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Projeto de Leitura 456

Coleção Os Doze Trabalhos de Hércules

SINOPSE
A coleção Os Doze Trabalhos de Hércules é composta de
doze volumes, cada um deles trazendo uma das tarefas que
o rei Euristeu designou ao herói. O Hércules lobatiano não
é exatamente como o herói da mitologia. Ao longo dos doze
trabalhos, ele aprende com Pedrinho, Emília e Visconde a
importância da educação, da inteligência e da brincadeira, e
reconhece que “é a educação que faz as criaturas”.
Os doze trabalhos de Hércules (1944) foi a última história
A partir do 6o ano do Ensino
que Monteiro Lobato criou para a turma do Sítio — dessa
Fundamental
vez desfalcada, já que Narizinho e Tia Nastácia ficam em
livros O Leão da Nemeia
casa para cuidar de Dona Benta, que está adoentada. Por
e A Hidra de Lerna
ser o último, ele traz várias referências a livros publicados
autor Monteiro Lobato
anteriormente, sobretudo O Minotauro (1939), obra que conta
ilustrador daniloz
a primeira viagem do pessoal do Picapau Amarelo para a
número de páginas O Leão da
Grécia antiga.
Nemeia, 80; A Hidra de Lerna, 88
Em O Leão da Nemeia, Dona Benta e Pedrinho conversam
formato 21 cm × 26 cm
sobre Hércules e a viagem que fizeram à Grécia heroica.
acabamento Lombada
Pedrinho quer voltar à Grécia para assistir aos 11 trabalhos
obra Premium, clássica e escolar
que não pôde presenciar. Junto com Emília e Visconde, eles
temas abordados
preparam a viagem. Ao chegar lá, encontram um pastor que
Coragem, medo, mitologia,
lhes dá indicações de como ir a Nemeia. Caminhando por
protagonismo infantojuvenil
entre árvores, Pedrinho, Emília e Visconde ouvem um urro
próximo e resolvem subir numa árvore para se proteger. É
do alto da árvore que assistem à luta de Hércules contra o
Leão da Nemeia. Vendo que o herói não consegue vencê-lo
com as flechas, eles resolvem ajudá-lo. Terminada a luta, os
picapauzinhos descem da árvore e se apresentam. Hércules
conta que pretende tirar a pele do Leão da Nemeia para fazer
uma capa-escudo. Mas, como não há sol para secá-la e a pele
precisa ser curtida, os picapaus sugerem que todos sigam

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para as terras do pastor que tinham encontrado, pois ele sabe
como curtir couro de animais. A turma passa a noite nas terras
em que o pastor trabalha, na humilde casa dos seus patrões.
E, na manhã seguinte, partem para Micenas.
Em A Hidra de Lerna, Hércules captura um potrinho de
centauro para servir de montaria a Pedrinho. Emília o batiza
de Meioameio. Hércules e seus ajudantes chegam a Micenas
e vão dar conta do trabalho realizado a Euristeu, que pede
a pele do Leão da Nemeia como prova de que o herói o
matara. Visconde é enviado para buscar a pele, enquanto
o restante do grupo acampa nos arredores de Micenas. Na
volta, Visconde conta sua aventura, e todos concluem que
ele está muito mudado. O rei Euristeu, ao ver a pele do leão,
convence-se de que Hércules vencera e lhe ordena matar
a Hidra de Lerna. Os picapaus acompanham Hércules até
Lerna, mas preferem brincar enquanto Hércules vai matar a
famosa Hidra, pois já tinham presenciado o trabalho antes.
Enquanto Hércules amassa as cabeças da Hidra e pede a Iolau
que as queime, para que elas não renasçam, os picapaus e
Meioameio se divertem. Visconde demonstra uma alegria
excessiva, e Emília e Pedrinho suspeitam de que ele, como
todos os heróis, está louco.

