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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: TEORIAS DE APRENDIZAGEM

A TEORIA DA MEDIAÇÃO
DE VYGOTSKY
Baseado em: MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem, 2011.
Termos comuns na teoria de Vygostky

ZONA DE DESENVOLVIMENTO
PROXIMAL
CONSCIÊNCIA SIGNOS

ZONA DE ZONA DE
DESENVOLVIMENTO MEDIAÇÃO DESENVOLVIMENTO
REAL POTENCIAL

ABSTRAÇÃO INTERNALIZAÇÃO ÊNFASE NO PROCESSO

FALA
EGOCÊNTRICA
INTERAÇÃO SOCIAL CONCEITOS
Tanto em tão pouco tempo...
 Nascido na Rússia
 Formação: Direito, Filosofia e História
 Especialização em Psicologia e Literatura
 Experiências docentes
 Inspiração em Marx e Engels
 Formação posterior em Medicina
 Obras valorizadas tardiamente
Obras traduzidas para o português

1. Pensamento e Linguagem
2. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem
3. Estudos sobre a História do Comportamento
4. Desenvolvimento Psicológico na Infância
5. Formação Social da Mente
6. Construção do Pensamento e da Linguagem
7. Psicologia da Arte
8. Psicologia Pedagógica
9. Teoria e Método em Psicologia
10.Imaginação e Criação na Infância
Introdução
 Assim como Piaget, Vygotsky compreende o conhecimento como resultado das
interpretações do indivíduo sobre os objetos de conhecimento
 Piaget acentua os aspectos estruturais e as leis essencialmente universais (de origem
biológica) do desenvolvimento
 Vygotsky aporta na cultura, na interação social e na dimensão histórica do
desenvolvimento mental.
Para Vygotsky:
 Ao contrário dos inatistas, ele defendia que o ser humano não nasce pronto.
 Desenvolvimento cognitivo não existe sem referência ao contexto social e cultural.
 Os mecanismos por meio dos quais se dá o desenvolvimento são de origem e natureza
sociais e inerentemente humanos.
A teoria sócio-histórico-cultural do desenvolvimento das
funções mentais superiores

Pilares
da
teoria

Os processos mentais A análise do


superiores do desenvolvimento
indivíduo têm origem cognitivo é aplicável
social pelo método genético-
Para entender tais experimental
processos, é preciso
compreender os signos e
instrumentos utilizados
É na sociabilização que as funções mentais superiores (pensamento, linguagem, memória,
atenção volitiva) se desenvolvem:
 É um movimento transformativo de fora para dentro (integra dois níveis: o
interpessoal e o intrapessoal);
 O desenvolvimento não se dá apenas na perspectiva social nem também somente a
partir das capacidades mentais do indivíduo, mas sim da integração desses dois níveis;
 O meio social não é apenas uma variável importante;
 É preciso haver uma convergência entre fatores sociais e biológicos, os quais são
estabelecidos não só socialmente, mas também na própria constituição do indivíduo e
que o determinam como ser humano.

Como se dá essa conversão?


Instrumentos e signos
 A conversão das relações sociais em funções mentais não é direta, ela se faz a partir da
mediação (instrumental ou simbólica);
 No processo de mediação (homem/ambiente), surgem os instrumentos e signos
criados pela própria sociedade ao longo da história e responsáveis pelo
desenvolvimento cognitivo. Combiná-los é essencialmente humano. (ver os tipos de
signos-p. 111.
 Essa mediação não se aplica apenas à presença de um outro indivíduo com quem se
entra em contato com os arranjos culturais, mas também todos os outros elementos
presentes na cultura vivenciada.
 É com a interiorização desses instrumentos e signos produzidos culturalmente que se
dá o desenvolvimento cognitivo (influência marxista).

O que acontece conosco à medida que lemos,


estudamos ou aprendemos algo?
Interação social - p. 112
 Vygotsky não tem como unidade de análise o indivíduo ou o contexto mas a interação
social.
 É através da interação social que os conhecimentos sócio-histórico-culturalmente
produzidos são transmitidos (Lei da dupla formação);
 Os signos possuem duas funções: a de comunicação e a individual, pois serão utilizados
como instrumentos de organização e de controle do comportamento individual.

É pela mediação que se dá a internalização (reconstrução interna) de uma


operação externa de atividades e comportamentos socio-históricos e culturais
(GASTON, 1992, p.89, citado por MOREIRA, 1999, p. 110).

Importância das trocas e interações dos pais e familiares com a criança


Significados
 A natureza instrumental e semântica produzida culturalmente na interação
homem/ambiente implica a construção de significados que são compartilhados e aceitos
socialmente.
 O signo linguístico apresenta uma regularidade de sentido proporciona a construção de
conceitos oriundos da percepção humana nas mediações que ocorrem tanto com as
outras pessoas como também consigo mesmo e com os objetos que o rodeiam. (p. 113)
 A construção de significados está diretamente relacionada às interações humanas e a suas
definições compartilhadas.
 A internalização (reconstrução interna) é, portanto, fundamental, para o
desenvolvimento humano.
 O que seria a consciência? Ela tem uma estrutura semiótica, é constituída de signos e
possui uma origem cultural e função instrumental de adaptação.
O papel da linguagem
 A linguagem é considerada o mais importante instrumento de comunicação e de interação,
com função organizacional no interior da criança, promovendo o pensamento verbal, um
elemento muito poderoso que integra a estrutura psíquica do indivíduo.
 Em situações de aprendizagem, é com a linguagem que acontece o distanciamento entre um
conceito construído a partir do concreto daquele construído por meio das abstrações.
 Através da linguagem a criança internaliza um conceito que vai se modificando de modo
ampliado e aplicável a situações diferenciadas daquelas apresentadas em um determinado
contexto.
 A descontextualização assume importância na consolidação e ampliação do conhecimento.
Ao aplicar um conceito em uma nova situação, a aprendizagem se materializa.
 A questão da hereditariedade. Vygostky não exclui as condições inerentes aos indivíduos no
tocante à construção de conhecimento, especificamente as relacionadas à hereditariedade;
Porém, no contexto social, histórico e cultural que as relações sociais se convertem em
funções mentais, as quais são responsáveis, juntamente com suas capacidades cognitivas,
pelo seu desenvolvimento.
A fala
 Na relação entre pensamento e linguagem que as palavras vão apresentando
significados socialmente aceitos. Para Vygotsky (2008, p. 5), “é no significado da
palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. É no significado,
então, que podemos encontrar as respostas às nossas questões sobre a relação entre o
pensamento e a fala”.
 O pensamento e a linguagem são a chave para a compreensão da natureza da
consciência humana. A fala, por sua vez, é um marco no seu desenvolvimento
cognitivo.

