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Autora: Suelen Queiroz

Doenças do trabalho
Tópicos:

- Regulamento dos Benefícios da


Previdência Social;

- Agentes Patogênicos causadores de


Doenças Profissionais;

- Competência – Ação de Indenização por


Danos Materiais e Morais decorrentes da
relação de trabalho;
Autora: Suelen Queiroz

CONTEXTO HISTÓRICO:
 Desde a Antigüidade greco-romana, o trabalho já era visto como
um fator gerador e modificador das condições de viver, adoecer e
morrer dos homens. Trabalhos de Hipócrates, Plínio, Galeno e
outros chamavam a atenção para a importância do ambiente, da
sazonalidade, do tipo de trabalho e da posição social como fatores
determinantes na produção de doenças. Com a realidade social de
tais épocas, em que nações escravizavam outras nações subjugadas
em guerra, esses relatos dificilmente teriam o cunho de denúncia
social. De Re Metallica, obra de Georg Bauer (Georgius Agricola)
de 1556, faz referência a doenças pulmonares em mineiros, com
descrição interessante de sintomas que hoje atribuímos à silicose, e
que Agrícola denominou asma dos mineiros. Já Paracelso, em l567,
descreve também doenças de mineiros da região da Boêmia e a
intoxicação pelo mercúrio.
trecho retirado do livro: Tratado de Toxicologia Ocupacional , Suelen Queiroz
Autora: Suelen Queiroz

SAÚDE OCUPACIONAL:

PANORAMA HISTÓRICO
Autora: Suelen Queiroz
 A história do desgaste do trabalhador caminha junto com a evolução do capitalismo. O modelo
de produção que se baseia em tópicos como a lei da mais valia e a competição por mercado de
consumo, sendo este de grande interesse para o estudo da exploração operária já que trazem
inclusos problemas relativos a cargas excessivas de trabalho, salários menores e maior
exposição aos fatores de risco.Na primeira metade do século XIX ocorreu a Revolução Industrial
na Europa, um movimento que impôs grandes mudanças no modo de produção, passando da
manufatura para a maquinofatura e depois, para a máquina, o que conseqüentemente, afetou em
muitos aspectos a vida e a saúde dos trabalhadores.As condições de trabalho eram precárias, o
ambiente inadequado, as jornadas muito longas, os salários baixos e cada empregadora tinha as
suas próprias regras, não existindo nenhuma norma governamental que interferisse ou regulasse
essa atividade. Dessa forma, toda a sorte de acidentes graves, mutilantes e fatais, atingiam os
trabalhadores incluindo crianças e mulheres. Entre eles são descritos danos à saúde de difícil
caracterização objetiva e rigorosamente médica, mas de inconfundível ligação com o trabalho,
como por exemplo a fadiga, o envelhecimento precoce, o desgaste e alterações do
comportamento.O aumento das estatísticas de indivíduos portadores de doenças profissionais,
criou a necessidade da realização de um fórum para a troca de experiências e harmonização de
conceitos e critérios para uma medicina do trabalho. Surge então, a idéia de se criar eventos
internacionais relacionados à patologia do trabalho, resultando na realização do I Congresso
Internacional de Doenças do Trabalho, na cidade de Milão, em 1906. Este evento levou à
criação de uma Comissão Permanente Internacional de Saúde Ocupacional, cuja tarefa
principal seria organizar um congresso internacional a cada três anos.
Autora: Suelen Queiroz
POLÍTICA DE SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL:
MUITAS QUESTÕES SEM RESPOSTAS
 INFORMAÇÃO: A VERDADE OU A FARSA?
 Em relação aos problemas com as informações na área de Saúde do Trabalhador, a literatura
apresenta um vasto número de estudos. O mais expressivo exemplo destes problemas está na
notificação das doenças profissionais. Mendes (1986) assinala que em relação à ocorrência
das doenças profissionais em nosso país, ocorre um fenômeno comum a outros países em
mesmo estágio de desenvolvimento, ou seja, sua incidência, a julgar pelas estatísticas
oficiais, é extremamente baixa. Prossegue ainda o autor: contudo, não é difícil suspeitar que
a verdadeira situação não é tão favorável assim. Devem estar ocorrendo tanto a falta de
diagnóstico quanto o sub-registro dos casos diagnosticados.Medrado Faria et al. (1983), a
partir de uma investigação realizada no município de Cubatão,São Paulo, revelam a "face
oculta" da notificação também nos acidentes de trabalho. Dos 197 episódios de acidentes do
trabalho, descritos de modo detalhado pelos trabalhadores entrevistados em seus domicílios,
constataram os autores que 35 (17,7%) referiam ter sido feito o registro no I N P S, enquanto
que 52 (26,3%) afirmavam não ter sido o acidente registrado. A maioria, ou seja, 89 casos
(45,1%), mencionou ter sido registrado o acidente apenas no serviço médico da empresa ou
em outros serviços médicos.
Autora: Suelen Queiroz