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POR QUE LER?
Monteiro Lobato foi um dos fundadores da literatura para
crianças e jovens no Brasil. Não que, antes dele, não houvesse
autores que dedicassem obras a esse público. Mas Lobato foi
um dos primeiros autores que refletiram sobre a necessidade
de escrever em uma linguagem acessível e interessante para
a criança, sem ser demasiadamente simplista. Ele acreditava
que a literatura infantil deveria estar à altura da inteligência
da criança, que não era menor, mas diferente da do adulto; e
que deveria representar crianças autônomas, conscientes do
mundo ao seu redor e corajosas para transformá-lo.
Portanto, indicar ao público infantil uma obra de Monteiro
Lobato é oferecer à criança tanto a entrada em um universo
ficcional rico e divertido (o mundo do Sítio do Picapau
Amarelo, seus personagens marcantes e aventuras incríveis)
quanto o contato com temas importantes para sua formação
intelectual e moral. Junto com as informações históricas
presentes em Os Doze Trabalhos de Hércules, por exemplo,
a criança será motivada a pensar sobre a ética envolvida nas
atitudes dos personagens.
Além disso, Lobato se preocupava em inserir a criança
em um universo cultural no qual as referências da arte
e da literatura europeia eram fundamentais. Assim, o
autor apresenta, pela enunciação didática de Dona Benta,
personagens universais como Dom Quixote e Orlando Furioso.
Ainda nos livros da coleção Os Doze Trabalhos de Hércules,
Lobato resume e reinventa, de forma bem-humorada,
episódios dispersos em vários registros da literatura grega e
romana, recontados ao longo do tempo, por muitos autores,
de várias épocas.

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SOBRE O AUTOR
Monteiro Lobato (1882-1948) é reconhecido como um dos
nossos mais importantes escritores de livros para crianças.
No dia do seu aniversário, 18 de abril, comemora-se o Dia
Nacional do Livro Infantil (Lei n. 10.402/2002), em sua
homenagem. Lobato publicou também livros para adultos,
dos quais se destacam os de contos e os de cartas. Foi um
tradutor infatigável e adaptador de obras clássicas para
crianças, como O livro da selva, de Rudyard Kipling, e Alice no
País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Participou ativamente
das questões sociais e políticas do seu tempo, tendo sido
preso por causa de uma carta irreverente que escreveu
ao presidente Getúlio Vargas defendendo a exploração
de petróleo no Brasil. Foi ainda um empreendedor na área
editorial, tendo idealizado e fundado uma das primeiras
editoras de livros do país, a Editora Monteiro Lobato & Cia.

SOBRE O ILUSTRADOR
daniloz é o pseudônimo de Danilo Bressiani Zamboni.
Nasceu em São Paulo, em 1986, e formou-se em Arquitetura,
em 2010. Nesse mesmo ano, foi convidado a colaborar
com o jornal Folha de S.Paulo, com uma série de tirinhas,
especialmente no Folhateen. Em 2011, começou a trabalhar
no escritório de arquitetura de Isay Weinfeld, fazendo
desenhos em perspectiva para apresentar os projetos aos
clientes. Divide seu tempo entre desenhos de arquitetura,
histórias em quadrinhos e ilustrações.

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NOTE!
• Note como a letra H, de Hércules, é usada na capa dos
livros. A forma como a letra é representada faz referência
às colunas gregas.

• Note a “Enciclopédia Helênica”, seção em que o Visconde


de Sabugosa apresenta ao leitor informações sobre a Grécia
heroica e antiga: mitos, história, literatura, arte. Essa é uma
forma interessante de apresentar o conteúdo informativo
presente na trama, coerente com o próprio estilo de Lobato,
que se preocupava em divertir e ensinar ao mesmo tempo.

ENCICLOPÉDIA
HELÊNICA
Enciclopédia é o livro que reúne
tudo o que o homem conhece.
Vem do grego: enciclo-, em círculo,
e -pedia, de paideia, ensino.
Helênico refere-se aos helenos, povo que
habitava a Grécia e deu origem a seus habitantes.
Então a enciclopédia helênica é um livro
que trata de temas gregos!
pelo
Visconde de Sabugosa

O Visconde tinha um gostinho


especial pelas coisas da Grécia antiga.
Andava com um plano na cabeça:
escrever uma enciclopédia sobre a
Grécia antiga, a Enciclopédia Helênica
pelo Visconde de Sabugosa.
Leia, a seguir, alguns verbetes
da enciclopédia que ele
estava escrevendo.

