Configurações

do Ideal
Antero de
Quental
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Antero de Quental

Configurações do Ideal

A busca do
 Incessante inquietação espiritual na infinita procura de
sentido da vida
um sentido ou uma finalidade à existência humana.

 Aspiração de um ideal sempre mais alto, um Deus por

vezes suscetível de motivar a esperança, mas que pode
surgir como um pai impiedoso ou indiferente.

 Insatisfação perante um real sentido como demasiado

frustrante ou limitado.

 Irreprimível desejo de sonhar. Nesse imaginário, tudo se

realiza na perfeição e na plenitude.
 Os sonhos são “visões” fantasmáticas de um universo
Edvard Munch, Desespero, interior onde não é possível encontrar paz.
1893-94.
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A aspiração a um  O poeta aspira a um ideal superior, o Bem (o ponto

ideal superior mais alto do ser), apesar dos ambientes sombrios de
alguns poemas.
 As duas faces anterianas, a noturna e a luminosa,
completam-se, complementam-se, unificando-se no
mesmo ideal.
 O elogio da Noite é feito porque o sujeito poético
considera o dia, símbolo da existência, como sinónimo
de mal e sofrimento.
 A aproximação entre a Noite e a Morte revela-se na
semelhança entre ambas: fazem esquecer ao homem a
Gustave Courbet, O Homem Ferido, miséria do mundo, dando-lhe a paz que permite a
1854 identificação com o Bem e o Absoluto.
Fontes: Fernando Pinto do Amaral, «O arquipélago das sombras», in Antero de Quental, Poesia Completa, Lisboa, Publicações
Dom Quixote, 2001, pp. 39-40. / Emanuel Guerreiro, «Antero – entre o claro sol e a noite eterna», Forma Breve, n.º 11,
Universidade de Aveiro, 2014, p. 240.
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Consolida

1. Explica o que motiva o sonho e a busca de um ideal de

perfeição no poeta.

2. Comprova que, na poesia de Antero, a angústia e o ideal

estão associados.