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Planejamento Tributário

Prof. José Maria M. Gomes


Porque Planejar?

 Redução da Carga Tributária

 Redução de Riscos

 Redução de Custos, Despesas e Tempo


 Melhoria do Fluxo de Caixa
Quando Planejar?

 Elisão Fiscal vs. Evasão Fiscal - Divergência de


conceitos.

 Fim da Licitude vs. Início da Ilicitude

Limite Seguro – Atuação antes da ocorrência do fato


gerador. Deve-se evitar o enquadramento na hipótese de
incidência mais onerosa.
ELISÃO

E
EVASÃO FISCAL
Elisão e Evasão fiscal

☞ Elisão fiscal corresponde à prática de atos lícitos,


anteriores à incidência tributária, de modo a obter-se
legítima economia de tributos, seja impedindo-se o
acontecimento do fato gerador, seja excluindos-se o
contribuinte do âmbito de abrangência da norma ou
reduzinod-se o montante do tributo a pagar.
☞ Evasão fiscal constitui a prática, concomitante ou
posterior à incidência tributária, na qual são
utilizados meios ilícitos, tais como, fraude,
sonegação, simulação para escapar do pagamento
de tributos.
EXEMPLO: elisão fiscal

 Para que a empresa não precise pagar o


INSS sobre o "Pro-Labore" (20%) os
sócios fixam um valor pequeno de
retiradas, e aufere a maior parte a título de
lucros, pois eles não sofreriam incidência
do IR nem na fonte nem na declaração.
Dessa forma, evita-se a incidência do
INSS e do IR sobre os valores retirados
como lucros.
EXEMPLO: evasão fiscal

 Estabelecimento que vende determinado


produto por determinado valor “X” e
desmembra 20% deste valor como falsa
prestação de serviço ao cliente para que
seja pago valor a menor de ICMS, uma
vez que o ISS tem alíquota inferior ao
imposto realmente devido em relação à
venda efetivada.
Exemplos: Pessoa Física

✎Para não sofrer retenção excessiva do imposto de renada


na fonte, apresente à fonte pagadora os seguintes
documentos e informações, que constituem-se deduções
da base de cálculo: 
Declaração de dependentes, por escrito.

O INSS retido deduz da base de cálculo, tanto para o

autônomo quando para o assalariado.


Contribuição de previdência privada, para os assalariados

e dirigentes de empresa, desde que o valor seja encargo da


pessoa física, no limite de 12% da renda tributável do
contribuinte.
Pensão alimentícia judicial, quando a fonte pagadora tiver

a obrigação de reter.
Interpretação:

 Interpretação da Legislação Tributária - Regra


Geral.
 Suspensão ou exclusão do crédito tributário
(arts. 151 e 175, CTN).
 Outorga de isenção.
 Dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias.
Sonegação Fiscal

Conceito - Suprimir ou reduzir tributo, mediante omissão,


fraude, falsificação etc. (arts. 1º e 2º, Lei 8.137/90). A fraude
fiscal e a apropriação indébita estão inseridas na descrição da
sonegação fiscal.

Previdência – A sonegação de contribuição previdenciária e


a apropriação indébita previdenciária estão previstas em
normas específicas (art. 337-A e art. 168-A, §1º, CP).
Norma Geral Anti-elisiva
 Marco Legal – 10.01.01 (LC 104/01)
“Art. 116, do CTN - Salvo disposição de lei em contrário,
considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos:
I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em
que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a
que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II – tratando-se de situação jurídica, desde o momento em
que esteja definitivamente constituída, nos termos do direito
aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.”
Simulação vs. Dissimulação

Simular é fingir o que não é. Fazer de uma não verdade uma verdade.

Dissimular é esconder o que é. Fazer de uma verdade uma


não verdade.
Fatores de Risco do
Planejamento Tributário
 Ausência de Substrato Econômico.
 Conduta Ilícita ou Irregularidade.

