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Transformados em
Matéria no produtos brutos
estado bruto intermediários: lingotes
metálicos, produtos
petroquímicos, etc.
Reciclagem PROCESSAMENTO
Materiais de engenharia
(Fios eletrocondutores, perfis
Sucatas estruturais, componentes
plásticos, etc.)
CONSUMO DE ENERGIA
CICLO DA MATÉRIA
MEIO AMBIENTE
Principais materiais:
METAIS
• São combinações de elementos metálicos;
• Possuem elétrons não-localizados, isto é, estes elétrons não estão ligados a nenhum
átomo em particular (movem-se livremente na estrutura);
• Bons condutores de eletricidade e calor;
• Resistentes mecanicamente e deformáveis.
CERÂMICOS
• São compostos intermediários, entre metálicos e não-metálicos (óxidos, nitretos,
carbonetos). Ex.: cimento, vidro, vela de ignição, minerais argilosos, etc.
• São isolantes à passagem de eletricidade e calor;
• Resistentes à altas temperaturas e ambientes quimicamente agressivos;
• Mecanicamente frágeis.
POLÍMEROS
• Materiais plásticos e borracha;
• Muitos são compostos orgânicos baseados no carbono, hidrogênio e outros elementos
não-metálicos, de grande estrutura molecular;
• São de baixa densidade e extremamente flexíveis;
• Isolantes térmicos e elétricos.
ESTRUTURAS CRISTALINAS
8
-
Plano (111) = -1/1, 1/1, 1/1
IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS E
MOVIMENTOS ATÔMICOS
◆ SOLUÇÕES
– Alguns materiais são puros. Ex.: Cu (condutores elétricos); Zn ( camada de
aços galvanizados); Al (doméstico); Al2O3 (velas de ignição).
– Adição intencional de elementos estranhos (melhoria das propriedades).
Ex.: Zn em Cu (latão). Adição faz parte da fase sólida solução sólida.
◆ SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS
– Soluto e solvente possuem dimensões e estruturas eletrônicas semelhantes.
Ex.: Latão (Cu-Zn); Monel (Cu-Ni); Bronze (Cu-Sn); Sterling (Ag-Cu).
– Distribuição ao acaso. Há um limite de solubilidade.
◆ SOLUÇÕES SÓLIDAS ORDENADAS
◆ SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS
– Pequenos átomos nos interstícios de átomos maiores. Ex.: Fe-C.
– No reticulado CFC (910ºC) há grandes vazios. No CCC (T. Amb.) há
vazios menores solubilidade relativamente pequena.
DEFEITOS - MOVIMENTOS
◆ DEFEITOS PUNTUAIS (VACÂNCIAS)
– Falta de um átomo no reticulado (empacotamento imperfeito na cristalização ou
vibrações térmicas dos átomos em temperaturas elevadas).
» Vazios, defeitos de Schottky, intersticiais e de Frenkel.
◆ DEFEITOS DE LINHA (DISCORDÂNCIAS)
– Perturbação ao longo de uma linha na rede espacial do cristal (discordância).
» Discordância em Cunha (Aresta):
◆ - aresta de plano atômico extra (região de compressão e de tração);
» Discordâncias Mistas
OBSIMP.: Puntuais (mecanismos de difusão); Linha (propriedades mecânicas).
DEFEITOS - MOVIMENTOS
◆ DEFEITOS INTERFACIAIS (FRONTEIRAS)
– Defeitos de contornos que têm duas dimensões e separam regiões de materiais
com diferentes estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas.
» Superfície Externa:
◆ Término da estrutura (alta energia); (gota d’água esférica).
» Contornos de Grãos:
◆ Materiais monofásicos e policristalinos (várias orientações);
» Falhas de Empilhamento:
◆ Plano atômico fora de ordem numa sequência de empilhamento.
» Contornos de Fases:
◆ Materiais polifásicos de características físicas ou químicas diferentes.
» Maclas:
◆ Tipo especial de contorno de grão de simetria especular da rede.
DIFUSÃO - LEIS DE FICK
◆ CONCEITO
– Fenômeno de transporte de matéria através da movimentação atômica.
Sólida, líquida e gasosa.
– No estado sólido, a difusão é o movimento de átomos no reticulado, gerado
pelo aumento da temperatura (maior vibração dos átomos).
◆ EXOS.:
– Na solidificação > o líquido é homogêneo e as várias fases e estrutura do
sólido dependem da ocorrência da difusão dos constituintes.