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ATIVIDADES ANTES DA LEITURA
1 Em sala de aula, peça aos alunos que manuseiem os
livros, atentando para detalhes da capa, das ilustrações,
da disposição das páginas. Pergunte a eles se o título
do livro, ou dos capítulos, traz alguma lembrança.
Deixe-os comentarem o que as ilustrações despertam na
imaginação deles. Anote observações ou perguntas
que julgar interessantes para retomar durante a leitura
da obra ou aproveite esses comentários para elaborar
outras perguntas que despertem a curiosidade dos
alunos. (Habilidades de referência da BNCC: EF69AR33 e
EF69LP49.)

2 Aproveitando essa conversa inicial, pergunte aos alunos


se eles já ouviram a expressão “mitologia grega”. A partir
das respostas, peça que acessem a seção “Enciclopédia
helênica”, ao final do volume. Leia com eles o verbete
“Helênico” e pergunte se já ouviram falar da Grécia antiga.
Você pode usar um mapa para mostrar onde o território
grego está localizado atualmente. Use também o mapa
que aparece ao final do livro. (Habilidade de referência da
BNCC: EF06HI10.)

3 Pergunte aos alunos se sabem quem foi Monteiro Lobato.


Leia com eles a biografia do autor presente na edição
e questione-os se já leram ou ouviram falar de alguma
história ambientada no Sítio do Picapau Amarelo. Com
base nos comentários dos alunos, relembre quem são os
principais personagens da saga do Sítio e suas principais
características, para que entendam algumas referências
da obra (como o “caráter científico” do Visconde ou o fato
de Emília falar sem parar e ser a “dadeira de ideias”).

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ATIVIDADES DURANTE A LEITURA
1 Escolha um dos livros da coleção e inicie a leitura em voz
alta com os alunos. É importante que você efetivamente
faça uma leitura prévia do livro e estabeleça um ritmo,
diferentes entonações para momentos diversos na
narrativa e para as vozes dos vários personagens. Esse
“ensaio” tornará a leitura mais dinâmica e interessante,
e os alunos provavelmente tentarão reproduzir, na
leitura individual, um ritmo que a torne divertida. Você
também pode convidar os alunos a ler para a turma ou em
pequenos grupos; eles podem se dividir entre narradores e
personagens, fazendo uma leitura dramática do texto.

2 Os três trechos de O Leão da Nemeia e de A Hidra de Lerna


sugeridos a seguir podem ser lidos em dias diferentes,
tanto para reforçar a ideia da leitura do livro como um
processo quanto para que, a cada retomada da narrativa,
você converse com os alunos sobre o que já leram,
promovendo a troca de impressões e interpretações entre
eles e esclarecendo dúvidas que venham a surgir à medida
que avancem na leitura.

3 No capítulo “Hércules” (p. 11-13 de O Leão da Nemeia):


logo depois da leitura do trecho, verifique a compreensão
dos alunos por meio de perguntas simples sobre o episódio.
Comente que Dona Benta conta a história de Hércules aos
netos, assim como, até hoje, pais e avós contam histórias
às crianças. Muitas vezes, as histórias são inventadas,
outras vezes são lidas em livros. Por isso há uma citação
de Anatole France (p. 69), um romancista francês famoso
no final do século XIX e início do século XX, que ambientou
alguns de seus romances na Antiguidade. Aproveite para
perguntar aos alunos a opinião deles sobre a atitude de
Pedrinho de considerar exagerados os medos da avó e
partir para suas aventuras às escondidas. Deixe as crianças
falarem livremente, desde que justifiquem seus pontos de
vista e respeitem as opiniões dos colegas. Caso nenhum
aluno comente sobre isso, reforce que esse trecho não faz
um elogio da desobediência, mas enfatiza a ideia de

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Lobato de que a criança deve se desenvolver até ser
autônoma, e não ficar dependente ou se conformar com o
mundo como ele é. Em outras palavras, trata-se do elogio
da transformação do mundo, que Lobato acreditava ser
possível a partir das crianças.

