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FTC – ENGENHARIA CIVIL

Disciplina: Química
Professor: Paulo S. M. Mascarenhas
 A procura por segurança e
durabilidade para as edificações
conduziu o homem à
experimentação de diversos
materiais aglomerantes. Os
romanos chamavam esses
materiais de "caementum",
termo que originou a palavra
cimento.
 A origem do cimento remonta há
cerca de 4.500 anos. Os imponentes
monumentos do Egito antigo já
utilizavam uma liga constituída por
uma mistura de gesso calcinado. As
grandes obras gregas e romanas,
como o Panteão e o Coliseu, foram
construídas com o uso de solos de
origem vulcânica da ilha grega, que
possuíam propriedades de
endurecimento sob a ação da água.
Panteão – Grécia

Coliseu – Roma
 O passo seguinte aconteceu em
1758, quando o inglês Smeaton
consegue um produto de alta
resistência, por meio da calcinação
de calcários moles e argilosos. Seis
anos depois, outro inglês, Joseph
Aspdin patenteia o "Cimento
Portland", que recebe este nome por
apresentar cor e propriedades de
durabilidade e solidez semelhantes
às das rochas da ilha britânica de
Portland.
 O cimento Portland desencadeou
uma verdadeira revolução na
construção, pelo conjunto inédito
de suas propriedades de
moldabilidade, hidraulicidade
(endurecer tanto na presença do
ar como da água), elevadas
resistências aos esforços e por
ser obtido a partir de matérias-
primas relativamente
abundantes e disponíveis na
natureza.
 Obras cada vez mais arrojadas e
indispensáveis, que propiciam
conforto, bem-estar - barragens,
pontes, viadutos, edifícios, estações
de tratamento de água, rodovias,
portos e aeroportos - e o contínuo
surgimento de novos produtos e
aplicações fazem do cimento um dos
produtos mais consumidos da
atualidade, conferindo uma dimensão
estratégica à sua produção e
comercialização.
 Calcário;

 Argila;

 Gesso.
 Calcário:
São constituídos basicamente de
carbonato de cálcio CaCO3 e
dependendo da sua origem geológica
podem conter várias impurezas, como
magnésio, silício, alumínio ou ferro. O
carbonato de cálcio é conhecido desde
épocas muito remotas, sob a forma de
minerais tais como a greda, o calcário e
o mármore. O elemento cálcio, que
abrange 40% de todo o calcário, é o
quinto mais abundante na crosta
terrestre, após o oxigênio, silício,
alumínio e o ferro.
 Tipos de Calcário:

1. calcário calcítico (CaCO3):

2. calcário dolomítico (CaMg(CO3)2);

3. calcário magnesiano (MgCO3)


 Argila:
 São silicatos complexos contendo alumínio e
ferro como cátions principais e potássio,
magnésio, sódio, cálcio, titânio e outros.
 A escolha da argila envolve disponibilidade,
distância, relação sílica/alumínio/ferro e
elementos menores como álcalis.
 A argila fornece os componentes Al2O3, Fe2O3 e
SiO2. Podendo ser utilizado bauxita, minério de
ferro e areia para corrigir, respectivamente, os
teores dos componentes necessários, porém
são pouco empregados.
 Gesso:
 É o produto de adição final no processo de
fabricação do cimento, com o fim de regular o
tempo de pega por ocasião das reações de
hidratação. É encontrado sob as formas de gipsita
(CaSO4. 2H2O), hemidratado ou bassanita (CaSO4.
0,5H2O) e anidrita (CaSO4). Utiliza-se também o
gesso proveniente da indústria de ácido fosfórico
a partir da apatita:

Ca3(PO4)2+ 3H2SO4 +  6H2O  → 2H3PO4 + 3(CaSO4 2H2O)


Óxido de cálcio(CaO) 64.2%
Sílica (SiO2) 21.2%
Alumina (Aℓ2O3) 4.9%
Óxido férrico (Fe2O3) 2.7%
Anidrido sulfúrico(SO3) 2.6%
Óxido de magnésio (MgO) 2.2%
Óxido de potássio (K2O) 0.4%
Óxido de sódio(Na2O) 0.2%
Cloro (Cℓ) 0.01%
 Os componentes que mais interessam na
fabricação do cimento são:
CaO SiO2 Fe2O3 Al2O3
 O Calcário e a argila são misturados e moídos a
fim de se obter uma mistura crua para
descarbonatação e clinquerização.
 No processo de moagem o material entra no
moinho encontrando em contra corrente o ar ou
gás quente (~220°C), propiciando a secagem do
material. O material que entra com umidade em
torno de 5% sai com umidade em torno de 0,9% a
uma temperatura de final de 80 graus.
 Depois de moído o material é estocado em silos
onde pode ser feito a homogeneização do
mesmo;
 Clinquerização:
É o processo de cozedura do cimento cru onde a
temperatura pode chegar a 1450°C.
 Para que ocorra o aquecimento do material cru, o
mesmo é lançado numa torre de ciclones onde
em fluxo contrário, correm os gases quentes da
combustão. Nos ciclones ocorrem a separação
dos gases e material sólido. Os gases são
lançados na atmosfera após passarem por um
filtro onde as partículas, ainda presentes dos
gases são precipitadas e voltam ao processo.
 O processo de clinquerização divide-se em:
1. Evaporação da água livre:

H2O (líquido 100°C) →  H2O (vapor, 100°C) ΔH =  - 539,6 cal/g

2. Decomposição do carbonato de magnésio

MgCO3 (sólido 340°C)   → MgO (sólido)  +  CO2   ΔH=- 270 cal/g
(gasoso)

3. Decomposição do carbonato de cálcio

CaCO3 (sólido) → CaO (sólido) +  CO2  (gás)   ΔH= - 393 cal/g


 Processo de clinquerização (continuação):

4. Desidroxilação das argilas

5. Formação do 2CaO.SiO2
2CaO  +  SiO2 (1200°C) →  2CaO.SiO2  = silicato dicálcico
6. Formação do CaO.SiO2

2CaO.SiO2 + CaO (1260 a 1450°C) →3CaO.SiO2 = silicato

tricálcico

7. Primeiro e segundo resfriamento


 Termoquímica da calcinação
 A formação dos compostos do clínquer consome
pouca caloria e os principais valores da formação a
1300°C são:
 2CaO  +  SiO2  → 2CaO.SiO2 ΔH=- 146 cal/g
 3CaO  +  SiO2  →  3CaO.SiO2 ΔH=- 111 cal/g
 3CaO  +  Al2O3  → 3CaO.Al2O3  ΔH=- 21 cal/g
 4CaO  +  Al2O3 + Fe2O3 →  4CaO. Al2O3.Fe2O3
ΔH=- 25 cal/g
 Os tipos se diferenciam de acordo
com a proporção de clínquer e
sulfatos de cálcio, material
carbonático e de adições, tais como
escórias, pozolanas e calcário,
acrescentadas no processo de
moagem. Podem diferir também
em função de propriedades
intrínsecas, como alta resistência
inicial, a cor branca etc.
CP-I Cimento portland comum

CP-II Cimento portland composto

CP-III Cimento portland alto forno

CP-IV Cimento portland pozolano

CPV-ARI Cimento portland de alta resistência


Cimento Portland Comum: Um tipo de
Cimento Portland sem quaisquer adições além
do gesso (utilizado como retardador da pega) é
muito adequado para o uso em construções de
concreto em geral quando não há exposição a
sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. O
Cimento Portland comum é usado em serviços
de construção em geral, quando não são
exigidas propriedades especiais do cimento.
Cimento Portland Composto: Gera calor numa
velocidade menor do que o gerado pelo Cimento
Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais indicado
em lançamentos maciços de concreto, onde o grande
volume da concretagem e a superfície relativamente
pequena reduzem a capacidade de resfriamento da
massa. Este cimento também apresenta melhor
resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo.
Recomendado para obras correntes de engenharia
civil sob a forma de argamassa, concreto simples,
armado e protendido, elementos pré-moldados e
artefatos de cimento.
Cimento de alto forno: Apresenta maior impermeabilidade e
durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim como
alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado,
além de ser resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter
aplicação geral em argamassas de assentamento, revestimento,
argamassa armado, de concreto simples, armado, protendido,
projetado, rolado, magro e outras. Mas é particularmente
vantajoso em obras de concreto-massa, tais como barragens,
peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares,
obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para
condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes
industriais, concretos com agregados reativos, pilares de
pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas
de aeroportos.
Cimento Portland Pozolânico: É especialmente
indicado em obras expostas à ação de água
corrente e ambientes agressivos. O concreto feito
com este produto se torna mais impermeável,
mais durável, apresentando resistência mecânica à
compressão superior à do concreto feito com
Cimento Portland Comum, a idades avançadas.
Apresenta características particulares que
favorecem sua aplicação em casos de grande
volume de concreto devido ao baixo calor de
hidratação.
Cimento Portland de alta resistência inicial: É
recomendado no preparo de concreto e argamassa para
produção de artefatos de cimento em indústrias de médio e
pequeno porte, como fábricas de blocos para alvenaria, blocos
para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes,
elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados. Pode
ser utilizado no preparo de concreto e argamassa em obras
desde as pequenas construções até as edificações de maior
porte, e em todas as aplicações que necessitem de resistência
inicial elevada e desforma rápida. O desenvolvimento dessa
propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem
diferente de calcário e argila na produção do clínquer, e pela
moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a água o
CP V ARI adquire elevadas resistências, com maior
velocidade.

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