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Enem 2020 – Redação da candidata Raíssa Picolli Fontoura

De acordo com o filósofo Platão, a associação entre saúde física e mental seria
imprescindível para a manutenção da integridade humana. Nesse contexto, elucida-se a
necessidade de maior atenção ao aspecto psicológico, o qual, além de estar suscetível a
doenças, também é alvo de estigmatização na sociedade brasileira. Tal discriminação é
configurada a partir da carência informacional concatenada à idealização da vida nas redes
sociais, o que gera a falta de suporte aos necessitados. Isso mostra que esse revés deve ser
solucionado urgentemente.

Sob essa análise, é necessário salientar que fatores relevantes são combinados na
estruturação dessa problemática. Dentre eles, destaca-se a ausência de informações precisas
e contundentes a respeito das doenças mentais, as quais, muitas vezes, são tratadas com
descaso e desrespeito. Essa falta de subsídio informacional é grave, visto que impede que uma
grande parcela da população brasileira conheça a seriedade das patologias psicológicas,
sendo capaz de comprometer a realização de tratamentos adequados, a redução do sofrimento
do paciente e a sua capacidade de recuperação. Somada a isso, a veiculação virtual de uma
vida idealizada também contribui para a construção dessa caótica conjuntura, pois é
responsável pela crença equivocada de que a existência humana pode ser feita, isto é, livre de
obstáculos e transtornos. Esse entendimento falho da realidade fez com que os indivíduos que
não se encaixem nos padrões difundidos, em especial no que concerne à saúde mental, sejam
vítimas de preconceito e exclusão. Evidencia-se, então, que a carência de conhecimento
associado à irrealidade digitalmente disseminada arquitetam esse lastimável panorama.

Consequentemente, tais motivadores geram incontestáveis e sérios efeitos na vida dos


indivíduos que sofrem de algum gênero de doença mental. Tendo isso em vista, o acolhimento
insuficiente e a falta de tratamento são preocupantes, uma vez que os acometidos precisam de
compreensão, respeito e apoio para disporem de mais energia e motivação no enfrentamento
dessa situação, além de acompanhamento médico e psicológico também ser essencial para
que a pessoa entenda seus sentimentos e organize suas estruturas psicológicas de uma forma
mais salutar e emancipadora. O filme “Toc toc” retrata precisamente o processo de cura de
um grupo de amigos que são diagnosticados com transtornos de ordem psicológica, revelando
que o carinho fraternal e o entendimento mútuo são ferramentas fundamentais no
desenvolvimento integral da saúde. Mostra-se, assim, que a estigmatização de doentes mentais
produz a escassez de elementos primordiais para que eles possam ser tratados e curados.

Urge, portanto, que o Ministério da Saúde crie uma plataforma, por meio de recursos digitais,
que contenha informações a respeito das doenças mentais e que proponha comportamentos e
atitudes adequadas a serem adotados durante uma interação com uma pessoa que esteja com
alguma patologia do gênero, além de divulgar os sinais mais frequentes relacionados à
ausência de saúde psicológica. Essa medida promoverá uma maior rede informacional e
propiciará um maior apoio aos necessitados. Ademais, também cabe à sociedade e a mídia
elaborar campanhas que preguem a contrariedade ao preconceito no que tange os doentes
dessa natureza, o que pode ser efetivado através de mobilizações em redes sociais e por
intermédio de programas televisivos com viés informativo. Tal iniciativa é capaz de engajar a
população brasileira no combate a esse tipo de discriminação. Com isso, a ideia platônica
será convertida em realidade no Brasil.

Raíssa Picolli Fontoura, do Mato Grosso do Sul.


TEXTOS MOTIVADORES

TEMA DA REDAÇÃO 2020 O estigma associado às doenças mentais na sociedade

TEXTO I

A maior parte das pessoas, quando ouve falar em “Saúde Mental”, pensa em “Doença Mental”. Mas, a
saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis
compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para
todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva
e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e
sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou
transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à
forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades,
ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em
alguma fase da vida.

Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br

TEXTO II

A origem da palavra “estigma” aponta para marcas ou cicatrizes deixadas por feridas. Por extensão, em
um período que remonta à Grécia Antiga, passou a designar também as marcas feitas com ferro em
brasa em criminosos, escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade “correta” e
“honrada”. Essa mesma palavra muitas vezes está presente no universo das doenças psiquiátricas. No
lugar da marca de ferro, relegamos preconceito, falta de informação e tratamentos precários a pessoas
que sofrem de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves.

Achar que a manifestação de um transtorno mental é “frescura” está relacionado a um ideal de


felicidade que não é igual para todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria distância dos
sentimentos reais, e quem os demonstra é rotulado, o que progressivamente dificulta a interação social
É aqui que redes sociais de enorme popularidade, mostram uma face cruel, desempenhando um papel
de validação da vida perfeita e criando um ambiente em tudo deve ser mostrado em seu melhor ângulo.
Fora dos holofotes da internet, porém, transtornos mentais mostram-se mais presentes do que se
imagina.

Disponível em: https://www.abrata.org.br/

TEXTO III

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