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Abordagem nutricional nos

transtornos alimentares

Eline de Almeida Soriano

Disciplina de Nutrologia
Clínica
unesp Departamento de Clínica Médica Médica
Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP
Transtornos alimentares

- Obesidade
- Transtorno do comer compulsivo
- Anorexia nervosa
- Bulimia nervosa
 

- Transtorno alimentar não especificado
História

- Morton, 1694 – “consumpção nervosa”
- Gull, 1868 – “anorexia nervosa”
- Lasegue, 1874 – “anorexia histérica”
- Feighner, 1972 – estabelecidos os critérios 
diagnósticos da AN
 
- Russell, 1980 – a bulimia atinge a condição de 
categoria sindrômica 
Anorexia
Nervosa

 
Conceito

Síndrome  psicossomática  caracterizada 

por  medo  mórbido  de  engordar,  com 

redução voluntária da ingestão alimentar 
 

e perda progressiva de peso. 
Critérios diagnósticos do

DSM- IV
- Medo intenso de engordar

- Distúrbio da imagem corporal

-  Recusa  em  manter  o  peso  acima  do  mínimo 


considerado normal para a idade e a altura

- Perda de pelo menos 25% do peso original
 

-  Nas  mulheres,  ausência  de  pelo  menos  3  ciclos 


menstruais consecutivos (amenorréia) 
“  Não  me  recordo  ter  visto  antes,  em  toda  a 

minha  prática,  alguém  vivendo  de  forma  tão 

precária,  no  mais  alto  grau  de  consupção, 

como um esqueleto, apenas recoberto de pele”.

 
                                                    Morton, 1694 
Subtipos

- Restritivo 

- Bulímico
 
Etiopatogenia

- Aspectos biológicos 

- Aspectos psicanalíticos 

- Aspectos familiares

  - Aspectos psicossociais

- Aspectos socioculturais 
Aspectos biológicos

Disfunção hormonal ?   

Efeito precipitante e não causal!
 
Aspectos psicanalíticos

Negação à sexualidade 

 
Aspectos familiares

- Alto nível social

- Padrões inadequados de relacionamentos

- Valorizam mais o sucesso do que a realização 
 
pessoal
Aspectos psicossociais

- Perfeccionistas

- Comportamento exemplar

- Submetidas apenas as expectativas externas

  - Alimentação ⇒ arbitrariamente imposta    
Recusar a alimentação ⇒  independência 
Aspectos socioculturais

- Desenvolvimento da indústria de alimentos

- Obesidade como problema de saúde pública

- Indústria da obesidade

  - A era do “fitness” – o corpo magro como 
novo conceito de beleza 
Grupos de risco

- bailarinas

- modelos

- atores

 
- atletas

- estudantes de nutrição 
Prevalência

- Mulheres jovens, brancas, classe 
socioeconômica média a alta

- Idade – 12 a 30 anos

 
- 80% dos casos surgem na adolescência 

- 90% ocorre no sexo feminino
Quadro Clínico
- intenso emagrecimento
- cabelos secos e quebradiços
-pele seca, descamativa e amarelo
  alaranjado
- atrofia muscular
- saliências ósseas proeminentes 
D E P

- edema periférico
- hipotensão
- hipotermia
  - bradicardia
- constipação intestinal
- acrocianose
- lanugo
Desnutrição Energético

Protéica

 
Aspectos Nutricionais
-Restrição de alimentos calóricos
-Consumo freqüente: saladas, frutas, produtos diet e 
light
-Pouco freqüente: cereais e derivados (pães, massas, 
arroz) e carnes
-Horários das refeições irregulares
-Aversão a carboidratos e gorduras
  -Consumo adequado de proteínas
-Deficiência subclínica de Ferro, Zinco e Cálcio
-Hipercarotenemia e hipercolesterolemia
Diagnóstico diferencial
-Depressão na infância e adolescência

-Doenças gastrointestinais que levam à  má 
absorção
-Fobias alimentares

 
-Distúrbios neurológicos (tumores cerebrais)

-Distúrbios hormonais (disfunção da HA, DM 
juvenil, doença adrenal)
Tratamento

Ambulatorial ou hospitalar?

 
“Prazer de se
alimentar”
Ambulatorial

- Início recente sem perda significativa de 
peso
- Casos crônicos com preservação 
relativa do estado nutricional
 

- Formas brandas e moderadas
Hospitalização
- Extrema e rápida perda de peso (30% ou mais em 
relação ao desejado, dentro do período de 3 meses)

- Alterações dos sinais vitais: hipotensão, 
bradicardia, hipotermia, etc...