COMPETÊNCIA DAS AÇÕES

 Uma característica marcante na política de Saúde do Trabalhador é a


fragmentação das responsabilidades, percebida claramente na existência de
inúmeras instituições com atribuições de intervenção na área. A multiplicidade
de ações na área de Saúde do Trabalhador, com reflexos desanimadores no que
tange aos resultados, é uma constatação histórica fartamente documentada por
vários estudiosos.A despeito de se atribuir ao Sistema Único de Saúde — SUS —
a partir de sua regulamentação pela Lei 8080, de 19 de setembro de 1990, a
responsabilidade pela assistência médica ao doente e ao acidentado do
trabalho, pressupondo o atendimento na rede como um todo, esta continua
sendo prestada nos moldes do Instituto Nacional de Assistência Médica e
Previdência Social — INAMPS —, mantendo o modelo anacrônico de convênios
específicos com prestadores de serviços privados.
Autora: Suelen Queiroz

INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL 
A medicina do trabalho e /ou ocupacional tem dedicado maior atenção
notadamente após o "pacote" de março de 1986 -Decreto lei nº: 2.284 de 1986
-pelos recentes números de novos empregos nas indústrias e no comércio em
geral. As doenças profissionais pulmonares são as mais comuns das intoxicações
crônicas e agudas da atualidade. Podem ser relacionadas:
a) pneumoconiose mineral (causada por silicatos) (caolin, talco, mica, e
asbestos); por carvão; por ferro, grafite, estanho (estanose) ;pelo sulfato de bário
(baritose) ;pelo alumínio ;pelo berílio ;pelo níquel ;pelo cádmio ;pelo vanádio
;pelo selênio;pelo telúrio, pelo tungstênio
b) pneumoconiose orgânica causada por algodão, sisal, juta, bagaço de cana, etc.
c) doenças profissionais causadas por gases e aerosóis solúveis: amônia, cloro,
óxido nitroso (fertilizante) etc.
d) Merecem destaque especial os praguicidas, fumegantes, roedores, herbicidas,
inseticidas, fungicidas, e repelentes, pois provocam com frequência vítimas tanto
na manipulação no preparo, no trabalho em si, como na pulverização e/ou no uso.
Autora: Suelen Queiroz
 O câncer profissional é produzido por:
a) alcatrão, piches e óleos, arsênico, raios x ( na pele) ;
b) benzidina, anilina, difenilamina, auramina, xenilamina, betanaftamina (na bexiga) ;
e) benzeno, radiação (leucemia)
f) substâncias radioativas (câncer ósseo)
DOENÇA DO TRABALHO:
a) Qualquer das chamadas doenças profissionais, inerentes a determinados ramos de atividade e
relacionadas em ato do Ministério do Trabalho.
A doença não degenerativa nem inerente a grupos etários, resultante das condições especiais ou
excepcionais em que o trabalho seja executado, desde que, diretamente relacionada com a
atividade exercida, cause redução da capacidade para o trabalho que justifique a concessão do
benefício por incapacidade prevista na lei.
TUMORES PROFISSIONAIS
Os tumores profissionais podem originar-se da exposição prolongada a substâncias cancerígenas
ou resultar da ação de traumatismo no revestimento cutânea etiologia dos tumores, não se deve
desdenhar a existência de causas conominantes, tais como constituição individual, hábitos de vida,
especialmente no que se refere às intoxicações crônicas, como alcoolismo, à manutenção de
condições desfavoráveis de alimentação e ao repouso.
AGENTES CANCERÍGENOS QUÍMICOS
Exposição à: Arsênico, Cromo, Hulha, Aminas aromáticas, Níquel, Petróleo e metais pesados.
Autora: Suelen Queiroz

O QUE É UMA DOENÇA OCUPACIONAL?