O desenvolvimento da linguagem no indivíduo se dá na fala social para a fala egocêntrica e


desta para a fala interna. Esta, por sua vez, reflete uma independência cada vez maior em
relação ao contexto extralinguístico que se manifesta por meio da abstração, que leva à
conceitualização de objetos e eventos do mundo real (MOREIRA, 1999, p. 115).
Níveis de desenvolvimento

Zona de
desenvolvimento
proximal

Zona de desenvolvimento
Zona de potencial
desenvolvimento real
 Para a educação, a ZDP indica o lugar específico que o professor pode
trabalhar, uma vez que demonstra aquilo que a criança ainda não sabe, mas está
pronta para saber e ampliar o seu repertório.
 Quanto mais ricos e interativos os processos formativos do indivíduo, seja na
esfera familiar, social ou escolar, mais desenvolvimento cognitivo ocorrerá.
Dessa forma, desenvolvimento será compreendido como a apropriação de
instrumentos e signos proporcionados por agentes culturais de interação.
 Desse modo, ao expor as crianças a aprendizagens novas e em colaboração
com o adulto oportuniza-se uma dinâmica que coloca a criança diante da
possibilidade de ampliação dos seus conhecimentos, o que não seria fácil de se
conseguir sem a mediação de um adulto, dado o seu processo de maturação.
Método experimental
Os experimentos eram conduzidos de modo a testar hipóteses, quantificar variáveis, etc.
Para Vygotsky, deveriam servir para a compreensão dos processos executados pela
criança em determinadas situações em que a envolvia.
Sua abordagem observacional se utilizava de três técnicas:
 introduzir algo que perturbasse a solução do problema;
 fornecer recursos externos para favorecer a resolução do problema;
 propor às crianças a solução de um problema que vai além de suas capacidades.
É evidente a ênfase nos processos. Ele se mostrava mais interessado no que as
crianças faziam que nos resultados a que chegavam
Formação de conceitos
 Após pesquisas, Vygotsky e seus colaboradores concluíram que:
 Os processos que resultam na formação de conceitos iniciam na infância, mas apenas na
puberdade é que amadurecerá. Isso ocorre porque “a formação de conceitos é o resultado de uma
atividade complexa, em que todas as funções intelectuais básicas tomam parte”.

Agregação desorganizada ou amontoado –


manifestação do estágio de tentativa e erro no
desenvolvimento do pensamento.
Conceito real

Pensamentos por complexos – os objetos são


ESCOLA agrupados por relações feitas ou por impressões
subjetivas.

Pseudoconceito
Conceitos potenciais – abstração primitiva que
pode surgir nas fases iniciais do
desenvolvimento
Aprendizagem e ensino
Diferente de outras perspectivas, em que o desenvolvimento cognitivo é necessário para a
aprendizagem, para Vygotsky, é a aprendizagem que é necessária para o desenvolvimento.
A interação que provoca aprendizagem deve ocorrer dentro da ZDPotencial e, ao mesmo tempo,
essa interação vai determinar os limites dessa zona.
Vygotsky considera que o bom ensino é aquele que está à frente do desenvolvimento cognitivo e o
dirige.
No processo de ensino, são considerados mais relevantes (conforme Moreira):
1. O papel fundamental do professor como mediador na aquisição de significados
contextualmente aceitos;
2. O intercâmbio de significados entre professor e aluno dentro da ZDP do aprendiz;
3. A origem social das funções mentais superiores;
4. A linguagem, como o mais importante sistema de signos para o desenvolvimento cognitivo
Conclusão
Sua teoria é socioconstrutivista porque os sentidos, signos e instrumentos
são construções sócio-históricas e culturais, e a internalização no indivíduo
desses instrumentos e signos socialmente construídos é uma reconstrução
interna em sua mente.

É por meio de outros, por intermédio do adulto, que a criança se envolve


em suas atividades. Absolutamente, tudo no comportamento da criança
está fundido, enraizado no social. [...] Assim, as relações da criança
com a realidade são, desde o início, relações sociais. Neste sentido,
poder-se-ia dizer que o bebê é um ser social no mais elevado grau
(VYGOTSKY, (1982-1984, v. IV, p. 281 apud IVIC, 2010, p.16)
Outras referências
 MOREIRA, Marco Antônio. A teoria da mediação de Vygotsky. In: MOREIRA, Marco
Antônio. Teoria da Aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999, p.109-122.
  VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
 VYGOTSKY, l. S. Pensamento e Linguagem. Tradução Jefferson Luiz Camargo; revisão
técnica José Cipolla Neto. 4. Ed. São Paulo: Martins fontes, 2008.

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