e desde
1990 o governo federal busca melhorar as atividades de gestão e
de atendimento da sociedade por meio de programas da qualidade
para o setor público.
1. primeiro programa, em 1990, denominava-se Sub-Programa da
Qualidade e Produtividade na Administração Pública,
enfatizando a gestão de processos.
2. Em 1996, foi criado um novo programa, orientado para gestão e
resultados, denominado Programa da Qualidade e Participação na
Administração Pública – QPAP.
3. Em 2000 surgiu o Programa de Qualidade no Serviço Público –
PQSP voltado para qualidade no atendimento do cidadão.
 Essas iniciativas não tiveram continuidade porque não geraram
mentalidade de mudança. A verdadeira mudança tem que estar
no foco da gestão. A mudança incomoda, causa impacto e
demanda explicação, pois “as pessoas não gostam de sair do
seu espaço de conforto.
Para o Ministério do Planejamento, Organização e Gestão, os
programas não representam rupturas, mas incrementos à
concepção inicial de 1990.
Partindo desse contexto, em 2005 o Governo Federal lançou o
GESPÚBLICA – Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização, direcionado para gestão por resultados
orientada para o cidadão.
CONHECENDO O GESPÚBLICA
 O GESPÚBLICA foi instituído pelo Decreto
nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005.
Missão:
contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços
públicos prestados aos cidadãos e para o aumento
da competitividade do país.
Visão:
 tem como visão a excelência em gestão, preservado
pelas instituições públicas e requerido pelo cidadão.
Estratégia:
 mobilizar pessoas e organizações voluntárias para
atuarem como agentes transformadores da gestão
pública brasileira.
CONHECENDO O GESPÚBLICA
Fundamentos:
 O Gespública utiliza como fundamentos os princípios
constitucionais (legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência) e é necessário que a organização se
auto-avalie.
O GESPÚBLICA é a fusão dos antigos Programas da Qualidade no
Serviço Público (PQSP) e Nacional de Desburocratização (d).
É a mais arrojada política pública formulada para a gestão.
 Caracteriza-se por ser:
 essencialmente público - gestão pública excelente;
 focado em resultados - colocar a burocracia a serviço do
resultado;
 federativo - aplica-se a toda a administração pública.
Essencialmente Pública
 O GESPÚBLICA é uma política formulada a
partir da premissa de que a gestão de
órgãos e entidades públicos pode e deve ser
excelente, pode e deve ser comparada com
padrões internacionais de qualidade em gestão,
mas não pode nem deve deixar de ser pública.

A qualidade da gestão pública tem que ser


orientada para o cidadão, e desenvolver-se
dentro do espaço constitucional demarcado
pelos princípios da impessoalidade, da
legalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência.
Focada em Resultados
Sair do serviço à burocracia e colocá-la a
serviço do resultado tem sido o grande desafio
do GESPÚBLICA e dos programas que o
precederam.

Entenda-se por resultado para o setor público o


atendimento total ou parcial das demandas da
sociedade traduzidas pelos governos em
políticas públicas. 
 Neste sentido, a eficiência e a eficácia serão tão
positivas quanto a capacidade que terão de
produzir mais e melhores resultados para o
cidadão (impacto na melhoria da qualidade de
vida).
Federativa
 A base conceitual e os instrumentos do GESPÚBLICA não
estão limitados a um objeto específico a ser gerenciado (saúde,
educação, previdência, saneamento, tributação,fiscalização
etc). Aplicam-se a toda a administração pública em todos os
poderes e esferas de governo.
Essa generalidade na aplicação e a estratégia do Programa de
formar uma rede de organizações e pessoas voluntárias – a Rede
Nacional de Gestão Pública – fez com que pouco a pouco, o
GESPÚBLICA fosse demandado por órgãos e entidades públicos
não pertencentes ao Poder Executivo Federal. 
Essa dimensão federativa viabilizou, inclusive, que órgãos de outros
poderes e esferas de governo assumissem a coordenação regional
do Programa.
CONHECENDO O GESPÚBLICA
 Com a formalização dessa política na forma de um
programa – o GESPÚBLICA – sob a condução do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, torna-se imperiosa a adoção de
algumas ações vigorosas no campo da gestão pública, capazes de,
num só tempo, promover a adesão de governos, órgãos e entidades
ao Programa e de criar, na sociedade, valor positivo para o setor
público.
 O Gespública atinge os três poderes e as esferas da administração
municipal, estadual e federal. É um projeto ancorado no governo
federal, mas calcado numa rede de voluntariado. Oferece às
organizações assessoria e oficinas, como atendimento e medição de
satisfação e simplificação de procedimentos.
 Um dos aspectos do programa é a criação do hábito da auto-
avaliação continuada.
CONHECENDO O GESPÚBLICA
 Direcionador estratégico:
Promover a construção de organizações
􀂄

públicas de alto desempenho.