Doença ocupacional é a alteração na saúde do trabalhador, provocada por fatores ambientais associados ao trabalho. Como
por exemplo, podemos citar incidência de câncer de traquéia em trabalhadores de minas e refinações de níquel.

Como se Adquire uma Doença Ocupacional? 


A doença ocupacional pode ser adquirida através de exposição do trabalhador a agentes químicos, físicos, biológicos ou
radioativos, em situações acima do limite permitido por lei, sem a utilização de roupas e/ou equipamentos de proteção
coletiva ou proteção individual compatíveis com o risco exposto.

Qual a diferença entre Doença Ocupacional e Acidente de Trabalho? 


Doença ocupacional é a alteração na saúde do trabalhador causada por exposição excessiva a agentes químicos danosos em
curto, médio e longo prazo. Em geral, as doenças ocupacionais levam algum tempo para se manifestarem e, quando isto
ocorre, aparecem sob a forma de tumores malignos (câncer) ou lesões em órgãos, entre outros. Já os acidentes de trabalho
poder ser definidos como acidentes de ação imediata, provocados por situações adversas. Englobam acidentes de trabalho,
queimaduras, quedas, cortes e amputações de membros, entre outros.

Quais as implicações legais para o empregador e técnicos responsáveis pela segurança nas empresas quanto às
Doenças Ocupacionais? 
Todo o empregador é obrigado a oferecer proteção adequada ao trabalhador no seu ambiente de trabalho. Para executar
essa tarefa, a legislação exige que cada empresa tenha uma equipe técnica responsável por decidir e implantar processos de
segurança (engenharia, equipamentos e treinamentos de segurança) para os funcionários. Caso algum funcionário,
comprovadamente, adquira uma doença ocupacional por falta de uso de equipamentos para sua proteção, a empresa - na
figura de seu proprietário ou representante legal - assim como toda a equipe técnica, podem ser responsabilizados e
sofrerem processo criminal pela lesão causada ao funcionário. Além disso, o funcionário pode solicitar indenização pelo
dano causado.
Autora: Suelen Queiroz

IMPORTÂNCIA DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO PARA EVITAR DOENÇAS DO TRABALHO.


Autora: Suelen Queiroz

INDÚSTRIA DE BORRACHA

VITILIGO OCUPACIONAL CAUSADO PELO MONOBENTIL 


ÉTER DE HIDROQUINONA (MBEH);

Fonte: Atlas de Doenças Ocupacionais - Dr. Salim Amed Ali


Tratado de Toxicologia Ocupacional,Suelen Queiroz
Indústria de cimento Autora: Suelen Queiroz

DERMATITE ALÉRGICA DE CONTATO EM PEDREIRO POLISSENSIBILIZADO A CROMATO,


ACELERADORES DA BORRACHA E TÓPICOS (SULFA, FURACIN E PROMETAZINA)
Autora: Suelen Queiroz

O CONTATO FREQÜENTE COM MASSA DE CIMENTO CAUSOU ALERGIA SEVERA,


COMPROMETENDO OS MENBROS SUPERIORES E INFERIORES DO TRABALHADOR.
Autora: Suelen Queiroz