– Processos cerâmicos de sinterização, precipitação >dependem da mobilidade
atômica.
– Processos de oxidação > difusão do oxigênio através do material.
◆ ENERGIA DE ATIVAÇÃO
– Energia necessária para mudar um átomo de posição. (cal/mol; J/átomo).
DIFUSÃO - LEIS DE FICK
◆ MECANISMOS DE DIFUSÃO
– Os átomos estão em constante movimento, mudando rapidamente de posição.
Para que umátomo se mova é necessário que:
» Exista uma posição adjacente vazia;
» Energia suficiente para romper as ligações com os átomos vizinhos, e então
causar alguma distorção na rede durante o deslocamento.
– Os dois principais mecanismos de difusão metálica são:
» Difusão por Vacância
» Difusão Intersticial
– Caminhos preferenciais de difusão
» Devido ao fato da ocorrência da difusão exigir transporte de massa, o que
pode facilitar a movimentação atômica, constituirão rotas ou caminhos
preferenciais de difusão.
◆ Discordâncias
◆ Contornos de Grãos
DIFUSÃO - LEIS DE FICK
◆ EQUAÇÕES DE DIFUSÃO
– A difusão é um processo que depende do tempo. Portanto é necessário saber a
velocidade que ocorre. Taxa de massa transferida num determinado tempo. Essa taxa é
chamada de fluxo (J). Onde:
» J = M/A.t , o fluxo é proporcional ao gradiente de concentração logo:
» J(x) > (C2-C1)/(X2-X1) .
» Se o fluxo não varia com o tempo, temos o estado de fluxo constante.
» ( 1a Lei de Fick), o sinal indica que a direção de difusão
J= − DdC
ocorre no sentido decrescente do gradiente de concentração (D é o
coeficiente dedxdifusão em cm2 / s).
» A 1a Lei de Fick representa o fenômeno da difusão quando não há variação
temporal do gradiente.
◆ SISTEMA EUTÉTICO: L α + β
◆ SISTEMA EUTETÓIDE: γ α + β
◆ SISTEMA PERITÉTICO: L+α β
◆ SISTEMA PERITETÓIDE: α + γ δ
◆ SISTEMA SINTÉTICO: L1+L2 δ
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C
◆ Diagrama de temperatura em função do teor de carbono.
◆ Ligas com até 2% C são os aços e acima deste teor são os fofos.
◆ Os pontos E e E’ Eutético (4,3%C) e Eutetóide (0,8%C).
– Eutético Ledeburita.
– Hipoeutético Dendritas de perlita num fundo de ledeburita.
– Hipereutético Lamelas de cementita num fundo de ledeburita.
– Eutetóide Perlita.
– Hipoeutetóide Perlita + Ferrita.
– Hipereutetóide Perlita + Cementita.
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C
◆ Durante o processo de solidificação verifica-se nos aços o aparecimento
de microconstituintes como austenita, ferrita, cementita e perlita.
– Austenita: solução sólida de C no Fe γ , (cfc). Com os aços C comuns não é
possível obtê-la à temperatura ambiente. Solubilidade 2,0%C.
– Ferrita: solução sólida de C no Fe α (ccc). Origina-se na zona crítica durante
o resfriamento, a partir da austenita, sendo estável a T.A. Solubilidade
0,025%C.
RECRISTALIZAÇÃO - DIFUSÃO
◆ O tratamento térmico envolve processos como recristalização e difusão, ocorrendo já
em soluções sólidas.
◆ A transformação γ (cfc) α (ccc) se dá por deslocamento de átomos de ferro.
◆ Os átomos movimentam-se por curtas distâncias, frações de parâmetros.
◆ O fenômeno da difusão consiste no caminhamento de átomos através do reticulado
cristalino. Em temperaturas elevadas, os átomos oscilam em torno de suas posições
de equilíbrio. Com isto o C pode saltar por entre dois átomos de ferro vizinhos.
TRATAMENTOS TÉRMICOS
◆ RECOZIMENTO
– Dar ao material um estado muito próximo ao do equilíbrio químico-estrutural.
– Quando um metal é deformado a frio (encruamento), ocorre uma deformação
cristalina, com consideráveis alterações nas suas propriedades mecânicas.
– Aquecimento vibração maior dos átomos posição de equilíbrio.