 Necessidade de Tempo

 Exposição Patrimonial.

 Inflexibilidade da Estrutura.
Etapas do Planejamento
Tributário
 Análise - Estudo do cenário atual.
 Limitação - Identificação dos objetivos.

 Elaboração - Proposição de um novo cenário

 Projeção - Identificação das mudanças necessárias.

 Teste - Exposição dos possíveis riscos.

 Negociação - Verificação da viabilidade das mudanças.

 Implementação – Adoção do cenário proposto.


Tipos de Planejamento
Tributário

 Planejamento que visa à anulação do ônus fiscal.

 Planejamento que tem por objetivo a redução do


ônus fiscal.

 Planejamento cuja finalidade consiste no


adiamento do ônus fiscal.

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Espécies de Planejamento
Tributário
 Gestão Tributária
 Correta aplicação da legislação.
 Adoção de benefícios fiscais.
 Uso de medidas administrativas e judiciais.

 Reorganizações Operacionais

 Reestruturações Societárias

 Planejamentos Internacionais
Elaboração do Planejamento
Tributário
 O processo de elaboração de um planejamento
tributário consiste:

 Pesquisa do fato objeto do Planejamento Tributário.

 A articulação das questões oriundas do fato pesquisado.

 Estudos aspectos jurídicos-fiscais.

 Conclusão.

 Formalização do Planejamento Tributário elaborado


em um expediente técnico-funcional (Comitê).
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Reorganização
Operacional
Técnicas de Reorganização
Operacional

 Créditos Fiscais.

 Mudança da Atividade.

 Tributação na Localidade.
Alíquota Zero ou Isenção de
IPI & Industrialização

Venda de matéria-prima Venda de produto acabado


sujeita à tributação do sujeito à alíquota zero ou
ICMS e do IPI não tributado pelo IPI

Indústria “B”
Indústria “A”
Fornecedor de Industrializador de Produto
sujeito
Matéria Prima Tributada
à Alíquota Zero ou não Tributado

Neste modelo, ocorre o acúmulo de


créditos de IPI nesta etapa da
industrialização.
Alíquota Zero ou Isenção de
IPI & Industrialização
Remessa da matéria-prima para
industrialização
por encomenda com suspensão de tributos

Retorno do produto industrializado por


Indústria “B”
Indústria “A” encomenda com suspensão de tributos
Industrializador por encomenda
Industrial produtor de
de matéria-prima
produto sujeito à alíquota zero
ou não tributado
Venda de
produto
acabado sujeito
à alíquota zero Com a adoção da reorganização proposta, deixa de
ou não ocorrer o acúmulo de crédito na Indústria “B”. Ademais,
tributado ocorre a redução do ICMS, visto que o IPI não
aproveitado no modelo anterior integrava a base de
cálculo deste imposto.
Serviço de Transporte vs.
Locação de Veículo

Entrega do produto do Transportador “B”


Empresário “A” para o (Contratado)
Cliente
“C” pelo Transportador “B”
Empresário “A”
(Contratante)

Cliente “C”
(Empresa de
Neste modelo, o Empresário “A” paga ao serviços)
Transportador “B” pelo serviço de transporte,
atividade sujeita ao ICMS. Referido ICMS não é
utilizado pelo Cliente “C”, pois em sua
atividade não há incidência de ICMS.
Serviço de Transporte vs.
Locação de Veículo

Empresário “B”
Aluguel do Veículo de
(Locador)
Transporte do
Empresário “B”
para o Cliente “C”
Empresário “A”
(Fornecedor)

Cliente “C”
Através da reorganização operacional, o Cliente (Empresa de Serviços)
“C” aluga veículos do Empresário “B” com mão-de-
obra. Não estando o aluguel sujeito à incidência do
ICMS, o Cliente “C” terá uma economia de mais de
20% no seu custo de transporte.
Holding com Controladas no
L.Presumido e L.Real

Empresa “A”
(Mercadorias “Y“ e “Z”)

