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Friso cronológico
Séc. XVII Séc. XIX
BARROCO ROMANTISMO REALISMO
Contextualização histórico-literária
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Em síntese
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-LITERÁRIA
Contexto histórico
1608 – Nascimento de António Vieira
1615 – Conquista do Maranhão
1621 – Morte de Filipe II / Subida ao trono de Filipe III
1635 – Ordenação sacerdotal de António Vieira
1640 – Restauração da independência de Portugal
Início do reinado de D. João IV
1656 – Morte de D. João IV / Regência de D. Luísa de Gusmão
1662 – Golpe de Estado / Entrega do Governo a D. Afonso VI
1667 – Abdicação de D. Afonso VI / Regência de D. Pedro
1683 – Morte de D. Afonso VI / Início do reinado de D. Pedro II
1967 – Morte de Padre António Vieira
Descoberta de ouro no Brasil
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-LITERÁRIA
RONCADOR Arrogância
(“É possível que, sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de
ser as roncas do mar?!”)
PEGADOR Parasitismo
(“não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes
pegam aos costados que jamais os desaferram”)
CRÍTICA SOCIAL E ALEGORIA
VOADOR Ambição
(“Não contente com ser peixe, quiseste
ser ave”)
POLVO Traição
(“um monstro tão dissimulado, tão fingido,
tão astuto, tão enganoso e tão
conhecidamente traidor”)
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LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
VISÃO GLOBAL DO SERMÃO
Introdução Capítulo I
Exórdio Apresentação do assunto e da estrutura do sermão.
Panegírico a Santo António. Invocação à Virgem Maria.
Capítulo VI
Conclusão Conclusão do discurso: apelo, incitamento, elevação
Peroração (os peixes são superiores a outros animais; estão acima
do pregador).
LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
ESTRUTURA ARGUMENTATIVA
Introdução Definição da tese / ideia a desenvolver
A sociedade está corrompida; a ação dos
Capítulo I
pregadores evita a corrupção.
Alegoria Anáfora
Metáfora Antítese
Comparação Apóstrofe
Enumeração
Voltar Gradação
LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
Alegoria
representação de um conceito, ideia ou abstração através de
uma realidade concreta.
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LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
Apóstrofe
Interpelação de um destinatário que pode ser (ou não) humano,
real ou fictício, através do vocativo.
“Louvai, peixes, a Deus, A apóstrofe “peixes”
os grandes e os pequenos, marca o estatuto dos
e repartidos em dois coros peixes como
tão inumeráveis, louvai-O destinatário do
Todos uniformemente.” sermão, contribuindo
para a dimensão
(Padre António Vieira, alegórica do discurso.
Sermão de Santo António)
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LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
Enumeração
Apresentação ou listagem sucessiva de elementos relacionados
entre si e, geralmente, da(s) mesma(s) classe(s) de palavras, de
forma a intensificar uma ideia.
“Dos animais terrestres Por meio da enumeração
o cão é tão doméstico, sugere-se a quantidade e a
o cavalo tão sujeito, diversidade de animais
o boi tão serviçal, que, por viverem perto do
o bugio tão amigo ou tão lisonjeiro, homem, se deixam
e até os leões e os tigres domesticar (em contraste
com os peixes, que são
com arte e benefícios se amansam.”
livres por viverem longe do
(Padre António Vieira, homem).
Sermão de Santo António)
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LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
Gradação
Apresentação de determinadas palavras ou conceitos de forma
crescente ou decrescente.
“um monstro tão dissimulado, O polvo é caracterizado
tão fingido, tão com base numa gradação
astuto, tão enganoso crescente (dissimulado >
e tão conhecidamente traidor!” fingido > astuto
> enganoso > traidor). Com
(Padre António Vieira, a gradação intensifica-se o
Sermão de Santo António) carácter traiçoeiro do
polvo.
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EM SÍNTESE
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Contextualização histórico-literária
Objetivos da eloquência (docere, delectare, movere)
Intenção persuasiva e exemplaridade
Crítica social e alegoria
Linguagem, estilo e estrutura
– Visão global do sermão e
estrutura argumentativa
– Discurso figurativo: alegoria,
comparação, metáfora
– Outros recursos expressivos:
anáfora, antítese, apóstrofe,
enumeração, gradação
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