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3 - BERTOLT BRECHT:
DIE DREIGROSCHENOPER, 1924 A 1928
3 - BERTOLT BRECHT:
DIE DREIGROSCHENOPER, 1924 A 1928
A NOVA
OBJETIVIDADE
A Nova Objetividade
Während der Weimarer Republik kristallisieren sich mit
der Neuen Sachlichkeit und der proletarisch-
revolutionären Literaturbewegung halbwegs
homogene Literaturströmungen heraus, welche die
Avantgarde eher ablösen, als dass sie ihr Erbe
fortführten. Die seit Mitte der zwanziger Jahre
dominante Neue Sachlichkeit ist dabei die einzige
große Literaturströmung, die ganz und authentisch der
Weimarer Republik zugehörig ist; sie flaut noch vor
1933 ab [...].
(FÄHNDERS 2010: 223)
A Nova Objetividade
3 - BERTOLT BRECHT:
DIE DREIGROSCHENOPER, 1924 A 1928
3 - BERTOLT BRECHT:
DIE DREIGROSCHENOPER, 1924 A 1928
Bertolt Brecht nasceu em 1898, no
então Império Alemão. Poeta e
dramaturgo, renovou os modos
correntes de se fazer teatro e poesia
através de um sistema literário
próprio e condizente com suas
reflexões acerca do funcionamento
(ou não funcionamento) do sistema
capitalista, criando assim uma das
obras mais robustas, coerentes e
influentes do século XX.
Voz muito ativa contra o nazismo
antes, durante e depois da Segunda
Guerra Mundial, viveu vários anos no
exílio. Depois de seu retorno e do
estabelecimento da DDR (República
Democrática Alemã) socialista, foi
alçado rapidamente a grande artista
do Estado. Morreu na DDR em 1956.
(BARRETO 2016)
Bertolt Brecht
Die Haltung der Respektlosigkeit gegenüber
der zugleich intensiv rezipierten Geschichte
der Dichtung perfektioniert Brecht in seiner
ersten Lyrikveröffentlichung in Buchform,
Bertolt Brechts Hauspostille (1927). Der
parodistisch verwendete Prätext der
Sammlung ist Luthers Haußpostil aus dem
Jahr 1544, ein lyrischer Ratgeber für alle
Stationen des Kirchenjahres. Auch die
»Lektionen«, in die Brechts Buch gegliedert ist,
sind auf ihren »Gebrauch« hin angelegt, wie
die »Anleitung« zu Beginn der Sammlung
ausführt (BURDORF 2015: 106)
Bertolt Brecht
Gebrauchslyrik: "Der politische,
ethische oder religiöse Zweck
benutzt, um auf die Massen zu
wirken [...]. Die Wirkung soll sofort
erfolgen, sie soll unmittelbar sein,
ohne Umschweife - die These
passiert also nicht die Kunst, sie wird
nirgends sublimiert, sondern
unmittelbar, in literarischer
Maskerade, vorgeführt."
(TUCHOLSKY 1975: 316)
Bertolt Brecht
Brecht entwickelt seine virtuose
Formensprache weiter, doch zunehmend
vertritt er das Ideal einer schlichten,
bilderarmen Sprache. Wie er in seinen
unablässigen Reflexionen zur Lyrik in
seinem Arbeitsjournal festhält, möchte er
seine Gedichte einer »sprachwaschung«
unterziehen (22. August 1940; Brecht:
Arbeitsjournal 1, 155), damit sie »in einer
art ›basic german‹ geschrieben« sind.
Brechts Fokus liegt auf einer Sprache, die
nicht »zu reich« ist und »jedes
ungewöhnliche wort« vermeidet
(BURDORF 2015: 117)
Bertolt Brecht
Dabei war es für B. entscheidend, dass die literar.
