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PATOLOGIA E REABILITAÇÃO

DAS CONSTRUÇÕES AULA


08 – FISSURAS PARTE I
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA – CAMPUS PAU DOS


FERROS
Curso de Engenharia Civil
Prof.ª : Renata Xavier
Fissuras

ALIVIA TENSÕES

• Aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura;


• Comprometimento de desempenho da obra em serviço (estanqueidade
à água, durabilidade, isolamento acústico etc);
• Constrangimento psicológico
Fissuras x trincas x rachaduras
Rachaduras:
• Geralmente são maiores, mais
profundas e acentuadas.
• Em muitos casos podem abrir
pequenas frestas na alvenaria,
possibilitando a entrada de luz,
água e ar.
•  Espessura acima de 3 mm
Fissuras x trincas x rachaduras
Trincas:
• Não chegam a abrir frestas nas paredes,
mas elas também podem atingir a parte
estrutural, como pilares, vigas e lajes.
• Espessura 1 a 3 mm.
• Se identificada na parte estrutural pode
considerar seu nível de gravidade urgente,
agora se as trincas estiverem apenas nas
paredes é necessário observar se estão
aumentando ou não.
Fissuras x trincas x rachaduras
Fissuras:
• Podem ser confundidas com trincas mais leves, porém diferente da
mesma, não chegam a atingir a alvenaria, ou seja, ficam apenas
superficialmente, atingindo o revestimento e pintura da parede.
• A sua espessura atinge até 1 mm
Classificação

• Em uma visão geral, simplificada, as origens das fissuras de uma


edificação podem surgir na fase de projetos - arquitetônico,
estrutural, de fundação, de instalações -, de execução da alvenaria,
dos vários sistemas de acabamento e, inclusive, na fase de utilização.
Fissuras, trincas e rachaduras
• Está ligada a situações externas ou internas.
• Entre as ações externas aos componentes, estão as fissuras causadas
por movimentações térmicas, higroscópicas, sobrecargas,
deformações de elementos de concreto armado e recalques
diferenciais.
• Entre as ações internas, as causas das fissuras estão ligadas à retração
dos produtos à base de cimento e às alterações químicas dos
materiais de construção.
Classificação
FISSURA
GEOMÉTRICA
OU MAPEADA

ATIVA
ATIVA PASSIVA

SAZONAL PROGRESSIVA
FISSURAS CAUSADAS POR
VARIAÇÕES TÉRMICAS
Variação térmica
DILATAÇÃO OU
CONTRAÇÃO

Os elementos e componentes de uma construção estão


sujeitos a variações de temperaturas sazonais e diárias
Variação térmica
• A movimentação térmica de um material estão
relacionadas com as suas propriedades físicas +
intensidade da variação da temperatura.
• Materiais sofrem retração ou dilatação -> desenvolvem
tensões.

Em função da intensidade da movimentação, grau de


restrição imposto pelos vínculos e das propriedades
físicas do material.
Variação térmica
• Movimentações diferenciadas
entre componentes de um elemento
• Movimentações diferenciadas Origem térmica
entre elementos de um sistema
• Movimentações diferenciadas
entre regiões distintas de um mesmo material
Variação térmica a) Movimentações
diferenciadas entre
argamassa de
a) Junção de materiais de diferentes dilatações assentamento e
térmicas, sujeitos as mesmas variações de elementos da alvenaria
temperaturas
b) Exposição de elementos à diferentes b) Cobertura em
solicitações térmicas naturais relação às paredes de
uma edificação
c) Gradiente de temperaturas ao longo de um
mesmo componente
c) Face exposta x face
protegida de uma laje de
cobertura
Propriedades térmicas dos materiais
de construção
Principal fonte de calor =

Amplitude e a taxa de variação de temperatura de um componente exposto


a radiação solar irá depender dos seguintes fatores:
Cores escuras x cores claras
a) Intensidade da radiação solar;
b) Absorbância da superfície do componente; Depende da rugosidade, posição
c) Condutância térmica superficial; geográfica etc

d) Reirradiação das coberturas para com as estruturas próximas;