◆ Objetivos
– Regularizar a estrutura bruta de fusão (maior homogeneidade);
– Melhorar a ductilidade e usinabilidade;
– Eliminar tensões provenientes de operações mecânicas anteriores;
– Eliminar tratamentos térmicos ou mecânicos anteriores.
◆ No recozimento o resfriamento é bastante lento (forno, velocidade controlada)
◆ Este tratamento compreende de três estágios principais
– Recuperação, Recristalização e Crescimento de Grão
◆ Microestrutura
– Ferrita(α ), Perlita(P) e Cementita (Fe3C)
TRATAMENTOS TÉRMICOS
◆ Recozimento de Homogeneização (Difusão)
– Objetivo: estrutura mais homogênea através da difusão dos elementos de liga
– Temperatura: 1050 a 1200ºC Temperatura Difusão
– Tempo: composição química e dimensões da peça [2 a 45h ou + (Cr,Ni,Mo,W)]
– Temperatura alta e Tempo longo Tamanho de Grão (Normalização)
◆ Recozimento de Globulização (Esferoidização) (Coalescimento)
– Objetivo: estrutura globular (facilitar a usinagem)
– Temperatura: 680 a 740ºC (dependendo da composição química)
– Tempo: composição química
◆ Recozimento de Alívio de Tensões
– Objetivo: eliminar tensões de trabalhos a quente ou a frio, cortes, desbastes, etc
– Temperatura: 500 a 650ºC (resfriamento bastante lento)
– Peças com tendência a se deformar na têmpera, deverão ser submetidas, após
desbaste ou imediatamente antes do acabamento, ao alívio de tensões. As
tensões podem conduzir a certas deformações ou a fraturas de têmpera.
TRATAMENTOS TÉRMICOS
◆ Recozimento Pleno
– Objetivo: amolecer o aço e regenerar sua microestrutura, apagando tratamentos térmicos
anteriores
– Temperatura: função da composição química
» Aços Hipo e Eutetóides 50ºC acima do limite superior da zona crítica
» Aços Hipereutetóides 50ºC acima do limite inferior da zona crítica
– Tempo: - necessário para permitir a difusão do C e dos elementos de liga
- em aços comuns é recomendado 20min/cm de
espessura da peça
◆ Alguns Cuidados
– Controle do tempo e da temperatura ( T.G. e Queima do aço);
– Aquecimento homogêneo em toda a peça, para evitar distorções por dilatação pelo
aquecimento e mudança de fases;
– Deve-se colocar no forno frio e ir aquecendo;
– Controlar a atmosfera do forno (evitar oxidação e descarbonetação superficial);
– Peças grandes podem ser resfriadas ao ar parado se a composição permitir.
TRATAMENTOS TÉRMICOS
◆ NORMALIZAÇÃO
– Consiste em se aquecer o aço a temperaturas acima do limite superior da zona
crítica seguido de resfriamento, geralmente ao ar.
– A temp. é de 30 ºC acima da temp. de recozimento para aços hipo e eutetóides.
Para aços hipereutetóides, é de 50 ºC acima do limite superior da zona crítica.
◆ Objetivos
– Uniformizar e refinar a estrutura;
– Pré tratamento para a têmpera.
◆ Microestrutura
– Aços hipoeutetóides perlita fina + ferrita;
– Aços eutetóides perlita fina;
– Aços hipereutetóides perlita fina + carbonetos dispersos.
◆ Forma lamelas de perlita mais finas. Elas se formam pela migração (difusão)
do C. Esta difusão exige tempo e a espessura das lamelas depende da veloc. de
resfriamento, ou seja, tanto mais finas quanto maior for esta velocidade.
TRATAMENTOS TÉRMICOS
◆ Propriedades da Normalização em Relação ao Recozimento
NORMALIZADO RECOZIDO
L. E. R. T. Along. Estric. Durez L. E. R. T. Along. Estric. Durez
%C (MPa) (MPa) (%) (%) (HB) (MPa) (MPa) (%) (%) (HB)
0,01 180 315 45 71 90 125 290 47 71 90
0,20 315 450 35 60 120 250 410 27 64 115
0,40 355 595 27 43 165 310 525 30 48 145
0,60 420 765 19 28 220 345 670 23 33 190
0,80 490 940 13 18 280 365 805 15 22 220
1,00 700 1065 7 11 295 355 755 22 26 195
1,20 700 1070 3 6 315 355 715 24 39 200
1,40 670 1035 1 3 360 350 690 19 25 215