wie theatralischen (Theatralität) Mittel zur
Überprüfung durch die Rezipienten so offengelegt
wurden, dass diese außer dem von B. ausdrücklich
betonten Vergnügen an der Darstellung zugleich
auch Einsicht in die >Machart< des Kunstwerks
und der durch sie >abgebildeten< Welt gewinnen
konnten. Der Künstler sollte zeigen, dass er zeigt,
und die Leser bzw. Zuschauer sollten erkennen,
dass Realität von Menschen gemacht, dadurch
aber auch durch Menschen veränderbar ist. So
sollte die Lit. ihren Beitrag leisten zur höchsten
aller Künste, zur Lebenskunst. (NÜNNING 2008: 82)
Dreigroschenoper
A primeira ópera encenada foi Die
Dreigroschenoper [A ópera de três vinténs], em
1928, no Teatro Schiffbauerdamm, que consagrou a
parceria do dramaturgo com Kurt Weill. Brecht
Die adaptou um texto inglês do século XVIII, The
Beggars’ Opera [A ópera do mendigo], de John Gay
– vertido para o alemão por Elisabeth Hauptmann
–, com o qual denuncia a ordem burguesa, que
escamoteia sua natureza criminosa com as
fachadas da moral, dos negócios e da
prosperidade, como fica evidente na canção que
abre a peça:
Tubarão tem dentes fortes,
Que não tenta esconder;
Mackie tem uma navalha,
Que ninguém consegue ver. (BRECHT, 1988, p. 13.)
(JUNQUEIRA 2019: 63)
As personagens já abalam os padrões da ópera
Dreigroschenoper
wagneriana. Ao invés de pessoas da alta sociedade,
o protagonismo é conferido a bandidos e
prostitutas, dentre os quais, a personagem principal,
Mackie Navalha, referida na canção de abertura. A
música composta por Weill, segundo sugestões de
Die
Brecht, é simples e melódica, aspectos que
conferem contraste à ação narrada. Weill não
exercita a atonalidade nas partituras, pelo contrário,
é a junção entre texto ácido e melodia harmoniosa
que subverte as expectativas sensoriais. Como se
deixar embalar por cantigas de ninar que contam
assassinatos? Emblemática é a canção "Die
Seeräuber Jenny" [A pirata Jenny], cantada por uma
prostituta que se sente desprezada e sonha com
uma vingança sangrenta, protagonizada por um
navio pirata ancorado na cidade. (JUNQUEIRA 2019:
63)
Dreigroschenoper
[...]
Desembarcam cem homens ao meio-dia,
E nas sombras vão se envolver
E prendem um em cada lugar,
Para eu os presos julgar,
Die
Perguntando: quem deve morrer?
E reina silêncio total no porto
Quando indagam: quem deve ser morto?
Todos! – falo sem pestanejar.
E ao tombar a cabeça, digo: – oba!
E a nau de oito velas,
Com cinquenta canhões,
Some comigo no mar.
(BRECHT, 1988, p. 13.)
(JUNQUEIRA 2019: 64)
TRADUÇÃO: WOLFGANG BADER,
MARCOS ROMA SANTA, WIRA SELANSKI
Dreigroschenoper
Die Songs der Dreigroschenoper geben [...] die
Klage über die Unmenschlichkeit irdischer
Verhältnisse, in denen auch die Liebe nicht
menschlich und >gut< sein kann, denn es heißt
Die
im 1. Dreigroschenfinale: "Die Welt ist arm. Der
Mensch ist schlecht." (Brecht, S. 12) Exemplifiziert
wird dies an verschiedenen Beispielen: die
ruchlose Ermordung des reichen Juden Schmul
Meier, der nicht näher charakterisierten Jenny
Towler, des Fuhrherren Alfons (in den Songs wird
sein Nachname Glite ausgespart) sowie anderer
namenloser Opfer in der Moritat von Mackie
Messer [...] (LUCCHESI 2001: 164-165)
Brechts nüchterner und
desillusionierender Stil in
seiner Hauspostille und
in der Dreigroschenoper
ist kennzeichnend für
den Geist der in sich
nicht einheitlichen
Epoche.
(NÜRNBERGER 1998: 265)
3 - BERTOLT BRECHT:
DIE DREIGROSCHENOPER, 1924 A 1928
TRADUÇÃO: SYLVIA
DESWARTE E ARNALDO
SARAIVA
An die Nachgeborenen (Bertolt Brecht)
I
Wirklich, ich lebe in finsteren Zeiten!
Das arglose Wort ist töricht. Eine glatte Stirn
Deutet auf Unempfindlichkeit hin. Der Lachende
Hat die furchtbare Nachricht
Nur noch nicht empfangen.
Was sind das für Zeiten, wo
Ein Gespräch über Bäume fast ein Verbrechen ist.