Neste modelo, a Empresa ”A” vende as mercadorias “Y” e “Z” com margens
de lucro distintas, sendo obrigada a optar pelo mesmo regime tributário para
ambas. Em razão disso, a carga tributária incidente sobre o lucro e a receita
da Empresa “A” se torna desnecessariamente elevada nas vendas da
mercadoria “Y”, fazendo com que ela perca competitividade.
LUCRO REAL

 No Lucro Real com opção pelo balancete de redução/suspensão, tributa-se o lucro apurado pela
contabilidade e ajustado de acordo com a legislação vigente. Sobre essa base de cálculo, aplica-
se o percentual de 15% para o IRPJ e 9% para CSLL.
No Lucro Real com opção pela estimativa mensal, deve-se aplicar o mesmo tratamento dado ao
Lucro Presumido. Porém, não integram a base de cálculo do imposto de renda mensal, nas
seguintes receitas:
I - os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e de renda
variável;
II - as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do benefício de isenção ou
redução do imposto que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro
real, fizer jus;
III - as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
IV - a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
V - os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo de
aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo
método da equivalência patrimonial;
VI - os juros sobre o capital próprio auferidos.
O IRPJ em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento)
sobre a base de cálculo, acrescido de adicional de 10% sobre o que exceder ao Lucro Real
mensal de R$ 20.000,00.
A CSLL em cada mês será calculada mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento)
sobre a base de cálculo.
As empresas optante do Lucro Real são obrigadas ao recolhimento do PIS a uma alíquota de
1,65% sobre a Receita Bruta e COFINS a uma alíquota de 7,60% sobre a Receita Bruta, com direito
a créditos de PIS/COFINS sobre compra de mercadorias, aquisições de serviços, fretes e ativos
que irão gerar bens ou serviços.
LUCRO PRESUMIDO

O lucro presumido para cálculo do IRPJ, será o montante determinado pela


soma das seguintes parcelas:
I - o valor resultante é a aplicação dos percentuais abaixo conforme atividade:
“I-8% na venda de mercadorias e produtos;
II-1,6% na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool
etílico carburante e gás natural;
III-16% na prestação de serviços de transporte, exceto de cargas;
IV-8% na prestação de serviços de transporte de cargas, serviços hospitalares;
V-32% na prestação de demais serviços, exceto a de serviços hospitalares;
VI-16% na prestação de serviços em geral das pessoas jurídicas com receita
bruta anual de até R$ 120.000, exceto serviços hospitalares, de transporte e de
profissões regulamentadas;
VII-8% na venda de imóveis das empresas com esse objeto social”.
II - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de
receitas não abrangidas pelo inciso anterior, auferidos no mesmo período;
III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de
renda fixa e renda variável.
Após a determinação do lucro presumido (base de cálculo), aplica-se a alíquota
de 15% para obter o IRPJ devido.
Estarão sujeitas ao adicional de IRPJ, as empresas em que o Lucro Presumido
trimestral ultrapasse a R$ 60.000,00. Essas empresas deverão pagar um
adicional de 10% sobre o que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre.
LOJA VIRTUAL – DISTRIBUIÇÃO VIA ESTADO COM MENOR
ICMS 
Ao lançar sua loja virtual, verifique se não há possibilidade de operar
a distribuição de seus produtos através de operação em estado com
menor alíquota do ICMS para o consumidor final. Caso seu produto
tenha substituição tributária, verifique as normas do estado para
viabilizar a não cobrança do imposto, ou o ressarcimento da diferença
do ICMS pago anteriormente sobre a base de cálculo maior. São
planejamentos deste tipo que viabilizam um preço mais competitivo.
DESCONTOS FINANCEIROS X COMERCIAIS: ECONOMIA PARA FORNECEDOR E CLIENTE