􀂄Elevar a satisfação do cidadão com a
administração pública.
􀂄Remover os entraves burocráticos e de
procedimentos que interferem de maneira
exagerada nas relações de direito e
obrigações entre Estado e Cidadão.
CONHECENDO O GESPÚBLICA
:
 OBJETIVOS:
I. promover a governança, aumentando a
capacidade de formulação, implementação e
avaliação das políticas públicas
II. promover a eficiência, por meio de melhor
aproveitamento dos recursos, relativamente aos
resultados da ação pública,
III. assegurar a eficácia e efetividade da ação
governamental, promovendo a adequação entre
meios, ações, impactos e resultados, e
IV. promover a gestão democrática, participativa,
transparente e ética.
INSTRUMENTOS DE AÇÃO DO
GESPÚBLICA
 􀂄ADOÇÃO DAS NORMAS ISO
(NORMAS INTERNACIONAIS DA
QUALIDADE – International Organizationfor
Standardization (ISO) é uma Organização
internacional que aglomera os Grêmios de
Estandardização de 148 Países)
􀂄DESBUROCRATIZAÇÃO

􀂄FOCO NO CIDADÃO
FORMA DE ATUAÇÃO DO GESPÚBLICA

1. MOBILIZAR os órgãos e entidades da


administração pública para a melhoria da gestão e
para a desburocratização.
2. APOIAR TECNICAMENTE os órgãos e entidades
da administração pública na melhoria do
atendimento ao cidadão e na simplificação de
procedimentos e normas.
3. ORIENTAR e CAPACITAR os órgãos e entidades
da administração pública para a implantação de
ciclos contínuos de avaliação e de melhoria da
gestão.
FORMA DE ATUAÇÃO DO GESPÚBLICA
4. DESENVOLVER MODELO DE EXCELÊNCIA EM
GESTÃO PÚBLICA, fixando parâmetros e critérios
para a avaliação e melhoria da qualidade da gestão
pública, da capacidade de atendimento ao cidadão e
da eficiência e eficácia dos atos da administração
pública federal,
5. CERTIFICAR a validação dos resultados da auto-
avaliação dos órgãos e entidades participantes, e
6. RECONHECER e PREMIAR os órgãos e entidades
da administração pública, participantes que
demonstrem qualidade em gestão, medida pelos
resultados institucionais obtidos.
O Programa GESPUBLICA é
nacional e já foi implantado em
diversos órgãos públicos e
empresas estatais,
modernizando e otimizando
seus procedimentos, ou seja,
mudando para melhor seu
modelo de gestão.
ESTRUTURA BÁSICA DA
GESTÃO PÚBLICA NO
BRASIL
Os grandes eixos:
1. Planejamento
2. Transparência
3. Responsabilização
4. Controle
O Modelo de Excelência em Gestão Pública foi concebido a
partir da premissa de que é preciso ser excelente sem
deixar de ser público.
DECRETO Nº 5.378 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2005.
Institui o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê
Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização, e dá outras providências.

        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe


confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
        DECRETA:
        Art. 1o  Fica instituído o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização – GESPÚBLICA, com a finalidade de contribuir
para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos
cidadãos e para o aumento da competitividade do País.
        Art. 2o  O GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação e
implementação de medidas integradas em agenda de
transformações da gestão, necessárias à promoção dos resultados
preconizados no plano plurianual, à consolidação da administração
pública profissional voltada ao interesse do cidadão e à aplicação de
instrumentos e abordagens gerenciais, que objetivem:
      I - eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento das
competências constitucionais do Poder Executivo Federal;
      II - promover a governança, aumentando a capacidade de formulação,
implementação e avaliação das políticas públicas;
    III - promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dos
recursos, relativamente aos resultados da ação pública;
   IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental,
promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados; e
      V - promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética.
      Art. 3º  Para consecução do disposto nos arts. 1o e 2o, o
GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor de que trata o art. 7o,
deverá:
        I - mobilizar os órgãos e entidades da administração pública para a
melhoria da gestão e para a desburocratização;
     II - apoiar tecnicamente os órgãos e entidades da administração
pública na melhoria do atendimento ao cidadão e na simplificação de
procedimentos e normas;
     III - orientar e capacitar os órgãos e entidades da administração publica
para a implantação de ciclos contínuos de avaliação e de melhoria da
gestão; e
       