4 No capítulo “A Nemeia” (último parágrafo da p. 32


até a p. 35 de O Leão da Nemeia): depois de verificar
a compreensão do episódio com perguntas simples,
comente com os alunos o quanto o narrador ressalta que
o momento era “dos mais emocionantes”, comparando-o
ao instante de suspense em espetáculos (como os
apresentados no circo). Pergunte aos alunos o que
eles acham da performance de Hércules durante a luta
contra o leão, incitando-os a perceber a participação dos
picapauzinhos na vitória. O ideal é que eles concluam,
nessa passagem, que crianças, como eles, se tornam
heróis quando, com suas boas ideias, ajudam Hércules
a vencer o leão. Comente o quanto Monteiro Lobato
conta a história em uma linguagem informal, coloquial,
com a presença de onomatopeias (como plaf, na p. 34) e
neologismos (como inamassável, p. 34). Nesse sentido,
é interessante comparar a fala de Emília e Pedrinho,
informais, com a fala “científica” de Visconde, na p. 35.

5 No capítulo “Meioameio” (completo, p. 49 a 55 de A Hidra


de Lerna): antes da leitura desse trecho, pergunte aos
alunos o que acontece com o Visconde nos capítulos
anteriores, para que eles entendam a primeira frase do
capítulo e a simultaneidade dos eventos. Prossigam com
a leitura coletiva em voz alta e, então, conversem sobre o
que compreenderam do episódio. Em seguida, pergunte aos
alunos por que Hércules só se sentia bem “quando solto na
plena e larga natureza”. Oriente-os a perceber que Hércules
é descrito muitas vezes, no livro, como semelhante a um
animal: é levado pela agressividade, pela fome, pelos
instintos, pela necessidade. Pergunte também aos alunos
a opinião deles sobre a fala de Hércules: “Quando quero,
pego. Isso de comprar as coisas com dinheiro é para os

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que não podem pegá-las”. Deixe que os alunos falem
livremente, mas peça que escutem a opinião dos colegas
e sempre justifiquem a sua. Oriente-os a perceber que o
“pegar” de Hércules é próprio da animalidade. Caso nenhum
aluno comente, não deixe de apontar que Emília critica o
comportamento do herói e que ele mesmo passa a refletir
sobre sua “brutalidade” e a importância da educação, que
poderia revertê-la. Nesse sentido, vale apontar a mudança
de opinião de Hércules sobre os centauros a partir da
convivência com Meioameio. A passagem é perfeita
para falar dos preconceitos que criamos quando não
conhecemos bem as pessoas. (Habilidades de referência da
BNCC: EF69LP44 e EF69LP53.)

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ATIVIDADES DEPOIS DA LEITURA

Língua Portuguesa 1 Uma das grandes inovações de Monteiro Lobato foi escrever
obras para crianças com uma linguagem mais próxima do
cotidiano, incorporando gírias ao discurso do narrador e dos
personagens. Solicite aos alunos que procurem algumas
expressões da fala popular ou gírias nas narrativas (como
“abelhudo”, p. 20 de O Leão da Nemeia) e que expliquem seu
sentido. (Habilidade de referência da BNCC: EF69LP49.)

2 No capítulo “Perto da Nemeia”, do livro O Leão da Nemeia,


o pastorzinho se espanta quando os picapaus dizem que
Hércules matará o Leão da Lua, pois ele era invulnerável.
Emília não sabe o que significa essa palavra, mas o
Visconde explica a ela ser “o que não pode ser ferido por
arma nenhuma, uma espécie de ‘corpo fechado’”. Explique
aos alunos que a palavra “invulnerável” é formada pelo
prefixo -in, que significa “não”, e vulnerável, que significa
frágil, que pode ser ferido. No capítulo “A Nemeia”, Emília
usa esse processo para formar outras palavras que
qualificam o leão. Solicite aos alunos que identifiquem
essas palavras (inflechável, inamassável e inasfixiável) e
expliquem seu significado.