e) Outras propriedades (calor específico, massa específica aparente e
coeficiente de condutibilidade térmica)
Reirradiação das coberturas para
com as estruturas próximas
Propriedades térmicas dos materiais
de construção
Coeficientes de absorção solar:
• A intensidade desta variação dimensional, para uma dada variação de
temperatura, varia de material para material.
• Para quantificar as movimentações sofridas por um componente,
além das suas propriedades físicas, deve conhecer-se o ciclo de
temperatura a que está sujeito.
• Em geral, as coberturas planas estão mais expostas às mudanças
térmicas naturais do que os paramentos verticais das edificações,
ocorrem, portanto, movimentos diferenciados entre os
elementos horizontais e verticais.
• Além disso, podem ser mais intensificados pelas diferenças nos
coeficientes de expansão térmica dos materiais construtivos desses
componentes.
Coeficiente de dilatação térmica do concreto 2x > coeficiente
de dilatação térmica das alvenarias
Lajes de coberturas sobre paredes
Devido ao fato de as lajes de cobertura normalmente encontrarem-
se vinculadas às paredes de sustentação, surgem tensões tanto no corpo
das paredes, quanto nas lajes.

Tensões de origem térmica crescem em direção aos bordos.


Lajes de coberturas sobre paredes
• Dilatação das lajes introduzem tensões de tração e de cisalhamento
nas paredes:
Lajes de coberturas sobre paredes
• A retração devido à secagem da laje de concreto armado pode
provocar a fissuração das alvenarias, pois o encurtamento da laje
tenderá a provocar a rotação das fiadas de blocos presentes na
proximidade da laje:
Movimentações térmicas do
arcabouço estrutural
• No encontro entre vigas podem surgir pequenas fissuras internas (não
detectáveis);
• Movimentação térmica das vigas podem causar fissuração aparente
em pilares:
Importância
das juntas de
dilatação!!
• A forma mais comum para evitar as trincas na união entre a estrutura
e a alvenaria é a utilização de telas galvanizadas para suportar aos
esforços de tração gerados pela dilatação
Movimentações térmicas em muros

Muros extensos apresentam fissuras devido a movimentações térmicas:


• Iniciam-se na base do muro devido as restrições impostas pela
fundação
• Verticais;
• A cada 4-5m;
• Abertura de 2 a 3mm
Devido ao vínculo restritivo entre a parede e o
elemento de fundação, as trincas iniciam-se
geralmente na base do muro, estendendo-se até o
topo:
Caso a resistência da argamassa de assentamento seja maior
que a da alvenaria, a trinca se comporta conforme a figura
(a). Porém, se a resistência da alvenaria for maior, a trinca se
comporta conforme a figura (b)
Movimentações térmicas em pisos

Movimentações Fissuras e
térmicas em pisos destacamentos

Aquecimento -> dilata o piso -> solicitação à compressão


Resfriamento -> contrai o piso -> solicitação à tração
Movimentações térmicas em pisos

Aquecimento -> dilata o piso -> solicitação à compressão


Resfriamento -> contrai o piso -> solicitação à tração
Movimentações térmicas em pisos
Pisos com bordas
Destacamentos
vinculadas
Movimentações térmicas em lajes
mistas
• Movimentações diferenciadas entre vigotas, concreto armado e
cerâmica:
Movimentações térmicas em placas
de vidro
• O vidro é um mau condutor de calor;
• Necessário deixar folga entre caixilho e vidro para absorver a
expansão por aumento de temperatura;
Movimentações térmicas em placas
de vidro
• O vidro também pode trincar devido a diferença no gradiante de
temperatura, quando apenas uma região está sombreada e outra
recebe grande incidência solar
FISSURAS CAUSADAS POR
MOVIMENTAÇÕES
HIGROSCÓPICAS
FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
HIGROSCÓPICAS

Higroscopia: é a propriedade que certos materiais possuem de


absorver água.

diminuição do teor
contração
de umidade

Aumento do
produz
teor de
expansão
umidade
FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
HIGROSCÓPICAS

A umidade pode ter acesso aos materiais de construção através de:


a) Umidade resultante da produção dos componentes:
• Água adicionada para processos de hidratação de elementos ligantes;
• A água em excesso permanece em estado livre no interior do
componente e ao evaporar causa contração.
FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
HIGROSCÓPICAS

A umidade pode ter acesso aos materiais de


construção através de:
b) Umidade proveniente da execução da obra:
• Umedecimento de alvenaria para receber
revestimentos para impedir a retirada brusca de
água das argamassas;
• Porém água em excesso evapora = contração do
material
FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
HIGROSCÓPICAS