CÂNCER 0CUPACIONAL

A exposição de trabalhadores desprotegidos ou mal protegidos, da radiação solar, é a maior causa atual de
câncer cutâneo ocupacional. Outros gentes químicos quando em contato habitual com a pele podem igualmente
causar cânceres cutâneos.
Dentre os mais importantes destacamos: creosoto, pixe, arsênico, óleos usados, graxa usada, agente químicos
com presença de alguns hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e outros.
A maior incidência de tumores cutâneos em trabalhadores de pele clara (caucasianos) expostos à luz solar é fato
constatado. A incidência de epitelioma baso e espinocelular é mais freqüente nestes trabalhadores.
O estado do Arizona apresenta alta incidência de exposição à radiação solar. Estudo recente, realizado nesse
estado, em mais de cem mil pessoas, mostrou que a incidência de câncer cutâneo é da ordem de 270/100.000 em
ambos os sexos e que caucasianos apresentam taxas
10 vezes maiores que hispânicos (HARRIS, 2001). O carcinoma do tipo basocelular é aquele que ocorre com
maior freqüência, cerca de 75%; todavia, o melanoma que, em 1935, tinha a incidência 1/1.500 atingiu, em
2000, a marca de 1/74 (LIM et al, 2001) Quanto à localização, 65% dos carcinomas espino-celulares estavam
localizados na face e região do pescoço, 20% nos braços, 14 % nos membros inferiores das mulheres e 3% nos
membros inferiores dos homens. Câncer cutâneo por outras fontes de UV. Exposição crônica à solda elétrica nos
vários tipos usados na indústria de soldagem, e sem a devida proteção cutânea, podem causar eritemas repetidos
nas áreas expostas e que, com o tempo, podem determinar o aparecimento de câncer cutâneo nessas áreas,
principalmente do tipo basocelular. Crê-se, ainda, que ocorra uma maior incidência de melanomas em
trabalhadores de pele clara expostos à luz solar (ZHAO, 1998; WANG; SETLOW; BERWICK, 2001)., 2000
Autora: Suelen Queiroz
10.3.1 DEMÊNCIA EM OUTRAS DOENÇAS ESPECÍFICAS
CLASSIFICADAS EM OUTROS LOCAIS CID-10 F02.8
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Demência é conceituada como síndrome, geralmente crônica e progressiva, devida a uma patologia encefálica, de caráter adquirido,
na qual se verificam diversas deficiências das funções corticais superiores, incluindo:
memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprender, linguagem e julgamento.
A consciência não é afetada e as deficiências cognitivas são acompanhadas e, ocasionalmente, precedidas por deterioração
do controle emocional, da conduta social ou da motivação (Bertolote, 1997). Pode estar associada a inúmeras doenças que atingem
primária ou secundariamente o cérebro, entre elas, epilepsia, alcoolismo, degeneração hepatolenticular, hipotireoidismo adquirido,
lúpus eritematoso sistêmico, tripanosomíase, intoxicações, doenças pelo HIV, doença de Huntington g, doença de Parkinson g,
ocorrência de infartos múltiplos, outras doenças vasculares cerebrais isquêmicas e contusões cerebrais repetidas, como as sofridas
pelos boxeadores.

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS


As demências devidas às drogas e toxinas (incluindo a demência devida ao alcoolismo crônico) correspondem de 10 a 20% dos casos
de demência em geral. Os traumatismos cranianos respondem por 1 a 5% dos casos. Não estão disponíveis dados que indiquem as
porcentagens referentes à contribuição do trabalho ou da ocupação.
Quadros de demência têm sido encontrados trauma crânio-encefálico (TCE) e pelos efeitos da exposição ocupacional às seguintes
substâncias químicas tóxicas:
• substâncias asfixiantes: monóxido de carbono (CO), sulfeto de hidrogênio (H²S) ;
• sulfeto de carbono;
• metais pesados (manganês, mercúrio, chumbo e arsênio) ;
• derivados organometálicos (chumbo tetraetila e organoestanhosos).
Em trabalhadores expostos a essas substâncias químicas neurotóxicas, o diagnóstico de demência
relacionada ao trabalho, excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser enquadrado no Grupo I da
Classificação de Schilling, em que o trabalho desempenha o papel de causa necessária.

QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO


Critérios diagnósticos:
• comprometimento ou incapacidade manifestada pelo declínio das funções cognitivas (corticais superiores), como: capacidade de
aprendizagem, memória, atenção, concentração, linguagem, nível de inteligência, capacidade de resolver problemas, juízo crítico e
Autora: Suelen Queiroz