- Distúrbios hidroeletrolíticos (hipopotassemia)
 
- Infecções intercorrentes

- Tentativa de suicídio
A Primeira Entrevista
- Motivo da consulta: paciente e família

- Entrevista com o paciente

- Entrevista com a família

- Entrevista com o paciente e a família – 

noções sobre a síndrome
Modalidades

Terapêuticas
- Terapia nutricional 

- Psicofarmacoterapia

- Psicoterapia individual
 

- Psicoterapia familiar
Terapia Nutricional

OBJETIVOS:

1. Reeducação alimentar

  2. Reabilitação do estado nutricional
Enfoques da Terapia

Nutricional
1. Peso a ser atingido

2. Anamnese alimentar

3. Ensinamentos teóricos sobre os grupos 
alimentares
 
4. Registro alimentar

5. Valor calórico da dieta
Registro Alimentar

Refeição Alimentos Quantidades Local Sentimento

 
Sucesso da Terapia
Nutricional

-Interrupção da perda de peso

-Ganho de peso

-Ajustamento do padrão alimentar
 

-Manutenção do peso
Prognóstico
-70% dos casos = cura ou melhora clínica

-22% dos casos = crônicos

-8% dos casos = mortalidade

* A bulimia como sintoma é considerada um 
 
indicador de mau prognóstico na AN
Bulimia
Nervosa
Conceito
Síndrome  psicossomática  caracterizada  por 
episódios  de  ingestão  compulsiva  de 
alimentos, seguidos de uma sensação de culpa 
e  depressão  pela  perda  de  controle,  podendo 
culminar com fenômenos purgativos (vômitos 
  autoprovocados,  uso  de  laxantes  e/ou 
diuréticos,  exercícios  vigorosos,  dietas 
restritivas, etc.).
 
Critérios diagnósticos do

DSM-IV
- Episódios de voracidade (binge-eating) recorrentes
- Sentimento de falta de controle alimentar durante esses episódios
-  Uso  de  vômitos  auto-induzidos,  laxativos,  diuréticos,  dieta 
restrita  ou  jejum,  exercícios  vigorosos  para  prevenir  o  ganho  de 
peso
- No mínimo, dois episódios bulímicos por semana por pelo menos 
três meses
 
-  Preocupação  excessiva  e  persistente  pela  forma  do  corpo  e  do 
peso
Etiopatogenia

- Conflitos familiares

- Abuso sexual

- Dificuldade no controle dos impulsos

 
- Sentimento de culpa exagerado

- Intolerância às frustrações
Prevalência

- Sexo feminino = 90%

- Idade = 14-20 anos

- Grupos de riscos = semelhante à AN

 
- Maior prevalência em países 
desenvolvidos
Aspectos Nutricionais

-Padrão alimentar conhecido como “bizarro”, “caótico”
-Restrição de alimentos calóricos
-Horários das refeições irregulares (várias refeições por 
dia)
-Durante os episódios há o consumo de alimentos 
considerados proibidos (chocolates, sorvete, bolachas, 
  bolo, massas, etc...)
Diagnóstico diferencial

- Esquizofrenia

- Obesidade

  - Deficientes mentais
Tratamento

- Geralmente a nível ambulatorial

- Tem como objetivos: a interrupção do círculo vicioso 
das orgias alimentares e das purgações; redução da 
culpa associada aos episódios do comer compulsivo; 
incremento da auto-estima e abordagem dos fatores de 
 
personalidade implicados na síndrome.

- A maioria das recomendações são as mesmas da AN
Tratamento
-Avaliação clínica e laboratorial deve ser 

cuidadosa em relação aos níveis de potássio e à 
função cardíaca

-Tratamento é na maioria das vezes ambulatorial

-Indicação de internação: só ocorre em situações 
 

de comprometimento físico, risco de suicídio e 
falhas terapêuticas sucessivas
Prognóstico

 A BN como síndrome tem 

um pior prognóstico em relação a
 AN
 
Critérios de comparação entre AN
Anorexia Nervosa Bulimia Nervosa
e BN
Idade de início Puberdade Adulto Jovem
Caráter Introvertida e Extrovertida e
obsessiva histérica
Vida sexual Inativa Ativa
Fome Negada Admitida
Perda de peso Grave Leve ou
ausente
Menstruação Amenorréia Dismenorréia
 
“Purgação” Ausente Presente
Distúrbio de
conduta (drogas Ausente Presente
/ álcool)
Incentivo da Mídia

Revista Veja – Fevereiro/2004


As dicas dos "amigos" da doença

• Nunca diga a eles que você se acha gorda ou feia


• Diga que vai almoçar com amigas ou na lanchonete da escola. Peça dinheiro e guarde
para coisas mais importantes do que comer
• Se seus pais insistirem para você comer, leve o prato para o quarto e jogue a comida
em um saco plástico e depois no lixo
• Para despistar, coloque embalagens de bala, chocolate ou salgadinhos em pontos
estratégicos da casa
• Não conte a ninguém que você tem Ana (anorexia), nem a sua melhor amiga
• Guarde laxantes e remédios para emagrecer em um lugar bem escondido, como em
 
bolso de roupas que você não usa
• Na hora de vomitar a comida, não faça igual a uma retardada saindo direto da mesa
para o banheiro. Ajude sua mãe a tirar a mesa e diga que vai tomar um banho. Ligue o
chuveiro e faça o mínimo de barulho possível
Obrigada

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