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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ UNIDADE JURISDICIONAL CÍVEL

- __º JD DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG

Processo n.º XXXXXXX

XXXXXXX, já devidamente qualificado, nos autos do processo em epígrafe, vem


perante V. Exa., através de seus procuradores, opor EMBARGOS DECLARATÓRIOS, com base
no art. 1.022 e seguintes do Código de Processo Civil, em face do r. acórdão proferido e o faz
pelas razões que passa a expor.

DA TEMPESTIVIDADE

A intimação destinada à parte autora acerca da sentença de Id Num. XXXXXXX


foi expedida em XX/XX/XXXX, registrada ciência no dia XX/XX/XXXX.

Iniciando-se o prazo de 05 dias para a interposição do presente recurso em


XX/XX/XXXX, sendo o prazo final no dia XX/XX/XXXX, razão pela qual se encontram
tempestivos os presentes Embargos de Declaração.

DO CABIMENTO

Inicialmente insta salientarmos que, com base no art. 1.022, I do CPC,


podemos afirmar que cabem Embargos de Declaração quando:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento;

Nesse sentido, também dispõe o art. 48 da Lei 9.099/95, in verbis:

Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença ou acórdão nos casos
previstos no Código de Processo Civil.
Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

Em vista disso, publicado o acórdão retro, a parte embargante verificou


constar em seu texto contradição, o que justifica a oposição dos presentes embargos de
declaração, que devem ser sanados, sob pena de risco de irreversibilidade.

DAS RAZÕES DOS EMBARGOS


Nobre julgador, na sentença proferida, foram julgados parcialmente
procedentes os pedidos da parte autora, ora Embargante, nos seguintes termos:

Com tais considerações, decido o feito com resolução de mérito, nos moldes do art.
487, inciso I do CPC, e julgo parcialmente procedente o pedido, condenando o
consórcio réu a restituir à parte autora a quantia de R$3.085,13 (três mil e oitenta e
cinco reais e treze centavos), com correção pelos índices da CGJ e juros moratórios
de 1% ao mês, contados do dia 15/02/2023 (data da última atualização, conforme
documento de id 9730677525).

No caso em comento, os presentes embargos são opostos com a finalidade de


suprir contradição existente na sentença, conforme razões a seguir.

Verifica-se que na fundamentação da r. sentença, afirma o D. Juízo que com


os documentos juntados nos autos foi possível observar que a contemplação ocorreu em
16/08/2019 e aplicou como marco da atualização a data do acesso realizado em 15/02/2023.
Vejamos:

Pois bem. Notei que a contestação foi acompanhada por extrato do consorciado,
juntado em id 9730677525 e datado de 15/02/2023. Nele, observei, novamente, a
informação sobre a data da contemplação (em 16/08/2019) e o valor original do
crédito (R$2.827,00).
Entretanto, neste documento também constatei que o valor atualizado a
devolver
seria no importe de R$3.085,13 – isto, tendo o marco da atualização a data do
acesso realizado: repito, em 15/02/2023.
Vale dizer que o extrato possui histórico discriminado contendo o cômputo de juros
e multa, pelo que se conclui que todas as penalidades previstas no pacto, cuja
incidência, frise-se, não foi questionada na inicial, foram previamente computadas
na apuração do montante.

Ocorre que, apesar de V. Exa. confirmar a data da contemplação, e, mesmo


após a parte autora pleitear que a atualização dos valores de restituição fosse corrigido
desde a data da referida contemplação, conforme estabelecido na súmula 35 do STJ, além
de acrescidas de juros a partir da citação este D. Juízo entendeu por bem fixar como marco a
data do acesso (15/02/2023).

Ora Exa., a parte autora não apresentar a planilha atualizada não


desconstitui as alegações já apresentadas, uma vez que, na Inicial e em fase de
Impugnação a Contestação, parte autora, ora Embargante pleiteou e defendeu os marcos
de atualização do valor a ser restituído, podendo ser tal valor liquidado após a sentença.

Diante disso, não há que se falar em violação ao princípio da adstrição, uma


vez que, a parte autora ora Embargante a todo momento do processo pleiteou os marcos
de atualização conforme previsto na legislação específica.

Portanto, requer o Embargante que, as prestações sejam imediatamente


corrigidas, nos termos da súmula 35 do STJ, além de acrescidas de juros a partir da citação.
Súmula 35 - STJ: Incide correção monetária sobre as prestações pagas, quando de
sua restituição, em virtude da retirada ou exclusão do participante de plano de
consórcio.

Cumpre ainda, esclarecer que A legislação vigente aplicável aos Sistemas de


Consórcio, Lei nº 11.795/08, notadamente em seus artigos 22 a 30, coloca os consorciados
excluídos, bem como os consorciados assim entendidos como “ativos” em inteira paridade
contratual, não havendo qualquer distinção em eventual contemplação de um ou de outro.
Vejamos os artigos em comento:

Art. 22. A contemplação é a atribuição ao consorciado do crédito para a aquisição


de bem ou serviço, bem como para a restituição das parcelas pagas, no caso dos
consorciados excluídos, nos termos do art. 30. § 2o Somente concorrerá à
contemplação o consorciado ativo, de que trata o art. 21, e os excluídos, para efeito
de restituição dos valores pagos, na forma do art. 30.

Art. 30. O consorciado excluído não contemplado terá direito à restituição da


importância paga ao fundo comum do grupo, cujo valor deve ser calculado com
base no percentual amortizado do valor do bem ou serviço vigente na data da
assembleia de contemplação, acrescido dos rendimentos da aplicação financeira a
que estão sujeitos os recursos dos consorciados enquanto não utilizados pelo
participante, na forma do art. 24, § 1º

A Lei é clara ao dispor que o consorciado excluído tem direito à restituição das
parcelas pagas assim que contemplado, assim como um consorciado “ativo” tem direito ao
crédito sob a mesma contemplação.

Ademais, não é admissível aceitar que a Ré receba por um serviço não


prestado, mesmo que por força contratual, uma vez que configura inequívoca nulidade por
ser leonina a cláusula.

Em tempo, requer a Embargante apresentar a atualização do débito pela ICGJ


nos termos pleiteados.

Diante do exposto, requer sejam recebidos e acolhidos os presentes Embargos


de Declaração, a fim de sanar as contradições mencionadas, determinando que o valor de
restituição seja atualizado desde a data da contemplação e que os juros tenham como
marco a data da citação do réu, ora Embargado, que perfazem o montante de R$ 3.792,67
(três mil, setecentos e noventa e dois reais e sessenta e sete centavos).

Termos em que pede e aguarda deferimento.

Belo Horizonte, 25 de janeiro de 2024.

ADVOGADO
OAB

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