Arte 1 Uma das formas de difusão dos mitos gregos foi sua
representação em esculturas e pinturas em vasos e outros
artefatos. Solicite aos alunos que observem os vasos
gregos reproduzidos na edição e explique as técnicas e as
características estéticas comuns entre eles.

2 Em O Leão da Nemeia, há ilustrações em quadros que


narram trechos da história (como o episódio da morte
do centauro Nesso e a do próprio Hércules, na p. 21; ou
o episódio da loucura de Hércules, que o leva a matar
a esposa e os filhos, na p. 45). Solicite aos alunos uma
leitura das imagens, reforçando o nexo causal-consecutivo,
bem como a sucessão cronológica entre os quadrinhos,
características da narrativa. (Habilidades de referência da
BNCC: EF69AR05 e EF69AR31.)

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Geografia 1 No primeiro capítulo de O Leão da Nemeia, menciona-
História -se que “Na Grécia antiga, o grande herói nacional foi
Héracles, ou Hércules, como se chamou depois”. Retome
com os alunos a ideia de que a Grécia não era uma nação
neste momento, com fronteiras geográficas delimitadas
como ocorre atualmente. Além disso, aponte o quanto, ao
longo deste livro, prevalece uma imagem rural da Grécia:
o pastor de ovelhas tocando flauta; a azeitona como
“principal cultura dos gregos”. Solicite a eles uma pesquisa
das outras atividades, além da agricultura e da pecuária,
desenvolvidas na Grécia, na Antiguidade. (Habilidade de
referência da BNCC: EF06HI10.)

Ciências 1 No final do capítulo “A cabeça de Medusa”, de A Hidra


de Lerna, Visconde volta ao Olival para buscar a pele do
leão, mas esta ainda não estava suficientemente curtida.
Curioso, pergunta ao pastorzinho como ele curtia o couro,
explicando o processo químico de curtir o couro em solução
de tanino. Peça aos alunos que façam uma pesquisa
sobre os processos químicos de curtição do couro, tanto
pelo processo de defumação, apresentada pelo pastor da
Nemeia, quanto pelo tanino, mencionado pelo Visconde.
(Habilidade de referência da BNCC: EF06CI04.)

CONEXÕES COM OUTRAS ARTES


• O mito de Hércules e seus doze trabalhos já foi
representado em pinturas, esculturas, obras literárias e
também no cinema. As duas indicações a seguir adaptam o
mito para as telas, tendo em comum com a obra de Lobato a
liberdade de reinvenção (ou seja, não reproduzem a versão
canônica do mito, mas inserem elementos contemporâneos
que lhe trazem novos sentidos). Prepare uma sessão para
assistir com os alunos a uma dessas adaptações.

• Na animação Hércules, produzida pela Disney (EUA,


1997), Hércules é filho de Zeus e Hera, sendo Alcmena
sua mãe adotiva. Ela cria o menino quando ele, enganado
por Hades (que queria tomar o lugar de Zeus), bebe uma

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poção que o torna um mero mortal, obrigando-o a deixar
a morada dos deuses, o Olimpo, e viver entre os homens.
Hércules descobre sua origem divina e decide lutar contra
Hades para voltar ao Olimpo, e, para isso, precisa se tornar
um herói.

• Já o filme Os 12 trabalhos, de Ricardo Elias (Brasil, 2006),


traz Héracles para a cidade de São Paulo, no século XXI.
O herói se torna um jovem negro que mora na periferia da
cidade, que gosta de desenhar e, ex-detento da FEBEM,
procura um emprego. Por indicação de um primo, ele
começa a exercer a função de motoboy, na qual precisará
cumprir, em seu período de experiência, 12 tarefas pela
cidade de São Paulo, que exigirão que ele ultrapasse
desafios grandes, como o preconceito e a burocracia.