A umidade pode ter acesso aos materiais de construção através de:


c) Umidade do ar ou proveniente de fenômenos meteorológicos;
d) Umidade do solo – capilaridade.
Propriedades higroscópicas dos materiais de
construção
Os materiais tem a propriedade de ceder ou absorver umidade do ar
que os envolve.
Os materiais podem absorver ou ceder certa quantidade de água
quando a umidade relativa ambiente é aumentada ou diminuída,
tendendo sempre para um ponto de equilíbrio.
Propriedades higroscópicas dos materiais de
construção
Variações no teor de umidade provocam movimentações:
Irreversíveis e reversíveis
Geralmente acontece logo após a Variações do teor de umidade dos
fabricação do material e originam-se pela materiais ficando delimitadas a um certo
perda ou ganho de água até atingir a intervalo, mesmo no caso de secar ou
umidade higroscópica saturar completamente um material
Trincas provocadas por movimentações
higroscópicas
Solo-cimento:
Material suscetível as variações de umidade.
Argila apresenta movimentações volumétricas com a variação do
teor de umidade!!!
Surgem microfissuras verticais nas paredes após ocorrência de chuvas
que atingiram os blocos, causando movimentações reversíveis.
Trincas provocadas por movimentações
higroscópicas
Trincas horizontais em bases de paredes:
Impermeabilização de alicerces mal executada -> componentes da
alvenaria em contato absorvem a umidade, gerando movimentações
diferenciadas da parte superior -> fissuras
Trincas provocadas por movimentações
higroscópicas
Trincas em topos de muros:
Sem proteção (rufo) -> a argamassa do topo absorve água de chuva e
movimenta-se diferencialmente em relação ao corpo do muro -> fissura
Trincas provocadas por movimentações
higroscópicas
Trincas em topos de muros:
Peitoril / rufo / detalhes em geral -> função de proteger
Trincas provocadas por movimentações
higroscópicas

UMEDECIMENTO MICROFISSURAS
MOVIMENTAÇÃO
E SECAGEM DAS NAS
TÉRMICA
ARGAMASSAS ARGAMASSAS

AUMENTA A
FISSURAS VISÍVEIS NO
REVESTIMENTO PENETRAÇÃO DE
ÁGUA
FISSURAS CAUSADAS PELA
RETRAÇÃO DE PRODUTOS
A BASE DE CIMENTO
Qual a faixa comum de relação a/c?

a/c comum: 0,40 a 0,65

Mas porque não usamos 0,20 a 0,22 que é a água


necessária para reação química com o cimento?

Fluidez
Resultado disso:
Sobra 50 a 70% da
água utilizada

É isso que gera os poros


capilares nos concretos e
argamassas
• A retração ocorre no produto endurecido ou em fase de
endurecimento;
• Retração ocorre em períodos relativamente longos.
Fissuras provocadas por retração
Fatores que intervém na retração de um produto à base de cimento:
• Composição química e finura do cimento:
Retração aumenta com a finura do cimento
• Quantidade de cimento adicionada à mistura:
Maior consumo de cimento, maior retração
Fissuras provocadas por retração
Fatores que intervém na retração de um produto à base de cimento:
• Granulometria dos agregados:
Quanto maior for a finura dos agregados, maior pasta de cimento é
necessária - > maior retração
• Quantidade de água na mistura:
Maior relação água/cimento, maior retração por secagem
• Condições de cura:
Se a evaporação começar antes da pega, a retração pode ser acentuada
Fissuras provocadas por retração
Retração de vigas e pilares de concreto armado:
• Em estruturas aporticadas a retração das vigas superiores poderá
induzir a fissuração horizontal dos pilares mais extremos.
• A retração do concreto poderá provocar o aparecimento de fissuras
na própria laje com configuração mapeada e distribuição linear.
Fissuras provocadas por retração
Retração de lajes de concreto armado:
Fissuras horizontais oriundas da retração de lajes poderão aparecer em
paredes solidárias a laje
Fissuras provocadas por retração
• Retração de argamassas de revestimento:
Consumo de aglomerante
Porcentagem de finos existentes na mistura
Teor da água de amassamento
Aderência com a base
Número de camadas aplicadas
Espessura das camadas
Tempo decorrido entre aplicação de uma ou outra camada
REFERÊNCIAS
SCHNAID, Fernando; MILITITSKY, Jarbas; CONSOLI, Nilo Cesar. Patologia das Fundações.
Oficina de Textos, 2008.
SOUZA, V. C. d; RIPPER T.. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São
Paulo, Ed. PINI, 1998.
THOMAS, Ercio. Trincas em edifícios: causa, prevenção e recuperação.
Associação brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118: Estruturas de concreto armado –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
Associação brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575: Edificações habitacionais —
Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
Associação brasileira de Normas Técnicas. NBR 5674: Manutenção de edificações. Rio de
Janeiro, 2012.
Até a próxima aula!

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