ADOECIMENTO DOS TRABALHADORES


O reconhecimento do papel do trabalho na determinação e evolução do processo saúde-
doença dos trabalhadores tem implicações éticas, técnicas e legais, que se reflete sobre a
organização e o provimento de ações de saúde para esse segmento da população, na rede de
serviços de saúde.
Nessa perspectiva, o estabelecimento da relação causal ou do nexo entre um determinado
evento de saúde – dano ou doença – individual ou coletivo, potencial ou instalado, e uma
dada condição de trabalho constitui a condição básica para a implementação das ações de
Saúde do Trabalhador nos serviços de saúde. De modo esquemático, esse processo pode se
iniciar pela identificação e controle dos fatores de risco para a saúde presentes nos
ambientes e condições de trabalho e/ou a partir do diagnóstico, tratamento e prevenção dos
danos, lesões ou doenças provocados pelo trabalho, no indivíduo e no coletivo de
trabalhadores.
Apesar de fugir aos objetivos deste texto, que trata dos aspectos patogênicos do trabalho,
potencialmente produtor de sofrimento, adoecimento e morte, é importante assinalar que, na
atualidade, crescem em importância a valorização dos aspectos positivos e grupo social ou
inserção em um grupo específico de risco.
Autora: Suelen Queiroz

DERMATOSE OCUPACIONAL
Dermatoses causadas por agentes físicos, químicos e biológicos
decorrentes da exposição ocupacional e das condições de trabalho
são responsáveis por desconforto, dor, prurido, queimação, reações
psicosomáticas e outras que geram até a perda do posto de trabalho.
Autora: Suelen Queiroz

ESCOPO
2.1 Doença e condição
 É toda alteração das mucosas, pele e seus anexos que seja direta ou indiretamente

causada, condicionada, mantida ou agravada por agentes presentes na atividade


ocupacional ou no ambiente de trabalho (ALI, 2001)
 Dois grandes grupos de fatores podem ser enumerados como condicionadores de
dermatoses ocupacionais:
• causas indiretas ou fatores predisponentes;
• causas diretas: são constituídas por agentes biológicos,
físicos, químicos, existentes no meio ambiente e que atua
riam diretamente sobre o tegumento, quer causando, quer
agravando dermatose preexistente (BIRMINGHAM, 1998).
Autora: Suelen Queiroz
2.1.2 Causas indiretas ou fatores predisponentes
• Idade:
• trabalhadores jovens são menos experientes, costumam ser mais afetados
por agirem com menor cautela na manipulação de agentes químicos
potencialmente perigosos para a pele. Por outro lado, o tegumento ainda não
se adaptou ao contatante, para produzir o espessamento da camada córnea,
(Hardening) tolerância ou adaptação ao agente. (LAMMINTAUSTA;
MAIBACH, 1990) .
• Sexo:
• homens e mulheres são igualmente afeta dos. Contudo, as mulheres
apresentam maior comprometimento nas mãos e podem apresentar quadros
menos graves e de re-12 missão mais rápida (PATIL; MAIBACH, 1994;
MEDING, 2000). As mulheres, de um modo geral, apresentam melhor
prognóstico em sua dermatose (NETHERCOTT; HOLNESS, 1993).
Autora: Suelen Queiroz

O Brasil perde, por ano, o equivalente a 4% do PIB por


causa dos acidentes de trabalho. Segundo dados do Anuário
Estatístico de Acidentes de Trabalho, publicado em janeiro
de 2008, foram registrados em 2007, em todo o País,
503.890 acidentes de trabalho.  Apesar de a incidência de
acidentes ter caído em relação a 2006 e 2005, ainda é muito
alta, devido às condições precárias de trabalho, do uso de
máquinas obsoletas e processos inadequados. 
Autora: Suelen Queiroz

DADOS ESTATÍSTICOS:
 As estatísticas oficiais brasileiras ainda são limitadas, pois
incluem apenas os trabalhadores registrados em carteira.
Mesmo assim os números são assustadores. 

Estima-se que cerca de 30% dos acidentes atingem mãos,


dedos e punhos, e poderiam ser evitados com investimentos
em máquinas mais modernas, com dispositivos de segurança,
capacitação dos trabalhadores e processos de produção mais
adequados. 
Autora: Suelen Queiroz

TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO


RELACIONADOS AO TRABALHO
(GRUPO V DA CID -10)
Autora: Suelen Queiroz
Segundo estimativa da OMS,os transtornos mentais menores acometem cerca de 30% dos
trabalhadores ocupados ,e os transtornos mentais graves ,cerca de 5 a 10%.No Brasil ,dados do
INSS sobre a concessão de benefícios previdenciários de auxílio-doença ,por incapacidade para o
trabalho superior a 15 dias e de auxílio -doença,por incapacidade para o trabalho superior a 15 dias
e de aposentadoria por invalidez,por incapacidade definitiva para o trabalho,mostram que os
transtornos mentais ,com destaque ao alcoolismo crônico ,ocupam o terceiro lugar entre a causa
dessas ocorrências. Em nossa sociedade, o trabalho é mediados da integração social ,seja por seu
valor econômico (subsistência) ,seja pelo aspecto cultural (simbólico) ,tendo ,assim,importância
fundamental na constituição da subjetividade ,no modo de vida e,portanto,na saúde física e mental
das pessoas dá-se a partir de ampla gama de aspectos :desde fatores pontuais ,como a exposição a
determinado agente tóxico ,até a complexa articulação de fatores relativos a organização do trabalho
,como a divisão e parcelamento das tarefas ,as políticas de gerenciamento das pessoas e a estrutura
hierárquica organizacional.Os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho
resultam ,assim,não de fatores isolados ,mas de contextos de trabalho em interação com o corpo e
aparato psíquico dos trabalhadores.As ações implicadas no ato de trabalhar podem atingir o corpo
dos trabalhadores,produzindo disfunções e lesões biológicas ,mas também reações psíquicas às
situações de trabalho patogênicas ,além de poderem desencadear processos psicopatológicos
especificamente relacionados às condições do trabalho desempehado pelo trabalhador.
Em decorrência do lugar de destaque que o trabalho ocupa na vida das pessoas ,sendo fonte de
garantia da subsistência e de posição social ,a falta de trabalho ou mesmo a ameaça da perde de
emprego geram sofrimento psíquico ,pois ameaçam a subsistência e a vida material do trabalhador e
de sua família.Ao mesmo tempo abala o valor subjetivo que a pessoa se atribui ,gerando
sentimentos de menos-valia,angústia,insegurança,desânimo e desespero,caracterizando quadros
ansiosos e depressivos.
Autora: Suelen Queiroz

TRANSTORNO CICLO VIGÍLIA SONO


Autora: Suelen Queiroz

TRANSTORNO DO CICLO VIGÍLIA-SONO DEVIDO A FATORES NÃO-


ORGÂNICOS CID-10 F51.2 
DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO 

O transtorno do ciclo vigília-sono devido a fatores não-orgânicos é definido como uma perda de sincronia entre o
ciclo vigília-sono do indivíduo e o ciclo vigília-sono socialmente estabelecido como normal, resultando em queixas
de insônia, interrupção precoce do sono ou de sonolência excessiva. Esses transtornos podem ser psicogênicos ou de
origem orgânica presumida, dependendo da contribuição relativa de fatores psicológicos, psicossociais ou orgânicos. 

O transtorno do ciclo vigília-sono relacionado ao trabalho pode ser incluído nessa categoria, uma vez que, por
definição, é determinado pela jornada de trabalho à noite em regime fixo ou pela alternância de horários diurnos,
vespertinos e/ou noturnos, em regime de revezamento de turnos. 

O trabalho em turnos é uma forma de organização do trabalho, na qual equipes de trabalhadores se revezam para
garantir a realização de uma mesma atividade num esquema de horários que diferem sensivelmente da jornada de
trabalho normal da média da população.Considera-se jornada de trabalho normal diurna a divisão do tempo de
trabalho no horário entre 6 e 18 horas, com base na semana de seis dias e nas quarenta e quatro horas semanais. No
trabalho em turnos,os trabalhadores exercem suas atividades modificando seus horários de trabalho durante a
semana, o mês (turnos alternantes) ou permanecem em horários fixos matutinos, vespertinos ou noturnos.Também
são considerados os esquemas de trabalho em turnos e horários irregulares de entrada e saída no trabalho, a cada
dia,semana ou mês. 
Autora: Suelen Queiroz