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PROJETO DE INVESTIGAÇÃO E CRIAÇÃO

EXPOSIÇÃO: HERÓIS ANTIGOS E MODERNOS


Ao longo da leitura de O Leão da Nemeia e A Hidra de Lerna, o
leitor acompanha não apenas as aventuras do herói Hércules,
mas também de Perseu, além da menção a Dom Quixote, um
herói moderno. Se os picapauzinhos fossem do século XXI,
teriam histórias de outros heróis para contar a Hércules, já
que, atualmente, há muitos super-heróis em histórias em
quadrinhos e filmes que atraem crianças e jovens.
Considerando isso, proponha aos alunos um projeto
interdisciplinar, em que eles, orientados pelos professores de
História, Língua Portuguesa e Arte, produzam uma exposição
sobre heróis antigos e modernos. A exposição será composta
de textos, desenhos e HQs produzidos pelos alunos, com base
nas histórias desses heróis.

PASSO A PASSO
1 Leia em sala de aula o verbete “Heróis”, da “Enciclopédia
helênica” (p. 69 de O Leão da Nemeia) e um trecho
do capítulo “O encontro” (último parágrafo da p. 40 ao
2o parágrafo da p. 41), em que Emília explica a Hércules
que Dom Quixote é um herói moderno. Os alunos devem
em seguida resumir as características do herói grego
antigo e do herói moderno. Solicite a eles uma pesquisa
sobre o conceito de herói em outras fontes.
2 Aborde as características do herói grego, na Antiguidade,
e sua relação com as características bélicas das tribos
gregas, a partir de trechos das obras de Homero e
Hesíodo, de imagens de esculturas, vasos e pinturas
greco-romanos antigos, e de trechos do filme 300
(EUA, 2007). É recomendável que os trechos de
Homero e Hesíodo, em boas traduções, não sejam
apenas distribuídos aos alunos, mas lidos em voz alta
coletivamente e explicados, sempre que necessário, para
esclarecimento do sentido, e relacionados às obras de
artes plásticas exibidas e aos trechos do filme.

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3 Analise a figura do herói moderno a partir de quadrinhos
e filmes. Os heróis modernos a serem analisados podem
ser escolhidos pelos alunos, mas boas sugestões são
o Homem-Aranha e Wolverine, que, além de possuírem
produtos em HQ e em filmes, apresentam características
interessantes para a conceituação do herói moderno.
4 Escolha com os alunos os heróis que irão compor a
exposição. Feita a escolha, os alunos devem realizar uma
pesquisa e coletar informações sobre eles.
5 Trabalhe com os alunos o gênero mito, lendo com eles os
trechos da Teogonia presentes na “Enciclopédia helênica”,
ao final dos volumes, ou mitos provenientes de outras
tradições (judaico-cristã, hindu, tupi-guarani, candomblé
etc.). A partir disso, solicite aos alunos que reescrevam,
no gênero mito, narrativas de heróis modernos criadas
originalmente em HQs ou filmes.
6 Combine com o professor de Arte de trabalhar o gênero
HQ a partir dos heróis modernos selecionados pelos
alunos. Depois da leitura de algumas HQs em sala de
aula, mencione suas principais características e solicite
aos alunos que recontem narrativas de heróis antigos
no gênero HQ. Uma sugestão é a releitura e o reconto
dos capítulos “O Visconde desgarra-se” e “A cabeça
de Medusa”, que, em A Hidra de Lerna, apresentam as
aventuras de Perseu.
7 Depois da produção e da correção dos textos, ajude
os alunos a digitar, formatar, digitalizar e imprimir os
materiais, bem como colá-los em cartolinas, formando
cartazes em que se alternem textos e imagens. Em
um mural, exponha as narrativas dos diferentes heróis,
acompanhados, sempre que possível, de imagens
(reproduções de pinturas, esculturas e HQs dos próprios
alunos).
8 Proponha aos alunos que convidem professores, alunos e
funcionários da escola a visitar a exposição, que pode ser
aberta a toda a comunidade.

elaboração Lia D’Assis

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Conheça outras obras no site da
FTD Educação, disponível em:
www.ftd.com.br

DE ACORDO COM A BNCC


Este projeto foi elaborado de acordo com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), documento que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
Contém, assim, conhecimentos e competências que se espera que todos
os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade, com especial
destaque ao eixo Leitura, componente curricular Língua Portuguesa,
subordinado à área de conhecimento Linguagens.

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