O desconto financeiro, condicionando a sua existência a evento definido (pagamento no prazo, fidelidade, etc.) é
uma prática muito cara, em termos tributários. Recomendamos as empresas que o praticam, a reverem seus
procedimentos, adotando, em princípio, sua substituição pelo desconto comercial.
Desta forma, por exemplo, se desejar premiar os clientes que pagam pontualmente, bastaria conceder desconto
relativo ao evento no próximo pedido de compra, como desconto comercial. A economia de tributos, para uma
empresa comercial, optante pelo Lucro Presumido, pode chegar até 24,73% do valor do desconto concedido. O
cálculo é o seguinte:
até 18% a título de ICMS
3% a título de COFINS  (alíquota do lucro presumido)
0,65% a título de PIS (alíquota do lucro presumido)
até 2% a título de IRPJ/Lucro Presumido (8% x até 25% de alíquota do IRPJ) e
até 1,08% a título de CSLL/Lucro Presumido (12% x alíquota de 9% da CSLL)
Interessante observar que, para o cliente, o desconto comercial também pode ser menos oneroso, já que, quando
for tributado pelo Lucro Presumido, o custo tributário pode chegar a 37,65 % do desconto financeiro obtido (IRPJ
até 25%, CSLL até 9%, PIS e COFINS 3,65%). Como desconto comercial, este custo não existe.
REDUZINDO O IRPJ A PAGAR COM COMPENSAÇÕES NA
FONTE

Podem ser compensados, mediante dedução do IRPJ devido pelas


empresas, os valores retidos na fonte, como: a) remuneração de
serviços profissionais, comissões, propaganda e publicidade, limpeza,
conservação de imóveis, segurança, vigilância e locação de mão-de-
obra; b) rendimentos de aplicações financeiras; c) importâncias
recebidas de entidades de administração pública federal, pelo
fornecimento de bens e serviços; d) juros do capital próprio pago ou
creditado por empresa da qual tenha participação societária. Base:
Regulamento do IR (art. 229 e 231).
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - DEDUÇÃO DO
EXCESSO DE GASTOS

Os valores aplicados pelas empresas optantes pelo Lucro Real no


Plano de Alimentação do Trabalhador (PAT) que excederem ao
limite legal de dedução, poderão ser deduzidos em até 2 (dois)
exercícios subsequentes. Basta controlar estes valores na Parte "B"
do Livro de Apuração do Lucro Real e deduzí-los de acordo com
sua efetiva utilização. Base: art. 582 do Regulamento do IR.
GASTOS COM VEÍCULOS - NÃO TRIBUTAÇÃO (INSS E
FGTS)

O valor pago pelas empresas para ressarcimento dos


gastos dos empregados que utilizam seus veículos a
serviço da empresa não sofrerá incidência de INSS ou
FGTS, desde que devidamente comprovada a despesa
(notas fiscais). Base: art. 214, parágrafo 9, item XVIII do
Regulamento da Previdência Social.
GANHO DE CAPITAL E TRIBUTAÇÃO
O ganho de capital apurado na venda de bens do imobilizado deverá ser
apurado por qualquer empresa, independentemente de ser optante pelo
SIMPLES, Lucro Presumido ou Real, para fins de tributação do Imposto
de Renda.
O ganho de capital é a diferença positiva entre o valor de venda e o custo
contábil. No caso das empresas optantes pelo SIMPLES, o custo contábil
é o valor corrigido do bem até 31.12.1995 (utilizando-se a UFIR de
0,8287). Nas aquisições de 1996 em diante, não há mais correção do custo.
Assim, a venda de um bem adquirido em 30.12.1994, por exemplo, terá
uma correção de 25,219%, reduzindo assim o eventual ganho de capital e
o respectivo pagamento do Imposto de Renda. Em relação as demais
empresas, a determinação do ganho ou perda de capital terá por base o
valor contábil do bem, assim entendido o que estiver registrado na
escrituração e diminuído, por exemplo, da depreciação ou amortização
(artigo 418 do Regulamento do IR).

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