Weil es ein Schweigen über so viele Untaten einschließt!
Der dort ruhig über die Straße geht
Ist wohl nicht mehr erreichbar für seine Freunde
Die in Not sind?
Es ist wahr: ich verdiene noch meinen Unterhalt
Aber glaubt mir: das ist nur ein Zufall. Nichts
Von dem, was ich tue, berechtigt mich dazu, mich sattzuessen.
Zufällig bin ich verschont. (Wenn mein Glück aussetzt,
[bin ich verloren.)
[...]
[...]
Man sagt mir: iß und trink du! Sei froh, daß du hast!
Aber wie kann ich essen und trinken, wenn
Ich dem Hungernden entreiße, was ich esse, und
Mein Glas Wasser einem Verdurstenden fehlt?
Und doch esse und trinke ich.
Ich wäre gerne auch weise.
In den alten Büchern steht, was weise ist:
Sich aus dem Streit der Welt halten und die kurze Zeit
Ohne Furcht verbringen
Auch ohne Gewalt auskommen
Böses mit Gutem vergelten
Seine Wünsche nicht erfüllen, sondern vergessen
Gilt für weise.
Alles das kann ich nicht:
Wirklich, ich lebe in finsteren Zeiten!
Aos que vierem depois de nós (Bertolt Brecht) TRADUÇÃO:
FERNANDO
I PEIXOTO
É verdade, eu vivo num tempo sombrio!
Uma palavra sem malícia é sinal de tolice.
Uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ri
Ainda não recebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses, quando
Falar sobre árvores é quase um crime
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que atravessa a rua tranqüilo
Já está inacessível aos amigos
Que passam necessidades?
É verdade: eu ainda ganho bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso.
Nada do que faço Me dá o direito de comer quando tenho fome.
Estou sendo poupado por acaso. (Se a minha sorte me deixa,
[estou perdido.)
[...]
TRADUÇÃO:
FERNANDO
PEIXOTO
[...]
Me dizem: come e bebe! Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que eu posso comer e beber
Se a comida que como, tiro de quem tem fome?
Se a água que bebo, faz falta a quem tem sede?
Mas mesmo assim, eu como e bebo.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Se manter afastado dos conflitos do mundo
E passar sem medo
O curto tempo que se tem para viver;
Seguir seu caminho sem violência;
Pagar o mal com o bem;
Não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim!
É verdade, eu vivo num tempo sombrio!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Matheus. "Apresentação". In: BRECHT, Bertolt. Cântico de Orge (trad. Matheus
Guménin Barreto). São Paulo: Demônio Negro, 2016.
BEEVOR, Antony. A batalha pela Espanha - A guerra civil espanhola (1936 - 1939). Record:
São Paulo, 2007.
BRECHT, Bertolt. A ópera de três vinténs (trad. Wolfgang Bader, Marcos Roma Santa,
Wira Selanski). s. d.
BRECHT, Bertolt. Gesammelte Werke. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1967.
BRECHT, Bertolt. Poemas (trad. Sylvia Deswarte e Arnaldo Saraiva. Lisboa: Ed. Presença,
1971.
BRECHT, Bertolt. Poemas 1913-1956 (trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Editora 34,
2000.
BURDORF, Dieter. Geschichte der deutschen Lyrik – Einführung und Interpretationen.
Stuttgart: J. B. Metzler, 2015.
BURDORF, Dieter et al. Metzler Lexikon Literatur - Begriffe und Definitionen. 3., völlig
neu bearbeitete Auflage. Stuttgart: J. B. Metzler, 2007.
FÄHNDERS, Walter. Avantgarde und Moderne 1890-1933. Lehrbuch Germanistik.
Stuttgart: Metzler, 2010.
HEUKENKAMP, Ursula. "Lieder Gedichte Chöre". In: KNOPF, Jan et al. Brecht-Handbuch,
Band 2. Stuttgart: Metzler, 2001.
NÜRNBERGER, Helmuth. Geschichte der Deutschen Literatur. München: bsv, 1998.
TUCHOLSKY, Kurt. Gesammelte Werke in zehn Bänden. Band 4. Reinbek bei Hamburg:
Rowohlt, 1975.
TUCHOLSKY, Kurt. Gesammelte Werke in zehn Bänden. Band 6. Reinbek bei Hamburg:
Rowohlt, 1975.