IV - desenvolver modelo de excelência em gestão pública, fixando
parâmetros e critérios para a avaliação e melhoria da qualidade da
gestão pública, da capacidade de atendimento ao cidadão e da
eficiência e eficácia dos atos da administração pública federal.
        Art. 4o  Os critérios para avaliação da gestão de que trata este
Decreto serão estabelecidos em consonância com o modelo de
excelência em gestão pública.
        Art. 5o A participação dos órgãos e entidades da administração
pública no GESPÚBLICA dar-se-á mediante adesão ou convocação.
        § 1o  Considera-se adesão para os efeitos deste Decreto o
engajamento voluntário do órgão ou entidade da administração
pública no alcance da finalidade do GESPÚBLICA, que, por meio da
auto-avaliação contínua, obtenha validação dos resultados da sua
gestão.
        § 2o  Considera-se convocação a assinatura por órgão ou entidade
da administração pública direta, autárquica ou fundacional, em
decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão ou
desempenho, ou o engajamento no GESPÚBLICA, por solicitação do
Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, em
decorrência do exercício de competências vinculadas a programas
prioritários, definidos pelo Presidente da República.
        Art. 6o  Poderão participar, voluntariamente, das ações do
GESPÚBLICA pessoas e organizações, públicas ou privadas.
        Parágrafo único.  A atuação voluntária das pessoas é considerada
serviço público relevante, não remunerado.
        Art. 7o  Fica instituído o Comitê Gestor do Programa Nacional de
Gestão Pública e Desburocratização, no âmbito do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, com o objetivo de formular o
planejamento das ações do GESPÚBLICA, bem como coordenar e
avaliar a execução dessas ações.
        Art. 8o  O Comitê Gestor terá a seguinte composição:
        I - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, que o coordenará; e
        II - um representante da Casa Civil da Presidência da República.
        § 1o  O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
indicará quinze órgãos ou entidades da administração pública, com
notório engajamento em ações ligadas à qualidade da gestão e à
desburocratização, cujos representantes integrarão o Comitê Gestor.
             
§ 2o  Os membros a que se referem o caput e o § 1o, titulares e
suplentes, serão indicados pelos dirigentes dos órgãos ou entidades
representados e designados pelo Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão.
§ 3o  O mandato dos membros do Comitê Gestor será de dois anos,
permitida a recondução.        
Art. 9o  Ao Comitê Gestor compete:
     I - propor ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e
Gestão o planejamento estratégico do GESPÚBLICA;
       II - articular-se para a identificação de mecanismos que possibilitem
a obtenção de recursos e demais meios para a execução das ações
do GESPÚBLICA;
      III - constituir comissões setoriais e regionais, com a finalidade de
descentralizar a gestão do GESPÚBLICA;
        IV - monitorar, avaliar e divulgar os resultados do GESPÚBLICA;
      V - certificar a validação dos resultados da auto-avaliação dos
órgãos e entidades participantes do GESPÚBLICA; e
        VI - reconhecer e premiar os órgãos e entidades da administração
pública, participantes do GESPÚBLICA, que demonstrem qualidade
em gestão, medida pelos resultados institucionais obtidos.
        Art. 10.  Ao Coordenador do Comitê Gestor compete:
        I - cumprir e fazer cumprir este Decreto e as decisões do Colegiado;
        II - constituir grupos de trabalho temáticos temporários;
        III - convocar e coordenar as reuniões do Comitê; e
     IV - exercer o voto de qualidade no caso de empate nas deliberações.
    Art. 11.  A participação nas atividades do Comitê Gestor, das comissões
e dos grupos de trabalho será considerada serviço público relevante,
não remunerado.
     Art. 12.  A Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão exercerá as funções de Secretaria-Executiva do
Comitê Gestor.
        Art. 13.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
       Art. 14.  Ficam revogados os
Decretos nos 83.740, de 18 de julho de 1979, e
3.335, de 11 de janeiro de 2000.
        Brasília, 23 de fevereiro de 2005; 184o da Independência e 117o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Nelson Machado
José Dirceu de Oliveira e Silva
CURSO: CAPACITAÇÃO
PARA GESTORES
PÚBLICOS

OBRIGADO

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