ALCOOLISMO CRÔNICO RELACIONADO AO TRABALHO


Autora: Suelen Queiroz
ALCOOLISMO CRÔNICO RELACIONADO AO TRABALHO CID-10
F10.2 

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO 

Alcoolismo refere-se a um modo crônico e continuado de  usar bebidas alcoólicas, caracterizado pelo
descontrole periódico da ingestão ou por um padrão de consumo de álcool com episódios freqüentes de
intoxicação e preocupação com o álcool e o seu uso, apesar das conseqüências adversas desse comportamento
para a vida e a saúde do usuário. Segundo a OMS, a síndrome de dependência do álcool é um dos problemas
relacionados ao trabalho. A Sociedade Americana das Dependências, em 1990, considerou o alcoolismo como
uma doença crônica primária que tem seu desenvolvimento e manifestações influenciados por fatores genéticos,
psicossociais e ambientais, freqüentemente progressiva e fatal. A perturbação do controle de ingestão de álcool
caracteriza-se por ser contínua ou periódica e por distorções do pensamento, caracteristicamente a negação, isto
é, o bebedor alcoólico tende a não reconhecer que faz uso abusivo do álcool. 

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS 

O trabalho é considerado um dos fatores psicossociais de risco para o alcoolismo crônico. O consumo coletivo
de bebidas alcoólicas associado a situações de trabalho pode ser decorrente de prática defensiva, como meio de
garantir inclusão no grupo. Também pode ser uma forma de viabilizar o próprio trabalho, em decorrência dos
efeitos farmacológicos próprios do álcool: calmante, euforizante, estimulante, relaxante, indutor do sono,
anestésico e antisséptico. Entretanto, essas situações não são suficientes para caracterizar o uso patológico de
bebidas alcoólicas. 
Autora: Suelen Queiroz

A Organização Internacional do
Trabalho (OIT) estima que, no
mundo, 6.000 trabalhadores morrem
a cada dia devido a acidentes e
doenças relacionadas com o trabalho,
cifra que está aumentando.
Autora: Suelen Queiroz
 Além disso, a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de
trabalho não fatais (que resultam em um mínimo de três dias
de falta ao trabalho ) e 160 milhões de casos novos de
doenças profissionais. A OIT estima que o custo total destes
acidentes a doenças equivale a 4 por cento do PIB global, ou
mais de vinte vezes o custo global destinado a investimentos
para o desenvolvimento de países. Embora alguns setores
industriais sejam por natureza mais perigosos do que outros,
grupamentos de migrantes e outros trabalhadores
marginalizados freqüentemente correm mais riscos de sofrer
acidentes de trabalho e padecer de doenças profissionais
porque sua pobreza costuma obrigá-los a aceitar trabalhos
pouco seguros.
Autora: Suelen Queiroz

BRASIL TEM 410 MIL ACIDENTES DE TRABALHO


POR ANO
 Brasil tem 410 mil acidentes de trabalho por ano, que matam 3 mil brasileiros
e custam R$ 32 bilhões ao país
 Eles matam oito trabalhadores brasileiros por dia e esta conta pode ser muito
maior, já que não inclui os 40 milhões de brasileiros da economia informal.
Números macabros retratam o descuido de boa parte do empresariado com as
normas de segurança e com seus funcionários.

 Brasília – Os números são macabros mas, infelizmente, retratam o descuido de boa


parte do empresariado com as normas de segurança e com seus funcionários. O
Brasil teve no ano passado 410 mil acidentes de trabalho, responsáveis pela morte
de 3 mil trabalhadores – oito óbitos por dia – e que deixaram 102 mil brasileiros
permanentemente inválidos. Milhares de trabalhadores adquiriram em suas funções
doenças com as quais terão de conviver pelo resto de seus dias. Os dados são do
Ministério da Previdência e Assistência Social e são relativos ao ano de 2002.
Autora: Suelen Queiroz

 O Dia em Memória das Vítimas dos Acidentes de


Trabalho, 28 de Abril, teve origem no Canadá,
em 1984, uma homenagem lançada por sindicatos
e federações durante o Congresso do Trabalho.
Oito anos depois, o Canadá foi o primeiro país a
reconhecer e adotá-lo como data nacional, em
1991.
Autora: Suelen Queiroz

 De acordo com o Ministério da Saúde (MS),


cerca de 200 patologias estão relacionadas ao
trabalho. Dessas, merecem destaque as Lesões
por Esforço Repetitivo (LER), também
denominadas Distúrbios Osteomoleculares
Relacionados ao Trabalho (DORT), segunda
causa de afastamento do trabalho no Brasil,
segundo dados do INSS.
Autora: Suelen Queiroz

A cada 100 trabalhadores na região Sudeste, por


exemplo, um é portador de LER, de acordo com
a Organização Mundial de Saúde (OMS). A
doença atinge profissionais na faixa etária de
maior produtividade, entre 30 e 40 anos de
idade e ataca principalmente bancários,
metalúrgicos e operadores de telemarketing.
Autora: Suelen Queiroz

ACIDENTES NO TRABALHO
Autora: Suelen Queiroz

 Bancários e profissionais de saúde são os que mais se afastam


por causa de doenças mentais. Dessas, 55% são doenças
depressivas. As doenças relacionadas ao estresse e à fadiga
física e mental também são apontadas por especialistas como
as que mais afetam os trabalhadores, apesar da subnotificação
dos casos. É o que aponta uma pesquisa realizada em 2002
pelo Laboratório de Saúde do Trabalhador da Universidade de
Brasília (UnB) a partir de dados fornecidos pelo Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS).
Autora: Suelen Queiroz

 Alguns fatores de risco que predispõe à doença mental,


apontados na pesquisa, são lidar com a vida e a morte
(situação vivida pelos profissionais de saúde), lidar com o
público, com dinheiro, pressão temporal, pressão da
informatização, atividades monótonas, a sobrecarga de
trabalho e a diminuição dos salários.
 Nos grandes centros urbanos, a violência e a criminalidade
também podem ser apontadas como responsáveis por
doenças traumáticas e de sofrimento mental, ocorrendo
principalmente em bancários, policiais, vigilantes e
trabalhadores rurais que lutam pela posse de terra.
Autora: Suelen Queiroz

EMPREGADORES E EMPREGADOS
 A prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais
importante para evitar a incapacitação de milhares de
trabalhadores. Para os especialistas, a prevenção aos
acidentes do trabalho é a ferramenta mais importante para
evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores, apesar
de muitas empresas não entenderem a prática como um
investimento rentável. Enquanto este quadro não mudar
será difícil conseguir reduzir o número de acidentes de
trabalho.
Autora: Suelen Queiroz

Competência – Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais decorrente da


relação de trabalho:

LEGISLAÇÃO
Autora: Suelen Queiroz

 O art. 442 da CLT define pois o contrato de


trabalho como sendo: "o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego",
ou "o negócio jurídico pelo qual uma pessoa
física (empregado) se obriga, mediante o
pagamento de uma contraprestação (salário), a
prestar trabalho não-eventual em proveito de
outra pessoa física ou jurídica (empregador) a
quem fica juridicamente subordinado"
Autora: Suelen Queiroz


 É que a partir da CF/88, o legislador constituinte, a par dos direitos fundamentais e
sociais aos trabalhadores assegurados no art. 5º e 7º, elegeu o meio ambiente (art. 225) à
categoria de bem de uso comum do povo. A necessidade social da comunidade de ter a
garantia de seus membros protegida dos infortúnios ocasionados pelos riscos ambientais,
foi atendida, com a proteção do trabalhador contra o dano à saúde ou integridade física
prevista pelo art. 7º, inciso XXII (redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança), ampliando-se a responsabilidade patronal a
oferecer ao trabalhador um local de trabalho sadio, onde haja inclusive respeito à
dignidade da pessoa humana, à sua personalidade à própria honra. Desrespeitando o
empregador suas novas responsabilidades sociais decorrentes do contrato de trabalho
responderá por seu ato, mesmo omissivo, pelos danos ocasionados ao empregado, quer o
decorrente de lesão à honra, dano moral (art. 5º, inciso X da CF), como o decorrente de
dolo ou culpa do empregador no infortúnio acidentário, art. 7º, inciso XXVIII (seguro
contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa). Assim, não incorrendo em culpa
e ou dolo, a responsabilidade pela indenização resultante do infortúnio é da previdência
(responsabilidade objetiva), mas em se tratando de haver incorrido o empregador em
culpa e ou dolo, sem prejuízo do direito da indenização a cargo da previdência, tem o
trabalhador direito à indenização a cargo de seu empregador, além da garantia
estabilitária acidentária prevista no art. 118 Lei 8.213/91, de um ano, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

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